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TESTEMUNHASHOJE 


LIVRO A IGREJA NA OBRA DA RESTAURAÇÃO

OS TEMPOS DA RESTAURAÇÃO

VERDADE DOUTRINA USOS COSTUMES E CONFISSÃO DE FÉ

 “Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Romanos.10:10)

APRESENTAÇÃO

Este é um prefácio dirigido a toda a família da fé, que se alegra nas doutrinas gloriosas da Salvadora Graça na restauração da igreja. Não se envergonhem de sua fé; lembrem-se que este é o antigo Evangelho dos mártires, confessores e santos. Acima de tudo, é a verdade de Deus, contra o qual todas as portas do inferno não prevalecerão. Nós precisamos de uma bandeira pela causa da verdade; e pode ser a causa do glorioso Evangelho, testemunhando claramente quais são as suas principais doutrinas… Que o Senhor em breve restaure à Sua  Sião a pura linguagem e que os seus vigias vejam olho a olho”. Deixem suas vidas adornar a sua fé, deixem o seu exemplo enfeitar o seu credo. algumas palavras práticas de conselhos sobre como eles deveriam usar a Confissão. Estas ainda hoje são relevantes.

“Este volume”, não é emitido como uma regra autorizativa, ou código de fé, pelo que vocês devem ser constrangidos, mas como uma ajuda para vocês em controvérsia, uma confirmação na fé, e um meio de edificação na justiça. Aqui os membros mais jovens da nossa igreja terão um Corpo de Teologia, que servirá como uma pequena bússola, e por meio de provas bíblicas, estarão prontos para dar a razão da esperança que está neles. Acima de tudo, vivam em Cristo Jesus, e andem nEle, não crendo em nenhum ensinamento, senão no que é manifestamente aprovado por Ele, e de propriedade do Espírito Santo.

Apeguem-se forte à Palavra de Deus que está aqui mapeada para vocês, que estão convencidos de que nosso Deus têm uma mensagem para esta geração e acreditamos que esta publicação estará trazendo amplo conhecimento de Deus e sua doutrina para circulação entre as igrejas, e que recebam o estudo e que  serão ricamente abençoados e recompensados. E nos percebemos sob uma necessidade de publicar a confissão de nossa fé, para a informação e satisfação dos que não entenderam completamente quais eram os nossos princípios, tendo entretido preconceitos contra a nossa profissão de fé.

“Porquanto esta confissão não deve agora ser tida comumente; e também muitos outros têm, desde então, abraçado a mesma verdade que está contida nela; julgou-se necessário por nós que nos uníssemos em dar um testemunho ao mundo de nossa firme adesão a esses princípios salutares…”

PREFÁCIO

Embora este livro aborda vários assuntos doutrinários, seu tema central aqui é mostrar detalhadamente a obra de restauração que o Senhor Jesus Cristo  vem fazendo durante as Eras, na igreja noiva “único padrão de vida e conduta cristã” o qual era vivido pelos Apóstolos e os Cristãos primitivos nos primeiros séculos após a morte e ressurreição do Senhor, seus costumes, suas ações, que de fato não eram apenas costumes étnicos e culturais, mas costumes de santidade vinda do alto, revelação dada por Jesus a seus Apóstolos, ou seja, o padrão para todo Cristão viver estabelecido pela igreja Primitiva. Isto é necessário para que se estude e compreenda todo o novo testamento, pois Paulo o qual escreveu quatorze epístolas, foi o Padrão para os Gentios, a partir daí conseguiremos entender de forma abrangente acerca de uma das maiores perguntas da humanidade: estamos mesmo no Evangelho de Jesus? Este livro será apresentado em primeira pessoa, sinta Deus falando com você, esclarecendo tudo aquilo que o mundo religioso deixou de ensinar. Que Deus possa te conceder bênçãos, te guiar em toda a verdade, trazendo então entendimento a cada leitura, e que a iluminação dada pelo Espírito de Deus possa ser a sua porção especial

Presente de: MINISTÉRIO DAS TESTEMUNHAS DO SENHOR JESUS CRISTO

Para : _______________________________________

Anotações:

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Com fraternal afeto,

FRANREZ

 

A utilização deste livro não tem poder para trazer pessoas ao arrependimento, todavia esse é seu objetivo principal através do Espírito Santo, trazendo assim todos os padrões da igreja primitiva porém seu teor não tem objetivo de ditar regras e punições como as religiões modernas fazem, porém sabemos que o que plantamos também colhemos, essa é a lei natural da semeadura, e cada item aqui escrito é por inspiração do Espírito Santo baseando-se em Sua palavra que é eficaz.  Somos um povo, uma igreja, e nos auto intitulamos como: “A IGREJA EM RESTAURAÇÃO”. Portanto, a Restauração da Noiva pode ser explicada como sendo Restauração + Avivamento da Fé perfeita + Graça Salvadora que é a Engrenagem + Óleo que é O próprio Senhor Jesus Cristo em nós, o Espírito Santo (ICo.6:17;Cl.1:27). Se um dos elementos faltar, teremos o desequilíbrio (Ed.1:1-5; Mt.9:17).

INTRODUÇÃO

Mateus.16:18 e Efésios 4:4-6. É claro que Cristo Jesus tem uma igreja aqui no mundo através dos versículos citados acima. Mas, para dizer qual igreja é de Cristo, e quais não são de Cristo, é só compará-las com a igreja que achamos no Novo Testamento. Só assim podemos identificar a igreja verdadeira de Cristo. A igreja, que Jesus Cristo fundou, organizou e deixou, ainda está aqui no mundo pela promessa dele, ou será que o Senhor Jesus mentiu e/ou a promessa dele falhou. Com toda certeza Cristo não mentiu nem a promessa dele falhou. Ele é a Verdade. Sabemos também, através da leitura da Palavra de Deus, que Ele tem uma igreja só aqui no mundo que é dele (quer dizer um só tipo de igreja). Qual igreja é então? Podemos identificá-la? Sem dúvida nenhuma podemos! Vamos agora!!!

IDENTIFICAÇÃO

O Senhor Jesus Cristo é o fundador, organizador, e cabeça da sua igreja, e só Ele. Podemos eliminar todas as outras pseudas igrejas e somente uma é a igreja verdadeira. Então, esta tem que ser a igreja dele.

A IGREJA E O DENOMINACIONALISMO

Jesus fundou a Igreja. Ressuscitado, mandou que todos ficassem unidos e reunidos em Jerusalém, até que do Alto fossem revestidos de poder, o que aconteceu no Dia de Pentecostes (At 2).

Ali, no Cenáculo, surgiu a primeira Comunidade Cristã e diante de tantas conversões (mais de três mil naquele dia: At.2:41), a Igreja não tinha como continuar se reunindo no Cenáculo por falta de espaço.

Pedro e João juntos subiam, então para o Templo em Jerusalém (At.3:1). Mas a quantidade de conversões aumentava a cada dia e, como neste princípio a Igreja de Cristo não tinha templos, começou também a se reunir nas sinagogas, locais de culto dos judeus. Como havia uma flagrante oposição entre os ensinamentos de Cristo e os ensinamentos de Moisés, o que ficou claramente evidenciado no Sermão da Montanha (Cap.5 de Mateus, só para citarmos um exemplo) veio, então, a perseguição religiosa (At.4:1-4), com diversas prisões e mortes de irmãos e a proibição destes usarem as sinagogas para suas palestras e orações. Devido à perseguição e à grande multiplicação de convertidos, os primeiros irmãos passaram a se reunir nas casas dos membros, multiplicando as Comunidades Cristãs, que se espalharam por diversas cidades e países. A perseguição invadia até estas casas (At.8:3). As primeiras Comunidades Cristãs nas casas também eram chamadas de “Igrejas” (Rm.16:5;I Co.16:19; Cl.4:15; Fm.1:2).

Na cidade grega de Antioquia, os irmãos foram chamados pela primeira vez de “cristãos” (At.11:26). A princípio era um apelido quase que pejorativo, que depois passou a designar todos os que tinham a fé em Cristo.

As primeiras disputas e divergências: O livro de Atos dos Apóstolos narra a vida da Igreja de Cristo no primeiro século e demonstra que, já naquela época, havia divisões de pensamentos e doutrinas entre os Apóstolos e entre os irmãos. Alguns queriam manter na Igreja de Cristo as práticas do judaísmo, como a circuncisão (At.11:2;Rm.3:1), outros, a guarda dos costumes da Lei de Moisés (Fp.3:2;Gl.2:16;IITm.1:10), outros que não queriam o Batismo nas Águas dos não-judeus (At.10:45;At.11:15-18), outros tomavam partido de certas lideranças (I Co.1:12, Gl.2:1-15), etc.

No Livro de Apocalipse, escrito também no primeiro século da Igreja Cristã, vemos o próprio Cristo Glorificado repreendendo grupos que pregavam divisão na Igreja e introduziam doutrinas estranhas, como a dos Nicolaítas (Ap.2:6,15), que ensinava, entre outras coisas, a supremacia de um clero sobre o povo e o paganismo misturado à fé cristã.

Mas, apesar destes conflitos e debates naquela época, a Igreja não se dividiu, nem para Paulo, nem para Apolo, nem para Pedro, nem para os nicolaítas. Manteve-se unicamente CRISTÃ nos primeiros séculos. Atualmente, para nos referirmos àquela Igreja, chamamo-la de Igreja Cristã PRIMITIVA.

Esta Igreja Cristã Primitiva, que já tinha muitos debates e divisões internas, manteve-se assim até o ano 312 da era atual, quando o imperador romano Flavio Constantino converteu-se e, no ano 325 convocou o Concílio de Nicéia, que deu origem à Igreja Católica Apostólica Romana, tentando unificar nela todos os cristãos.

Constantino I se proclamava Sumo Pontífice, título que todo imperador romano usava, mas que, a partir dele, passou a ter uma pretensiosa conotação religiosa “cristã”, bem como Augustus, palavra latina que quer dizer venerável.

Há, porém, na Igreja Católica surgida ali uma flagrante contradição e um grande erro teológico: a palavra grega “Católica” significa “Universal”. Se Constantino I, usando do seu fantástico poder político-militar, pretendia fundar uma Igreja que fosse Universal, como ela poderia ser Romana? Ou é Romana ou é Universal. Além disso, Constantino fundiu com a fé cristã vários costumes do paganismo romano, o que deu origem à adoração e veneração de imagens e outras práticas não cristãs, já que ele continuou devoto do Deus Sol Invictus, cunhando sua imagem nas moedas romanas. Para se ter uma ideia da falta de fundamento da religião de Constantino, um dia antes da sua morte ele fez um sacrifício ao deus pagão Zeus. A própria Igreja Católica reconhece que Constantino praticava simultaneamente o cristianismo e o paganismo (Enciclopédia Católica). Quando uma organização religiosa mantém doutrinas não evangélicas, isto é, fora do Evangelho, então ela é uma seita. Portanto, a Igreja Católica Apostólica Romana, longe de ser a primeira Igreja Cristã, é, na verdade, a mais antiga seita cristã do mundo. Note algumas coisas importantes: Cristo fundou a Igreja Cristã. Constantino fundou a Igreja Católica Apostólica Romana cerca de 300 anos depois. Cristo é o Cabeça da Igreja Cristã e o Sumo Pastor (Ef.4:1-16;I Pe.5:4), Constantino foi o “cabeça” e “Pontifex Maximus” da Igreja Católica Apostólica Romana. Cristo foi fiel até a morte e morte de cruz (Fp.2:8). Constantino foi infiel até a véspera da sua morte, adorando Zeus. Cristo ressuscitou em carne em ossos e está vivo pelos séculos dos séculos. Constantino está morto e nem seus ossos há. Cristo fundou a Igreja que não sucumbe ao Inferno. A de Constantino não resistiu nem ao paganismo e falsos deuses. Apesar desta Igreja Estatal surgida por meio de Constantino tentar reunir todos os cristãos do mundo debaixo do catolicismo romano e da autoridade de um “sumo pontífice”, a Igreja Cristã pura e verdadeira continuou existindo paralelamente, porque havia os que rejeitavam os ídolos e outras práticas não-cristãs da Igreja Católica, que estavam e ainda estão em total desacordo com as Escrituras Sagradas. Vale ressaltar que antes de Constantino não havia Igreja Católica e nenhum Cristão era chamado de “católico”. Vemos, portanto, que Constantino foi o criador da primeira Denominação, fazendo surgir, oficialmente, a primeira divisão do ramo cristão, ainda que, naquela época, já existia a Igreja do Oriente (também chamada de Ortodoxa ou Grega), mas não como denominação e, sim, como definição e localização.

A Igreja Copta: Este desvio de conduta e de visão da Igreja Católica Apostólica Romana foi-se perpetuando e fez surgir outras ramificações cristãs como, por exemplo, no Egito (Copta quer dizer Egípcio). No ano 451 da nossa era, após o Concílio de Calcedônia, a Igreja Cristã no Egito separou-se das demais Igrejas e, para se diferenciar da Igreja Católica Apostólica Romana e também da Igreja do Oriente, passou a se autodenominar de Igreja Ortodoxa Copta.

A Igreja Anglicana (ou Igreja da Inglaterra): No ano de 1534 da nossa era surgiu a Igreja Anglicana, fundada pelo rei inglês Henrique VIII, que se rebelou contra a autoridade do chefe da Igreja Católica Apostólica Romana, que proibia seu divórcio de Catarina de Aragão e novo casamento. Até hoje, o chefe da Igreja Anglicana é quem estiver sentado no trono inglês. Veja a semelhança com a Igreja Católica Apostólica Romana: A Igreja Anglicana também foi criada por um imperador. Nos EUA, Austrália e demais países é atualmente chamada de Igreja Episcopal. A Igreja Protestante ou Reformada: No século XV, um padre e teólogo católico, inconformado com as práticas não-cristãs da sua Igreja, tentou reformar a Igreja Católica Apostólica Romana e dela foi expulso. Este padre chamava-se Martinho Lutero e fundou a Reforma por protesto, o que deu origem ao Protestantismo, que não reconhece a autoridade do Papa, mas somente a da Bíblia Sagrada. Surgiu, então, a Igreja Protestante, chamada também de Igreja Reformada.

Igreja Luterana, Presbiteriana, Metodista, Batista… Além de Lutero, o Protestantismo teve outros líderes que pensavam quase que da mesma maneira e, entre eles, podemos citar João Calvino e John Wesley.

Estes novos líderes, por divergirem em alguns aspectos, foram reunindo novos grupos que se deram origem às Igrejas: Presbiteriana, Metodista (ou Wesleyana). Para diferenciar os membros da Igreja de Lutero destes novos protestantes, aquela passou a se autodenominar de Igreja Luterana. A Igreja Batista tem origem inglesa e é de dissidentes principalmente da Igreja Anglicana. Todos estes (e outras ramificações) são chamados de Protestantes Tradicionais. Igrejas Tradicionais Renovadas: Destes surgiram os que queriam uma Igreja Pentecostal, com manifestações do Espírito Santo, e aí vieram as Igrejas: Presbiteriana Renovada, Batista Renovada, Metodista Renovada, etc. A frieza e a espiritualidade superficial vistas nas Igrejas tradicionais, que não davam liberdade às manifestações do Espírito Santo nas vidas dos seus membros, conforme prometido por Jesus em Marcos.16:17, fez com que o próprio Espírito Santo de Deus, como Rio de Água Viva que jorra e corre (Jo.4:14 e 7:38-39) e transborda, de outra maneira, pois era impossível que a Sua Presença e operação fossem retidas ou limitadas por qualquer ação, humana ou não.

Ainda que as Suas manifestações ocorressem em algumas Igrejas, quase sempre eram reprimidas e pouco permitidas para o tanto que o Espírito Santo desejava operar, à maneira do que havia ocorrido na Igreja Cristã Primitiva, no Dia de Pentecostes, em 27 d.C., quando houve uma explosão de poder e sinais em Israel e no mundo.

A Igreja Católica começou desenvolvendo no ano 251 D.C. por causa da heresia sobre o governo, disciplina, e batismo da igreja. Ela saiu da igreja verdadeira e foi apoiada pelo Imperador Constantino Imperador Romano. Ela foi crescendo e desenvolvendo até o ano 606 d.C. quando Bonifácio se tornou o primeiro para ser chamado o supremo Papa. Ela se tornou a religião do estado do Reino Romano e continuou crescer e aceitar todo tipo de idolatria e heresia. Ela começou tarde demais, além de falar na heresia que aceita e prega, para ter Jesus Cristo como seu cabeça. Ela foi fundada em cima de heresia e idolatria. 

A Igreja Luterana começou no ano de 1530 d.C. e tem por seu cabeça Martino Lutero. A Igreja Anglicana (da Inglaterra) começou no ano de 1540 D.C. e tem por seu cabeça O Rei Henrique VIII.

A Igreja Presbiteriana começou no ano de 1541 d.C. e tem por seu cabeça João Calvino. A Igreja Congregacional começou no ano de 1581 d.C. e tem por seu cabeça Roberto Browne. A Igreja Metodista começou no ano de 1729 d.C. e tem por seu cabeça João e Charles Wesley. A Igreja Cristã (também chamada A Igreja de Cristo ou dos Discípulos de Cristo) começou no ano de 1827 d.C. e tem por seu cabeça Alexandre Campbell. A Igreja dos Mormons começou no de 1830 d.C. e tem por seu cabeça José Smith.

A Igreja Adventista começou no ano de 1845 d.C. e tem por seu cabeça William Miller. A Igreja das Testemunhas de Jeová começou no ano de 1884 d.C. e tem por seu cabeça Pastor Russell. A Igreja Pentecostal começou no ano 1903 d.C. e tem por seu cabeça A. J. Tomlinson. 

A igreja batista. Essa igreja nasceu quando um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa em 1608, liderados por John Smyth, um clérigo e Thomas Helwys, um advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas batistas.

A Congregação Cristã no Brasil começou no ano 1909 d.C. e tem por seu cabeça Luiz Francescon.

A Igreja das Assembleias de Deus começou no ano de 1914 d.C. e tem por seu cabeça um grupo de pastores descaminhados das outras igrejas que começaram uma associação pentecostal em Hot Springs, Arkansas, E.U.A.

A Igreja Quadrangular (Cruzada Nacional) começou no ano de 1922 D.C. e tem por sua cabeça a mulher Aimee Semple McPherson. Brasil para Cristo começou no ano 1950 d.C. e tem por seu cabeça Manoel de Melo.

Pentecostal, Deus É Amor começou no ano 1962 e tem por seu cabeça Davi Miranda. A Igreja Universal começou no ano 1982 d.C. e tem por seu cabeça Edir Macêdo. Nenhuma destas igrejas pode ser a que Cristo fundou porque começou tarde demais e tem homem para seu cabeça. Cristo é o cabeça da sua igreja! Todas estas igrejas protestantes todastem o batismo da igreja católica, portanto são igrejas falsas porque tem o batismo da sua mãe! (Apocalipse 17:1-6) destas igrejas pode ser que Cristo fundou porque começou tarde demais e tem homem para seu cabeça.

Cristo é o cabeça da sua igreja! Todas estas igrejas protestantes a igreja batista tem o batismo da igreja católica, portanto são igrejas falsas porque tem o batismo da sua mãe! (Apocalipse 17:1-6)

Bíblia é a única regra de Fé e Prática da Igreja de Cristo. Ela não aceita outro livro, nem credo, nem visões, nem ciências ou tradições para sua regra de fé e prática. Somente a Bíblia! A Igreja de Cristo é uma assembleia local e visível.

A palavra igreja significa ajuntamento, congregação, assembleia ou reunião. A igreja que não pode ajuntar-se, nem congregar-se, nem reunir-se não é a igreja de Cristo. A igreja de Cristo não é universal nem invisível.

A Igreja de Cristo foi organizada e fundada durante o ministério terrestre e público de Cristo antes do dia de Pentecostes. I Coríntios 12:28 diz que Deus colocou primeiramente na igreja os apóstolos. No dia de Pentecostes 120 pessoas estavam reunidas esperando O Espírito Santo descer. (Atos 1:15) Os primeiros membros da igreja de Cristo eram os Apóstolos. Então, tem que ser que a igreja de Cristo começou antes do dia de Pentecostes. Jesus fundou sua igreja pessoalmente durante seu ministério antes de subir ao céu. Quando foi que Ele fundou e organizou sua igreja? Leia Lucas 6:12-16. Vamos notar outras coisas que provam que a igreja verdadeira começou antes do dia de Pentecostes.

A. Cristo prometeu edificar pessoalmente sua igreja sobre se mesmo. Mateus 16:18.

B. Cristo deu a regra da disciplina a sua igreja antes do dia de Pentecostes em Mateus 18:15-18. Cristo disse nesta passagem para falar (tempo presente) com a igreja.

Como é que possa falar com uma igreja que não existe? Muitos estão dizendo que Cristo estava falando sobre a igreja futura. Mas, não ë isto que a Bíblia diz! Cristo falou no tempo presente.

C. Jesus deu a Grande Comissão a sua igreja antes do dia de Pentecostes em Mateus 28:18-20. Se a igreja não começasse até o dia de Pentecostes, ela não teria comissão nem missão!

D. A igreja de Cristo tinha organização antes do dia de Pentecostes. Tinha tesoureiro (João 12:6) e votação (Atos 1:21-26) antes do dia de Pentecostes. Até a disciplina que Cristo mandou sua igreja praticar precisa da votação.

E. Cristo tinha entregue as ordenanças a sua igreja (Batismo e a Ceia, Mateus 28:18-20 e 26:26-30) antes do dia de Pentecostes. A igreja dele batizou e celebrou a Ceia antes do dia de Pentecostes.

Se a igreja de Cristo não começasse até o dia de Pentecostes não teria nenhuma ordenança para observar.

F. Cristo cantou na sua igreja antes do dia de Pentecostes diz o escritor do livro de Hebreus. (Hebreus 2:12) Quando foi que Ele cantou na sua congregação (igreja)? Mateus 26:30. Não pode cantar numa igreja que não existe.

G. A Bíblia diz que no dia de Pentecostes 3000 pessoas foram acrescentadas à igreja, (Atos 2: 47). A igreja já existiu.

Esta igreja que Jesus Cristo fundou e organizou teve tudo necessário para ser uma igreja antes do dia de Pentecostes. A igreja de Cristo começou durante o seu ministério terrestre antes do dia de Pentecostes! O Senhor Jesus Cristo prometeu perpetuidade a sua igreja que é local e visível. (Mateus 16;18, 28;20, Efésios 3;9-10, 21).

A igreja de Cristo existe desde os dias do Senhor Jesus Cristo (seu Fundador e Organizador) até agora pela promessa dele. Se a igreja cessasse de existir durante os séculos (como todas as igrejas falsas dizem) a promessa de Cristo falhou e não poderíamos confiar em nenhuma promessa mais de Cristo. Pode ser? De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso!

CONFORMIDADE DOUTRINÁRIA

Podemos também identificar a igreja verdadeira de Cristo pela doutrina dela. (Efésios 3:9-10, 21) Ela é a coluna e firmeza da verdade. (I Timóteo 3:14-15) Cristo deu a ela a sua Palavra para pregar e guardar.

(Mateus 28:18-20) Ela tem proclamado, guardado, preservado, e conservado a Palavra dele durante os séculos desde os dias de Cristo, seu cabeça. Ela tem batalhado pela fé que uma vez foi dada aos santos. (Judas 3-4) Ela tem repreendido os infiéis para que sejam sãos na fé. (Tito 1:12-14) Se ela não tem feito isto, quem tem? A igreja de Cristo ainda está no mundo batalhando pela fé, e estará até que Cristo volte, pela promessa dele. Vamos identificar a igreja do Senhor Jesus Cristo através da doutrina bíblica que ela prega e vive.

1. Salvação. Ela prega o Evangelho genuíno do Senhor Jesus Cristo através  da Bíblia. O pecador pode ser salvo pela graça somente pela graça, através da obra que Cristo fez na cruz para salvar o pobre pecador.

O pecador não pode se salvar, mas tem que se arrepender dos seus pecados e crer em Cristo como seu Salvador pessoal. O Evangelho é que Cristo morreu, foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia para salvar e buscar o pecador. O pecador recebe perdão dos seus pecados e vida eterna pela fé em Cristo, e que o não salvo será lançado no inferno para sempre. Ele só recebe na sua igreja pessoas salvas e não pessoas não salvas. (Atos 2:41)

O Senhor Jesus Cristo - O Único Cabeça, Fundador, e Legislador da Igreja.  Bíblia a Única Regra de Fé e Prática. A Palavra de Deus é nossa arma espiritual. (I Timóteo 3:15-17, II Timóteo 3:16-17)

DECLARAÇÃO DE FÉ DA IGREJA CRISTÃ ESTABELECIDA NA PALAVRA

Cremos na BÍBLIA SAGRADA, infalível Palavra de Deus, totalmente inspirada pelo Espírito Santo, e por isso a aceitamos plenamente como fonte de fé e doutrina (1Ped.1:20,21; 2Tim. 3:16,17; Rom. 15:4; João 5:39; Is. 8:20 34:16; At. 17.11; Luc. 24:33,44,45).                       

Cremos no EVANGELHO DO SENHOR JESUS CRISTO, que é o poder de Deus para salvação de todo o que nele crê (Rom.1:16); a nova Aliança de Deus com os homens;  a Dispensação da graça de Deus (Ef.3:2); o meio providenciado por Deus, para que o homem seja a Ele reaproximado (2Cor. 5:19). Isto é religião - "religação com Deus".                              

Cremos no  "ÚNICO E VERDADEIRO DEUS”, soberano e eterno Criador dos céus, da terra, e de todo o Universo; Criador de todos os seres viventes, inclusive o homem, coroa da criação, formado do pó da terra pelas mãos do Todo-Poderoso, à Sua imagem, conforme a Sua semelhança (Gen. cap.1; Deut.4:35,39;6:4;32:39;Is. 42:5,8; 43:10,11; 44:6,8,24; 45:5,6,12,14,18,21,22; 44:9; Jer. 27:5; Jó Caps.38-41; Mc. 12:29,32; 1Cor. 8:4,6; 1Tim. 1:17; e 2:5; Judas v.25; Rom.16:27; Tiago 2:19, etc.).                                                                                     

Cremos que o eterno Deus  revelou-Se ao mundo em corpo  humano, em  JESUS CRISTO  (Jo.1:1-14; 2Cor. 5:19; João 14:9; Is. 7:14; 9:6; Mat. 1:21,23,etc). 

Cremos na salvação (ou vida eterna) como dom gratuito de Deus, através do sacrifício de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, como diz o apóstolo Paulo: “Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé – e isto não vem de vós, é dom de Deus; não provém das obras, para que ninguém se glorie” (Ef. 2:8,9; At. 15:11, e refs.).                      

Cremos no Batismo nas águas por imersão, “EM NOME DE JESUS CRISTO", para perdão dos pecados, conforme as Escrituras  -(At. 2:38; Luc. 24:47; At. 8:12-16; 10:48; 19:5; 22:16; 1Cor. 1:13-15).                                                

Cremos no Batismo do Espírito Santo,  com o sinal de falar "novas línguas, e nos dons espirituais, em cumprimento à promessa de Deus através do profeta Joel, que nos últimos dias derramaria do Seu Espírito sobre toda carne (Joel 2:28), e que se cumpriu na Igreja de Cristo, no Dia de Pentecostes” (Atos 2: 1-4);                                

Cremos na Segunda Vinda de Cristo, em dois estágios:  Primeiro, para arrebatar a Sua Igreja (1Tess. 4:13-18 e 5:1,etc.),  e, Segundo, para estabelecer o Milênio (o reinado de 1000 anos de Paz e Justiça Universal) sob o domínio de Jesus Cristo - O Rei do reis (Apoc.11:15-18; 20:1-7, etc.).  

Celebramos a Santa Ceia do Senhor, em memória da sua morte, e anunciando a sua volta, utilizando o pão (sem fermento ou outras composições) que tipifica o seu corpo, e o vinho (puro, produto da vide) que tipifica o seu sangue que por nós foi derramado.                                                  

Ensinamos que os crentes em Jesus Cristo devem entregar os dízimos. O Dízimo é o "Plano financeiro de Deus para a Sua Obra na terra". "DIZIMO" significa "a décima parte" das rendas, consagrada ao Senhor (Ml. 3:10; Pv. 3:9,10 e refs.).        

Nos reunimos e celebramos o Dia do Senhor, O 1º Dia da semana, pela ressurreição do Senhor Jesus Cristo, reservando-o para o louvor a Deus, estudo e meditação na sua bendita Palavra.

Não apoiamos o extremismo (fanatismo) religioso sob qualquer pretexto, pois a Palavra de Deus nos ensina a sermos: "moderados, tratáveis e pacíficos...” (Tiago 3:17; 1Ped. 3:15).                                                                    

Nós adotamos como doutrina ou regras de fé e conduta disciplinares as práticas bíblica, tais como o uso do véu pelas irmãs, e a saudação com ósculo santo (beijo), etc.

BREVE ESTUDO BÍBLICO DA FÉ DEFENDIDA PELOS CRISTÃOS GENUÍNOS

1. A BÍBLIA SAGRADA

Nós cremos ser a Bíblia Sagrada inspirada por Deus; a Palavra de Deus infalível . "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, " (2 Timoteo.3:16)..

A Bíblia é a única autoridade de Deus-determinada que o homem possui; portanto, toda a doutrina, fé, esperança, e toda a instrução para a igreja devem ser fundadas em, e harmoniza com, a Bíblia. Será lida e será estudada em todos lugares por todos os homens, e só pode ser entendido claramente por esses que são ungidos pelo Espírito Santo (1 João.2:27). "... porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. " (2 Pedro.1:20, 21).

2. ÚNICO E VERDADEIRO DEUS

Nós cremos no único Deus imortal, eterno: infinito em poder, Santo em natureza, atributos e propósito; e possuidor da deidade absoluta, indivisível. Este verdadeiro Deus é o que se revelou como Pai, pelo seu Filho, em redenção,; e como o Espírito Santo, através de emanação. (1 Cor. 8:6; Ef. 4:6; 2 Cor.5:19; Joel.2:28).

A Bíblia Sagrada, prova a existência de Deus; afirma, assume e declara que o conhecimento de Deus é universal. (Romanos.1:19,21, 28, 32,; 2:15). Deus é invisível, incorpóreo, sem partes, sem corpo, e portanto livre de todas as limitações. Ele é Espírito (João 4:24), e um espírito não possui carne e ossos. (Lucas.24:39).

O primeiro de todos os mandamentos é, ouve, O Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Marcos 12:29; Deut..6:4). "um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos " (Efe. 4:6).

Este é o único Deus verdadeiro que se manifestou no Antigo Testamento de diversas maneiras; no Filho enquanto Ele caminhou entre homens; como o Espírito Santo depois da ascensão.

3. O FILHO DE DEUS

O único e verdadeiro Deus, o YHWH (YHAWEH) do Antigo Testamento, tomando Ele mesmo a forma de homem, e como o Filho de homem, nasceu da virgem Maria. Como diz Paulo "e sem controvérsia grande é o mistério da Piedade: Deus foi manifesto na carne, justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos Gentios, crido no mundo, recebido em cima na glória" (1 Timoteo.3:16).

"Ele veio até os seus, e os seus não O recebeu (João.1:11). Este único e verdadeiro Deus foi manifestado na carne, quer dizer, no seu Filho Jesus Cristo . "...a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. "(2 Cor. 5:19).

Nós cremos que, "... n"Ele ( Jesus) habita corporalmente toda a plenitude da Divindade " (Col. 2:9). "Porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude " (Col. 1:19). Portanto, Jesus na sua humanidade era homem; na sua divindade era e é Deus. A sua carne era o cordeiro, ou o sacrifício de Deus. Ele é o único mediador entre Deus e o homem. "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, " (1 Timoteo.2:5).

Jesus no lado do seu Pai era divino, no lado da sua mãe, humano; Assim, Ele era conhecido como o Filho de Deus e também o filho do homem, ou o Deus-homem.

"Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. " (1 Cor.15:27). "Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. " (1 Cor.15:28).

Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso.(Apoc.1:8).

4. O NOME DE DEUS ATRAVÉS DA ESCRITURAS

Deus usou diferentes títulos, como "Elohim" (Deus), "Adonay" (Senhor), e muitos outros nomes-títulos, que revelam o seu caráter em favor do seu povo.

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; " (Isaias.9:6). Esta profecia de Isaias foi cumprida quando o Filho de Deus foi nomeado, "Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles." (o Mat.1:21).

"E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. " (Atos.4:12).

5. ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO

Perdão e remissão de pecados são obtidos através de arrependimento genuíno, confessando e abandonando os pecados. Nós fomos justificados pela fé no Senhor Jesus Cristo (Romanos.5:1). João Batista pregou o arrependimento, Jesus proclamou isso, e os Apóstolos enfatizaram aos judeus e Gentios. (Atos.2:38,11:18,17:30).

A palavra "arrependimento" vem de várias palavras gregas que significam, mudança de opiniões e propósito, mudança de coração, mudança de pensamento, mudança de vida, transformação, etc.

Jesus disse, - "se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis " (Lucas.13:3).

Lucas 24:47 diz, "e que em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém "

6. BATISMO NAS ÁGUAS - Conceitos Bíblicos do Batismo Cristão

 1. A Origem do Batismo

O rito de lavar com água, simbolizando a purificação religiosa, ou consagração a Deus, era usado pelos israelitas com muita frequência, pelas ordenanças bíblicas da Lei. Creem muitos que no tempo de Cristo, e em tempos anteriores e posteriores, os prosélitos do Judaísmo eram batizados.

Assim, quando João Batista foi enviado por Deus, a pregar o arrependimento a Israel, aplicava o batismo a todos que aceitavam a sua mensagem (João 1:33). Este era o “batismo de arrependimento”, e não perdoava pecados, porque o doador do perdão ainda não tinha Se revelado, e mesmo após ter-Se revelado, o perdão dos pecados através do batismo, viria somente no Seu Nome, após a Sua glorificação (Luc. 24:45-47; At. 2:38).

O Batismo de João continuou a ser praticado pelos seus seguidores, por algum tempo, mesmo após o nascimento da Igreja, no Dia de Pentecostes. Possivelmente, o batismo que os discípulos de Cristo praticavam (João 4:1,2) era uma sequência do Batismo de João, pois alguns deles haviam seguido o Batista e agora eram discípulos do Senhor.

Como símbolo (ou sombra), Israel foi batizado na nuvem e no mar (nuvem de fogo = batismo no Espírito Santo; mar = batismo nas águas).

2.         O SIGNIFICADO DO BATISMO:

2.1 - Em termos literais,  a palavra vem do grego "baptizo",  que quer dizer "mergulho ou imersão", e significa "morte, sepultamento e ressurreição", à semelhança da morte de Cristo (Rom.6:3) - (morte  = arrependimento; sepultamento = batismo; ressurreição  = nova vida na fé do Evangelho). O batismo nas águas é o "novo nascimento" no Reino de Deus. É a exigência primária para nos tornarmos "membros do corpo de Cristo" (João 3:3-5). É o rito iniciatório da Religião - Evangelho de Jesus Cristo (Mc. 16:15).

2.2 - Através do batismo nas águas, "No nome de Jesus Cristo", temos a remissão dos pecados. O cristão, ao descer às águas batismais, estará ali deixando o "velho homem", remindo os seus pecados "EM NOME DE JESUS CRISTO" (Lucas 24:47; Atos 22:16);

2.3 - O batismo nas águas é o "testemunho" da fé em Jesus Cristo:  "Porque  três  são  os  que  testificam  na  terra: O Espírito, a água e o sangue; e estes três são unânimes em propósito” (1Jo.5:7,8):

a) o Espírito,  na vivificação (regeneração)  - Rom. 8:2,6;10,13; 1Cor.15:45; 2Cor.3:6);

b) a água, na lavagem do corpo para purificação (Ef. 5:26;  Heb.10:22;  Tito.3:5; João 3:5; 1Ped. 3:21);

c) o sangue, na expiação dos nossos pecados  (At. 20:28; Heb.9:22; 1Ped. 1:18,19).

Cristo considerou tão importante este ato, que Ele mesmo batizou-Se para nosso exemplo, e destaca: "...quem crer e for batizado, será salvo".

4.  A FÓRMULA DO BATISMO:

As Escrituras nos ensinam que  há um só batismo (Ef.4:5). Tendo sido o batismo bíblico realizado pelos apóstolos, em sua única fórmula, todas as vezes, "EM NOME DE JESUS CRISTO", e sendo a mensagem dos apóstolos, o fundamento da fé cristã   (Ef. 2:20), todo crente em Jesus Cristo, deve compreender que o texto bíblico de Mateus 28:19 "Ide, ensinai, batizando em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo,  foi uma ordem de Cristo aos discípulos, que necessitou de que o próprio Senhor Jesus lhes abrisse o entendimento  para que compreendessem as Escrituras, isto é, para que entendessem que o Pai, e o Filho, e o Espírito Santo não são três pessoas, nem são três nomes, mas três títulos do Deus único, que tem um nome, a saber: "SENHOR JESUS CRISTO". (Lucas.24:45-49).

4.  O BATISMO REALIZADO

Os apóstolos entenderam, e não erraram, nem desobedeceram ao Senhor Jesus, quando da realização do primeiro batismo, mas usaram "O NOME" que o Senhor lhes deu, o Único que pode salvar  (Atos.4:12; Mat.1:21; etc.).

Os que argumentam que o batismo realizado por Pedro, em Atos.2:38, foi especificamente para os judeus, ainda não leram,  ou  negligenciam as demais Escrituras do Livro de Atos e das Epistolas, que nos informam que:

4.1 - Os Samaritanos (At.8:12-16);

4.2 - Os etíopes, através do eunuco (8:26-40); 

4.3 - Os romanos (10:48); 

4.4 - Os filipenses  (16:31-33); 

4.5 - Os efésios (19:5); 

4.6 - Os Coríntios  (1Co. 1:13-15), 

4.7 - O apóstolo Paulo (At.22:16),  todos foram batizados “EM NOME DE JESUS CRISTO”, e não na   fórmula registrada por Mateus. É importante observarmos que quando da realização dos batismos pelos apóstolos, o Livro de Mateus ainda não havia sido escrito, pois o mesmo deve ter sido escrito após o Ano 60 d.C.  Sendo os Livros de  Lucas e Atos, da mesma época (aproximadamente),  não faria sentido o registro por Mateus, no Cap. 28:19, a não ser para provar a "inspiração das Escrituras".

Outro detalhe é que o apóstolo Mateus estava entre os doze presentes ao primeiro batismo (At.1:13), e  não se opôs à fórmula, ou nome usado pelo apóstolo Pedro, para batizar quase três mil almas. Ou aceitamos o Batismo Bíblico Apostólico, ou deixamos em dúvida a total inspiração das Escrituras Sagradas, ou ainda deixamos em dúvida a autoridade dos apóstolos, concedida por Cristo para abrirem "as portas do Reino dos céus”, pela pregação do Evangelho, o que põe em risco a própria fé dos que não aceitam o batismo realizado por Pedro, dizendo que preferem crer nas palavras de Jesus, registradas por Mateus. Se a fé cristã está edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, como ficaria a construção do edifício da nossa fé, se Pedro tivesse errado?

5. O QUE DIZ A HISTÓRIA DA IGREJA:

Ao contrário do que afirmam os “teólogos” de nossa época, em seus livros de Doutrina,

A História da Igreja prova que: 

a) Entre os primeiros discípulos o batismo era, em geral, feito ‘Em o Nome de Jesus Cristo’.

b) Não há menção ao batismo em o nome da Trindade no Novo Testamento, a não ser no mandato atribuído a Cristo, em Mateus.28:19.

c) Os líderes cristãos do Século III continuaram a reconhecer a forma mais antiga e o batismo Em Nome de Cristo era considerado válido. (W.Walker, p.127)

Todos os batismos realizados pelos apóstolos e pela Igreja Cristã, conforme as Escrituras, e segundo prova a História da Igreja, até cerca do ano 185d.C, foram “Em Nome de Jesus Cristo”, e não na forma trinitária.

A doutrina da Trindade, que divide o eterno e indivisível Deus, em três Pessoas, foi introduzida na Igreja Cristã pelos chamados “pais da Igreja”: Tertuliano, Cipriano, Atanásio e outros, entre 185 a 250 d.C., e oficializada pelo primeiro Papa-Imperador Constantino, no Concilio de Nicéia, no ano 325d.C. Tertuliano tornou-se o “pai da doutrina da Trindade”, como também o pai do termo “católica” para a Igreja, para dar-lhe o sentido de “universal”.  Foram esses mesmos teólogos que mudaram a fórmula batismal bíblica apostólica “Em Nome de Jesus Cristo”, para uma fórmula que viesse  satisfazer os seus conceitos pagãos. Infelizmente, os defensores da verdade da Unicidade de Deus e do Nome de Jesus cristo (Noelio, Sabelio, Calixto e outros), foram tachados de hereges, perseguidos, excomungados, e até martirizados. E embora tenham se passado tantos séculos, os “teólogos” cristãos de hoje nada tem feito pela verdade da Palavra de Deus, preferindo se acomodarem sobre uma doutrina padrão da Igreja Católica Romana.

BATIZAMOS EM NOME DE JESUS CRISTO, PORQUÊ:

a) Este é o único batismo bíblico, e somente no Nome de nosso Senhor Jesus Cristo há perdão para os nossos pecados, e em nenhum outro nome há salvação. (Luc.24:47; 1João 2:12; Atos 4:12); E totalmente admissível que e pronuncie os títulos Pai, Filho e Espírito Santo. Sabendo por certo que títulos não é nome, portanto para estarmos em conformidade com a palavra aplica-se o Nome Senhor Jesus Cristo. Porque Senhor é Pai, Jesus é Filho e Espírito Santo é Ungido” Messias, Cristo”. “E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.”Cl.3:17. “Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu.”2 Ts.3:6.

b) Aquele que nasceu de novo, tornou-se filho de Deus, deve aceitar o nome do Pai através do batismo, para se tornar herdeiro.

c) Jesus Cristo é o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Is.7:14; Mat. 1:23; João.17:6,12).

d) Jesus Cristo não é a segunda Pessoa. Ele é o Primeiro e o Último, Aleph e o Tav, o Alfa e o Ômega, o A e o Z, o Princípio e o Fim, aquele que era, e que é,  e que há de vir, o Todo-Poderoso!

Prepara-te, Israel, para te encontrares com o teu Deus! Prepara-te, Igreja, para te encontrares com o teu Senhor, Jesus Cristo, o verdadeiro Deus e a Vida eterna!

7. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

João o Batista, em Mateus 3:11, diz, "...Ele o batizará com o Espírito Santo, e com fogo."

Jesus, em Atos 1:5, Diz, "...mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias ."

Lucas nos fala Atos 2:4, todos eles foram cheios com o Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas (idiomas), conforme o o Espírito lhes concedia que falasse."

"Os termos batizar com o Espírito Santo e fogo", "cheio do Espírito Santo", e o "dom do Espírito Santo" são palavras sinônimas usadas incontestável na Bíblia.

É bíblico pensar que todos que recebem o dom, enchimento, ou batismo do Espírito Santo receberam o mesmo sinal físico, inicial de falar em outras línguas.

A oração em outras línguas, como registrado em Atos 2:4, 10:46, e 19:6, e o dom de línguas, como explicado em 1 coríntios, capítulos 12 e 14, é o mesmo em essência, mas diferente em uso e propósito.

O Senhor, falou pelo Profeta Joel: "eu derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; ..." (Joel 2:28).

Pedro, explicando esta experiência fenomenal, disse, Ele ( Jesus) tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis . (Atos 2:33). Mais adiante, "... Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar ". (Atos 2:39).

8. DOUTRINA FUNDAMENTAL

Nossa doutrina básica e fundamental é o padrão Bíblico de salvação completa que é arrependimento, batismo em águas por imersão no nome do Senhor Jesus Cristo para o perdão dos pecados, e o batismo do Espírito Santo com o sinal de falar em outras línguas como o Espírito Santo concede a cada um.

Empreendamos esforços para manter a unidade do Espírito até que todos cheguemos à unidade da fé, ao mesmo tempo, admoestando todos os irmãos que não contendam com as suas diferentes visões para desunião do corpo – esforçando-nos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.  A graça do único Deus e  Senhor Jesus Cristo seja com todos amém!

CAPITULO 1

A IGREJA DE JESUS CRISTO NAS ERAS

O QUE A IGREJA NÃO É:

Não é a continuação da Dispensação Judaica com nome diferente. Como já vimos referente aos JUDEUS, estes tem sido colocados de lado por um tempo para que a passagem fique clara e aberta para a IGREJA. JESUS disse, "Os profetas e a lei... até João" (Mat.11:13). Se as Escrituras colocam a Moisés, a Lei e os Profetas numa só dispensação, fazem com que JESUS CRISTO e a GRAÇA estejam noutra dispensação. Assim, esta é a ORDEM DIVINA e nós a iremos respeitar e não ajuntar aquilo que DEUS separou. É por alguns acreditarem que a IGREJA não passa de apenas outra face do que eles chamam "A IGREJA JUDIA", que insistem com "rituais cerimoniais" e mantém o sacerdócio com seu altar, vestuário, etc., seus edifícios (prédios para adoração) com o formato do Templo, e chamam as ORDENANÇAS da IGREJA de "SACRIFÍCIOS" e "SACRAMENTOS". Vão ainda além ao denominar (ou querer chamar) a IGREJA de A IGREJA DO ESTADO - isto é, do governo querendo com isto fazer da IGREJA cabeça do governo do pais. Declaram e reclamam que as promessas de riquezas e glória do Velho Testamento tem sido transferidas dos JUDEUS a IGREJA. Veremos, no entanto, que isto não é o ensino das Sagradas Escrituras.

NÃO É "O REINO"

João Batista veio pregando que o REINO DOS CÉUS tinha chegado, e JESUS enviou os 12 (doze) e os 70 (setenta) a fazer isso mesmo. Mas o povo JUDEU rejeitou o REI, e o estabelecimento do REINO foi "prorrogado" ou ADIADO. Não poderá haver nenhum REINO até que "... certo homem nobre" que "... partiu para uma terra remota" a fim de tomar o REINO, possa VOLTAR. (Lucas 19:12)

A IGREJA nunca é confundida com o REINO nas Escrituras. A IGREJA é comparada; a uma casa (I Tim. 3:15); a um templo (I Cor. 3:16,17); a um corpo (I Cor. 12:27-31); mas nunca a UM REINO. CRISTO é a Cabeça da IGREJA (Ef. 1:22; 4:15; Col. 1:18) e nunca se diz ser SEU REI mas, sim, a relação de Cristo com a IGREJA é a de NOIVOS (Ef. 5:23-32; Apoc. 21:2,9,10).

QUE A IGREJA É:

É UM "MISTÉRIO"

O REINO não era um mistério. Os profetas do Velho Testamento o descreveram em termos luminosos. Mas havia ALGO que era um MISTÉRIO para eles, e isso era o que viria entre "... os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória...". Então temos ALGO aqui que vem entre "o sofrimento e a glória" (I Pedro 1:9-12). Isto é, entre a CRUZ e a COROA. JESUS foi quem "confidenciou" que isto seria a IGREJA, em Mat. 16:13-20, não dizendo nessa oportunidade como, nem quando, ela haveria de aparecer. O mistério da IGREJA foi primeiramente REVELADO ao apóstolo Paulo em Efésios 3:1-11, "Por esta causa, eu Paulo, sou o prisioneiro de JESUS CRISTO por vós, os gentios; se é que tendes ouvido A DISPENSAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS, que para convosco me foi dada; Como me foi este MISTÉRIO manifestado pela REVELAÇÃO...

O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido REVELADO pelo Espirito aos seus santos apóstolos e profetas, a saber: que OS GENTIOS são co-herdeiros, e de UM MESMO CORPO e participantes da promessa em Cristo pelo EVANGELHO;... Para que agora, pela IGREJA, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida... Segundo O ETERNO PROPÓSITO que fez em Cristo JESUS nosso Senhor."

Destas Escrituras vemos que a IGREJA era desconhecida aos Patriarcas e Profetas do Velho Testamento. AGORA, que OS GENTIOS teriam oportunidade para se salvar NÃO era MISTÉRIO, como se pode verificar em Rom. 9:24-30. O MISTÉRIO era que Deus iria formar um corpo diferente, ou "UMA COISA NOVA", composta de JUDEUS e GENTIOS (Ef. 2:11-16) e esta NOVA COISA que Deus iria fazer é a IGREJA. A Igreja é o "elo" de ligação dos judeus aos gentios; dos descendentes de Sem aos descendentes de Jafet e Cam. A Igreja, que é de origem judaica abriga os gentios. Significa: Jafet e Cam habitando nas tendas de Sem.

SIGNIFICADO: É um corpo composto dos "chamados para fora". A palavra IGREJA vem da palavra Grega "ECCLESIA" que significa "assembleia, ou congregação, ou "chamado para fora". Mas esta não é uma palavra usada exclusivamente para a IGREJA, pois ISRAEL também era uma congregação "chamada para fora do Egito" e de outras nações, o qual é chamado de "congregação (IGREJA) do deserto" em Atos 7:38. Qualquer Assembleia de adoradores que se congregam ou ajuntam num lugar de reunião para cultuar a Deus é uma "ECCLESIA" (Mat. 18:17; I Cor. 14:19,35).

O propósito desta dispensação pode ser visto no "Programa Divino" esboçado pelo Apóstolo Tiago na sua mensagem a Igreja Primitiva que estava reunida no seu primeiro congresso (concílio, convenção) em Jerusalém (Atos 15:13-18), onde ele declara que "Deus visitou os gentios, para tomar deles UM POVO PARA O SEU NOME."

Então, o propósito desta dispensação não é a conversão de TODO O MUNDO mas, sim, o de CONGREGAR (reunir, ajuntar) UM POVO para o SEU NOME. Isto é, a IGREJA.

Enquanto que ISRAEL é um CORPO DE CONGREGADOS (chamados para fora), é "UM CORPO NACIONAL", composto exclusivamente dos descendentes de Abraão; mas a IGREJA não é UM CORPO NACIONAL, porque não se compõe dos descendentes de uma só nação, porém de INDIVÍDUOS chamados de todas as nações, tribos, povos e línguas. Que Israel e a IGREJA são diferentes e separados, e portanto não os podemos misturar, fica claro no fato de que sua Eleição foi feita em épocas diferentes; e que a ELEIÇÃO da IGREJA é ANTERIOR a ELEIÇÃO de ISRAEL.

Israel foi escolhido desde a FUNDAÇÃO DO MUNDO (Mat. 25:34); A IGREJA foi escolhida (ELEITA) antes da FUNDAÇÃO DO MUNDO (Ef. 1:4-6).

Desde a criação do homem, Deus tem estabelecido na Sua Palavra, o Seu Plano de ter um povo separado para o Seu Nome. Essa maravilhosa história iniciou-se e teve sequência com os nossos primeiros pais: Adão, Abel, Sete, Matusalém, Enoque e Noé (este, salvo do dilúvio por sua justiça e fé em Deus). Após o dilúvio, Deus escolheu a Abraão e seus descendentes - O povo de Israel, no meio do qual habitou, sendo o Seu Guia, Pastor, Pai, Rei, Senhor e Salvador. Israel foi a "congregação" de Deus, no Antigo Testamento. Quando a Congregação de Israel rejeitou o seu Redentor, entregando-o a morte de cruz, a salvação foi estendida a todos os povos gentios, aos que crerem no Seu Nome - JESUS (João 1:12), em cumprimento a profecia do profeta Isaías (42:1-6; 49:6), citada no primeiro Concílio de Jerusalém (Atos 15:14-17), antes ouvida por Paulo na visão a caminho de Damasco, e mais tarde mencionada por ele mesmo aos Romanos (11:11).

É O CORPO DE CRISTO

Em Ef.1:22,23. lemos, "E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o construiu como cabeça da IGREJA, que é O SEU CORPO...". No versículo 20 é demonstrado que para ser a CABEÇA, Cristo foi colocado a direita (lugar de PODER) nos céus. Assim, primeiro foi formada a CABEÇA para dar vida ao CORPO. A IGREJA assim veio a ser o CORPO e a CABEÇA é CRISTO. Para ver como é que este CORPO funciona e foi formado nos é revelado em I Cor. 12:12,13.

a) O CORPO é um;

b) Tem muitos membros;

c) Muitos membros formam um CORPO - assim é CRISTO;

d) Por um mesmo ESPÍRITO somos TODOS batizados (batismo com o Espírito Santo) em um CORPO;

e) Todos temos bebido do mesmo ESPÍRITO.

Vemos deste modo que - O BATISMO DO ESPÍRITO SANTO nos incorpora (torna uma parte) do CORPO DE CRISTO.

É por isto que NÃO PODIA existir (haver) A IGREJA até o DIA DE PENTECOSTES (Atos 1:8; 2:1-4).  Na sua epístola aos Efésios, aonde trata quase que exclusivamente do que é a IGREJA, Paulo enfatiza este BATISMO - "HÁ UM SÓ CORPO (A IGREJA) É UM SÓ ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, Uma só fé, Um só batismo, Um só Deus (o Senhor JESUS Cristo) o qual é sobre todos, e por todos e em todos (Ef.4:4-6). Para que não haja erro (confusão) do que Paulo está se referindo, ao falar de UM CORPO, em I Cor. 12:27 diz, "Vós sois o CORPO DE CRISTO."; e em Rom 12:5 o reafirma dizendo, "Assim nós, que somos muitos, somos UM SÓ CORPO EM CRISTO."

O fato de que a IGREJA é UM CORPO composto de MEMBROS VIVOS nos mostra que ela não é uma organização, mas um ORGANISMO. Uma organização pode ser desmantelada parte por parte e voltar a ser organizada para que funcione novamente. Um ORGANISMO é diferente em que, sendo composto por membros vivos, ele não pode ser desmantelado e depois ser colocado novamente em funcionamento. Exemplo: Arrancamos o coração, ou o cérebro, ou qualquer outro órgão vital dum ser humano e não conseguiremos os colocar ou montar de volta para que o órgão funcione. Essa é a diferença de ORGANIZAÇÃO para ORGANISMO. No CORPO DE CRISTO é assim. Portanto, não podemos perder membros do SEU CORPO, pois isto seria mutilá-lo. Mas temos uma CERTEZA, e esta é de que a IGREJA não pode, e não morrerá porque Cristo, que é A CABEÇA, está VIVO e VIVE ETERNAMENTE. É ELE que dá VIDA ao CORPO (A IGREJA) (Apoc.1:18; Col. 3:4). Ele já deu a SUA VIDA pela IGREJA (Ef. 5:23-25).

Por que chama-se a IGREJA de O CORPO DE CRISTO? Porque é através do corpo (cada crente é uma parte desse corpo) que a CABEÇA, que é Cristo, pode se manifestar. Cristo pode ser visto hoje só por meio da vida de cada crente.

São os crentes que, ao se manifestarem pelo seu modo de viver, REVELAM ao mundo quem é CRISTO (Fil. 1:21). O HOMEM PERFEITO. Desde que CRISTO é a CABEÇA e o CORPO é a IGREJA, vemos que uma CABEÇA PERFEITA como CRISTO pode tornar o CORPO PERFEITO. "E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores. Querendo o APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS, para a OBRA DO MINISTÉRIO, para edificação do CORPO DE CRISTO; até que todos cheguemos a unidade da fé... A VARÃO PERFEITO, a medida da estatura completa de Cristo." (Ef.4:11-13).

CAPITULO 2

A IGREJA É DESCRITA POR PAULO EM I COR. 3:9-17 COMO:

A figura dum EDIFÍCIO ou de um TEMPLO, de quem Cristo é a PEDRA ANGULAR (principal da esquina). "No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois EDIFICADOS para morada de Deus em Espirito." (Ef. 2:21,22) S. João 1:14 diz que, "O Verbo (A PALAVRA - JESUS) se fez carne, e habitou entre nós".

 a. Deus se manifestou em carne - JESUS;

b. A GLÓRIA SHEKINAH estava tabernacularizada no CORPO de JESUS CRISTO;

c. Isto foi uma demonstração do que faria em nós para nos tornar a morada de Deus em Espirito.

d. Quem nos vê (os crentes batizados com o Espírito Santo) está vendo o CORPO de CRISTO ou a morada de Deus em Espírito.

É A NOIVA DE CRISTO

No presente tempo a IGREJA é uma NOIVA dada em casamento. "Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo." (II Cor. 11:2) O primeiro Adão teve sua esposa. Gen. 2:18, 21-24 nos fala de como Adão obteve sua esposa, "E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada VAROA, porquanto do VARÃO foi tomada." segundo Adão, JESUS Cristo, viveu só durante sua vida na terra; mas um profundo sono o acometeu - o sono da morte - e seu lado foi ferido, e como RESULTADO da EXPIAÇÃO que fez na CRUZ, saiu do seu lado (como saiu do primeiro Adão uma esposa) - a IGREJA, a qual o ESPIRITO SANTO deu VIDA no DIA de PENTECOSTES. Da mesma maneira que Adão disse de Eva, "Esta é osso dos meus ossos e carne da minha carne", a IGREJA pode dizer "Somos membros do SEU CORPO, da sua carne, e dos seus ossos". (Ef. 5:22-33).

a) Eva foi apresentada (trazida) a Adão. Do mesmo modo a IGREJA a CRISTO, Ef. 5:27.

b) Eva foi dada (casada) a Adão, assim como a IGREJA o será a CRISTO, Gen. 2:24; Mat. 19:4,5; Ef. 5:31.

A IGREJA é tanto a NOIVA como a ESPOSA de CRISTO; foi assim também com EVA que era parte do corpo de Adão antes de ser a esposa dele.

A Igreja é a mais excelente obra do Criador, por ter-lhe custado o mais alto preço: o Seu próprio sangue, no corpo que Ele tomou - JESUS CRISTO, para salvar a humanidade (At. 20:28; Tito 2:14; 1Ped. 1:13-18).

A ORIGEM DA IGREJA

Como já vimos, a IGREJA teve sua ORIGEM na mente de Deus ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO, mas não veio a existência até que CRISTO ascendeu aos céus. No terceiro ano do ministério de CRISTO, quando ISRAEL já o tinha praticamente rejeitado, quando a "sombra da CRUZ" se parecia projetar sobre ele, e sabendo que tendo "oferecido" o REINO esta oferta seria RETIRADA e a IGREJA seria estabelecida, desejando preparar seus discípulos para o que estava por vir, JESUS os levou até Cesárea de Felipo, e ali lhes perguntou, de acordo com Mat. 16:13-20, "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?". Depois que ouviu os discípulos falar do que os homens diziam ser Ele, fez a pergunta, agora dirigida a eles, "E vós, quem dizeis que eu sou?". Simão Pedro respondeu, "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo", ao que JESUS respondeu, "... tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." Lendo o versículo na forma literal não percebemos as palavras na sua mensagem e seu significado espiritual. PEDRO no idioma Grego quer dizer "pedra" (pequena). PETRA no idioma Grego quer dizer "pedra" mas no sentido de uma enorme massa de pedra, ou seja, ROCHA.CRISTO é a ROCHA, portanto as palavras de JESUS simplesmente aludiram a confissão de Pedro, que diz "TU ÉS O CRISTO" - A ROCHA. Para confirmar isto, deixamos o próprio Apóstolo falar na sua epístola (I Pedro 2:4-8), aonde chama Ele (JESUS) de:

1) PEDRA VIVA (Vs. 4)

2) PEDRA PRINCIPAL DA ESQUINA (Vs. 6)

3) A PEDRA que os edificadores rejeitaram (reprovaram)(Vs. 7)

4) Para os incrédulos:

a) PEDRA DE TROPEÇO

b) ROCHA DE ESCÂNDALO

O Apóstolo Paulo diz em Ef. 2:20-22, "Edificados sobre o FUNDAMENTO dos apóstolos e dos profetas, de que JESUS CRISTO é a PEDRA PRINCIPAL DA ESQUINA; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para TEMPLO SANTO no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para "MORADA DE DEUS EM ESPÍRITO".

A FUNDAÇÃO da IGREJA aconteceu com a MORTE, RESSURREIÇÃO e ASCENSÃO de CRISTO, quando ele se tornou a ROCHA DA ESQUINA da fundação ou do FUNDAMENTO da IGREJA. Nesta PEDRA DA ESQUINA surgiu a IGREJA no Dia de Pentecostes com mais 120 pedras que amarravam bem o fundamento e naquele mesmo dia mais 3.000 (três mil) outras pedras foram colocadas na estrutura do EDIFÍCIO (a IGREJA - Atos 2,4). Poucos dias depois mais 5.000 (cinco mil) pedras foram acrescentadas ao glorioso EDIFÍCIO para morada de Deus em espírito. Assim, através dos séculos, até chegar a nós, milhões tem sido agregados e assim, "Sois edificados CASA ESPIRITUAL e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por JESUS CRISTO" (I Pedro 2:5). Quando JESUS disse a Pedro que edificaria Sua IGREJA na confissão de Pedro ("TU ÉS CRISTO" - A ROCHA), ele disse, em Mat. 16:18, "... e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Quer dizer, as portas do HADES o qual vemos em Lucas 16:26 que é, "... um grande ABISMO (que está dividido em duas partes)... de sorte que os que quisessem passar (de um lado para outro)... não poderiam." As chaves da porta desse lugar (o inferno) estão com JESUS (Apoc. 1:17-18), o que vem a ser um golpe muito grande na Igreja Católica Romana de que Pedro tem estas chaves.

As chaves que JESUS deu a Pedro são AS CHAVES DO REINO DOS CÉUS (Mat. 16:19), e estas Pedro usou no Dia de Pentecostes para dar entrada ao Reino dos Céus - a IGREJA - a 3.000 (três mil) almas. Estas chaves são três:

1) Arrependimento

2) Batismo nas águas em NOME DE JESUS

3) Batismo com o Espírito Santo (Atos 2:38).

Então quem pertence a IGREJA? Se a IGREJA começou no Dia de Pentecostes e se completa no ARREBATAMENTO da SEGUNDA VINDA de CRISTO, o qual é a IGREJA que constituí a NOIVA de CRISTO? Por lógica os que entraram pela porta da qual pertencem as chaves de Atos 2:38. Apenas os que entrarem usando essas chaves entre o Dia de Pentecostes e o Arrebatamento na Segunda Vinda de CRISTO pertencem a Igreja.

A MISSÃO DA IGREJA

Desde que a IGREJA não é uma ORGANIZAÇÃO, mas sim um ORGANISMO, A IGREJA não é:

Um clube social,

Um lugar de lazer,

Um negocio para vender benéces, indulgências ou outras mercadorias,

Um reformatório para "reformar" viciados e outras espécies que ajudam só o corpo físico da pessoa. A obra social não é a missão da IGREJA (Mar. 14:7).

1) Nos dias que CRISTO andou na terra com seus discípulos o mundo era cheio de misérias e vícios, mas JESUS não organizou nenhuma agencia social ou reformatória, o que na verdade é obrigação do governo e do Estado e NÃO da IGREJA. Podendo e devendo, portando o Cristão se organizar no seio da igreja para praticar a Caridade por intermédio da ação Social.

2) CRISTO mostrou que os males do mundo são causados pelo PECADO, e que o único caminho para a erradicação do pecado é pela REGENERAÇÃO do SER HUMANO, a começar de dentro do coração. Assim JESUS deu o EVANGELHO ao mundo.

3) A missão da IGREJA é a de levar o EVANGELHO a todo o mundo (Mar. 16:15; Rom 1:16).

4) O EVANGELHO não é um sistema de Ética, ou código de moral mas, sim, é o PODER de DEUS para SALVAÇÃO a TODOS os que CRÊEM.

5) O propósito do EVANGELHO não é o de salvar todo o mundo mas de salvar indivíduos que formarão o CORPO DE CRISTO, que é a IGREJA. Tendo porêm ordem direta do Senhor Jesus de pregar o evangelho a todo o mundo.

6) O grande erro que muitos tem feito é que tem tomado As Promessas que Deus fez a Israel apropriando-as ou aplicando-as a IGREJA, crendo assim que a IGREJA deve governar a sociedade, países ou o mundo. Estas Promessas são para Israel na Dispensação Milenial e não para a IGREJA.

Tão logo que a IGREJA entra em alianças com parlamentos, senados, congressos de deputados, governadores e prefeitos para ajudar a REFORMAR a sociedade, nega sua verdadeira MISSÃO que é pregar o EVANGELHO (o poder de Deus na Sua Palavra) a TODA CRIATURA, trocando sua missão de salvar as almas pela de reformar o homem físico carnal. Deste modo não poderá produzir os frutos para conseguir O HOMEM ESPIRITUAL.

O DESTINO DA IGREJA

A IGREJA será arrebatada, e este evento acontecerá em duas fases:

1) Os mortos em CRISTO

2) Os que estão vivos

I Tes. 4:16-17 diz, "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus;

a) e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro,

b) Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos ARREBATADOS JUNTAMENTE COM ELES nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares,

(Isto é, duas coisas acontecerão simultaneamente) e assim estaremos sempre com o Senhor.")

Enoque (Gen. 5:24) e Elias (II Reis 2:11) são "tipos" do "arrebatamento da IGREJA e seus santos." O quadro no Monte da Transfiguração são "tipos" da IGREJA já arrebatada estando com o Senhor nos ares (Mar. 9:2-9).

1) Moisés - o "tipo" dos santos ressuscitados.

2) Elias - o "tipo" dos santos arrebatados.

JESUS revelou isso a Marta em S. João 11:25,26, "Eu sou a RESSURREIÇÃO e a VIDA; quem crê em mim, ainda que esteja morto, VIVERÁ; e todo aquele que VIVE, e crê em mim, nunca morrerá..." Harmonize esta Escritura com o que disse Paulo em I Tes. 4:16-17 e verá que tudo encaixa perfeitamente.

No seu capitulo IMORTAL, acerca da RESSURREIÇÃO (I Cor. 15:1-58), depois de descrever a "ordem" da ressurreição (vs. 22-24), Paulo prossegue a nos dizer o que acontecerá com os SANTOS que estiverem vivos. "Eis aqui vos digo um mistério:...

1) nem todos dormiremos (morreremos),

2) mas todos seremos transformados,

3) Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a ultima trombeta; porque a trombeta soará,

a) e os mortos ressuscitarão incorruptíveis,

b) e nós seremos transformados.

4) Porque convém que:

a) isto que é corruptível se revista de incorruptibilidade,

b) e isto que é mortal se revestir de imortalidade, então cumprisse- á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" (vs. 51-55) Somente aqueles que estarão vivos poderão gritar essas duas ultimas frases com todo o direito. Outra vez, veja como I Tes. 4:16-17 corresponde perfeitamente, declarando que o ARREBATAMENTO e a RESSURREIÇÃO serão duas coisas que acontecerão simultaneamente (Mat. 24:27). Em II Cor. 5:1-4, expressando o seu anseio que é o mesmo de todos nós, os santos de CRISTO JESUS, Paulo diz, "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre (nosso corpo) deste tabernáculo se desfizer (morrer), temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E por isso também gememos (neste corpo) desejando ser revestidos da nossa habitação, que é a do céu; Se todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo (corpo), gememos carregados; não porque queremos ser despidos (pela morte), mas revestidos (pela imortalidade), para que o mortal seja absorvido pela vida (o corpo seja transformado)." Em Fil. 3:11-14, "Para ver se de alguma maneira posso chegar a ressurreição dos mortos. Não que já a tenha alcançado... Prossigo para o ALVO, pelo PRÊMIO da soberana vocação de Deus em CRISTO JESUS." Em outras palavras, o PRÊMIO será para os que, sem morrer, possam ser trasladados (arrebatados).

CAPITULO 3

A ÉPOCA DO ARREBATAMENTO

Tanto os que ensinam que a IGREJA irá passar pela GRANDE TRIBULAÇÃO, como os que ensinam que chegará até o meio dos sete anos da GRANDE TRIBULAÇÃO, quando o homem de pecado se manifestar - isto é, o ANTICRISTO se dá a conhecer - Conhecem que essa época é para os SANTOS da igreja, e não só para os SANTOS do povo JUDEU, e que é conhecida como o TEMPO de ANGUSTIA para JACÓ (Jer.30:7) o PRINCIPIO DAS DORES E INICIO  DA GRANDE TRIBULAÇÃO (Mat.24:21). Portanto, a IGREJA não passa pelo período da GRANDE TRIBULAÇÃO que haverá aqui na terra, porque ela terá sido trasladada (os que morreram em Cristo) e arrebatada (os que estiverem vivos). E assim estaremos sempre com o Senhor (I Tes. 4:13-18). A GRANDE TRIBULAÇÃO não é para o aperfeiçoamento da IGREJA, pois não tem nada a ver com a IGREJA. Esta estará com Cristo nos ares (atmosfera). A IGREJA é arrebatada NO PRINCIPIO DAS DORES(Mat.24:21,22) quando começa a GRANDE TRIBULAÇÃO. A GRANDE TRIBULAÇÃO será aqui na terra para os JUDEUS. A IGREJA estará nesse período recebendo O Galardão nas Bodas do Cordeiro (Mat.22:1-14;Apoc.4:1-2; 19:7-9). (Veja os capítulos da Segunda Vinda de Cristo.)

O JULGAMENTO DA IGREJA

1) Será para os CRENTES, pelas suas obras.

2) Será depois que a IGREJA for arrebatada.

3) Será no Tribunal de Cristo (II Cor. 5:10; I Cor. 3:11-15).

4) O resultado - um galardão.

Assim que vemos que o JULGAMENTO da IGREJA é para o futuro. II Cor 5:10 diz, "Porque todos (a IGREJA) devemos comparecer ante o TRIBUNAL DE CRISTO, para que cada um receba (galardão) segundo tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal."

a) Não será um julgamento no sentido de ACUSAÇÃO, mas no sentido de I Cor. 9:24-27, "... os que correm no estádio,... um só leva o PRÊMIO? Correi de tal modo que o alcanceis."

b) Não é um julgamento por pecados mas de OBRAS, como está descrito em I Cor. 3:11-15, o "fundamento... é JESUS CRISTO... se alguém formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um... o dia a declarará... e o fogo provará qual seja a obra de cada um."

c) O galardão (ou prêmio) será representado na coroação do CRENTE:

1) A coroa da VIDA (Tiago 1:12; Apoc:2:10).

2) A coroa de GLÓRIA (I Pedro 5:2-4).

3) A coroa de ALEGRIA (I Tes. 2:19,20; Fil. 4:1).

4) A coroa da JUSTIÇA (II Tim. 4:8).

5) A coroa INCORRUPTÍVEL (I Cor. 9:25).

Então vivamos preparados para o ARREBATAMENTO e o JULGAMENTO da IGREJA (I João 2:28).

AS BODAS DA IGREJA

Apoc. 19:7-9 diz, "Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e damos-lhe glória: porque vindas são as BODAS DO CORDEIRO, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados a CEIA das BODAS DO CORDEIRO."

Notemos bem que não disse "as bodas da noiva", mas do CORDEIRO. Este grande evento não será tanto a consumação das "esperanças" da NOIVA, mas a consumação do PLANO DE DEUS, que Ele estabeleceu ANTES da fundação do mundo (Ef.1:4). Nas bodas dos reis daqui da terra nada poderia ser comparável ao INCOMPARÁVEL, pois nas BODAS DO CORDEIRO haverá a UNIÃO dos céus e da terra:

a) JESUS e dos céus;

b) a IGREJA foi tirada da terra.

Esta UNIÃO nunca será quebrada, pois o que Deus une que não o separe o homem (ou, o homem não o pode separar). Depois das BODAS DO CORDEIRO, quando JESUS (o esposo) tiver recebido o REINO, voltará a terra. Lhe será dado o TRONO DE DAVI no qual reinará aqui na terra por 1.000 (mil) anos (Apoc. 20: 1-6). Quando os mil anos se terminarem haverá o JUÍZO FINAL, o GRANDE TRONO BRANCO (Apoc. 20:11; 22:1-7).

FUNDAÇÃO HISTÓRICA E EXPANSÃO DO CRISTIANISMO

 1) CONDIÇÕES POLÍTICAS E RELIGIOSAS DA ÉPOCA:

O cristianismo não veio a preencher um vácuo religioso. Na época do seu surgimento, pairavam na mente dos homens, concepções várias do Universo, da religião, do pecado e da recompensa e punição. O cristianismo tinha de defrontar-se com elas e procurar ajustar-se. Não se tratava, portanto, de semear em solo virgem. As concepções já existentes forneciam muito do material a ser usado na formação da sua estrutura. Muitas dessas idéias feneceram e desapareceram do mundo moderno. Além dos diversos conceitos comuns a religião popular, o mundo a que se dirigiu o cristianismo devia muito a influencia especifica do pensamento grego. As ideias helênicas dominavam a inteligência do império Romano. Durante o período em que surgiu o cristianismo, os antigos sistemas filosóficos sofreram mudanças notáveis. A tendência ao sincretismo (conciliação dos princípios de várias doutrinas) era largamente difundida e as várias escolas influenciavam-se mutuamente. Por exemplo: a Ética rigorosa original dos estoicos foi modificada pela ideia do termo médio aristotélico.

O celebre filósofo estoico Possidônio (135-51 a.C.) mostra influencia platônica. Foi, aliás um dos espíritos mais universais da antiguidade.

O caráter sincrético do pensamento helênico torna-se evidente em muitos pais da Igreja. Pode-se dizer que ao tempo de Cristo, a tendência principal do pensamento mais refinado em Roma e nas províncias encaminhavam-se em direção ao monoteísmo panteísta, ao conceito de Deus como bom, contrastando com o caráter amoral das antigas divindades gregas e romanas: a crença numa providência divina, soberana, a ideia de que a verdadeira religião não consiste em cerimonias, mas em imitação das qualidades morais de Deus e é uma atitude mais humana para com as criaturas.  Faltavam a filosofia de então, dois exemplos que o cristianismo viria realçar, a saber: a certeza que só pode advir da crença numa revelação divina, e a ideia de lealdade a uma pessoa. O povo em geral, no entanto, desfrutava de poucos benefícios advindos do pensamento filosófico. Campeava no seu meio a superstição mais crua. Se é verdade que o predomínio das velhas religiões da Grécia e de Roma diminuíra, não menos verdade é que o povo comum permanecia na crença em deuses muitos e senhores vários. Cada cidade, cada profissão, a agricultura, a primavera, o lar, os eventos principais da existência, o casamento, o nascimento - tudo tinha o seu patrono na pessoa de um deus ou deusa (essas nações viriam mais tarde a aparecer na história cristã sob forma de veneração de santos). Adivinhos e mágicos, especialmente os de raça judaica, faziam comércio próspero entre os ignorantes, que criam que a preservação do Estado estava condicionada a prática desses cultos pagãos.  Essas ideias populares não encontravam oposição da parte dos mais cultos, os quais em geral, admitiam que as velhas religiões tinham valor policial, e consideravam as cerimonias do Estado, como uma necessidade do homem comum. Sêneca expressou sem rodeios a opinião dos filósofos, ao declarar que "o homem sábio observa todos os costumes da religião, tais como ordenados pela Lei, e não como agradáveis aos deuses".

Eram as massas que apelavam os pregadores cínicos desse período. A corrupção moral do império favoreceu o reaviva mento desse antigo credo de independência e autossuficiência. Seu campeão fora Diógenes de Sinope (400-325 a.C.). Embora muitos desses pregadores itinerantes fossem grosseiros e mesmo obscenos, havia os que eram dignos de honra, como Dio Crisostómo (40-112 d.C.), que discursava contra o vício e a sensualidade, propunha a vida do campo como muito superior a do citadino abastado, e proclamava uma mensagem de harmonia mundial e verdadeira piedade, fundamentada na ideia universal e inata de Deus.

Por razões patrióticas, os imperadores mais atilados procuravam fortalecer as religiões populares antigas e transformá-las em adoração do Estado e do seu chefe. Na verdade, foi nos dias da república que começou a deificação patriótica do Estado Romano. Já em 195 a.C., encontrava-se em Esmirna o culto da Dea Roma. Essa reverencia era favorecida pela popularidade do império nas províncias, já que ele assegurava um governo melhor do que o da republica. Em 29 a.C., Pergamo já dispunha de um templo dedicado a Roma e a Augusto. Espalhou-se rapidamente esse culto dedicado ao governante como corporificação do Estado, ou, melhor dizendo, ao seu "gênio" ou espírito que nele habitava. Criou-se logo um sistema sacerdotal patrocinado pelo Estado dividido e organizado em províncias, encarregado da celebração não só do culto como também dos jogos anuais em larga escala. Foi essa, provavelmente a organização de caráter religioso mais desenvolvida ao tempo do primeiro império; ainda esta, por ser verificado com exatidão o grau de influencia que exerceu sobre as instituições cristãs. Do ponto de vista do homem moderno, havia nesse sistema muito mais patriotismo do que religião. Mas a sensibilidade cristã primitiva considerava a adoração do imperador absolutamente irreconciliável com a lealdade a Cristo.

A descrição da Igreja de Pergamo (Ap.2:13) e exemplo típico dessa opinião. Para os romanos, a recusa dos cristãos em render culto ao imperador parecia pura e simples traição, razão porque se iniciou a grande era dos mártires. A necessidade que o homem tem de religião é muito mais profunda do que de filosofias ou cerimonias. A grande maioria dos que sentiam necessidade de ordem religiosa, simplesmente adotavam as religiões orientais, notadamente as que demonstravam preocupação com a redenção, marcada pelo misticismo e o sacramentismo. Resumindo a situação do mundo pagão na época de Cristo, pode se dizer que eram evidentes certas necessidades religiosas, mesmo em meio a grande confusão e expressas em formas as mais variadas. Para fazer face as exigências da época, uma religião teria de pregar um Deus único e justo, embora deixasse lugar para inúmeros espíritos bons e maus.

Teria de possuir uma relação definida da vontade de Deus, isto é, de uma Escritura dotada de autoridade como era o caso do judaísmo. Teria de inculcar nos seus seguidores a virtude da negação do mundo, baseada em ações morais agradáveis a vontade e a natureza do seu Deus.

Teria de apontar uma vida futura repleta de recompensas e castigos. Deveria dispor de ritos simbólicos de iniciação e prometer efetivo perdão de pecados. Teria de possuir um Deus-redentor com o qual os homens pudessem unir-se mediante atos sacramentais. Deveria pregar a irmandade de todos os homens, ou, ao menos dos seus seguidores. Por mais simples que fosse o seu começo, o cristianismo tinha de possuir tais características, ou delas apropriar-se, a fim de conquistar o Império Romano, ou tornar-se-ia uma religião universal. Em sentido muito mais amplo do que se pensava, o cristianismo surgiu "NA PLENITUDE DOS TEMPOS". Para os que creem na providencia de Deus, é evidente a importância fundamental nessa preparação, por mais que se reconheça o fato de que algumas das características do cristianismo primitivo levavam o timbre e as limitações da época e tem de ser joeiradas (escolhidas) para que nele se percebam os elementos eternos.

2) - ANTECEDENTES JUDAICOS

 O Desenvolvimento nos seis séculos anteriores ao nascimento de Cristo, foi determinado pelos eventos concretos da História. Desde a conquista de Jerusalém por Nabucodonosor, em 586 a.C., a Judéia estava sob controle político estrangeiro. Apesar de todas as intervenções políticas sofridas por esse povo, por tão longo tempo, não lhes foi tirada a convicção de que era uma nação eleita, "povo santo", que vivia sob o domínio da Lei santa de Javé. A esperança Messiânica, nutrida tanto pelos fariseus como pelo povo em geral, era fruto da forte consciência nacional e da fé em Deus. Nos tempos da opressão nacional ela tornava ainda mais vigorosa.

Tornara-se débil ao tempo do governo dos primeiros Macabeus quando uma dinastia  temente a Deus trouxera independência ao povo. A tradição familiar, porém, foi abandonada pelos últimos Macabeus, Os romanos conquistaram o pais em 63 a.C. Do ponto de vista estritamente judaico, a situação em nada melhorou quando um aventureiro, pelo sangue, meio judeu, Herodes, filho do idumeu Antipater, governava como rei vassalo do poder romano, entre 37 a.C. e 4a.C. O povo considerava-o instrumento dócil nas mãos dos romanos e, no fundo, um helenizante, apesar dos inegáveis serviços que prestou a prosperidade material do pais e da suntuosa reconstrução do templo por ele empreendida. Os herodianos eram odiados tanto pelos fariseus, quanto por Saduceus. Morto Herodes, seu reino foi dividido entre três dos seus filhos: Arquelau tornou-se tetrarca da Judéia, Samaria e Iduméia (4 a.C. - 6 d.C.); Herodes Antipas tetrarca da Galiléia e Peréia (4 a.C.-39 d.C.), e Felipe, tetrarca da região situada a leste e nordeste do mar da Galiléia, predominantemente pagã.

Arquelau suscitou profundas inimizades, foi deposto pelo imperador Augusto e sucedido por um procurador romano. O ocupante deste cargo, entre 26 e 36 d.C, era Pôncio Pilatos. Diante de condições políticas tão desalentadoramente adversas, parecia que só por intervenção divina mediante um Messias, e o estabelecimento de um reino de Deus, no qual floresceria um judaísmo libertado e poderoso, sob o governo de um Rei messiânico justo, de descendência davidica, reino esse para o qual concorreria todos os judeus dispersos pelo império romano. Seria o início de uma idade áurea. Para o judeu comum, era provável que isso significasse simplesmente a expulsão dos romanos por intervenção divina e a restauração do reino de Israel. Exemplo da crença dos judeus nessa intervenção divina, foi a pergunta dos discípulos ao Senhor, no monte da ascensão: "Restaurarás Tu neste tempo, o reino a Israel?"  O Caminho para JESUS foi preparado por João Batista, o precursor do Messias. De vida ascética, pregou na região do Jordão que o julgamento de Israel estava próximo e que o Messias estava prestes a chegar. Desprezando todo formalismo religioso e qualquer dependência em relação a descendência de Abraão, proclamava a mensagem dos antigos profetas: "Arrependei-vos, fazei justiça..." As instruções que dava aos vários tipos de ouvintes eram simples e radicalmente não legalistas.

Batizava seus discípulos como sinal de purificação dos seus pecados. (O ato do batismo talvez simbolizasse submissão ao rio de fogo que se aproximava, pelo qual Deus haveria de purificar e redimir o mundo). Ensinava-lhes um tipo especial de oração. João Batista foi descrito por JESUS como o último dos profetas e um dos maiores entre eles. Embora muitos dos seus seguidores se tivessem tornado discípulos de JESUS, alguns deles continuaram independentes, sendo encontrados por Paulo, muitos anos mais tarde, no seu ministério, em Éfeso (At.19:4) João Batista descendia de uma geração sacerdotal, tanto por Isabel, como por Zacarias, ambos descendentes de Arão. Sua mãe, Isabel, era prima de Maria, mãe do Senhor, que era da tribo de Judá. O seu nascimento foi anunciado por um anjo de Deus, enquanto seu pai ministrava o sacerdócio, no templo.

Dando continuidade aos antecedentes judaicos da IGREJA CRISTÃ, o seu Fundador, JESUS CRISTO, foi, segundo a carne, o maior de todos os judeus. O Evangelho de Mateus, registra sua genealogia, partindo de José (seu pai emprestado), para provar que ele descendia de Davi, portanto, com todo o direito de ser o Messias - Rei de Israel (Mat.1:1-17).

CAPITULO 4

O FUNDADOR DA IGREJA

Depois de ter sido batizado por João Batista (nesta oportunidade, Cristo recebeu a "unção" do Espírito Santo), JESUS imediatamente começou a pregar o Evangelho do Reino de Deus, e a curar os atribulados na Galileia, granjeando desde logo grande número de seguidores dentre o povo. Reuniu ao redor de si um grupo pequeno de companheiros mais íntimos (os apóstolos), e um outro maior de discípulos menos chegados. Tendo iniciado o seu ministério de salvação aos trinta anos de idade, durante três anos e meio, Cristo palmilhou as terras da Palestina, da Galileia a Judéia, de Jerusalém a Síria, semeando a paz, o amor, a liberdade aos cativos; dando vista aos cegos, curando leprosos e paralíticos, expulsando os demônios e ressuscitando mortos. No ensino de JESUS, "o reino de Deus" subentende-se o reconhecimento da soberania e paternidade de Deus. Devemos amá-lo, e ao nosso próximo.

O padrão ético do reino é o mais elevado que se possa conceber: "...Portanto, sede vós perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celeste", implica em atitude absolutamente enérgica em relação ao "eu", é ilimitada disposição de perdoar em relação aos outros. O perdoar aos outros é condição necessária para que Deus nos perdoe. Quando Ele escolheu os seus primeiros seguidores os doze discípulos, que logo mais estavam consagrados "apóstolos" do Senhor, Cristo JESUS iniciava uma Nova Ordem: era a restauração da verdadeira adoração a Deus, em espírito e em verdade, uma religião diferente daquela conhecida e praticada tradicionalmente pelos escribas e fariseus, que consistia em formalidades, regras e costumes puramente dos homens, onde a verdadeira adoração ao Deus de Israel, estava apenas nas palavras dos patriarcas e profetas registradas no Torá, porém, longe da prática. Cristo dizia: "Misericórdia quero, e não sacrifício; amai a vossos inimigos, orai pelos que vos perseguem.

" Era a lei do amor, da misericórdia, da liberdade, da sinceridade. Em lugar da religião de exterioridade, de obras meritórias e de cerimonias, JESUS apregoou a ideia de que a piedade consiste no amor ao próximo, a um Deus que é Pai e a um próximo que é irmão - manifesto principalmente numa atitude do coração e da vida interior, tendo como fruto os atos externos. A força propulsora dessa vida é a lealdade ao próprio JESUS como revelação do Pai, o tipo da humanidade redimida. Cristo dispensou a sabedoria dos sábios de seus dias (os escribas os principais dos fariseus, os sacerdotes e sumo-sacerdotes), para confiar a liderança da sua Igreja ao "pequeninos" ... Graças te dou, ó Pai! Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos! A atitude de JESUS, tal como a dos da sua época, era fortemente escatológica. Sentia Ele que, embora começasse agora, o Reino se manifestaria com poder muito maior no futuro próximo. O fim da presente época não parecia muito distante. Não há duvida de que muitos dos seus pronunciamentos e idéias encontram paralelo no pensamento religioso da época. Seu efeito global, porém, foi revolucionário. Ele os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas. JESUS podia dizer que o menor dos seus discípulos era maior do que João Batista, e que o céu e a terra haveriam de passar, mas não as suas palavras. Chamava a si os cansados e oferecia-lhes descanso. Aos que O confessassem diante dos homens, prometia que haveria de confessá-los diante do Pai. Declarava que "ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar". Afirmava que tinha autoridade para perdoar pecados, e proclamava-se Senhor do sábado que, no pensamento popular, era o que havia de mais sagrado na Lei dada por Deus ao povo judeu.

De outro lado, não era menor a clareza com que sentia sua própria humanidade e limitações. Ele orava e ensinava os discípulos a orar. Declarava não saber o dia e a hora do fim do presente século, coisa que só o Pai conhecia. Não lhe competia resolver quem, quando da sua exaltação, havia de sentar-se a sua direita ou a sua esquerda. Orava para que se cumprisse não a sua vontade, mas a vontade do Pai. E, na agonia da cruz, clamou: Deus meu, pôr que me desamparaste? Está nesses pronunciamentos o mistério da Sua pessoa. Sua humanidade é tão evidente quanto a sua divindade: Ele podia dizer: "EU E O PAI SOMOS UM; QUEM ME VÊ A MIM VÊ O PAI; ANTES QUE ABRAÃO EXISTISSE EU SOU".

 Na sua natureza divina, Ele podia: andar sobre o mar, como em terra seca; repreender o mar e o vento, e estes Lhe obedeciam; transformar água em vinho, multiplicar pães e peixes para alimentar multidões; limpar leprosos, dar vista a cegos, ressuscitar mortos, e dar Vida Eterna aos que nEle cressem. O que deu imensa significação ao que JESUS ensinava e era, foi a convicção dos seus discípulos de que a sua morte não era o fim, isto é, foi a fé na Sua Ressurreição. O "como" dessa convicção constitui um dos problemas históricos mais enigmáticos. O fato de tal convicção é, não obstante, irrefutável. Ao que parece, o primeiro de quem ela apossou foi Pedro (1Cor.15:5), o qual ao menos nesse sentido, foi o apóstolo que se constituiu em "pedra fundamental" da Igreja. Tal convicção era comum a todos os primeiros discípulos. Foi o ponto decisivo na conversão de Paulo. Transmitiu coragem aos discípulos dispersos, reuniu-os de novo e fez deles "testemunhas". De agora em diante, eles tinham um Senhor Ressurreto, exaltado em glória, e no entanto, sempre interessado neles. Com um realismo muito mais profundo do que o judaísmo jamais imaginara, o Messias da Esperança judaica tinha de fato vivido, morrido e ressurgido novamente para sua salvação. Tais convicções tornaram-se ainda mais sólidas nas experiências do dia de Pentecostes.

CAPITULO 5

A IGREJA NA ERA APOSTÓLICA

O DERRAMAMENTO DO ESPIRITO SANTO

Conforme as últimas instruções do Senhor JESUS antes da sua ascensão (Atos Cap.1:1-8), os discípulos deveriam permanecer em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos do poder do Espírito Santo. Só assim estariam capacitados a iniciarem a Obra de evangelização.  O Capítulo 2 de Atos narra a descida do Espírito Santo sobre os discípulos reunidos no Cenáculo, no Dia de Pentecostes, 10 dias após Sua ascensão, 50 dias após Sua ressurreição, em cumprimento a profecia do profeta Joel (2:28), acontecimento que despertou a curiosidade do povo judeu de várias partes do mundo que se encontravam em Jerusalém, para a festa de Pentecostes, exigindo, assim, a primeira pregação, feita por S. Pedro, da qual resultou a conversão de quase três mil almas (At.14-41).  No Capitulo 3, encontramos o primeiro milagre realizado pelos apóstolos, em nome de JESUS, confirmando a Sua obra.

Este milagre seguido da segunda pregação por parte de Pedro e João, trazendo a conversão mais cinco mil almas, causou grande perturbação aos principais dos sacerdotes, levando-os a prenderem Pedro e João para serem interrogados perante o Sinédrio, tendo-os soltado no dia seguinte. Outra prisão é registrada no Cap. 5:17,18, quando os apóstolos foram soltos milagrosamente pelo anjo do Senhor, prosseguindo na santa missão, e a Igreja crescia maravilhosamente.

A EXPANSÃO DO CRISTIANISMO

O fato de os cristãos pregarem JESUS como o verdadeiro Messias, e o medo da consequente desconsideração do ritual histórico, levaram os judeus helenistas farisaicos ao ataque, de que resultou a morte do primeiro mártir cristão Estevão - apedrejado pela multidão. Consequência imediata foi uma dispersão da congregação de Jerusalém. Foi assim que a semente do cristianismo começou a ser semeada pela Judéia, Samaria e mesmo em regiões mais remotas, como Cesárea, Damasco, Antioquia e a Ilha de Chipre. A paz relativa desfrutada pela Igreja de Jerusalém, logo após o martírio de Estevão, foi perturbada por uma perseguição mais severa instigada em 44d.C., por Herodes Agripa - I. Pedro foi preso, mas escapou milagrosamente; Tiago (apóstolo) foi decapitado. O pouco de verdade que se possa provar esteja implícita, na tradição de que os apóstolos deixaram Jerusalém doze anos após a crucificação, vincula-se a dispersão que se seguiu a essa perseguição. A liderança da Igreja em Jerusalém passou a Tiago, o irmão do Senhor, ate 63 d.C.  A perseguição que deu causa ao martírio de Estevão, teve também como consequência o fato de o cristianismo ter sido levado para além das fronteiras da Palestina. Missionários, cujos nomes ficaram esquecidos, pregaram Cristo aos seus irmãos de raça judaica.

Em Antioquia um fato novo viria acontecer: Capital da Síria, Antioquia era cidade de grande importância, notavelmente cosmopolita, verdadeira encruzilhada em que se encontravam gregos, sírios e judeus. Ali a nova fé foi pregada aos gregos, e o resultado consistiu no fato de o Evangelho espalhar-se entre homens de cepa gentílica. Começaram a ser apelidados de "cristãos" pelo populacho. Só por volta do século II é que os seguidores de Cristo começaram a aplicar essa designação a si mesmos, embora ela já antes se tivera tornado popular entre os pagãos. Antioquia não ficou sendo o ponto final do esforço de expansão dos cristãos. No ano 51 ou 52, na própria cidade de Roma, a atenção do governo dirigido por Cláudio, foi suscitada por alguns tumultos havidos entre os judeus da cidade, como consequência da pregação feita por missionários cristãos desconhecidos. Neste primeiro período porém, Antioquia foi o centro da expansão e ponto focal importante da atividade cristã. Paulo, logo após sua conversão, pregou primeiramente na Arábia.

Três anos após sua conversão visitou rapidamente Jerusalém, onde esteve com Pedro e Tiago, irmão do Senhor. Durante anos trabalhou na Síria, e na Cilicia, enfrentando perigos, sofrimentos e fraqueza física (2Cor Caps. 11 e 12). Não poderia ter deixado de pregar aos gentios. De Antioquia, partiu com Barnabé, em viajem missionária, que os levou a Chipre, Perga, Antioquia da Psidia, Icônio, Listra e Derbe. Foi essa a primeira viajem missionária, descrita nos capítulos 13 e 14 de Atos. Ao que parece, esse foi o esforço mais frutífero da História da Igreja. Como resultado, estabelecesse um grupo de congregações no Sul da Ásia menor, as quais Paulo mais tarde se dirigiria pelo nome de "Igrejas da Galáxia". O crescimento da Igreja em Antioquia e o estabelecimento de congregações mistas em Chipre e na Galáxia fez com que assumisse maiores dimensões o problema da relação entre os gentios e a Lei. A congregação de Antioquia era agitada por visitantes vindos de Jerusalém, que afirmavam: "Se não vos circuncidardes segundo o costume da Lei de Moisés, não podereis ser salvos" (At.15:4).

Paulo resolveu servir-se de um caso concreto para chegar a uma conclusão: levando consigo a Tito, um converso gentio não circuncidado, como exemplo concreto de cristianismo não legalista, foi com Barnabé a Jerusalém e entrevistou-se pessoalmente com os lideres da Igreja. O resultado dessa entrevista, de que participaram Pedro, João e Tiago (irmão do Senhor), foi o reconhecimento cordial da genuinidade do trabalho de Paulo entre os gentios, e um acordo no sentido de dividir o âmbito dos trabalhos: os lideres de Jerusalém continuariam a missão entre os judeus, mantendo evidentemente a Lei, enquanto Paulo e Barnabé levariam a mensagem aos gentios, dispensando a insistência da Lei (Gal. 2:1-10). Qual seria a relação entre judeus e gentios numa Igreja mista? Poderiam judeus e gentios comer juntos? essa questão levou a uma forte discussão pública na congregação de Jerusalém, da qual resultou o conhecido "Concílio de Jerusalém" (provavelmente. ano 49).

Seguiram-se então os poucos anos de maior atividade missionária de Paulo, o período em que escreveu todas as suas Cartas. Levando consigo a Silas, proveniente de Jerusalém, mas cidadão romano, Paulo separou-se de Barnabé, por causa da discordância com respeito a comida e a conduta de Marcos, primo de Barnabé.

Durante uma viajem pela Galáxia, juntou-se a ele Timóteo Impedidos de trabalhar na região ocidental da Ásia Menor, Paulo e seus companheiros entraram na Macedônia, fundando Igrejas em Filipos e Tessalônica. Foram recebidos com frieza em Atenas e passaram dezoito meses em Corinto, onde obtiveram grande sucesso (provavelmente entre 51 e 53). Em Éfeso, onde o cristianismo já tinha se estabelecido, iniciou um ministério que durou três anos (53 a 56?). Apesar do sucesso que obteve, Paulo teve de enfrentar grande oposição e perigos tais, que chegou a desesperar da vida (2Cor.1:8). Ainda nos dias de Paulo, o Evangelho já havia expandido tanto, que ele chegou a escrever que o Evangelho havia chegado em todo o mundo (conhecido da época). Convém lembrar que entre os convertidos no dia de Pentecostes, havia judeus e prosélitos de cerca de 15 países ou regiões diferentes, desde a Líbia, Egito, Arábia, Síria, Ásia Menor, Bitinia e Ponto, Mesopotâmia, Capadócia, Partos e Medas, Creta até Roma, de onde, sem dúvida alcançou o resto do mundo ocidental. É certo que o eunuco etíope levou o Evangelho para a sua terra, que por certo alcançou grande parte da África conhecida na época. Pouco se sabe da vida dos outros apóstolos (exceto Pedro, João e Tiago, este último, martirizado logo no início da Igreja). Mesmo de Mateus, temos apenas o seu Evangelho, do qual não temos nenhuma informação precisa do ano em que foi escrito. Da pessoa de Mateus, nada mais se sabe. Tomé, segundo a tradição, trabalhou na Pérsia (possivelmente na Índia), onde sofreu o martírio. De Santo André, informam que sofreu o martírio na Acaia (Grécia). Dos demais, nada mais se informam, além de que o grupo permaneceu coeso, até o martírio.

CAPITULO 6

A IGREJA NO PERÍODO PÓS-APOSTÓLICO

O FIM DA ERA APOSTÓLICA

São desconhecidos os fatos referentes a vida da maioria dos apóstolos. A perseguição iniciada por Nero, foi feroz e restringiu-se aos limites da capital do império. Depois do grande incêndio de Roma, em julho de 64, levantaram-se, provavelmente por instigação de Nero, acusações que envolviam injustamente os cristãos. Nero queria com isso desviar os rumores que o apontavam como culpado. Inúmeros cristãos foram mortos em meio a horríveis torturas nos jardins do Vaticano, onde o imperador transformou o martírio dos cristãos em espetáculo público. Desde então, Nero passou a ser considerado o protótipo do Anticristo pela tradição cristã.

A Igreja romana, porém, não só sobreviveu a essa provação como fortaleceu-se. A destruição de Jerusalém, no ano 70, foi um evento de importância mais permanente, pois quase pôs fim a já decrescente influencia das congregações da Palestina sobre os aspectos mais vastos da Igreja. Tal colapso aliado ao rápido crescimento do número de conversos de origem pagã, logo fez com que a luta de Paulo em favor da liberdade, em relação a Lei judaica, perdesse sua importância. Antioquia, Roma, e, antes do fim do século, Éfeso, tornaram-se então os centros principais da expansão do cristianismo. Apesar de um ou outro indício reservado os quarenta anos entre 70 e 110, são até hoje um dos períodos mais obscuros da história da Igreja. Só temos a lamentar tal fato, pois essa foi uma época de rápidas mudanças na própria Igreja.

A ENTRADA DE HERESIAS NA IGREJA

Quando mais tarde, os característicos da Igreja voltam a ser claramente identificados, nota-se que pouquíssimos traços distintivos deixados por Paulo estão presentes. Muitos outros missionários além de Paulo, hoje desconhecidos, devem ter trabalhado. Além disso, a penetração de idéias provindas de fontes outras que não as cristãs, sem dúvida trazidas por conversos de antecedentes pagãos, modificaram as crenças e as práticas cristãs, especialmente no que tange aos sacramentos, aos jejuns e ao surgimento das formulas litúrgicas (cerimonial do culto), e sem dúvida, também a interpretação errada da Teologia, com a crença na trindade, pois, essa doutrina começou a ser defendida, precisamente por "mestres cristãos" de formação pagã.

O CRISTIANISMO – IGREJA PRIMITIVA ( 100 –300)

CAUSAS DA PERSEGUIÇÃO

Políticas - Enquanto a Igreja Cristã fazia parte do judaísmo, que era religião licita, a Igreja sofreu pouco. Mas logo que foi distinguido do judaísmo foi classificada como seita, uma sociedade secreta, o cristianismo recebeu a interdição do estado romano que não admitia nenhum rival à obediência por parte de seus súditos. Tornou-se então, uma religião ilícita, uma religião ilegal, considerada como ameaça à segurança do estado romano.  A religião cristã, era rápido em crescimento, exigia exclusiva lealdade a Cristo, César era colocado em segundo plano e este era o temor dos lideres romanos, empenhados em preservar a cultura clássica dentro da estrutura do império estatal: como desleais ao Estado, para os romanos os cristãos estavam tentando fundar um estado dentro do estado o Corpo de Cristo, tinha de ceder a soberania exclusiva de César.  Muitas práticas cristãs pareciam confirmar as suas suspeitas da deslealdade básica cristãos ao Estado levantada pelas autoridades romanas:

- Os cristãos se recusavam terminantemente a oferecer incenso nos altares devotados ao culto ao imperador romano. Quem sacrificasse nesses altares, podia praticar uma segunda religião particular.

- Os cristãos também realizavam a maioria de suas reuniões à noite e em segredo. Para a autoridade romana isto deixava claro que se preparava uma conspiração contra a segurança do estado.

Religiosas  - A religião romana era mecânica e externa. Tinha seus altares, ídolos, processionais, ritos e praticas que o povo venerava. Os romanos não se opunha a acrescentar um ídolo ao grupo do Panteão, desde que a divindade se subordinasse às pretensões de primazia feitas pela religião do Estado. Os cristãos não tinham ídolos e no seu culto nada havia para ser visto. Seu culto era espiritual e interno. Quando se opunham de pé e oravam de olhos fechados, suas orações não eram dirigidas a nenhum objeto visível. Para as autoridades romanas, acostumadas às manifestações materiais simbólica de seu deus, isto nada mais era do que ateísmo.

O sigilo dos encontros dos cristãos também suscitou ataques morais contra eles. O vulgo popular os acusou de incesto, de canibalismo e de praticas desumanas.

Entendo equivocadamente o significado de “comer e beber" os elementos representativos do corpo de Cristo, o vulgo popular logo depreendeu que os cristãos matavam e comia crianças em sacrifício ao seu Deus. A expressão “beijo da paz” foi logo transformada em acusações de incesto e outras formas de conduta moral que repugnava à mente cultural romana. Pouca diferença fazia se estes boatos eram verdadeiros ou não.

Sociais  - Os que exerciam grande atrativo sobre as classes pobres e escravas, eram odiadas pelos líderes aristocráticos influentes da sociedade. Estes líderes os viam com desprezo, mas temiam sua influencia sobre as classes pobres. Os cristãos defendiam a igualdade entre todos homens (CI. 3:11), enquanto que o paganismo insistia na estrutura aristocrática da sociedade em que uns poucos privilegiados eram servidos pelos pobres e pelos escravos.

Econômicas - A oposição que Paulo recebeu dos fabricantes de ídolos em Éfeso, mais preocupados com o perigo que representava o cristianismo para seus negócios que com a ameaça possível ao culto de Diana (At. 19:27), é uma chave para a compreensão da reação daqueles cujos interesses do “ ganha - pão ” estavam ameaçados pelo avanço do cristianismo. Sacerdotes fabricantes de ídolos, videntes, pintores, arquitetos e escultores dificilmente se entusiasmaram com uma religião que ameaçasse seus meios de sustento.  No ano 250 em que a perseguição deixou de ser local e intermitente para se tornar generalizada e violenta, Roma entrava, segundo a contagem dos romanos, nos mil anos de sua fundação. Nesta época uma fome e uma agitação civil assolavam o Império; a opinião atribuía estes problemas à presença do cristianismo no império e o conseqüente abandono dos deuses. Há sempre um bom motivo para superstição quando se aproxima o fim de um milênio e os romanos nisto não foram melhores que as pessoas da Idade Média que viveram pouco antes do ano 1.000. A perseguição aos cristãos parecia, aos romanos, uma forma lógica de superar o problemas.  Tudo isto cooperou para justificar a perseguição dos cristãos na mente das autoridades. Nem todas as razões estiveram presentes em cada caso mas a pretensão de exclusividade por parte da religião cristã sobre a vida do cristão conflitava com o sincretismo pagão e sua exigência de lealdade exclusiva ao estado romano na maioria dos assuntos.

CAPITULO 7

O CRISTIANISMO SOB INTERDIÇÃO ESTATAL, 100-250

A primeira perseguição organizada como resultado de uma política governamental definida, começou na Bitínia durante a administração de Plínio, o Moço, por volta de 112. Plínio escreveu uma interessante carta ao Imperador Trajano, em que prestava informações sobre os cristãos, esboçava seu programa e pedia a Trajano uma opinião sobre o assunto. Dizia ele que “o contágio desta superstição” ou seja o cristianismo espalhava-se por vilas e regiões rurais como também por grandes cidades com tal velocidade que os templos ficavam geralmente vazios e os vendedores de animais para o sacrifício, ficaram empobrecidos. Quando alguém era denunciado como cristão, Plínio convocava o tribunal e lhe perguntava se era cristão. Se admitisse a acusação três vezes, o cristão era condenado à morte.

Em sua resposta, Trajano assegurou a Plínio que ele estava certo em seu comportamento. Não se devia caçar os cristãos, mas se alguém dissesse que uma pessoa era cristã, esta deveria ser condenada, a menos que negasse ou adorasse os deuses dos romanos. Foi durante esta perseguição que Inácio morreu. Outra perseguição aconteceu em Esmirna nos meados do segundo século. Marco Aurélio foi alertado sobre o cristianismo . inclinado a atribuir as calamidades de seu reino provocadas pela natureza e pelo homem ao crescimento do cristianismo, deu ordem para a perseguição aos cristãos. Justino Mártir, o grande apologista, sofreu o martírio em Roma durante esta perseguição.  Já no declinar do primeiro século, especialmente na Ásia Menor, haviam se espalhado concepções que negavam a humanidade e a morte efetiva de JESUS, afirmando que Ele não viera na carne, mas sim, no aspecto de um fantasma, aparência docética (Já nos dias do Apóstolo João, corriam esses pensamentos. Confira 1Joao 1:1-3; 2:22; 4:2,3). Argumentavam que Cristo, na realidade apareceu e ensinou os seus discípulos mas, durante esse tempo era um ser celestial e não carne e sangue.

Por volta do ano 135 a 160, surgiu ou foi se consolidando o agnosticismo (filosofia de autoconhecimento de Deus). O agnosticismo representava um enorme perigo para a Igreja. Solapava os fundamentos do cristianismo. O seu deus não é o Deus do A.T., o qual para eles era considerado um ser inferior e perverso. O seu Cristo não tivera encarnação, morte e ressurreição reais. Sua salvação restringia-se a uns poucos "iluminados". A tradição cristã atribuía a Simão o magico, a fundação do gnosticismo. Porém, pouco se conhece de concreto a respeito de sua relação com esta doutrina. Mais provavelmente, cabe a pensadores "brilhantes" da época, tais como Satornilo de Antioquia (150), Basilides de Alexandria (130), e, com destaque especial, Valentino, que trabalhou em Roma entre 135 e 165 aproximadamente. A escola gnostica produziu ainda, entre muitos outros:  MARCIÃO (139), atacava toda sorte de judaísmo ou legalismo, afirmava que o Deus do A.T. não era o mesmo revelado no Cristo.

O Deus do Antigo Testamento era um Deus justo e vingativo. Cristo e a manifestação do cética do Deus bom e misericordioso, até então desconhecido. Por conseguinte, o A.T. e seu Deus tem de ser rejeitados pelos cristãos. Com seus seguidores, Marcião fundou uma Igreja separada, compilaram um cânon de livros sagrados, composto de dez epístolas de Paulo (omitindo as pastorais) e do Evangelho de Lucas. Eliminou desses livros todas as passagens que subentendessem que Cristo considerava o Deus do A.T. seu Pai, ou de alguma maneira relacionado com Ele. Dentre os movimentos vinculados ao agnosticismo, o de Marcião foi provavelmente o mais perigoso. Separava o cristianismo de suas raízes históricas de modo tão radical, quanto o fizeram as teorias gnósticas mais abstratas. Negava a encarnação real de Cristo e condenava o A.T. e seu Deus. As igrejas de Marcião espalharam-se muito notadamente no oriente, e existiram até o século V.  MONTANO, fundador do montanismo (156-200?). Ao contrário do gnosticismo, o montanismo foi um movimento de origem claramente cristã. Na maioria das Igrejas do século II, a primitiva esperança na próxima volta  de Cristo, desaparecia. A consciência do Espírito, característica da Igreja Apostólica, praticamente extinguira-se. Com o declínio do sentido da ação constante e imediata do Espírito, ia crescendo a ênfase na sua importância como agente da revelação.

Fora o Espírito Santo quem guiara os escritores do A.T. para o pensamento cristão do começo do século II, havia uma diferenciação entre o Espírito Santo e Cristo, mas eram ambos considerados Deus. Isso é evidente na fórmula batismal trinitária que, a essa época já estava substituindo a primitiva apostólica "EM NOME DE JESUS CRISTO". Ao fim do século I e começo do século II a fórmula trinitária já era de uso frequente.

TERTULIANO, foi o mais fiel discípulo do montanismo. Converteu-se a essa doutrina por volta do ano 200, atraído por suas exigências ascéticas. Em Cartago, os seguidores de Tertuliano subsistiram até o tempo de Agostinho. Este Tertuliano, influente discípulo de Montano, foi o primeiro defensor público da doutrina da trindade. Como sempre, a doutrina não oferece segurança; os seus seguidores são inseguros na exposição da mesma. 

Vejamos a teologia de Tertuliano que tenta ensinar a trindade: - "O Pai, o Filho e o Espírito Santo, todos são de um, por unidade de substancia, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que atribui a unidade numa trindade, colocando em ordem Pai, Filho e Espírito Santo. Três, contudo, não em substancia, mas em forma; não em poder, mas em aparência; pois eles são de uma mesma substancia e de uma só essência e de um poder só, já que é de um só Deus que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de Pai, Filho e Espírito Santo." Tertuliano descreve essas distinções da Divindade como pessoas. No pensamento de Tertuliano essa unidade de substancia é material, pois a influencia estóica é que estava sujeito era bastante para fazê-lo afirmar que Deus é corpo e que o espírito tem uma substancia corpórea de sua própria espécie, e que, por derivarem-se do Pai por emanação, o Filho e o Espírito Santo são subordinados a Ele. Tertuliano afirmava ainda:" Os simples, os quais constituem a maioria dos fieis, mostram-se perplexos diante da explanação dos "três em um", alegando que a sua própria fé os afasta da pluralidade de deuses existentes no mundo e os leva ao ÚNICO DEUS VERDADEIRO. Era-lhes difícil perceber a distinção entre a ideia trinitária e as afirmações triteistas. A obra de Tertuliano "Contra Praxeas", foi, sem dúvida, a responsável pela definição, e mais tarde a dogmatização da doutrina da trindade, sendo confirmada por um dos seus discípulos - Novaciano de Roma (240-250), no seu tratado sobre a trindade e Atanásio (325?). NOVACIANO, chegava até a sugerir a ideia de uma "trindade social' Comentando o texto de João 10:30 "Eu e o Pai somos um", afirmava que Cristo disse: "uma só coisa". Entendem os hereges que Ele não disse: "uma pessoa", pois a palavra "um" no neutro, subentende o acordo social, e não a unidade pessoal. Como em todos os expoentes do pensamento trinitário, não poderia faltar, também a este, a dúvida da sua própria exposição, quando conclui: "Cristo era plenamente Deus e, ao mesmo tempo, plenamente homem". Ainda entre os expoentes trinitários, encontramos Dionisio, bispo de Roma (259-268), que foi um ferrenho perseguidor dos sabelianos (que pregavam a Unicidade de Deus).

QUE MISTÉRIO REFERENTE A DEUS É REVELADO PELA BÍBLIA?

A Bíblia nos revela o mistério de que na formação do único Deus verdadeiro participam o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e que estes TRÊS são UM. ( Mt.3:16,17; I Tm.3:16; Cl.1:26 ).

QUAL O SIGNIFICADO DA PALAVRA "TRINDADE"?

A palavra "trindade" não se encontra na bíblia é uma palavra teológica criada e usada no cristianismo por Tertuliano, (A palavra TRINDADE foi idealizada por Plotino Filosofo grego. Pai do misticismo e criador do neoplatonismo). Tertuliano foi um cristão estudioso da bíblia.  Creio eu que com boa intenção de defender a fé cristã de sua época contra os grupo gnosticos que negavam a divindade do Senhor Jesus Cristo. Esta foi a palavra encontrada por ele para explicar e descrever a forma tríplice de Deus operar, ou seja os ofícios e manifestação da Divindade. Ele desejou expressar na palavra Trindade " a união de Três em Um, que vem do Deus Trino, e pode ser aplicada tanto a Deus como ao homem, pois ambos são "triúnos" em um ser. Deus , como o Pai, filho e Espírito Santo; o homem , como espírito, alma e corpo. O HOMEM FOI FEITO À IMAGEM E SEMELHANÇA DO SEU CRIADOR.

DEUS PAI, DEUS FILHO, DEUS ESPÍRITO SANTO. TRÊS DEUSES ?

Não. Há um só Deus, mas são três em operações e ofícios, manifestações e funções visando um único propósito.

OS ARGUMENTOS DA DOUTRINA DA TRINDADE.

Os teólogos trinitários, não conseguem apresentar argumentos convincentes do conceito da "Trindade". Enquanto as Escrituras afirmam desde o Gêneses a Apocalípse que Deus É "Único", esses "teólogos" conseguem ver uma trindade de três pessoas.

Eis um resumo do conceito trinitário: "O termo "Trindade" não aparece na bíblia; a trindade é um conceito difícil, não inteiramente suscetível de explicação humana, pois envolve categorias que nossos finitos poderes mentais não podem captar; a doutrina é que Deus é um em essência, mas que a divina essência subsiste de três modos ou formas, cada uma constituindo uma pessoa, mas de tal maneira que a divina essência é completa em cada uma das pessoas; Deus é um só ser, mas subsiste em três pessoas"(Paul E. Little "Saiba o que você crê" pg.20).

Apresentam como primeira pista da doutrina da trindade, a história da criação (Gen 1:1-3), interpretando "Elohim", (forma plural de Deus), como sendo três pessoas na Divindade. Elohim representa a totalidade de poderes enfeixados em Deus - "O Deus Todo-Poderoso."

Acham a trindade na criação do homem, quando Deus disse: "Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança", (Gen 1:26). Não conseguem raciocinar que quando da recriação da terra e a criação dos seres que a povoaram, Deus o Criador não estava sozinho, mas com as hostes celestiais, chamadas de "estrelas" (Jó 38:7, Apo. 12:4). A Criação não foi feita em segredo por Deus, foi em presença dos Seus Anjos, Arcanjos, Querubins e Serafins.

No N.T. Eles vêem a trindade no batismo de Jesus: a voz que foi ouvida dos céus (o Pai); a Pomba que desceu sobre Jesus (o Espírito Santo) e o Filho estava sendo batizado por João Batista. Porém neste ato vemos claramente UMA pessoa: Jesus. A voz não é uma outra pessoa; Jesus estava na terra (o corpo visível de Deus), porém o Espírito Eterno estava tanto na terra, como no céu; uma pomba não é uma pessoa; o Espírito Santo não é uma pomba; a pomba é um símbolo do Espírito Santo; Deus é Espírito Santo, invisível; Jesus Cristo é a forma visível de Deus.

Conseguem ver a trindade no anúncio do nascimento de Jesus pelo anjo:

"O Filho de Deus, concebido pelo Espírito Santo". Deus É Espírito; o seu Espírito (virtude) desceu sobre a virgem Maria, e ela concebeu.

Em João.14:16, Jesus diz: "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique sempre convosco". Jesus estava no corpo humano, como filho, e tudo o que Ele falava, falava como o Filho. Era necessário que Ele subisse (voltasse a Sua glória), para que o Espírito Santo habitasse com os discípulos. Ele disse: "É necessário que Eu vá, porque se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas quando eu for, enviar-vos-ei" (Jó. 16:7). Enquanto Ele estava na terra os discípulos desfrutavam da Sua Gloriosa presença, pois o Espírito Eterno estava nele.

Os escritores trinitários mesmos nos mostram a fragilidade e a confusão dos seus argumentos.

Apresentam "um problema de Semântica": "Parte do problema de se entender a trindade consiste na falta de capacidade das palavras humanas de expressarem uma realidade divina. Como, por Ex.: quando falamos de pessoas" na Divindade. Usamos esse termo porque Ele descreve um Ser que tem intelecto, emoções e vontade. Podemos entendê-lo, mas devemos tomar cuidado ao aplicar tais termos a Deus. Na maioria dos casos, a doutrina é apresentada dizendo-se que Deus é um só, mas que nessa essência, na Sua essência, há três pessoas, de um modo tal que não formam indivíduos separados e distintos. Esses três são modos ou forma de a divina essência subsistir. "Pessoa" é entretanto, uma expressão imperfeita (errada) da verdade, visto que o termo indica, segundo o nosso entender, um indivíduo racional e moralmente separado. mas na essência de Deus não existem três indivíduos, mas apenas três diferentes egos dentro de uma essência divina"(Paul E. Litte, Saiba o que você crê pg. 31)".

Aqui, nesse artigo, o escritor prova que Deus não pode ser três pessoas, porém, continuando o seu argumento em favor da trindade, ele cita Deus como sendo três pessoas:

"...a personalidade do homem implica independência de vontade, ações e sentimentos, que orientam o comportamento peculiar do indivíduo; isso não se pode imaginar em relação a trindade: cada "pessoa" é auto consciente e auto orientadora, mas nunca age independentemente ou em oposição as outras. Quando dizemos que Deus é uma unidade, queremos dizer que mesmo sendo um centro tripulo de Vida, Sua vida não se reparte em três. Ele é um na essência, na personalidade e na vontade. Quando dizemos que Deus é uma trindade em unidade, queremos dizer que há unidade na diversidade, e que a diversidade manifesta-se em pessoas, em características e em operações".

Observem-se as contradições de termos a que eles mesmos se impõem! Ao mesmo tempo em que afirmam que Deus não pode ser compreendido como sendo três pessoas, afirmam que cada pessoa é auto consciente; afirmam que Deus não se reparte em três, que Ele é um em essência, na personalidade e na vontade; por fim concluem que Deus e uma unidade. e que há unidade na diversidade (de manifestações), e que a diversidade manifesta-se em pessoas (as três pessoas), características e operações.

Mais absurdos do conceito trinitário: "O relacionamento das Pessoas da Trindade": O filho e o Espírito são subordinados ao Pai, mas isso não significa que sejam inferiores. O Pai como a fonte da Divindade, é o primeiro. Diz-se que Ele origina. O Filho, eterna geração do Pai, é o segundo. Diz-se que Ele revela. O Espírito, fluindo eternamente do Pai e do Filho, e o terceiro. Diz-se que Ele executa... Assim podem (os trinitarianos) dizer que a criação é o Pai, mediante o Filho, pelo Espírito Santo.

Nesse artigo, encontramos várias contradições:

1) subordinação implica inferioridade (submissão);

2) Que o Pai é o Primeiro, também nós sabemos. Porém é bom lembrar que Jesus Cristo, o Filho, afirma: "Eu Sou o Primeiro e o Último". Se Jesus Cristo declara ser o Primeiro e o último, não há segundo, nem terceiro;

3) A Bíblia afirma que todas as coisas foram feitas por Jesus Cristo (o Filho), e sem Ele, nada do que foi feito se fez: É mais fácil, mais simples dizermos que Deus É o Espírito Santo, e que o Espírito Santo é a ação de Deus, realizando as Suas obras.

Mas as absurdas interpretações trinitárias prosseguem. Eles ensinam que "a própria salvação apresenta o trabalho do Deus triuno: o Pai mandou o Filho realizar a obra de redenção; O Filho mandou o Espírito Santo trazer a convicção e aplicar aos homens aquilo que cristo realizou. (Paul E. Little "Saiba o que você crê" pg. 30-32).

Jesus Cristo, ao prometer o Espírito Santo aos crentes, diz: "Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós. Então, o Espírito Santo é o Senhor Jesus mesmo, que veio morar nos corações dos crentes (Jo. 14:18) col. 1:27).

De um outro autor, temos outra interpretação absurda com a seguinte expressão: "As Escrituras ensinam que Deus é Um, e que além dEle não existe outro Deus: pergunta: "Como poderia Deus ter comunhão com alguém antes que existissem as criaturas finitas? A resposta é que a Unidade Divina é uma Unidade composta e que nesta Unidade há realmente três pessoas distintas, cada uma das quais é a divindade, e que, no entanto, cada uma está sumamente consciente das outras duas. Assim vemos que havia comunhão antes que fossem criadas quaisquer criaturas finitas. Portanto, Deus nunca esteve só" (Myer Pearlman, "Conhecendo as Doutrinas da Bíblia" Pg. 51).

Esse artigo, quase que dispensa comentários, em vista de já termos contra-argumentado, nos itens acima. Porém, não custa relembrarmos as contradições que o artigo apresenta:

1- Se Deus é UM, não pode ser traduzido por três pessoas; Deus é Todo-Poderoso, portanto pode (e o fez) manifestar-se de formas diferentes: Pai, Filho e Espírito Santo, e ainda através de um de seus anjos;

2- Já contra-argumentamos acima que Deus realizou a obra da criação, na presença e com a participação dos exércitos celestiais (anjos, arcanjos, querubins e serafins). portanto os seres com quem Deus mantinha comunhão antes da criação (e ainda há de manter eternamente, são esses seres celestiais, e não as "Pessoas da Trindade", como pensam os teólogos trinitários).

Continua o Dr. Myer Peralmam: Não é o caso de haver três Deuses, todos três independentes e de existência própria. Os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra são "Um". O Pai Cria, o Filho redime, e o Espírito Santo Santifica; e no entanto, em cada uma dessas operações divinas os três estão presentes. O Pai é preeminentemente o criador, mas o Filho e o Espírito Santo são tidos como cooperadores na mesma obra. O Filho é preeminentemente o redentor, mas Deus o Pai e o Espírito Santo são considerados como pessoas que enviam o Filho a redimir. O Espírito Santo é o Santificador, mas o Pai e o Filho cooperam nessa obra".

Cita o escritor, todas as passagens bíblicas que falam do Pai ou do Espírito de Deus, como sendo o criador, e acha haver duas Pessoas. Com Respeito ao Filho, aplica todas as referencias proféticas sobre a manifestação de Deus em seu Filho Jesus Cristo (Deus manifestado em carne), como se o filho existisse como outra Pessoa, ao lado de Deus, na eternidade (conceito já refutado por nós no capítulo: Jesus Cristo Deus Revelado).

A DOUTRINA DA TRINDADE ILUSTRADA.

 Os Teólogos trinitários ilustram a sua teologia com:

* A natureza.

1. água é uma, porém conhecida sob três formas: água gelo e vapor;

2. eletricidade, que gera movimento, luz e calor;

3. O Sol, que se manifesta como luz, calor e fogo (esqueceu da energia);

4. Deus é luz. Deus o Pai é invisível; se tornou visível em seu Filho, e opera no mundo pelo espírito, que é invisível, no entanto e eficaz.

- A personalidade humana. "O homem é um, constituído pelo Espírito alma e corpo".

Em todas estas ilustrações, não vemos, nem encontramos três coisas nem três substâncias, nem três pessoas. A Água é uma, a eletricidade é uma, o Sol é um, Deus é um em três manifestações, no plano de salvação. Assim também o homem é uma só pessoa, constituído de três partes.

A ORIGEM DA DOUTRINA DA TRINDADE

Como nos mostra a "História da Igreja" após a destruição de Jerusalém, no ano 70, e a dispersão que esse acontecimento provocou aos cristãos que habitavam em Jerusalém (já a essa época, vários apóstolos haviam sido executados, e os que restaram também se dispersaram para as cidades gentílicas já cristianizadas, como Éfeso, Antioquia e outras), O período entre os anos 70 e 110, foi um dos mais obscuros da história da Igreja. Embora não haja registros históricos desse período, sabemos que foi marcado por rápidas mudanças na Igreja, isso pelos registros do período imediatamente posterior. Segundo os escritos do Apóstolo S. João (1° Carta) foi nesse período que começou a surgir o agnosticismo, que negava a manifestação de Cristo em corpo humano, e também negava a ressurreição do Senhor Jesus.

Quando mais tarde, os característicos da Igreja voltaram a ser identificados, pouquíssimos traços distintivos deixados pôr Paulo se acham presentes.

Devido a expansão do cristianismo para as regiões gentílicas pagãs) a penetração de idéias provindas de outras fontes não cristãs, trazidas por conversos de antecedentes pagãos, modificaram as crenças e as práticas cristãs, especialmente no que tange aos sacramentos, aos jejuns, e ao surgimento das formas litúrgicas (cerimonial do culto), e sem dúvida também a interpretação errada da Teologia, com a crença na trindade, tendo em vista que essa doutrina começou a ser defendida, precisamente por "Mestres Cristãos" de formação pagã.

Já no fim do século II, e início do século III, a teologia trinitariana era defendida por alguns discípulos de Montano (156-200?).

Tertuliano, foi o mais fiel discípulo do montanismo. Este Tertuliano foi o primeiro defensor público da doutrina da trindade (185-200).

A teologia Tertuliana assim ensina a trindade:

"O Pai, o Filho e o Espírito Santo, todos são um por unidade de substância, embora esteja oculto o ministério da dispensação que atribui a unidade numa trindade, colocando em ordem Pai, Filho e Espírito Santo. Três, contudo não em substância, mas em forma; não em poder, mas em aparência; pois eles são de uma só essência e de um poder só, já que é de só Deus que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de Pai Filho e Espírito Santo. Tertuliano descreve essas distinções da divindade como pessoas.

No pensamento dele essa unidade de substância é material, pois a influência estóica a que estava sujeito era bastante para fazê-lo afirmar que Deus é corpo, e que o Espírito tem uma substância corpórea de sua própria espécie, e que por derivarem-se do Pai. o Filho e o Espírito Santo são subordinados a Ele. Tertuliano afirmava: "os simples", os quais constituem a maioria dos fieis (à época) mostram-se perplexos diante da explanação dos "três em um", pois a sua fé os afasta da pluralidade de deuses existentes no mundo, e os leva ao ÚNICO DEUS VERDADEIRO.

Era difícil para eles (os verdadeiros cristãos), fazer distinção entre a idéia trinitária e as afirmações "triteístas". ou seja: Os cristãos, monoteístas, não podiam, nem deviam aceitar a idéia de três deuses (politeísmo). A obra de Tertuliano "Contra  Praxeas foi, sem dúvida, a responsável pela definição, e mais tarde a dogmatização da doutrina da trindade, sendo confirmada por um de seus discípulos Novaciano, de Roma (240-250), no seu tratado sobre a trindade, e Atanasio (325?), autor do "Credo Atanasiano", no qual os trinitarianos depositam cegamente a sua fé teológica até hoje.

O CREDO ATANASIANO: "Adoramos um Deus em trindade, e trindade em unidade.

Não confundimos as pessoas, nem separamos a substância. Pois a pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. Mas o Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma divindade, glória igual e majestade co-eterna. Tal qual é o Pai, o mesmo são Filho e o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho é incriado e o Espírito santo é incriado. O Pai é imensurável. O mesmo acontecendo com o Filho e o Espírito Santo. O Pai é eterno, o Filho é eterno, e o Espírito Santo é eterno. E não obstante, não há três eternos, e sim um eterno. Da mesma forma não há três seres incriados, nem três seres imensuráveis, mas um incriado e um imensurável. Da mesma maneira, o Pai é onipotente, no entanto não há três seres onipotentes, mas sim um onipotente. Assim o Pai é Deus o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. no entanto, não há três Deuses, mas um só Deus (e assim, com os demais títulos e atributos de Deus, que são vistos em Cristo, ou manifestados pelo Espírito Santo). O Pai não foi feito de coisa alguma, nem criado, nem gerado. O Filho procede do Pai somente, não foi feito, não foi criado, mas foi gerado. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procedente. Nessa trindade não existe primeiro nem último; maior nem menor. mas as três pessoas co-eternas são iguais entre si mesmas; de sorte que tanto a unidade na trindade, quanto a trindade na unidade devem ser adoradas.

Na verdade, esse "credo", não passa de uma intrincada confusão. Tudo o que nele está mostrando é que Deus é único, em três manifestações. Divide o eterno Deus em três pessoas; afirma não existir primeiro nem último; diz que cada uma das "pessoas" é "incriada", "eterna" imensurável, onipotente, no entanto, só há um possuidor desses atributos.

Como poderia um povo cristão, nascido do judeu, monoteísta, aceitar uma teologia de três Deuses?

É o que já mencionamos anteriormente, que a expansão do cristianismo trouxe para a Igreja, pensadores de origem pagã, como é o caso de Marciano, Montano, Plotino Tertuliano e Atanasio, entre outros. E esses pensadores, chamados de "Pais da Igreja", na sua maioria da região da Ásia menor, tiveram muita influência do paganismo estabelecido em Constantinopla e Roma (antiga Saturnia, sede do culto ao deus Saturno, e de Babilônia). Quando da destruição de Babilônia e expulsão de seus sacerdotes pagãos, estes se estabeleceram em Saturnia, que é Roma atual. Os babilônios adoravam uma trindade: Ninrode (Saturno), Semiramis (Ishtar, que é o planeta Vênus), e Tamuz, Filho de Ninrode.

Então para esses pensadores cristãos de origem pagã, não foi difícil assimilar os três títulos da Deidade, a uma "Trindade". Aproveitando-se do texto de Mat. 28:19 (mal interpretado), passaram a ensinar que o batismo nas águas devia ser na fórmula trinitária; mal interpretaram a Teologia do Logos, e passaram a ensinar que o Filho é eterno em sua existência, que o Espírito Santo é a terceira pessoa e outros erros dessa perigosa teologia. Perigosa porque induz aos cristãos a aceitarem a fé politeísta.

A palavra "Trindade" não se encontra na Bíblia Sagrada. A doutrina foi introduzida na Igreja Cristã, pelos defensores do "Catolicismo Romano", entre eles Tertuliano, e mais tarde Atanasio. O dogma da trindade,  foi oficializado por Constantino (primeiro Papa-imperador, de origem pagã), no Concílio de Nicéia (325 d.C.), Juntamente com outros dogmas adotados pela Igreja Católica. A Palavra "pessoas", quando usada para a Divindade, violenta a absoluta unicidade de Deus. Dividindo-se Deus em três pessoas, fazemos três deuses. O que significa "triteismo" não importando os argumentos em contrário.

Mais uma vez, voltamos a palavra hebraica "Elohim", que os trinitários ensinam representar a "Trindade". Já mencionamos várias vezes neste estudo, que "a forma plural de "Elohim", representa a totalidade de poderes enfeixados em Deus. Elohim, portanto, significa: "O Todo-Poderoso".

"Elohim" foi vendido por trinta peças de prata (Zac.11:4,12,13)

"Elohim" foi traspassado no calvário (Zac 12:10)

"Elohim" voltará como Rei (Zac 14:5 ).

Todas estas referências Bíblicas a "Elohim". referem-se a Cristo. Donde podemos concluir: "Elohim" (Deus), que é o Pai, é o mesmo que se manifestou naquele que foi vendido e traspassado no Calvário, e que voltará como rei - J E S U S.

*O ERRO DA DOUTRINA DA TRINDADE PROVOCA MUITA CONFUSÃO.

*A VERDADE  DA UNICIDADE DE DEUS ESCLARECE TODAS AS DÚVIDAS.

- Quem era o pai do menino da manjedoura de Belém? O Pai, ou o Espírito Santo. Teve Cristo criança, dois pais?

- Como pode o Pai ser maior do que o Filho, se ambos são iguais? - Jo.10:30 "Eu e o Pai somos um" Jo. 14:23 "Meu Pai é maior que Eu".

- Deus ora? Como pode Ele ser Deus e ter que orar?

R.: Jesus Cristo, em sua natureza humana precisava orar; Ele era o Filho, gerado, portanto necessitava como todo homem, da ajuda divina.

- Pode Deus morrer? Como pode a "Segunda Pessoa" da divindade ter morrido ?

R.: Quem morreu foi o homem Jesus Cristo. Quando na cruz, Jesus exclamou: "Deus meu, Deus meu porque me desamparaste?" Era a sua natureza humana sentindo-se "esvaziada" do Eterno.

O Espírito Eterno, "Deus estava em Cristo", as Escrituras nos ensinam que fomos comprados com o sangue de Deus (Atos. 20:28).

- É Maria a mãe de Deus?

- Se já há três pessoas na divindade, o que poderia estar errado em se adicionar uma quarta? Porque não deificar Maria, como fez a Igreja católica?

- A quem devemos orar, e a quem devemos adorar? Ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo.

- Quantos veremos lá no céu? Quantos tronos há no céu?

- Como pode o Filho, a "Segunda pessoa" da Divindade, não saber o tempo da Sua volta?

- Há três Espíritos habitando no coração do crente?

- Não haviam três no batismo de Jesus?

- Qual foi a glória que Cristo teve junto com o Pai, antes que o mundo existisse? (Jo 17:5, Ap. 13:8, Mat. 25:31, Zac 14:5, At 1:11, 1Tess 4:16, 2Tess 1:7, Judas 14, Ap. 1:7).

R.: Na eternidade, na mente e no propósito de Deus. a cruz e a coroa, já haviam acontecido, A vinda de Cristo ao mundo foi, a concretização do "Plano e Propósito de Deus para as Idades". Seria como se algum de nós, um dia sonhasse em realizar um empreendimento (por Exemplo: construirmos uma "Casa dos nossos sonhos") . Esse empreendimento teria sido planejado na nossa mente, com todos os detalhes, até que um dia, se as nossas possibilidades o permitissem, veríamos o "Sonho realizado". Para Deus, não foi um sonho. foi um "Desígnio" daquele que é eterno, e sabe de todas as coisas, e pode fazer tudo, pelo Seu grande poder. Deus É "onipotente, onipresente, e onisciente".

A DOUTRINA BIBLICA DA UNICIDADE DE DEUS

UNICIDADE. É a qualidade daquEle que é único. O dicionário define o termo "único". como:

1) que é um só;

2) de cuja espécie não existe outro;

3) exclusivo, excepcional;

4) a que nada é comparável

5) superior a todos os demais". é isso que Deus, o Senhor diz de Si. "Eu Sou Deus, e fora de mim não há outro"; há outro Deus além de mim? Não , não há outra Rocha que Eu conheça".

Já apresentamos no Capítulo "Os Atributos de Deus", uma série de provas Bíblicas sobre a Unicidade de Deus. Cada Capítulo deste estudo está repleto de provas bíblicas, sem contradições, da verdade da unicidade de Deus, Os argumentos apresentados pelos teólogos trinitários, na tentativa de explicar a "trindade", na verdade, fornecem-nos mais subsídios para esclarecimento da "Unicidade de Deus". Aqui trataremos de esclarecer supostas contradições levantadas sobre textos bíblicos e dúvidas daqueles que desejam com mansidão e temor conhecer a Verdade da Palavra de Deus.

A Unicidade de Deus não foi produzida por concepção de nenhum "pensador judeu ou pagão. É Deus mesmo quem diz: "Ouve, Israel; O Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Deut 6:4).

Os Teólogos trinitários atribuem a Sabélio (cerca de 215a.D.) o que eles chamam de "Heresia", isto é a defesa da Unicidade de Deus. Na verdade Sabélio (que foi antecedido por Noeto, Epigono, Cleomenes, o bispo Zeferino, no período entre 180 a 217),ensinou a mais fiel cristologia do Logos, a mesma defendida pelos apóstolos Paulo e João. Eis o ensino de Sabélio:

Pai, Filho e Espírito Santo são um só e o mesmo. São os três nomes do Deus Único que se manifesta de formas diferentes. Segundo as circunstâncias. Enquanto Pai é o Legislador do Antigo Testamento, enquanto Filho, é encarnado, e enquanto Espírito Santo é o inspirador dos apóstolos. Mas é o mesmo e único Deus que assim aparece nessas relações sucessivas e transitórias, exatamente como se pode, a um mesmo indivíduo, atribuir diferentes títulos segundo os diversos papeis de Sabélio:

Tão bem conceituada foi a teologia defendida por Sabélio, que veio influenciar consideravelmente o desenvolvimento do que viria a ser a "Cristologia ortodoxa". A crítica derramada sobre Sabélio e os seus antecessores, era na realidade, política, por serem considerados "Monarquianos modalistas". ou "monarquianos dinâmicos". Opostos aos "montanistas" (discípulos de Montano), como era o caso de Tertuliano, que conseguiu bastante influência com os "mestres" da Igreja, dada a sua habilidade literária.

Não entendemos porque os teólogos trinitários, encontram somente Sabélio, quando tantos outro influentes "Pais da Igreja" defenderam tão claramente a doutrina bíblica da Unicidade de Deus, citando por ex.: Inácio de Antioquia (110?), que foi discípulo do apóstolo João, que ensinava: O Sacrifício de Cristo é o sangue de Deus". Saudava os cristãos romanos em Jesus Cristo, nosso Deus, e afirmava que a Encarnação foi manifestação de Deus para revelar uma nova humanidade". Calixto, afirmava: "Pai, Filho e Logos, são nomes do Espírito único e indivisível; Filho é designação própria daquele que era visível, ao passo que Pai é o Espírito que nele habitava. Essa presença do Pai em Jesus é o Logos.

Contudo, a Teologia que ensina e prova biblicamente que Deus é um só, em três manifestações, não é de autoria de Sabélio, nem de nenhum outro intérprete do período pós-apostólico. Irineu, Sabélio e os demais aprenderam dos ensinos paulinos e Joaninos. Para Paulo, a identificação do Cristo exaltado com a sabedoria, o Logos, era não somente fácil, mas também natural. E a sabedoria, o Logos era forçosamente preexistente e devia ter estado sempre com Deus. Ele é o Espírito de Deus, a sabedoria de Deus; nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade.

João 8: 38 "Eu falo do que vi junto de meu Pai; e vós fazeis o que também ouvistes de vosso pai."

João 17: 21 " ... para que todos sejam um, como tu, ó pai, o és em mim, e eu em ti"

A bíblia nos revela o mistério da formação do único Deus verdadeiro participam o pai, o filho e o Espírito Santo, e que estes TRÊS são UM. Mt 3:16,17 ; I Tm 3:16 ; Col 1:26

ALGUNS PENSAMENTOS IMPORTANTES

ACERCA DA "PLENITUDE DA DIVINDADE"

A Divindade é TRÊS em operação, manifestação ou ofício de um único Deus. Portanto definitivamente UM SER ÚNICO. Com manifestações e ofícios determinado para propósito deferentes. Único poder e essência. A divindade têm atributos, ofícios e manifestação distintos QUE NUNCA MUDA.

•        Pai: Criador, Controlador, Planejador e grande Arquiteto do universo. Habita em Glória e Luz que são fisicamente inatingíveis, e existe como o Absoluto, o Auto-existente, o inatingível, a grande Causa não causada de todas as coisas. Durante + 2.000 anos, de Adão até Abraão a Personalidade do Pai domina a cena das operações redentoras.

•        Filho: A PALAVRA eterna encarnada; a manifestação da divindade à humanidade em carne e ossos. A sua personalidade é observada tipicamente na dispensação  sacrificial de SANGUE, de Abraão até a Cruz, durante + 2.000 anos. Revelado como cordeiro para tirar o pecado, e como um Leão para subjugar todas as coisas.

•        Espírito Santo: ( Jo.4:24) A inspiração, o Poder Vivificador da Igreja. A Presença invisível de Deus que age como Mestre, Guia e confortador. É o poder de Deus que unge, é a INFUÊNCIA que Santifica. O Revelador das "coisas de Cristo". Ele é revelado nesta presente Época da Igreja, de 2.000 anos.

Credo apostólico: Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra; Em Jesus Cristo Unigênito do Pai, Deus Único que a si mesmo esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e,  reconhecido em figura humana, a si mesmo humilhou, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos; tornando-se obediente ate à morte; foi crucificado, morto e sepultado; ao terceiro dia, ressurgiu dos mortos, subiu ao céu e está a destra (poder) de Deus, todo poderoso, de onde há de vir, para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; que é o Espírito consolador no crente, que é membro do místico, corpo de Cristo formando a santa igreja da qual Ele é o cabeça; E que a comprou com seu próprio sangue At.20:28. Creio na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição e transformação do corpo e na vida eterna. Amém.

"É POSSÍVEL COMPREENDER O MISTÉRIO DA DIVINDADE?"

Mistério = Algo que não pode ser explicado, isto é, algo além da compreensão humana. Só podemos entender através da inspiração do Espírito Santo ( I Cor.2:6-14)

1) Há três Deuses, ou um Deus?

R : Há apenas UM Deus, cuja manifestações e Ofícios  são tríplice ( II Cor 13:13; Mt 28:19; I Cor 12: 4,5,6; I Tm 2:5 ).

2) A grande confissão de Israel enfatiza a unidade de Deus:

" OUVE , ISRAEL, O SENHOR NOSSO DEUS É O ÚNICO SENHOR"

(Deut. 6:4)

3) O que se entende por unidade de Deus?

R : A unidade de Deus  é numérica significando, que Deus é UM e refere-se à Sua natureza, que é UNA.(Monoteísta)

( Jo. 10:30  - EU E PAI SOMOS UM; Jo. 1:1; COL 2:9; EF 1: 2,3 ).

4) Há referências bíblicas que provam que Deus é uma unidade, um Deus "número um"?

R: Sim eis algumas ilustrações:

•        "Elohim" a palavra hebraica mais comum para designar Deus ( como em Gen 1:1), é um substantivo PLURAL.Os hebreus pluralizavam os substantivos para expressar grandeza ou majestade =Plural majestático.

•        Gênesis 1:26: "Disse Deus: FAÇAMOS"

•        Gênesis 11:7 "Vinde DESÇAMOS, E CONFUNDAMOS ali a sua linguagem"

•        Gênesis 3:22 "Eis que o homem se tornou como um de NÓS"

•        Eclesiastes 12:1 "lembra-te dos teus CRIADORES" (tradução literal).

•        Salmo 149:2 "Regozije-se Israel nos seus CRIADORES"( no hebraico, plural).

•        I Tess 1:1; Ef 1:17 e 2:18; Apoc 1: 4,5; e 3:21; Mt 3:16,17.

5) Há diferença entre o que Deus é e quem é Deus?

R: Sim .

•        Quando falamos do que Deus É referimo-nos à SUA NATUREZA ou aos SEUS ATRIBUTOS. Ex. Deus é: eterno, imutável, onipotente, onisciente, onipresente, santo, justo, fiel, benevolente, misericordioso, gracioso, amoroso.

•        Quando procuramos saber QUEM é Deus, referimo-nos à Sua formação e seu nome pessoal.

Resumindo:

O Deus da Bíblia NÃO é:

•        1 Deus em 3 Deuses

•        1 Natureza em 3 Naturezas

•        1 Pessoa em 3 pessoas

Mas sim:

•        1 Deus com 1 Natureza em 3 Ofícios (manifestação) COMO João 15:26 ; Gal 4:6 ; Ef 2:18

NATUREZA = ESSÊNCIA = MESMA SUBSTÂNCIA.

Podemos dizer que Deus é UM com três Oficio ou manifestação: o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. UNIDADE SIMPLES.

Qual é o nome de Deus?

O QUE SIGNIFICA A PALAVRA "DEUS"?

R: Objeto de adoração.

A palavra "Deus" é um título que os homens usam para descrever o Ser Supremo e Infinito. (I Cor 8:4-6)

PORQUE O VERDADEIRO DEUS DEVE TER UM NOME?

O Nome de Deus estabelece a identidade de Deus e separa-o das divindades pagãs. O homem é capacitado a dirigir-se a Deus adequadamente, através do Seu Nome. (Gn 32:24-30; Ex 3:13,14.)

OS ANTIGOS HEBREUS CRIAM QUE DEUS

E O SEU NOME ERAM A MESMA COISA.

Isto significa que Deus e o Seu Nome eram inseparáveis; tudo que o verdadeiro Deus significava era definido pelo Seu Nome. O Seu Nome e a Sua pessoa eram uma só e a mesma coisa.

QUEM FOI O PRIMEIRO HOMEM A RECEBER A REVELAÇÃO DO NOME DE DEUS?

Moisés, como está registrado em Êxodo 3

COMO DEUS ERA CONHECIDO ANTES DA ÉPOCA DE MOISÉS?

Aparentemente Ele era conhecido como "O verdadeiro Deus" ou "Deus Todo-poderoso" Ex 6:3

QUAL FOI O NOME QUE DEUS DEU A MOISÉS?

A palavra hebraica é composta de quatro letras ( Yhwh , JHVH) , e por isso é chamado o "Tetragrama"( o nome de quatro letras ).

O QUE SIGNIFICA ESTE NOME HEBRAICO DE QUATRO LETRAS?

O Tetragrama significa "EU SOU" - exatamente como está traduzido na Bíblia. Ex 3:14.

QUANTAS VEZES ESTE NOME APARECE NA BÍBLIA HEBRAICA?

Este é o Nome de Deus mais freqüente nas Escrituras. Aparece 6.823 vezes no Velho Testamento Hebraico.

OS ISRAELITAS PRONUNCIAVAM ESTE NOME?

Não , pois ele era considerado demais. Lv 24:16 mostra que o simples fato de se pronunciar o Nome era punível com a morte por apedrejamento.

O QUE O ISRAELITA USAVA EM LUGAR DO NOME DE DEUS - SE ELE NÃO PODIA PRONUNCIAR O ORIGINAL JHVH?

Ele usava uma palavra que o substituía; Adonai em hebraico, Kúrios ou Kírios em grego, o Senhor em português. Os antigos rabinos colocavam no original JHVH as marcas das vogais de Adonai, para lembrar ao povo que devia pronunciar Adonai em lugar do verdadeiro nome de Deus.

DE ONDE VEIO A PALAVRA "JEOVÁ"?

A palavra "Jeová" nasceu em 1520 A.D.; Como outra maneira de se referir ao original JHVH. Os tradutores combinaram as marcas que indicavam as vogais "e", "o" e "a" (que eram colocadas sobre a JHVH para lembrar aos judeus que deviam falar Adonai) com o JHVH (YHWH). Desta maneira, formou-se a palavra "Jehovah" como híbrida, e portanto inaceitável como autêntica revelação do nome de Deus. Naturalmente, "Jeová" não poderia ter sido usado por Jesus ou pela igreja primitiva, porque NEM ERA UMA PALAVRA, AINDA , NAQUELA ÉPOCA!

VOCÊ SABE POR QUE A PALAVRA "SENHOR" APARECE COM TODAS AS LETRAS MAIÚSCULAS NA TRADUÇÃO BRASILEIRA DO VELHO TESTAMENTO?

Onde quer que você encontrar a palavra "SENHOR" no Velho Testamento (com maiúsculas), significa que o texto original hebraico usa o Tetragrama naquele lugar (JHVH; YHWH).

PORTANTO, O VELHO TESTAMENTO NOS MOSTRA QUE O NOME DE DEUS O PAI É "SENHOR"!

•        Êxodo 15:3 - "O SENHOR é homem de guerra; o SENHOR é o seu nome".

•        Isaias 42:8 - "Eu sou o SENHOR, este é o meu nome".

•        Jeremias 33: 2 - "Assim diz o SENHOR que faz estas coisas, o SENHOR que as forma para as estabelecer; o SENHOR é o seu nome".

•        Amós 5:8; 9:6 - "O SENHOR é o seu nome".

No Evangelho de João, a preexistência e a atividade criadora do Logos (a Palavra que se fez carne), merecem o mesmo lugar de destaque do pensamento de Paulo. Cristo é o Logos, o Verbo que estava com Deus, e o Verbo era Deus (Observemos: "O Verbo era Deus", não "um Deus").

A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO DO SER DE DEUS

O pensamento da Igreja Primitiva no período idade média e da Reforma era de que Ele em Seu Ser mais recôndito era Incompreensível, ressaltando-se em algumas linguagens empregadas de que não é admissível nenhum conhecimento do Ser de Deus. O que precisamos entender na possibilidade de conhecimento de Deus é que não podemos compreendê-Lo, ter um conhecimento absoluto e exaustivo de seu Ser, mas podemos conhecê-Lo de forma relativa e parcial do Seu Ser Divino, algo que só pode ser possível porque Ele mesmo colocou-se em posição de relacionar-se com Suas criaturas morais revelando-se a estas, ainda que não em sua totalidade, sendo real e verdadeiro, sendo este um conhecimento parcial da natureza absoluta do Seu Ser.

O SER DE DEUS REVELADO EM SEUS ATRIBUTOS

A teologia comumente diz que os atributos de Deus são o próprio Deus, como Ele se revelou a nós. Berkof (2009) diz: os atributos são reais determinativos do Ser divino ou, noutras palavras, qualidades inerentes ao Ser de Deus. Sheed fala deles como “uma descrição analítica e bem próxima da essência”. Num sentido são idênticos, de modo que se pode dizer que as perfeições de Deus são o próprio Deus como ele se revelou. Há uma estreita relação entre essência de Deus e seus atributos pode-se afirmar, portanto que o conhecimento de Deus e de Seus atributos leva consigo o conhecimento da Sua essência divina.

OS NOMES DE DEUS

Nas Sagradas Escrituras há o registro de vários nomes de Deus, há a menção do Seu nome no singular em vários textos (Êx 20:7, Sl 8:1, Sl 48:10, Sl 76:1, Sl 76:1,Pv 18:10) estes ressaltam toda manifestação de Deus em Sua relação com o Seu povo.

No Antigo testamento o nome de Deus é designado por vários nomes entre estes pode-se destacar: • El, Elohim e Elyon, o nome ‘El possivelmente é derivado de ‘ul e tem sentido de primeiro ou Senhor, Elohim (sing. Eloah) forma pluralística de Deus, tem sentido de plenitude de poder o Deus da criação, Elohim, é plural. Os hebreus pluralizavam os nomes para expressar grandeza ou majestade".  A própria Bíblia revela que a única maneira para se compreender a forma plural de Elohim é entender que ela expressa a majestade de Deus e não uma pluralidade na divindade.

 Elyon é derivado de ‘alah e tem sentido de elevado, designando Deus como exaltado. • ‘Adonai (derv. de dun (din) ou ‘adan) e tem sentido de Senhor, de julgar, de governar, revelando Deus como governante Todo-Poderoso. • Shaddai e ‘El-Shaddai (derv. de shadad) significando ser poderoso e indica que Deus tem todo poder no céu e na terra.

Yahweh e Yahweh Tsebhaoth- a forma como Deus se revelou neste nome superou as demais formas de revelação, em Yahweh Ele se revela como Deus de graça, este nome é tido como o mais sagrado entre os judeus devido a Levítico 24;16 “ Aquele que mencionar o nome de Yahweh será morto”, por esta razão substituíram-no nas Escrituras por ‘Adonai ou por ‘Elohim, com o tempo perdeu até a pronúncia correta do nome Yahweh por não ser pronunciado entre os judeus devido a essas substituição dos massoretas nas Escrituras. O acréscimo de Tsebhaoth em Yahweh divide opiniões, mas três opiniões destacam-se para definir a junção destes nomes: os exércitos de Israel, as estrelas, os anjos.

No Novo Testamento três nomes mais utilizados são Theos (Deus de todos), Kurios (Poderoso, Senhor) e Pater (Pai).

OS ATRIBUTOS DE DEUS

Os atributos de Deus são qualidades, características atribuídas ao caráter de Deus conforme Ele se auto-revelou e que nos ajudam a entender quem Ele é, são atribuições inerentes a Ele. Berkhof (2009) diz: Não devemos considerar os atributos como outras tantas partes que entram na composição de Deus, pois ao contrário dos homens, Deus não é composto de diversas partes...Comumente se diz em Teologia que os atributos de Deus são o próprio Deus, como Ele se revelou a nós.” A teologia Sistemática além da designação “atributos de Deus”, às vezes denomina tal estudo de “qualidades de Deus” ou “perfeições de Deus”, pode-se então entender todas essas expressões como sendo sinônimas.

QUAIS SÃO OS ATRIBUTOS DE DEUS?

Atributos incomunicáveis - Os atributos incomunicáveis são aqueles exclusivos de Deus, como imutabilidade, Ele é exaltado acima de tudo quanto existe, é imune de qualquer acréscimo ou diminuição e de todo desenvolvimento ou decadência do seu Ser e em suas perfeições (Êx 3:14, Sl 102:26-28, Is 41:4 e 48:12, Ml 3:6, Rm 1:23, Hb 1:11-12, Tg 1:17), infinidade - perfeição absoluta ( Jó 11:7-10, Sl 145:3, Mt 5:48), eternidade(Sl 90:2 e 102:12, Ef 3:21), imensidade/onipresença ( 1 Rs 8:27, Is 66:1, At 7:48-49, Sl 139;7-10, Jr 23:23-24, At 17:27-28). São assim chamados porque Deus não os compartilha com nenhuma criatura, são exclusivos Dele e Ele não os comunica a ninguém.

Asseidade: Deus é auto-existente, e não precisa de nada nem de ninguém para continuar a existir, ou seja, Ele não depende de ninguém além de Si mesmo para ser o que é. Sua asseidade está diretamente ligada a sua eternidade (Sl 90:1,2).

Eternidade: sempre existiu, Deus não foi criado por ninguém e estando acima de qualquer limitação de tempo (Gn 21:33; Sl 90:1,2), sem começo e sem fim, para Deus não existe passado, presente e futuro, seu presente é sempre a própria eternidade.

Unidade: Deus é um e todos os Seus atributos estão inclusos em Seu ser o tempo todo algo que não contradiz a doutrina da Trindade, pois as três Pessoas distintas formam um único Deus, ou seja, Sua essência é indivisível (Dt 6:4; Ef 4:6; 1Co 8:6; 1Tm 2:5). Imutabilidade: Deus não muda, tanto Seu ser como Suas perfeições não sofrem qualquer mudança, e não altera, de forma alguma, os Seus propósitos e promessas (Tg 1:17). Infinitude: Deus é infinito em seu ser e não sofre nenhum tipo de limitação. O tempo e o espaço não podem limitá-lo (1Rs 8:27; At 17:24-28). Talvez a qualidade da infinitude seja um dos atributos de Deus que apresenta mais dificuldade de compreensão por parte dos homens.

A infinitude de Deus, segundo alguns teólogos também aparece revelada através de outros atributos, como a onipresença, onisciência, onipotência e a eternidade.

Onipresença: significa que Deus não é limitado de nenhuma forma pelo espaço. Sua presença é infinita, de modo que Ele está presente em toda parte com toda plenitude do Seu ser (Sl 139).

Onipotência: significa que Deus possui todo poder, isto é, seu poder é infinito e ilimitado. Deus é soberano e capaz de cumprir todos os Seus propósitos (2Co 6:18; Ap 1:8). Hodge (2001) sobre a Onipotência de Deus diz: “O Senhor Deus onipotente reina e age segundo o beneplácito entre os exércitos do céu e os habitantes da terra; este é o tributo de adoração que as Escrituras por toda a parte rendem a Deus, e a verdade que por toda parte.”

Onisciência: Deus conhece todas as coisas de forma completa e absoluta. Ele conhece tudo infinitamente e sem estar sujeito a qualquer limitação (Sl 139; 147:4).

Soberania: Deus tem o controle sobre todas as coisas, Ele governa o universo e conduz a História da humanidade segundo Seu plano e seus propósitos eternos. Vale ressaltar que a soberania de Deus não anula a responsabilidade das ações humanas, e nem a responsabilidade humana descaracteriza as ações soberanas de Deus (Fp 2:12,13).

Atributos comunicáveis- Os atributos comunicáveis foram impressos por Deus na humanidade na criação quando o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus, pode-se ainda citar atributos comunicáveis à inteligência, a vontade e a moralidade. Eles são compartilhados por Deus ao homem, pelo menos em certa medida. Ei-los:  Amor (1Jo 4:8, Rm 5:5, Ef 2:4-8) Bondade: (2Cr 30:18; Sl 86:5; 100:5; 119:68; At 14:17). Misericórdia (Ef 2:4,5) Sabedoria (Dn 2:20; cf. Jó 12:13; Jó 36:5; Sl 147:5; Is 40:28; Rm 11:33, Is 55:8; cf. Jó 28:12-28; Jr 51:15-17). Justiça (Sl 11:7; Dn 9:7; At 17:31) Santidade (Is 40:25; Hc 1:12; Jo 17:11; Ap 4:8) Veracidade (Hb 10:23, Jo 17:3) Liberdade (Mt 11:26; cf. Is 40:13,14) Paz (Jz 6:24).

Atributos morais- podem ser considerados como as perfeições divinas mais gloriosas, é evidente que os atributos de Deus entre si sejam mais perfeito ou mais glorioso que o outro, mas relativamente ao homem, as perfeições morais de Deus resplandecem todo fulgor do Seu ser.

Os atributos de Deus não devem ser entendidos como uma lista exaustiva, por se tratar de um estudo limitado pela nossa compreensão do ser de Deus, também não pode considerada uma lista padrão, pois há muitas outras listas sobre os atributos de Deus, algumas diretas e objetivas outras mais completas e detalhadas.

MONOTEÍSMO CRISTÃO

"Ouve, Israel: o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR" (Deuteronômio 6:4).

"Deus é um" (Gálatas 3:20).

Há um Deus. Há só um Deus. Esta doutrina é o cento da mensagem Bíblica, e tanto o Velho quanto o  Novo Testamento a ensinam  claro e enfaticamente. Apesar da simplicidade desta mensagem e da clareza com que a Bíblia a apresenta, muitos que acreditam na existência de Deus não entenderam isto. Até mesmo dentro do Cristianismo, muitas pessoas, inclusive teólogos, não tem entendido esta mensagem bonita e essencial. Nosso propósito é focalizar esta questão, afirmar e explicar a doutrina bíblica da unicidade de Deus.

DEFINIÇÃO DE MONOTEÍSMO

A crença em um único Deus é chamada de monoteísmo que deriva de duas palavras gregas: monos, significando só, singular, um; etheos, significando Deus. Aqueles que não aceitam o monoteísmo pode ser classificado em uma das seguintes categorias: ateísta - que nega a existência de Deus; agnóstico  - que afirma ser a existência de Deus desconhecida e provavelmente incognoscível; panteísta  - que compara Deus com a natureza ou as forças do universo; ou um politeísta - que acredita em mais de um Deus. Diteismo, a crença em dois deuses, é uma forma de politeísmo, assim como o triteismo, a crença em três deuses. Entre as principais religiões do mundo, três são monoteísticas: o Judaísmo, o Islamismo, e o Cristianismo.

Há, entretanto, dentro das fileiras dos que se denominam cristãos pontos de vistas divergentes em relação à natureza da Divindade. Uma dessas correntes, chamada trinitarianismo, afirma que há três pessoas distintas na Divindade  - Deus Pai, Deus Filho, e Deus Espírito  Santo - mas ainda um só Deus.

Dentro dos graus do trinitarianismo, podemos distinguir duas tendências extremas. Por um lado, alguns trinitarianos enfatizam a unidade de Deus sem ter desenvolvido uma compreensão cuidadosa do significado das três pessoas distintas da Divindade. Por outro lado, outros trinitarianos dão ênfase a triplicidade da trindade a ponto de acreditarem em três seres auto-concientes, e o seu ponto de vista é essencialmente triteistico.

Além do trinitarianismo, há a doutrina de binitarianismo que não classifica o Espírito Santo como uma pessoa separada, mas afirma crer em duas pessoas na Divindade.

Muitos monoteístas têm destacado que tanto o trinitarianismo quanto o binitarianismo debilitam o monoteísmo rígido ensinado pela Bíblia. Eles insistem que a Divindade não pode ser dividido em pessoas e que Deus é absolutamente uno.

Os que acreditam no monoteísmo rígido se dividem em duas classes. Uma classe afirma que há só um Deus, e assim fazendo, nega, de uma maneira ou de outra, a perfeita divindade de Jesus Cristo. Este ponto de vista foi representada na história da igreja primitiva pelos dinâmicos monarquistas, como Paulo de Samosata, e pelos Arenistas, liderados por Arius. Estes grupos relegavam Jesus à posição de um deus criado, deus subordinado, deus filho, ou semideus.

A segunda classe dos verdadeiros monoteísta acredita em um Deus, mas, além disso, acredita que a plenitude da Divindade é manifestada em Jesus Cristo. Eles acreditam que o Pai, Filho, e Espírito Santo são manifestações, modos, funções, ou relacionamentos que o Deus único tem exibido ao homem. Os historiadores da igreja têm usado os termos moralismo e monarcianismo modalistico para descrever esse ponto de vista, sustentado na igreja primitiva por líderes como Noetus, Praxeas, e Sabellius.

No século vinte, aqueles que acreditam tanto na indivisível unicidade  de Deus, quanto na perfeita divindade de Jesus Cristo, frequentemente usam a termo Unicidade para descrever aquilo em que creem. Eles também usam os termos “Um Deus” e “Nome de Jesus” como adjetivos para se auto-denominarem, enquanto os oponentes às vezes usam expressões errôneas e desacreditas como " Só Jesus" e" Assunto Novo." (O rótulo" Só Jesus " é errôneo porque os trinitarianos insinua uma negação do Pai e do Espírito Santo. Porém, os que acreditam na Unicidade não negam o Pai e Espírito, mas antes veem o Pai e o Espírito como papéis diferentes do Deus único que é o Espírito de Jesus.)

Em resumo, o Cristianismo apresentam quatro pontos de vista básicos a respeito da Divindade: (1) trinitarianismo,

(2) binitarianismo,

(3)  monoteísmo estrito, com a negação da perfeita divindade de Jesus Cristo, e

(4)  monoteísmo estrito com a afirmação da completa deidade de Jesus Cristo, a Unicidade.

Tendo examinado de modo geral o conjunto das crenças humanas sobre a Divindade, vamos olhar o que a Palavra de Deus  - a Bíblia  - tem a dizer sobre o assunto.

O VELHO TESTAMENTO ENSINA

QUE NÃO HÁ SENÃO UM DEUS

A expressão clássica da doutrina de um só Deus se encontra  em Deuteronômio 6:4. "Ouve, Israel: o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR." Este verso da Bíblia se tornou a declaração mais distintiva e importante de fé para os judeus. Eles chamam isto o Shema, de acordo com a primeira palavra da frase em hebraico, e eles citam frequentemente isto em inglês como" Ouve, O Israel, o SENHOR é nosso Deus, o SENHOR é único". (Também veja o NIV.) Tradicionalmente, um judeu devoto sempre tentou fazer esta confissão de fé antes de morrer.

Em Deuteronômio 6:5, Deus continuou o anúncio do versículo precedente com uma ordem que requer crença total  e amor por Ele como  um  só e único Deus: "Amarás pois  o SENHOR teu Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma, e com toda a tua força ". Devemos notar a importância que Deus atribui a Deuteronômio 6:4-5. Ele ordena que estes versos sejam colocados no coração (verso 6), ensinados às crianças ao longo do dia (verso 7), atado à mão e à testa (verso 8), e escrito nos umbrais e nas portas das casas (verso 9).  Os Judeus ortodoxos obedecem literalmente essa ordem ainda hoje amarrando o tefillin(phylacteries) nos seus antebraços esquerdos e nas testas quando oram, e colocando mezuzzah em suas portas e portões. (Teffilin são pequenas caixas amarradas ao corpo através de correias de couro, e mezuzzah são pequenos recipientes  contendo pequenos rolos das escrituras.) Dentro dos dois tipos de recipientes estão versículos das Escrituras manuscrito em tinta preta por um homem piedoso que observou certos rituais de purificação dentro de ambos. Os versos da Bíblia geralmente são Deuteronômio 6:4-9,11: 18-21, Êxodo 13:8-10, e 13:14-16.

Durante uma viagem para Jerusalém onde nós colhemos a informação anterior,  tentamos comprar o tefillin. O comerciante judeu Ortodoxo disse que ele não vendia tefillin a cristãos porque eles não acreditam nele e nem têm a devida reverência a esses versos das Escrituras. Quando nós citamos Deuteronômio 6:4 e explicamos nossa total concordância a isto, os olhos dele iluminaram e ele prometeu vender a nós com a condição de que nós tratássemos o tefillin com cuidado e respeito. A preocupação dele mostra a reverência extrema e profundidade de convicção que os judeus têm para o conceito de um único Deus. Também revela que uma razão principal para a rejeição judia do Cristianismo ao longo de história é a distorção percebida da mensagem de monoteística.

Muitos outros versos da Bíblia no Velho Testamento afirmam enfaticamente o monoteísmo estrito. Os Dez Mandamentos começam com, “Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20:3; Deuteronômio 5:7). Deus enfatizou este comando declarando que Ele é um Deus zeloso (Êxodo 20:5). Em Deuteronômio 32:39, Deus disse que não há nenhum outro deus com ele. Não há nenhum deus semelhante ao SENHOR e não há nenhum Deus ao lado d’Ele (II Samuel 7:22; I Crônicas 17:20). só Ele é Deus (Salmo 86:10). Há enfáticas declarações de Deus em Isaias.

"Antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu, sou o SENHOR; e fora de mim não há salvador" (Isaias 43:10-11).

"Eu sou o primeiro, e eu sou o último; e ao lado de mim não há nenhum Deus" (Isaias 44:6).

"Há outro Deus além de mim? Não, não há outra rocha que eu conheça" (Isaias 44:8).

"Eu sou o SENHOR que faço todas as coisas; que sozinho estendi os céus; e sozinho espraiei  a terra " (Isaias 44:24).

Além  de mim não há outro. Eu sou o SENHOR e não há nenhum outro" (Isaias 45:6).

Não há outro Deus senão eu; um Deus justo e Salvador; não há além de mim. Olhai para mim, e sede salvos, vós todos os termos da terra: porque eu sou Deus, e não há nenhum outro" (Isaias 45:21-22).

"Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade; porque eu sou Deus, e não há nenhum outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim" (Isaias 46:9).

"Eu não darei minha glória a outrem" (Isaias 48:11; veja também Isaias 42:8).

“Ó SENHOR dos exércitos, Deus de Israel que estás entronizado acima dos querubins, tu somente és o Deus de todos os reinos da terra, tu só fizestes os céus e a terra (Isaias 37:16)”.

Há somente um Deus que é o Criador e Pai da humanidade (Malaquias 2:10). Durante o Reinado do Milênio, haverá um só SENHOR com um só nome (Zacarias 14:9).

Em resumo, o Velho Testamento fala de Deus como sendo único. Muitas vezes a Bíblia chama Deus de o Santo de  Israel (Salmo 71:22; 78:41; Isaias 1:4; 5:19; 5:24), mas nunca de " santo dois, santo três," ou " muitos santos."

Uma observação comum feita por alguns  trinitarianos sobre a doutrina do Velha Testamento da unicidade de Deus é que Deus teria apenas pretendido dá ênfase à sua unicidade em oposição aos deuses pagãos, embora  Ele ainda existisse como uma pluralidade. Porém, se esta conjetura fosse verdade, por que Deus não fez isto claro? Por que os judeus não entenderam uma teologia de " pessoas" mas insistiu em um monoteísmo absoluto? Nos deixe olhar para isto do ponto de vista de Deus. Suponha  que Ele quis excluir qualquer crença na pluralidade da  Divindade. Como Ele poderia fazer usando terminologia então-existente assim? Que palavras Ele poderia usar, fortes bastante, para comunicar sua mensagem ao seu povo? Pensando sobre isso, nós perceberemos que Ele usou a linguagem mais forte possível capaz de descrever a unicidade absoluta. Nos versos antes citados em Isaias, nós notamos o uso de palavras e frases como" nenhum, não há outro, nenhum semelhante, nenhum ao lado de mim, só, sozinho," e" um só." Seguramente, Deus não pôde fazer isto mais claro que não existe nenhuma pluralidade na Divindade. Em resumo, o Velho Testamento afirma que Deus é absolutamente um, em número.

O NOVO TESTAMENTO ENSINA QUE

NÃO HÁ SENÃO UM DEUS

Jesus ensinou enfaticamente Deuteronômio 6:4, chamando-o de primeiro de todos os mandamentos (Marcos 12:29-30). O Novo Testamento pressupõe o que ensina o Velho Testamento de que há um só Deus e explicitamente repete esta mensagem muitas vezes.

"Visto que Deus é um só o qual justificará" (Romanos 3:30).

 “Não há senão um só Deus” (I Corintios 8:4).

"Para nós há um só Deus, o Pai" (I Corintios 8:6).

"Mas Deus é um" (Gálatas 3:20).

"Um só Deus e Pai de todos" (Efésios 4:6).

"Porquanto há um só Deus" (I Timóteo 2:5).

"Tu crês que há um só Deus; fazes bem: os demônios também acreditam, e tremem" (Tiago 2:19).

Novamente, a Bíblia chama Deus de o Santo (I John 2:20). Há um trono no céu e apenas um senta nele (Apocalipse 4:2).

O monoteísmo do Novo Testamento, mais os vários versículos da Bíblia são suficientes para estabelecer que tanto Velho Testamento quanto o Novo Testamento ensina que Deus é um.

Como nós vimos, a Bíblia inteira ensina um monoteísmo estrito. O povo de Deus sempre foi identificado com a mensagem de um - único Deus. Deus escolheu Abraão por sua disposição de abandonar os deuses de sua nação e do seu pai e adorar o único Deus verdadeiro (Gênese 12:1-8). Deus castigou Israel todas as vezes que o povo começou a adorar outros deuses, e adoração politeísta foi uma das principais razões para que Deus finalmente os enviasse para o cativeiro (Atos 7:43). O Salvador veio ao mundo através de uma nação (Israel) e através de uma religião (o Judaísmo) cujo povo tinha se libertado finalmente do politeísmo. Eles eram completamente monoteístas.

Hoje, Deus ainda exige para Ele uma adoração monoteísta. Nós na igreja somos os herdeiros de Abraão pela fé, e essa posição de honra exige que tenhamos a mesma fé monoteísta no Deus de Abraão (Romanos 4:13-17). Como cristãos no mundo jamais temos que deixar de exaltar e proclamar a mensagem de que há apenas um único e verdadeiro Deus vivo.

DEUS É ESPÍRITO

Jesus proclamou esta verdade em João 4:24. A Bíblia revela se maneira consistente, desde Gênese 1:2 (" E o Espírito de Deus movia sobre a face das águas") até Apocalipse 22:17 (" E o Espírito e a noiva dizem, Vem"). Hebreus 12:9 chama Deus de Pai dos espíritos.

O que é um espírito? O Dicionário de Webster inclui em sua definição da palavra o seguinte": UM ser sobrenatural, um ser incorpóreo, racional. geralmente invisível aos seres humanos mas que tem o poder para ficar visível segundo  à sua vontade. um ser que tem uma natureza incorpórea" ou imaterial. [2] a palavra hebraica traduzida como espírito é ruwach, e pode significar vento, respiração, vida, raiva, sopro, sem substancialidade, região do céu, ou espírito de um ser racional. A palavra grega traduzida por espírito, pneuma, pode significar uma corrente de ar, respiração, sopro, explosão, vento, brisa, espírito, alma, princípio vital, disposição, anjo, demônio, ou Deus. [3] todas essas definições enfatizam que um espírito não tem carne e ossos (Lucas 24:39). Semelhantemente, Jesus indicou que o Espírito de Deus não tem carne e sangue (Mateus 16:17). Assim, quando a Bíblia diz que Deus é Espírito, significa que Ele não pode ser visto ou pode ser tocado fisicamente por seres humanos. Como um Espírito, ele é um Ser inteligente, sobrenatural que não tem um corpo físico.

DEUS É INVISÍVEL

Considerando que Deus é um Espírito, Ele é invisível a menos que Ele escolha se manifestar em alguma forma visível para homem. Deus falou para Moises, “Tu não poderás ver a minha face: porquanto nenhum homem verá a minha face, e viverá" (Êxodo 33:20). "Ninguém jamais viu a Deus” (João 1:18; I João 4:12). Não apenas ninguém jamais viu a Deus, como algum homem é capaz de ver Deus (I Timóteo 6:16). Várias vezes a Bíblia descreve Deus como invisível (Colossenses 1:15; I Timóteo 1:17, Hebreus 11:27). Embora o homem possa ver Deus quando Ele aparece em várias formas, nenhum homem pode ver o Espírito invisível de Deus diretamente.

DEUS É ONIPRESENTE

(Presente Em todos Os lugares)

Porque Deus é um Espírito Ele pode estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Ele é o único Espírito que é verdadeiramente onipresente; para todos os outros espíritos como demônios, anjos e o próprio Satanás podem ser limitados, a locais específicos (Marcos 5:10; Judas 6; Apocalipse 20:1-3).

Embora Deus seja onipresente, nós não O podemos comparar com a natureza, substância, ou forças do mundo (o que seria panteísmo), porque Ele tem individualidade, personalidade, e inteligência reais.

Salomão reconheceu a onipresença de Deus quando orou na dedicação do Templo, dizendo: “Veja, o céu e até o céu dos céus não podem conter” (I Reis 8:27; veja II Crônicas 2:6; 6:18). Deus declarou sua onipresença dizendo: “O céu é meu trono, e a terra é o estrado dos meus pés" (Isaias 66:1; veja também Atos 7:49). Paulo pregou que o Senhor não está “longe de cada um de nós: Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos" (Atos 17:27-28). Talvez a mais bela descrição da onipresença de Deus encontramos no Salmo 139:7-13: “Para onde ausentarei do teu espírito? Para onde eu fugirei de tua presença? Se eu subo aos céus, tu lá estás: se eu arrumar minha cama no mais profundo do abismo, veja, tu lá estás também. Se tomar às asas da alvorada, e me detenho nos confins dos mares; Ainda lá me conduzirá, e a tua mão direita me segurará. Se eu disser, Seguramente a escuridão me cobrirá; até mesmo a noite estará clara sobre mim. Até as próprias trevas não te serão escuras: a escuridão e a luz são ambos semelhante para ti. Pois tu formaste o meu interior: tu me teceste no” útero de minha mãe.

Se Deus é onipresente, por que a Bíblia O descreve como estando no céu? Há  várias razões. (1) Esse fato ensina que Deus é transcendental. Em outras palavras, Ele está além da compreensão humana e Ele não está limitado a esta terra.

(2) Essa descrição se refere ao centro do raciocínio e atividade de Deus  - sua própria matriz, por assim dizer.

(3) Ele se refere à presença imediata de Deus; quer dizer, a totalidade da glória e do poder Deus a que nenhum homem mortal pode ver e ainda pode continuar vivo (Êxodo 33:20).

(4) , pode se referir também à manifestação visível de Deus aos anjos nos céus. Não significando isso, no entanto que Deus não esteja onipresente, não que esteja limitado a um lugar, ou é limitado a um corpo.

Semelhantemente, quando a Bíblia diz que Deus veio para terra ou se apareceu a um homem, ele não nega a sua onipresença. Ela simplesmente significa que o foco da sua atividade se deslocou para a terra pelo menos no que se refere a determinado indivíduo ou uma certa situação. Quando Deus vem à terra, o céu não se torna vazio. Ele continua no céu como sempre. Ele pode agir simultaneamente no céu e na terra, ou em vários locais em terra. É muito importante que reconheçamos a magnitude da onipresença de Deus e não a limitemos à nossa experiência humana.

DEUS TEM CORPO?

Sendo Deus um Espírito invisível e onipresente, Ele certamente não tem um corpo do modo como entendemos que um corpo seja. Ele realmente assumiu várias formas e manifestações temporárias ao longo do Velho Testamento de forma que o homem pudesse vê-lo. (Veja a seção depois em teofanías neste capítulo.) Porém, a Bíblia não registra qualquer manifestação corpórea permanente de Deus até o nascimento de Jesus Cristo. Claro que, em Cristo, Deus teve um corpo humano e agora tem um glorificou, corpo humano imortal.

Fora das manifestações temporárias de Deus e fora da revelação de Deus em Cristo no Novo Testamento, acreditamos que as referências bíblicas encontradas aos olhos, mãos, braços, pés, coração, e outras partes do corpo de Deus sejam exemplos de linguagem figurativa ou antropomorfismos (interpretações de algo não humano em termos humanos de forma que homem possa entender).

Em outras palavras, a Bíblia descreve o Deus infinito em termos humanos finitas, para que nós O possamos compreender melhor. Por exemplo, o coração de Deus denota seu intelecto e as suas emoções, não um órgão bombeador  do sangue- (Gênesis 6:6; 8:21). Quando Deus disse que o céu era o seu trono e terra era estrado de seus pés, Ele descreveu a sua onipresença, não um par de pés literalmente sustentados sobre o globo (Isaias 66:1). Quando Deus disse que a sua mão direita estendeu os céus, Ele descreveu o seu grande poder e não uma grande mão desdobrando os céus (Isaias 48:13). "Os olhos do SENHOR estão em todo lugar" não signifique que Deus tem olhos físicos em todos os locais, mas indica sua onipresença e onisciência (Provérbios 15:3). Quando Jesus expulsou demônio pelo dedo de Deus, Ele não baixou um dedo gigantesco vindo dos céus, mas Ele exercitou o poder de Deus (Lucas 11:20). O refolgar das narinas de Deus não era partículas literais emitidas por narinas divinas gigantescas, mas o vento oriental forte enviado por Deus para separar o Mar Vermelho (Êxodo 15:8; 14:21). Na realidade, a interpretação literal de todas as visões e descrições físicas de Deus nos levariam a acreditar que Deus tem asas (Salmo 91:4) ou rodas (Daniel 7:9). Em resumo, nós acreditamos em Deus como um Espírito não tem corpo a menos que Ele escolha se manifestar em uma forma corpórea como Ele o fez na pessoa de Jesus Cristo.

Alguns dizem que no Testamento Velho Deus tinha um corpo espiritual visível aos outros seres espirituais como os anjos. Eles levantam esta hipótese porque os espíritos humanos parecem ter uma forma capaz de ser reconhecida pelos outros espíritos (Lucas 16:22-31) e porque algumas passagens indicam que os anjos e Satanás presenciaram uma manifestação visível de Deus no Velho Testamento (I Reis 22:19-22; Jó 1:6). Porém, Deus não precisava de um corpo espiritual para fazer isto porque Ele perderia ter se manifestado por várias vezes a outros espíritos da mesma maneira como se manifestou ao homem. Um verso fundamental da Bíblia insinua que comumente Deus não é mesmo visível aos seres espirituais a menos que Ele escolha se manifestar de algum modo": Deus foi manifesto na carne. "contemplado por anjos (ITimóteo 3:16). Finalmente, se Deus tivesse mesmo algum tipo de corpo espiritual Ele certamente não estaria limitado a isto como outros seres espirituais estão confinados a seus corpos; para então Ele não seria verdadeiramente onipresente.

Por exemplo, a onipresença de Deus significa que Ele poderia ter aparecido simultaneamente aos homens na terra e aos anjos nos céu. Precisamos ter em mente, Também, que nos tempos do Novo Testamento Deus escolheu se revelar completamente através de Jesus Cristo (Colossenses 2:9). Não há nenhuma possibilidade de separar Deus e Jesus, e não há outro Deus visível fora de Jesus.

DEUS É ONISCIENTE

(Conhece Tudo)

Salmo 139:1-6 nos ensina que Deus sabe todas as coisas, inclusive nossos movimentos, pensamentos, caminhos, modos, e palavras. Jó confessou: " Bem sei que tudo podes, e que nenhum dos teus pensamentos pode ser frustrados " (Jó 42:2). Deus tem o conhecimento completo de todas as coisas, inclusive o conhecimento antecipado do futuro (Atos 2:23). Como a onipresença, onisciência são  atributos que pertence somente a Deus. Ele é “o único Deus sábio" (I Timóteo 1:17). A Bíblia não identifica nenhum outro ser (inclusive Satanás) que possa ler todos os pensamentos do homem, pode prever o futuro com exatidão, ou pode saber tudo que há para ser conhecido.

DEUS É ONIPOTENTE

(Todo Poderoso)

Muitas vezes ao longo da Bíblia, Deus chama a si mesmo de Todo-poderoso (Gênesis 17:1; 35:11, etc.). Ele tem todo o poder que existe, e nenhum ser pode exercer qualquer poder a menos que Deus permita isto (Romanos 13:1). Novamente, só Deus é onipotente, pois só um ser pode ter todo o poder. I Timóteo 6:15 descreve Deus como “Bendito e único soberano, o Rei dos reis, e Senhor dos senhores”. Os santos de Deus nos céus proclamarão “Aleluia: pois reina o Senhor nosso Deus o Todo-poderoso" (Apocalipse 19:6). Deus descreve sua grande onipotência maravilhosamente em Jó, capítulos 38 a 41.

As únicas limitações que Deus tem são aquelas que Ele coloca de boa vontade em si mesmo ou aquelas sendo o resultado de sua natureza moral. Considerando que Ele é santo e sem pecado, Ele permanece dentro de suas próprias limitações morais. Então, é impossível, portanto para Deus mentir ou contradizer Sua própria Palavra (Tito 1:2; Hebreus 6:18).

DEUS É ETERNO

Deus é eterno, imortal, e perpétuo (Deuteronômio 33:27; Isaias 9:6; I Timóteo 1:17). Ele é o primeiro e o último (Isaias 44:6). Ele não tem começo e não terá fim; outros seres espirituais, inclusive o homem, são imortais no que se refere ao futuro, mas só Deus é eterno no passado e no futuro.

DEUS É IMUTÁVEL

(Não Muda)

O caráter e os atributos de Deus nunca mudam “: Porque eu sou o SENHOR, não mudo (Malaquias 3:6). É verdade que Deus às vezes se arrepende (muda seu curso de ação em relação ao homem), mas isso acontece porque o homem muda suas ações. A natureza de Deus permanece a mesma; apenas Seu futuro curso de ação se modifica para responder às mudanças do homem. Por exemplo, o arrependimento de Nínive fez Deus mudar seus planos de  destruir aquela cidade (Jonas 3:10). A Bíblia também, às vezes fala do arrependimento de Deus no sentido de comover-se ou entristecer-se mas do que no sentido de mudança no seu pensamento (Gênesis 6:6)”.

DEUS TEM INDIVIDUALIDADE, PERSONALIDADE, E RACIONALIDADE

Deus é um ser inteligente com vontade (Romanos 9:19) e capacidade de raciocinar (Isaias 1:18). Ele tem uma mente inteligente (Romanos 11:33-34). O fato de o homem ser capaz de ter emoções  indica que Deus tem emoções, pois o homem foi criado por Deus à sua própria imagem (Gênese 1:27). A natureza emocional essencial de Deus é o amor, mas Ele tem muitas emoções tais como prazer, piedade ou compaixão, ódio ao pecado e zelo pela retidão (Salmo 18:19; Salmo 103:13; Provérbios 6:16; Êxodo 20:5). Ele demora enfurecer, mas Ele pode ter sua ira  provocada (Salmo 103:8; Deuteronômio 4:25). Deus pode ser afligido (Gênese 6:6) e santificado (Salmo 103:1). Claro que, suas emoções transcendem nossas emoções, mas podemos descrevê-lo usando condições que descrevem emoções humanas. (Para mais prova del que Deus é um ser individual com personalidade e racionalidade, veja as discussões neste capítulo a respeito da onisciência de Deus e seus atributos morais.)

OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS

"Deus é amor" (I John 4:8, 16). Amor é a essência de Deus; ele é sua mesma natureza. Deus tem muitas outras qualidades e atributos muitos dos quais prolongamentos do seu amor.

Tabela 1: A Natureza Moral de Deus

1       Amor          I João 4:8

2       Luz   I João 1:5

3       Santidade I Pedro 1:16

4       Misericórdia       Salmo 103:8

5       Bondade   Salmo 18:35

6       Retidão     Salmo 129:4

7       Bondade   Romanos 2:4

8       Perfeição  Mateus 5:48

9       Justiça       Isaias 45:21

10     fidelidade  I Corintios 10:13

11     Verdade    João 17:17

12     Graça        Salmo 103:8

Estes atributos morais de Deus não são contraditórios, antes operam em harmonia. Por exemplo, a santidade de Deus exigiu uma separação imediata entre Deus e o homem quando o homem pecou. Então, a justiça e a retidão de Deus exigiam a morte como a penalidade do pecado, mas o amor e a misericórdia de Deus procuraram o perdão. Deus satisfez tanto a justiça quanto a misericórdia pela morte de Cristo no Calvário e do plano de salvação que daí resultou.

Nós desfrutamos os benefícios da misericórdia de Deus quando nós aceitarmos a obra expiatória de Cristo e a aplicamos à nossas vidas pela fé. Quando nós aceitamos e obedecemos pela fé o plano de salvação de Deus, Deus imputa a retidão de Cristo a nós (Romanos 3:21-5:21). Então, Deus pode nos perdoar justamente do pecado (I João 1:9) e pode nos restabelecer a comunhão com Ele sem violar sua santidade.

A morte do Cristo inocente, e sem pecado e a imputação da justiça de Cristo em nós satisfizeram à justiça e à santidade de Deus. Porém, se nós rejeitarmos a expiação de Cristo, seremos deixados sós para enfrentar o julgamento de Deus. Neste caso sua santidade exige separação do homem pecador e sua justiça exige a morte para o homem pecador. Assim justiça e misericórdia são aspectos complementares, não contraditórios, da natureza de Deus, como é a santidade e o amor. Se nós aceitamos o amor e a misericórdia de Deus Ele nos ajudará a satisfazer a sua justiça e santidade. Se nós rejeitamos o amor de Deus e a sua misericórdia nós temos que enfrentar sozinhos a sua justiça e santidade (Romanos 11:22).

Claro que, a lista anterior não contém naturalmente de modo exaustivo as qualidades de Deus. Deus é transcendental e nenhum ser humano pode compreendê-lo completamente. "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos são meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, assim são meus caminhos mais alto que vossos caminhos, e meus pensamentos mais altos que os vossos pensamentos" (Isaias 55:8-9). "Ó profundidade das riquezas tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem, pois conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” (Romanos 11:33-34).

A GRANDE BATALHA TEOLÓGICA

Se por um lado a heresia em torno da interpretação da Doutrina de Deus, penetrava na Igreja, através de pensadores de formação pagã como vimos em Tertuliano, Cipriano, Montano e outros, defensores da doutrina da trindade, entre outras heresias, encontramos de outro lado, vozes firmes na defesa da Unicidade de Deus, como INÁCIO de Antioquia que professava o mesmo tipo de Cristologia encontrado no Evangelho de João. Afirma que o sangue de Cristo e o sangue de Deus; saúda os cristãos romanos em nome de JESUS Cristo nosso Deus".

A ideia mais original de Inácio é a de que a encarnação foi a manifestação de Deus para revelar uma nova humanidade. Antes de Cristo, o mundo estava sob o poder do diabo e da morte. Cristo trouxe a vida e a imortalidade. Já mais a frente, ao mesmo tempo de Cipriano, encontramos o líder mais notável da escola modalista, cujo nome ficou até hoje vinculado a esse pensamento cristológico:  SABÉLIO (de onde os unicistas são apelidados de sabelianos ou sabelitas), afirmava: "Pai, Filho e Espírito Santo" são um só e o mesmo. Pai, Filho e Espírito Santo, são nomes (títulos) do Deus único, que se manifesta de formas diferentes, segundo as circunstancias. Enquanto Pai, é o Legislador do A.T.; enquanto Filho, é encarnado; enquanto Espírito Santo, é o inspirador dos apóstolos. Mas é o mesmo e único Deus que assim aparece nessas relações sucessivas, e transitórias, exatamente como se pode a um mesmo indivíduo atribuir títulos diferentes, segundo os diversos papeis que represente. Embora tenha sido excomungado em Roma, Sabélio granjeou inúmeros seguidores no oriente, especialmente no Egito e na Líbia. Não deixou de influenciar consideravelmente o que viria a ser considerado a "CRISTOLOGIA ORTODOXA".

A identificação absoluta entre Pai, Filho e Espírito Santo, por ele proposta, foi rejeitada, mas subentendia uma noção de igualdade que veio por fim, como no caso de Agostinho suplantar a ideia de subordinação do Filho e do Espírito Santo, que caracterizava a Cristologia defendida por Tertuliano. Calixto, em sua explanação da Cristologia, explicava: Pai, Filho e Logos, são nomes do Espírito único e indivisível. Filho é a designação própria daquele que se tornou visível - JESUS, ao passo que o Pai e o Espírito que nele habitava. Essa presença do Pai em JESUS é o "Logos". CALIXTO asseverava claramente que o Pai não padecera na cruz, mas sofrera com os sofrimentos do Filho JESUS. No entanto, o Pai, "depois de tomar sobre Si a nossa carne elevou-a a natureza da divindade, mediante a união dela consigo e a fez "uma", de forma tal que O PAI E O FILHO DEVEM SER CONSIDERADOS "UM SÓ DEUS". 

O Imperador Décio subiu ao trono imperial ao tempo em que Roma completava o fim do primeiro milênio de uma história e numa época em que o Império cambaleava sob calamidades naturais e ataques internos e externos à sua estabilidade. Os cristãos foram tomados com uma perigosa ameaça ao estado por causa de seu rápido crescimento numérico e por sua aparente tentativa de se construírem num estado dentro do estado. Décio promulgou em edito em 250 que exigia pelo menos, uma oferta anual de sacrifício nos altares romanos aos deuses e à figura do Imperador. Aqueles que oferecessem este sacrifício recebiam um certificado chamado libellus. A igreja mais tarde, foi sacudida com o problema de como tratar aqueles que tinham negado a sua fé cristã para conseguir esses certificados. Felizmente para a igreja, a perseguição durou só até a morte de Décio, no ano seguinte, mas as torturas que Orígenes sofreu, mais tarde causaram sua morte. Diocleciano, líder militar forte, chegou ao trono imperial no fim de um século marcado pela desordem política no Império Romano. Ele concluiu que somente uma monarquia forte salvaria o Império e sua cultura clássica.

Em 285, pôs fim à monarquia do principado, criada por César Augusto em 27 A.C, pela qual o imperador e o senado dividiam o poder. Em sua opinião uma monarquia poderosa oferecia a única alternativa ao caos. Foi nesta situação histórica que aconteceu a mais dura perseguição enfrentada pelos cristãos. Os primeiros editos, com ordem de perseguição aos cristãos, foram promulgados em março de 303, Diocleciano ordenou o fim das reuniões cristãs, a destruição das igrejas, a deposição dos oficiais da Igreja, a prisão daqueles que persistissem em seu testemunho de Cristo e a destruição das Escrituras pelo fogo. O ultimo edito obrigou os cristãos a sacrificarem aos deuses pagãos sob pena de morte caso recusassem.

Eusébio conta que as prisões ficaram tão cheias de líderes cristãos e crentes comuns que não havia lugar suficiente para os criminosos.

Os cristãos foram punidos com o confisco de bens, exílio, prisões ou execuções à espada ou por animais ferozes. Os mais felizes eram enviados aos campos de trabalhos forçados, onde trabalhavam até a morte nas minas.  Constantino, seu sucessor, compreendeu que se o Estado não podia destruí-la pela força, o melhor seria usar a Igreja como aliado para salvar a cultura clássica. A Igreja e o Estado chegaram a um acordo que começou quando Constantino conseguiu o controle completo. Constantino; ( 274-337) teve uma visão de uma cruz no céu, com as seguintes palavras em latim; “ com este sinal, vencerás”. Ele derrotou os seus inimigos na batalha da ponte Mílvia sobre o rio Tibre. Embora a visão possa ter ocorrido, é evidente que o favorecimento da igreja por Constantino foi um expediente seu. A Igreja poderia servir como novo centro de unidade e salvar a cultura clássica e o Império. Constantino inaugurou uma política de favorecimento da Igreja cristã.

Em 313, ele e Lícinio garantiram-lhe a liberdade de culto pelo Edito de Milão. Nos anos seguintes, Constantino promulgou outros editos, que tornavam possíveis a recuperação das propriedades confiscadas, o subsídios da Igreja pelo estado, a isenção ao clero do serviço público, a proibição de adivinhações e a separação do “Dia do Sol” (domingo), como um dia de descanso e culto. Ele tomou uma posição de liderança teológica no Concílio de Nicéia, em 325, quando arbitrou a controvérsia ariana. Apesar de o número de cristão não ultrapassar a um décimo da população do Império nesta época, eles exerceram uma influência no Estado bem maior do que se podia esperar pela quantidade de membros que possuía, Constantino, em 330 fundou a cidade de Constantinopla. Este ato ajudou a dividir Oriente e Ocidente. Ele tornou o centro do poder político no oriente e o bispo de Roma, após 476, foi deixado com poder político além do espiritual. Quando parecia que o cristianismo iria se tornar a religião do Estado, houve um retrocesso com a ascensão de Juliano em 361 ao trono imperial. Juliano fora forçado a aceitar o cristianismo formalmente, mas a morte de parentes seus nas mãos do governo cristão e o estudo que fez de filosofia em Atenas o levaram a se tornar um seguidor do Neoplatonismo.

Ele retirou da Igreja Cristã os privilégios e restaurou a liberdade plena de culto. Todas as felicidades foram concedidas para ajudar no avanço da filosofia e da religião pagã. Felizmente para a Igreja, seu reinado foi curto e o retrocesso do desenvolvimento da Igreja, foi apenas temporário. O Imperador Graciano renuncio ao titulo de Pontifex Maximus. Teodósio I promulgou em 380 um edito tornando o cristianismo a religião exclusiva do estado. Qualquer pessoa que seguisse outra forma de culto receberia a punição do estado. Em 392, o Edito de Constantinopla estabeleceu a proibição do paganismo. Em 459, Justiniano desferiu o golpe de misericórdia sobre o paganismo, quando determinou o fechamento da escola de filosofia de Atena.

GOVERNO DA IGREJA ( 100-313 )

Foi no período entre 100 e 313 que a Igreja se viu forçada a pensar na melhor maneira pela qual poderia enfrentar a perseguição externa do estado romano e o problema interno do ensino herético e das conseqüentes decisões. Ela procurou cerrar fileiras através de procedimentos.

O BISPO MONARQUISO

Necessidades práticas e teóricas levaram à exaltação da posição do bispo em cada igreja, chegando ao ponto de as pessoas o virem e o reconhecerem como superior aos outros presbíteros aos quais seu oficio fora relacionado em tempos do Novo Testamento. A necessidade de uma liderança para enfrentar os problemas da perseguição e da heresia foi uma necessidade prática que acabou por ditar o aumento do poder do bispo. O desenvolvimento da doutrina da sucessão apostólica e a crescente exaltação da Ceia do Senhor foram fatores fundamentais neste aumento de poder. A elevação do bispo monárquico em meado do segundo século originou-se da honra especial devida ao bispo monárquico da Igreja em Roma. O argumento inicial e mais importante apresentado desde cedo na história da Igreja, foi o de que Cristo deu a Pedro, presumivelmente o primeiro bispo de Roma, uma posição de primazia entre os apóstolos em função da suposta designação de Pedro como a rocha sobre qual edificaria a Sua igreja (Mt 16:18 ). Segundo Mateus ( 16:19) Cristo deu também a Pedro as chaves do reino dos céus e depois o comissionou especialmente para apascentar Seu rebanho (Jô: 21:15-19). A Igreja Romana insiste desde tempos antigo que Cristo deu a Pedro um lugar especial de primeiro bispo de Roma e de líder dos apóstolos. O prestigio histórico de Roma como a capital do Império levou a uma natural elevação da posição da igreja da capital. Muitos pais da Igreja Ocidental, como Clemente, Inácio, Irineu e Cipriano, destacaram a importância da posição do bispo, e no caso de Cipriano, do bispo de Roma. Embora todos os bispos fossem iguais, honra especial deveria ser dada ao bispo romano encarregado da cadeira de São Pedro. Embora todos os bispos estivessem numa linha de sucessão apostólica dos bispos desde o próprio Cristo, Roma merecia honra especial, porque, cria-se seu bispo continuava a linha sucessória desde Pedro.

DESENVOLVIMENTO DA REGRA DE FÉ

O papel do bispo como garantia da unidade da Igreja foi reforçada pelo desenvolvimento de um credo. Um credo é uma declaração de fé para uso público. Os credos têm sido usados para testar a ortodoxia, identificar os crentes entre si e servir como um resumo claro das doutrinas essenciais da fé. Pressupõe uma fé viva da qual são expressão intelectual. Os credos denominacionais surgiram depois da reforma. Os credos conciliares ou universais elaborados por representantes de toda a igreja surgiram no período da controvérsia teológica entre 313 e 451. o primeiro tipo de credo foi o credo batismal de que o Credo do Apóstolos pode servir como exemplo. Deve-se ter sempre em mente que os credos são expressões relativas e limitadas da regra divina e absoluta de fé e prática contida na Bíblia. Textos bíblicos que favorecem a ideia de um credo são encontrados em Romanos 10:9-10, Corintios 15:4, I Timóteo 3:16. Irineu e Tertuliano desenvolveram Regras de Fé para serem usadas na distinção entre Cristianismo e Gnosticismo. O Credo dos Apóstolos é o mais antigo sumário das doutrinas essenciais da Escritura que possuímos. Alguns pensam que o Credo dos apóstolos surgiu da declaração abreviada de Pedro sobre Cristo em Mateus 16:16 e que foi usado como fórmula batismal desde cedo.

CAPITULO 8

CÂNON DO NOVO TESTAMENTO

O cânon, lista dos volumes pertencentes a um livro autorizado, surgiu como um reforço à garantia da unidade centralizada no bispo e à fé expressa num credo. O desenvolvimento do cânon foi um processo demorado, encerrado em 175, exceto para o caso de uns poucos livros cuja autoria era ainda discutida. Algumas razões de ordem prática tornaram necessário que a igreja desenvolvesse a relação de livros que deveriam compor o Novo testamento, Heréticos, como Márcion estavam formando o seu próprio cânon das Escrituras e estavam levando o povo ao erro. Os cristãos perseguidos não estavam dispostos a arriscar suas vidas por um livro se não estivessem certos de que ele integrava o cânon das Escrituras. Como os apóstolos estavam saindo de cena, havia a necessidade de alguns registros que seriam reconhecidos como autorizados e dignos de uso na adoração.  O maior teste do direito de um livro estar no cânon era se ele tinha os sinais da apostolicidade. Era ele escrito por um apóstolo ou por alguém ligado intimamente aos apóstolos, como Marcos, o autor do Evangelho de Marcos que contou com a ajuda do apóstolo Pedro. A eficácia do livro na edificação quando lido publicamente e sua concordância com a regra da fé serviam de testes também. Na análise final, o que contava para a decisão sobre que livro deveria ser considerado canônico e dignos de serem incluídos no Novo Testamento era a verificação histórica de autoria ou influência apostólica ou a consciência universal da igreja dirigida pelo Espírito Santo.

LITURGIA

Muitos convertidos vindos das religiões de Mistério também contribuíram para o desenvolvimento do conceito da separação do clero dos leigos, ao destacaram a santidade da posição dos bispos. A Ceia do Senhor e o Batismo tornaram-se ritos que somente poderiam ser dirigidos por um ministro credenciado. Ao se desenvolver a ideia da Ceia como um sacrifício a Deus, fortaleceu a santidade superior do  bispo comparado com os membros comuns da igreja. O desejo de ser batizado eram os únicos requisito, mas, ao final do segundo século, acrescentou-se um período probatório como catecúmeno a fim de provar a realidade da experiência do convertido. Neste período de provação, os catecumos assistiam aos cultos no vestíbulo final do templo e não podiam cultuar no santuário. O batismo em geral era por imersão; às vezes por afusão ou aspersão. O batismo infantil, que Tertuliano criticava e Cipriano apoiava, e o batismo clínico (de doentes) surgiram neste período. O surgimento de um ciclo de festas no ano eclesiástico é também deste período.  A Páscoa, nascida da aplicação da Páscoa judaica à ressurreição de Cristo, parece ter sido a primeira destas festas. Só depois de 350, o  Natal foi aceito como uma festa cristã e, então purificado dos elementos pagãos que o compunham. A quaresma, um período de 40 dias, anteriores a Páscoa, de penitência e contenção dos apetites da carne, foi aceita como parte do ciclo litúrgico das igrejas depois da adoção do Natal.

HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ

(Da Igreja Apostólica a 313 e os primeiros séculos A.D.)

O nascimento de Cristo e os fundamentos da Igreja Primitiva

Jesus Cristo é o fundamento sobre o qual repousa o cristianismo. Existindo antes como Deus, ele veio ao mundo (se encarnou) e pregou a fé, o arrependimento, a salvação e o amor de Deus. Deu-se ainda, enquanto Deus encarnado, como sacrifício para morrer pela salvação da humanidade. Assim, ele se tornou não só Senhor da Igreja, mas também o Salvador do mundo. A existência de Cristo e de sua igreja, o cristianismo, não é um evento isolado do mundo. Ele nasceu num tempo determinado, num contexto histórico determinado e em condições históricas determinadas que servem como pano de fundo para o estabelecimento da sua igreja. É exatamente nesse pano de fundo (Cristo e o contexto histórico em que nasceu) que podemos encontrar as melhores evidências e os melhores vestígios da atuação divina que transformou e deu forma à natureza e mensagem da igreja cristã.

A "PLENITUDE DOS TEMPOS"

Leia Marcos 1:15 e Gálatas 4:4. Estes textos revelam que Jesus Cristo não nasceu numa época qualquer, mas ao chegar a "plenitude dos tempos". Como as profecias messiânicas não apontam para uma data da vinda do Messias, não se podem interpretar esses textos como fazendo alusão ao cumprimento de uma profecia específica. De acordo com os estudiosos, a interpretação adequada de "plenitude dos tempos" é: "tempo certo", "momento ideal", "ocasião propícia" designada por Deus, mas não revelada nas profecias escritas. Assim, temos a seguinte definição técnica para a expressão "plenitude dos tempos": época ou contexto histórico cuja realidade (acontecimentos) foi tremendamente favorável ao objetivo da vinda de Cristo ao mundo, que é a anunciação e propagação universal do Evangelho do Reino de Deus. A natureza dessa realidade é a uniformização cultural e política propiciada pelo sistema administrativo do império romano, somadas as outras contribuições religiosas (dos judeus) e culturais (dos gregos) que já faziam parte desse ambiente mundial. Não foram todas contribuições positivas, mas em muito contribuíram para levar o mundo uma a situação ideal na qual Cristo exerceria um impacto maior que não teria sido possível até então. Vejamos que realidade e contribuições foram essas.

O TEMPO DO NASCIMENTO DE CRISTO

Jesus Cristo nasceu dentro do mundo romano. O mundo composto pelas nações mais conhecidas da época tinha caído sob o controle absoluto dos romanos. A Palestina, terra natal de Cristo, foi submetido pelos romanos no ano 63 a.C. O vasto território que reunia nações da Ásia, África e Europa caíra nas mãos de um mesmo domínio político, jurídico e econômico, o império romano. Chama-se império ao poder político-econômico e jurídico exercido sobre duas ou mais nações autônomas, mas que perderam a sua soberania em favor de uma outra (que as governa) por livre decisão ou à força.  De acordo com o calendário romano, que coloca a data da morte do rei Herodes no ano 4 a.C, o ano provável do nascimento de Cristo fica entre 7 e 3 a.C. Além de contada em documentos e obras de historiadores antigos, muitos deles contemporâneos de Jesus, a existência histórica do filho de Deus é totalmente afirmada e historiada pelos evangelhos no Novo Testamento. O cristianismo é também, por isso, um assunto da história da humanidade e a disciplina que estuda tudo aquilo que acontece e aconteceu com ele é a História do Cristianismo (ainda História Eclesiástica ou História da Igreja).

UNIFICAÇÃO DO MUNDO PELOS ROMANOS

A partir do ano 146 a.C. os romanos haviam unificado e dominado, com a força das armas, o vasto território que ia desde a área toda que se estendia desde as Colinas de Hércules, o atual Gibraltar, até os rios Tigres e Eufrates, da Bretanha até o Reno, o Norte da África, tudo isso e mais a região do Danúbio estavam sob o domínio do Império Romano. O mundo de então vivia sob o domínio do império romano que exercia seu poder e autoridade conseguindo unificar os povos. Havia língua universal era falada o idioma grego-Koiné, o que facilitava a comunicação, o mundo de então tinha também experimentado verdadeiros progressos em vários setores, muitas estradas tinham sido criadas, sistema de correios, transporte marítimo, comércio expandindo, cidades e leis facilitava a vida das pessoas e o desenvolvimento social. Os judeus aguardavam com grandes expectação e ansiedade a chegada do Messias o rei libertador de todo aquele sistema  apocalíptico de avanço e progresso.

Os judeus não pronunciavam o Honorável Nome de DEUS YHWH, conhecido por nos como tetragrama, a não ser o sumo sacerdote em um dia do ano, e ainda hoje os judeus ortodoxos soletram cuidadosamente D’. Para pessoas nascidas nessa tradição, a ideia de que uma pessoa comum com um nome como o de Jesus podia ser o Filho de Deus e Salvador do mundo parecia extremamente escandalosa. Jesus era um homem do Gene de Deus, fecundado no ovulo de Maria. Sinais da ascendência judaica de Jesus aparecem pelos evangelhos. Ele foi circuncidado quando recém nascido. De maneira significativa, uma cena da infância de Jesus mostra sua família assistindo a um festival obrigatório em Jerusalém, uma viagem de diversos dias de sua casa. Quando  adulto, Jesus adorava na sinagoga e no templo, seguindo os costumes judaicos, e falava em termos que seus conterrâneos judeus pudessem o entender. Mesmo suas controvérsias com outros judeus, tais como os fariseus, destacavam o fato de esperarem que ele partilhasse seus valores e agisse mais como eles próprios. Jesus deixou de atender às expectativas dos judeus acerca do Messias que estavam esperando. Seria impossível exagerar a importância da palavra Messias entre os judeus fiéis.

Os rolos do mar Morto descobertos em 1947 confirmam que a comunidade de Qunram esperava iminente mente uma figura como a do Messias, colocando ao lado uma cadeira vazia todos os dias na sagrada ceia. Por mais audacioso que pareça sonhar que uma pequena província cercada de grandes potências produza um governante mundial, mesmo assim os judeus criam exatamente nisso. Apostavam o seu futuro num rei que conduziria a nação de volta à glória. Durante o período da vida de Jesus, a revolta estava no ar. Os pseudo messias periodicamente surgiam para liderar rebeliões, apenas para ser esmagados em cruéis contra-ataques. Para dar apenas um exemplo, um profeta conhecido como “o egípcio” atraiu multidões no deserto, onde proclamou que sob sua ordem os muros de Jerusalém cairiam; o governador romano enviou um destacamento de soldados atrás deles e matou quatro mil rebeldes. Quando outra notícia se espalhou, de que o profeta há muito aguardado tinha aparecido no deserto, multidões se ajuntaram para ver o selvagem vestido com peles de camelo. “Eu não sou o Cristo Messias”, insistiu João Batista, que então continuou elevando as esperanças deles, falando em termos exaltados daquele que ia logo surgir. A pergunta de João a Jesus, “És tu aquele que havia de vir, ou devemos esperar outro?”, foi na verdade a pergunta do século, sussurrada por toda parte.

Cada profeta hebreu havia ensinado que um dia Deus instalaria o seu reino na terra, e por isso é que os rumores sobre o “Filho de Davi” inflamaram tanto as esperanças judias. Deus provaria pessoalmente que não os abandonara. “Oh! se fendesses os céus e descesses”, como proclamara Isaías, “se os montes tremessem diante da tua face!” para “fazer que as nações tremam na tua presença!”. Mas sejamos honestos. Quando João entrou em cena, nem as montanhas nem as nações tremeram. Jesus não veio satisfazer as esperanças pródigas dos judeus. O oposto aconteceu: dentro de uma geração os soldados romanos aniquilaram Jerusalém até o chão. A jovem igreja aceitou a destruição do templo como sinal do fim da aliança entre Deus e Israel, e depois do século I muito poucos judeus se converteram ao cristianismo.

Os cristãos apropriaram-se das Escrituras judaicas, trocando o seu nome para “Antigo Testamento”, e acabaram com a maioria dos costumes judeus. Rejeitados pela igreja, acusados pela morte de Jesus, alguns judeus começaram um contra-ataque aos cristãos. Espalharam rumores de que Jesus era descendência ilegítima da ligação de Maria com um soldado romano e escreveram uma paródia cruel dos evangelhos. Jesus fora enforcado na véspera da Páscoa, dizia um relatório, porque “praticara feitiçaria, enganara e desviara Israel do caminho”. O homem cujo nascimento os anjos celebraram com uma proclamação de paz na terra tornou-se o grande divisor da história humana.  Talvez a intensidade dos judeus ressentiam-se da ideia de que a fé cristã havia sobrepujado o judaísmo. Os cristãos também haviam tomado a palavra Messias, ou pelo menos o seu equivalente grego, “Cristo”.  o palco em que inicia a história da Igreja de Cristo. Nascia o império romano. A política de unificação do mundo adotada pelos romanos era tal que facilitou muito o rápido crescimento da igreja primitiva na época dos apóstolos. Antes disso, por obra de outros impérios que também dominaram o mesmo mundo, dois outros fatores já haviam sido introduzidos nele e faziam parte da sua civilização. São a cultura grega e a religião judaica. Juntas, isto é, dominação política dos romanos, cultura grega e religião judaica, constituíram a realidade entendida pelos estudiosos como um "tempo altamente favorável" (=plenitude dos tempos) para a difusão do evangelho e sua rápida expansão. Contribuíram os seguintes elementos da administração central dos romanos, e outros que caracterizavam essa época:

(a) Contribuição dos romanos. A Paz Romana (Pax Romana), a ordem e as estradas. O governo romano se preocupou em estabelecer paz e ordem social em todos as nações sob o seu domínio, planejou e construiu um excelente sistema viário (caminhos e rotas de navegação na terra, mar e rios) que interligava as várias regiões e nações. Além disso, concedeu cidadania a todos os cidadãos livres em todo o império e estendeu a obrigação do serviço militar a todos os cidadãos do sexo masculino.  O que existia, sob o governo dos romanos era um mundo semi-globalizado, unificado debaixo das mesmas leis válidas para todos os cidadãos, do mesmo sistema econômico e das mesmas determinações políticas. É verdade que no meio dessa unidade havia também problemas e maus costumes mundanos. Lutas internas pelo poder, responsável pelos comportamentos sanguinários das suas cortes e governantes, brutalidade humana exemplificada pelas suas diversões sanguinárias, escravidão, machismo, além de certa intolerância religiosa e devassidão dos costumes, levariam o império à decadência moral. Veja a descrição que Paulo faz da imoralidade típica desse mundo em Romanos 1:18-32. Leia também atos 17:16-31. Qual é o problema fundamental para o homem? Existe, para Paulo, relação entre idolatria e imoralidade? Em que sentido? 

(b) Contribuição dos gregos. A cultura grega é o segundo fator que mais contribuiu para a unidade do mundo romano. Por isso costuma se designar a civilização dessa época de greco-romana. Ela foi espalhada por toda a parte (na verdade imposta sistematicamente) entre os anos 338 e 146 a.C. pelas conquistas de Alexandre, o Grande. Desta cultura dos gregos o mundo da época herdou a língua (grega) e a filosofia (prática de refletir sobre a realidade do mundo e sobre as questões fundamentais da vida humana).  Língua. Do leste ao oeste do império romano falava-se a língua grega. Uma versão mais popular (vulgar), decorrente da mistura do grego com as línguas nativas, se tornou comum entre as populações. É o chamado grego koiné, falado também na Palestina e na grande maioria das regiões ao redor do mar Mediterrâneo. Todo o Novo Testamento foi escrito nessa língua e poderia ser lido em qualquer parte, e os apóstolos e os primeiros missionários pregaram em qualquer canto daquele mundo falando a língua grega. Filosofia. Séculos antes de Cristo, a filosofia grega levara ao descrédito a existência dos deuses adorados pelos seus antepassados. Por causa dela, e também da derrota das nações por Roma (e outros impérios antes deles), além do aumento do sofrimento no dia-a-dia (os nativos passaram a desconfiar da proteção dos deuses), em todo o império os velhos deuses perderam a sua autoridade e as pessoas começaram a enfrentar algumas questões básicas da vida: "quem sou eu?", "de onde venho?", "que destino nos espera?", "em que posso esperar?". De fato, o vácuo deixado pela queda dos deuses levou a difusão de dois elementos de compensação moral e espiritual: as filosofias da vida e as religiões de mistério (ocultismo, esoterismo, etc.), oriundas do leste (oriente). Tudo isso contribuiu para aprofundar a sede espiritual e a necessidade por um Deus verdadeiramente salvador.

(c) Religiões e filosofias orientais de mistério. Essas religiões ensinavam que o mundo material é transitório e, para salvar-se, o homem precisa libertar-se dele e desenvolver a vida do espírito. A salvação está no alcance dos segredos da vida espiritual. A religião (qualquer que seja), graças a sua dedicação aos mistérios do espírito, leva qualquer homem à salvação. Isto exige iniciação no conhecimento dos mistérios ou da sabedoria oculta (=gnose) e desprezo pelos prazeres do corpo (=asceticismo). Em resumo, as religiões orientais promoveram no império a divulgação de uma nova moralidade (asceticismo), nova segurança para a vida (conhecimento) e nova esperança (salvação), e novo modelo de religiosidade para o qual todas as religiões ajudam (sincretismo). Até certo ponto, muito disso favoreceu o melhor entendimento da mensagem da salvação pela fé pregada pelos primeiros cristãos. As religiões de mistério caracterizavam-se pelo seu panteísmo e dualismo. Descubra o significado destas duas doutrinas e compare-os com os ensinos bíblicos.

(d) Culto civil imperial. Com base na motivação religiosa comum do homem do mundo antigo, e também no pensamento e religiosidade do oriente (no Egito os faraós eram deuses), o senado romano estabeleceu, a partir do ano 27 a.C, o culto ao imperador. Considerando o imperador como pertence ao mundo divino (Augusto), estabeleceu como dever obrigatório de cada cidadão cultua-lo e dedicar-lhe sacrifícios como um deus. Depois ficou evidente que este culto servia melhor a finalidade de unificar os diversos povos do império romano através da lealdade política e cívica. Mais tarde muitos imperadores utilizarão a obrigatoriedade do culto do estado (civil) para perseguir os cristãos, a quem eles consideraram "inimigos" do bem do império. Como veremos, milagrosamente a perseguição se tornaram num fator de grande crescimento da igreja antiga.  Contribuição dos Judeus. A presença dos judeus no império foi vital para a expansão do Cristianismo no mundo daquela época. Basta notarmos que Jesus Cristo nasceu como judeu e que a igreja começou entre os judeus.

No âmbito dos fatores catalogados como essenciais à ideia de "plenitude dos tempos", três foram as contribuições dos judeus: o livro sagrado (Antigo Testamento) e as sinagogas (lugares de culto a Javé).

(a) A Sinagoga e a diáspora. Com a invasão e derrota, pelos persas, dos dois reinos que compunham Israel no século sexto antes de Cristo, teve início um processo de dispersão do povo judeu pelo mundo que dura até hoje. É a chamada diáspora ou dispersão. Desde então, em todas as cidades importantes do mundo antigo existia uma colônia de judeus. E onde existiam judeus havia também uma ou várias sinagogas, onde os mestres e os escribas ensinavam as escrituras (Torá) e promoviam as cerimônias do culto judaico.

(b) A esperança do Messias. É importante também perceber que a transplantação dos judeus para outras partes do mundo levou à decadência do culto javista, denunciada e combatida nos escritos dos profetas menores. Graças ao ministério desses profetas, foi retomado um despertamento espiritual baseado na esperança da vinda do Messias restaurador (um rei político vencedor, que castigaria os gentios e exaltaria os judeus) e na fidelidade e obediência à vontade de Deus. Como consequências os judeus, tanto na Palestina quanto na diáspora, começaram um movimento de revoltas (luta) por liberdade política e religiosa contra seus opressores políticos (Assírios, Macedônios e mais tarde Romanos) e uma proliferação de seitas religiosas internas que pregavam, cada uma à seu modo, o ideal de pureza espiritual. Sobre o movimento de revoltas judaicas, veja Lucas 13:1, Atos 5:36,37.

NOTA: Antes do nascimento de Cristo surgiram no mundo antigo várias seitas judaicas que pregavam o ideal de pureza religiosa. As mais destacadas são os Fariseus (insistiram na pureza baseada na absoluta observância da lei mosaica, elaborando leis para a vida diária; tornou-se a mais popular), os Escribas (se notabilizaram por resguardar a pureza das escrituras e prática devida aos seus ensinamentos), os Saduceus (menos radicais, consideraram necessário contextualizar a religião judaica com os valores do mundo; adeptos da filosofia e cultura gregas, chegam a negar a imortalidade da alma e a ressurreição dos mortos) os Zelotes (baseavam suas motivações religiosas no cuidado e zelo espiritual em todos os detalhes da vida prática), os essênios (movimento espiritual radical que pregou a separação total do mundo e suas influências diabólicas; passaram a viver em cavernas ao longo do mar mediterrâneo - sendo Quram o local da comunidade mais destacada - onde aguardavam a vinda imediata do Messias) e os Sicários (para-militares que combatiam com táticas de guerrilha a presença dos opressores políticos na palestina). Apesar de estarem sob o domínio romano, Herodes o Grande negociou com os romanos e conseguiu garantir legalmente a liberdade de culto para os judeus da Palestina, bem como isenção da obrigação de sacrificar ao imperador. Governados pelo conselho de Jerusalém (Sinédrio), a vida religiosa dos judeus girava em torno do templo de Jerusalém. Fora de Jerusalém, de mais importância para a vida prática tornou-se a sinagoga. Nelas os escribas ocupavam a liderança que os sacerdotes tinham no Templo em Jerusalém.

(c) O Antigo Testamento. A Bíblia dos judeus é o Velho Testamento. No mundo romano já se utilizava também a versão grega dela chamada "Septuaginta", traduzida na primeira metade do século I a.C. (contagem de trás para frente) por um grupo de setenta eruditos judeus que trabalhavam na biblioteca pública da cidade de Alexandria (Egito), onde também existia a maior e mais importante comunidade judaica da dispersão. Foi essa tradução utilizada no ministério dos apóstolos. 

(d) A teologia judaica. Em Alexandria surgiu também a primeira escola teológica judaica que tentou combinar os ensinos das escrituras com a Filosofia grega, prática também utilizada por alguns apóstolos como João e Paulo e, como veremos, por alguns pais na Igreja Primitiva. Para a compreensão do evangelho e sua aceitação entre as pessoas esclarecidas do império romano, este trabalho preliminar dos teólogos judeus em Alexandria (como Fílon) acabou representando uma contribuição fundamental. Muitos gentios foram atraídos para o judaísmo já desde antes do nascimento de Cristo. Eram referidos como "os que temem a Deus" (sem deixar de ser gentios) ou "prosélitos", (aqueles que se convertiam completamente ao judaísmo). O livro de Atos informa que este grupo foi, muitas vezes, a ponte da igreja para o mundo pagão. Cristo nasceu numa época muito favorável ("plenitude dos tempos") ao evangelho da salvação e à sua divulgação. Dominado pelos romanos, o mundo estava unificado em torno das mesmas leis, pacificado e cheio de facilidades para viajar de um ponto para outro por terra e mar.

Os primeiros evangelistas e missionários que se levantaram na igreja primitiva viajavam através dessas estradas e rotas para alcançar o mundo distante, como cidadãos livres e protegidos pelas mesmas leis do mundo a alcançar. Falavam a língua comum aos demais povos submetidos por Roma (grego koiné) e pregavam às populações inteiras desiludidas pelos seus deuses e submetidos ao engano de filosofias vãs e da falsa religiosidade, que não saciavam a sede espiritual e a esperança por uma sorte melhor para o futuro. Além disso, ao viajarem de país em país, aldeia em aldeia, cidade em cidade, muitos missionários itinerantes na época antiga, como o apóstolo Paulo e Barnabé, procuravam primeiro as sinagogas judaicas onde liam e interpretavam as profecias messiânicas no Antigo Testamento, dando em seguida seu testemunho de salvação pela fé em Cristo Jesus. A providência divina utilizou todas as condições do mundo greco-romano em favor da expansão do reino de Deus ao nascer nele o salvador de todo o mundo.

A IGREJA PRIMITIVA E A SITUAÇÃO DOS PRIMEIROS CRISTÃOS

O cristianismo começou quando Jesus reuniu os primeiros discípulos e convidou-os a segui-lo. Com eles e por meio deles nasceu a igreja primitiva. Já vimos que Jesus é a causa e fundamento da existência dessa igreja. Para ela e em vista dela, ele chamara os discípulos como garantia de sua continuidade e da propagação do evangelho do reino ao mundo todo.

O PENTECOSTE E OS PRIMEIROS CRISTÃOS

O Novo Testamento mostra que os discípulos constituíram-se em alicerces para a edificação da igreja. Podemos notar isto nas palavras dirigidas particularmente a Pedro (Mateus 16:18) e na profecia do comissionamento universal, sob a direção do Espírito Santo (Cf. Atos 1:8,9). A forma evidente da igreja se manifesta, portanto, a partir do evento do Pentecoste (Cf. Atos dos Apóstolos).  Neste dia os discípulos receberam o poder do Espírito Santo, que os capacitou com virtude e poder extraordinário para testemunhar ao mundo a salvação de Deus em Cristo Jesus. Foi assim que nasceu a primeira comunidade (igreja) cristã na cidade de Jerusalém, que a história considera de Igreja Primitiva.

CAPITULO 9

IGREJA PRIMITIVA

A Igreja Primitiva reunia todos os primeiros seguidores de Jesus (incluídos os 12 apóstolos), que residiam Jerusalém ou os que lá permaneceram depois das festividades da Páscoa, evento em que Jesus fora preso, julgado, condenado e morto injustamente. A grande maioria deles esteve também no último encontro de Jesus com os seus discípulos, quarenta dias após sua ressurreição, no Monte das Oliveiras, onde receberam a promessa do Espírito Santo (Atos 1:1-19).  Lucas narra, em Atos, que depois do Pentecoste uma comunidade de crentes na ressurreição de Jesus, cheios do Espírito Santo, crescia na graça, na unidade da fé, na glorificação do Salvador, no conhecimento de Deus e em número (Atos 2).

NOTA: Depois do Pentecoste o poder se manifestou entre os discípulos de maneira espetacular através dos dons de línguas, de operar milagres (como curar) e testemunhar destemidamente. Essas foram, sem dúvida, marcas muito próprias da igreja primitiva, que muitas vezes se repetem nalguns lugares e épocas ao longo da história da igreja cristã. Você acha que existe semelhança real entre a Igreja Primitiva e as igrejas cristãs na atualidade? Porque? No início a Igreja Primitiva parecia uma seita judaica, vez que seus membros obedeciam ainda a lei mosaica, frequentava fielmente o Templo e as sinagogas. Tanto assim que seus membros não eram chamados de cristãos. Isto só ocorreu alguns anos depois em Antioquia. A maioria era de judeus que acreditavam que o Messias era Jesus Cristo e que o seu reino já estava presente em Jesus. Parte desses judeus seguidores de Jesus provinha das comunidades judaicas da dispersão, que foram à Jerusalém nas festividades da Páscoa e se converteram no Pentecoste ou depois dele.  O Pentecoste foi muito importante, porque cumpriu uma importante profecia para a igreja de Cristo (Atos 1:8,9). Os crentes em Jesus receberam o poder e a virtude do Espírito Santo para testemunharem do Evangelho de Jesus até os confins da Terra. Apesar disso, infelizmente Atos nos informa que inicialmente eles ficaram em Jerusalém até que o desencadear de uma onda de perseguição os obrigou a fugir (Atos 8:1).

A PERSEGUIÇÃO DOS CRISTÃOS PELOS JUDEUS

Passados os anos, a diferença entre os que acreditavam que Jesus era o Messias e os demais judeus em Jerusalém se tornou nítida. A separação absoluta entre a religião judaica e os crentes em Cristo como o Messias tornou-se inevitável.  A liderança religiosa judaica havia considerado abusiva a crença em Jesus como o Messias prometido aos judeus, e uma blasfêmia contra a lei mosaica a adoração de Jesus como o filho de Deus. O povo judeu esperava por um Messias-rei, um grande político guerreiro que os libertaria do jugo e poder dos romanos. E para eles, aquele Jesus filho de um carpinteiro e de uma camponesa, um homem que pregou amor aos inimigos, que combateu a religiosidade cerimonialista no Templo de Jerusalém, não era o Messias que a nação esperava. Por isso, deram início a uma perseguição dos seus seguidores com vistas a impedir a propagação do seu evangelho. O primeiro incidente mais notável dessa perseguição foi a condenação de Estevão à morte, por apedrejamento, estabelecida pelo sumo sacerdote em Jerusalém. Assim como os demais cristãos, Estevão ensinava que Jesus é o Messias, crucificado e ressuscitado dentre os mortos pelo poder de Deus, para dar testemunho de Javé e para salvar os crentes.

A IGREJA PRIMITIVA SE ESPALHA

Essa perseguição foi, até certo ponto, benéfica para a igreja. Deus aproveitou a oposição dos judeus ao crescimento da Igreja para espalhar os discípulos de Jesus pelo mundo fora de Jerusalém.  Na Palestina havia aumentado a instabilidade política e militar imediatamente após a morte de Cristo. Muitos judeus, cansados do jugo do romano, aderiram a movimentos armados e de insurreição pública contra Roma. Uma rebelião generalizada aconteceu no ano 70, quando então os romanos decidiram enviar uma expedição militar grande à região da Judéia, comandada pelo general romano Tito, e derrotaram os judeus. Em Jerusalém o tempo foi destruído e muitos habitantes debandaram para regiões distantes. Essas duas situações (perseguição judaica e fuga para outros territórios seguros), ajudaram a transplantar o evangelho para as regiões distantes de Jerusalém. Muitos apóstolos saíram de Jerusalém por conta desses problemas e comandaram a evangelização em outras partes. Dados históricos do ministério dos doze, e dos milhares de missionários e pregadores itinerantes que alvoroçaram o mundo romano antigo, são escassos, praticamente inexistentes. Os mais conhecidos são aqueles que o próprio Novo Testamento descreve, bem como a literatura produzida pelos cristãos daquela época e que sobreviveu até hoje.  Em Antioquia, cerca de 500 km ao norte de Jerusalém, refugiados cristãos começaram a pregar não somente aos judeus, mas também aos gentios, que se convertiam ao evangelho cristão (Atos 11:19-21). Aí também se formou o primeiro núcleo da Igreja, cujos membros foram pela primeira vez chamados de "cristãos" (Atos 11:26). A Igreja de Antioquia foi também o primeiro centro missionário da história da igreja. Por inspiração do Espírito Santo, ela comissionou Saulo de Tarso e Barnabé enviando-os a pregar às regiões distantes, tanto para judeus quanto para os gentios (Atos 13:1-3).

PAULO, O MAIOR MISSIONÁRIO ANTIGO

Paulo foi, particularmente, o maior missionário da Igreja Primitiva. Ex-fariseu e devotado a perseguir os cristãos, conheceu a Jesus numa viagem a Damasco para prender cristãos (Atos 9). Deste dia em diante o Espírito Santo tornou-lhe um apóstolo da igreja, com missão especial para evangelizar os gentios (Atos 11). Morreu como mártir crucificado em Roma, durante a perseguição de Nero, provavelmente no ano 67. Recomenda-se a leitura do quarto capítulo de O Cristianismo através dos séculos, de Earle E. Cairns (Edições Vida Nova), que oferece uma breve mas completa resenha histórica da vida, obra, método e pensamento desse grande apóstolo (missionário) aos gentios.   

Primeiro trabalhou em Antioquia durante um ano, ao lado de Barnabé. Depois, em várias viagens, primeiro com Barnabé e depois com outros companheiros, Paulo levou o evangelho à ilha de Chipre, às várias cidades da Ásia Menor, à Grécia, à Roma, e talvez até à Espanha". Paulo pregava o evangelho da graça de Deus aos gentios (mas também aos judeus) nessas regiões. Não obrigava os gentios (pessoas não judias) a submeter as leis e costumes religiosos judaicos (como os demais apóstolos faziam) antes de batiza-los. Ele considerava a lei como substituída pela graça que veio através de Cristo, o único salvador.  Conflito com os Judeus. Os judeus da Palestina e mesmo na diáspora exigiam que os gentios convertidos ao judaísmo (os tementes a Deus) deveriam adotar também as práticas e costumes culturais dos judeus. Seguindo esse exemplo, os judeus cristãos da Palestina também acabaram fazendo questão de que os gentios convertidos ao cristianismo deveriam guardar todos os preceitos da lei judaica e dos seus costumes. Paulo, e também Barnabé, pregavam que o que importa é apenas a fé em Jesus. A divergência acabou se transformando em conflito de opinião entre os missionários dos gentios, Paulo em particular, e os judeus cristãos de Jerusalém (Atos 15:1-5; Gálatas 2:11-14). Para Paulo, o que importava não era a circuncisão e as demais tradições judaicas, mas a fé em Jesus Cristo (Gálatas 1 e 2). 

A situação obrigou os líderes da Igreja (apóstolos) a convocar a primeira reunião geral da Igreja (Concilio) no ano 48 a.D., em Jerusalém, para se encontrar uma solução universal (válida para todas as comunidades cristãs nas diferentes partes) para as divergências. Decidiu-se, entre outras coisas, acabar com qualquer distinção, na Igreja, entre judeus e gentios (=não judeus). Veja as outras principais resoluções em Atos 15:6-29.  Depois do primeiro concílio, a igreja começou a crescer bastante entre os gentios e o número de cristãos judeus tornava-se cada vez menor. Por algum tempo mais alguns cristãos judeus da Palestina, sob a liderança de alguns apóstolos, retomaram a defesa da circuncisão para os gentios convertidos, a ponto de aparecerem divisões partidárias dentro das comunidades cristãs. Negavam a autoridade apostólica de Paulo e exaltavam a lei à custa do Evangelho. Mas, por causa da luta dos judeus contra os romanos, e da perseguição destes contra os cristãos, além do crescimento da igreja cristã gentílica, os judaizantes ficaram isolados e diminuíram. Os remanescentes fixaram-se depois na Síria, onde desapareceram por volta do século VII com a invasão dos árabes. A igreja primitiva já era uma realidade em amplo crescimento e seus membros destemidos missionários de Cristo.

CRONOLOGIA DOS EVENTOS NA IGREJA PRIMITIVA

(Datas aproximadas)

Pentecostes --------------------------------------------Ano 30

Conversão de Paulo ---------------------------------Ano 31

Fuga para Antioquia ---------------------------------Ano 43

Primeira viagem missionária de Paulo --------Anos 45-47

Concilio de Jerusalém ------------------------------Ano 48.

As crenças dos cristãos primitivos eram muito simples: Todos os seus pensamentos sobre a vida cristã tinham como centro a pessoa de Cristo: Criam em Deus, o Pai; em Jesus como Filho de Deus, Senhor e Salvador; criam no Espírito Santo; criam no perdão dos pecados e na eminente 2a vinda de Jesus. Crer, entretanto, que a Igreja Primitiva era imaculada e sem defeitos é um romantismo que não encontra respaldo na História da Igreja e nem no Novo Testamento.

Aliás, o próprio Novo Testamento foi escrito tendo em vista as necessidades surgidas no dia a dia da Igreja. As epístolas, na maioria das vezes, foram escritas para corrigir a postura doutrinária de uma determinada igreja local ou para combater uma heresia incipiente (Gálatas . Escrita para combater os judaizantes; I e II Coríntios . Escritas para combater a frouxidão moral dos cristãos coríntios, bem como disciplinar o uso dos dons espirituais; I e II Tessalonicenses . Escritas para corrigir distorções no que diz respeito ao que aqueles cristãos acreditavam acerca da 2a vinda de Jesus.) O Apocalipse foi escrito para alentar uma igreja perseguida, demonstrando o senhorio de Jesus na História. Os Evangelhos foram escritos cerca de 60 a.D., uma vez que a geração que convivera com Jesus estava morrendo e o testemunho escrito é mais duradouro e menos susceptível a distorções que o testemunho oral. Como dissemos, a formulação das doutrinas foi gerada pelos desvios da fé. A fim de definir os que de fato poderiam ser chamados de cristãos, a igreja, frente ao desafio das heresias, passou a sistematizar pontos doutrinários que exprimiam a “fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos.” 

As Perseguições O primeiro grande desafio da Igreja foram as perseguições. A princípio o governo romano considerava a Igreja Cristã como uma das seitas do judaísmo, e como tal, uma religião licita. Posteriormente, com o crescimento do Cristianismo, passou a ver a igreja como distinta do judaísmo. À medida que crescia, o Cristianismo passou a sofrer cada vez mais oposição por parte da sociedade pagã e do próprio Estado. A primeira grande perseguição movida pelo Império deu-se sob Nero. A partir daí, outras perseguições ocorreram, mas elas nem foram de cunho universal, nem de duração contínua. Muitas vezes dependia do governo provincial. Após Nero, Domiciano (90-95) moveu curta, mas feroz perseguição aos cristãos. Já no segundo século, o imperador Trajano estabeleceu a política que norteou as perseguições ao cristianismo: o Estado não deveria gastar seus recursos caçando os cristãos, mas os que fossem denunciados deveriam ser levados ao tribunal e instados a negar a Cristo e adorar os deuses romanos. Quem não o fizesse deveria ser condenado à morte. Dessa forma, a perseguição não tinha um caráter de política de Estado, mas estava sempre presente, posto que somente em 313 (séc IV) o cristianismo passou a ser considerada uma religio licita. Assim, vários foram os mártires cristãos nesse início da igreja: Simeão e Inácio, no período compreendido entre os reinados de Trajano e Antonino Pio; Policarpo e Justino, o Mártir, sob o reinado de Marco Aurélio; Leônidas, Perpétua e Felícitas, sob o reinado de Séptimo Severo; Cipriano e Sexto, durante a perseguição movida pelo imperador Valeriano.

Perseguiram ainda a Igreja os imperadores Décio, Diocleciano e Galério Basicamente havia duas linhas de oposição ao Cristianismo: popular e erudita. A oposição popular estava baseada em rumores e falsas interpretações dos ritos cristãos. Era voz corrente entre o povo que os cristãos participavam de festas onde havia orgias com incestos, inclusive, interpretando mal o fato de os cristãos se chamarem de irmãos e praticarem o “ágape”. Cria também o povo que os cristãos comiam a carne de recém-nascidos, isto devido ao que ouviam falar sobre a Ceia, na qual comiam a carne de Jesus, juntamente com os relatos do nascimento de Cristo. Já os homens cultos da época faziam acusações a partir da própria crença dos cristãos, tais como, “Por um lado dizem que é onipotente, que é o ser supremo que se encontra acima de tudo. Mas por outro o descrevem como um ser curioso, que se imiscui com todos os assuntos humanos, que está em todas as casas vendo o que se diz e até o que se cozinha.

Esse modo de conceber a divindade é uma irracionalidade. Ou se trata de um ser onipotente, por cima de todos os outros seres, e portanto, apartado deste mundo; ou se trata de um ser curioso e intrometido, para quem as pequenezas humanas são interessantes.” Ao povo em geral, a Igreja respondeu chamando-o a ver a conduta moral dos cristãos, muito superior à dos pagãos. Aos cultos e letrados, a igreja respondeu através dos Apologistas: Discurso a Diogneto, Aristides, Justino Mártir, Taciano (Discurso aos gregos), Atenágoras (Defesa dos Cristãos e Sobre a Ressurreição dos Mortos), Teófilo (Três livros a Autólico), Orígenes (Contra Celso), Tertuliano (Apologia), Minúcio Félix (Otávio). As Heresias Ao lados das perseguições externas, o Cristianismo enfrentou um inimigo muito mais terrível, posto que interno, através de heresias, algumas delas propostas por líderes da própria igreja. As primeiras heresias enfrentadas pela Igreja vieram dos judeus convertidos, problema já enfrentado por Paulo na igreja da Galácia. Os ebionitas, eram farisaicos em sua natureza. Não reconheciam o apostolado de Paulo e exigiam que os cristãos gentios se submetessem ao rito da circuncisão. No desejo de manterem o monoteísmo do Antigo Testamento, os ebionitas negavam a divindade de Cristo e seu nascimento virginal, afirmando que Ele só se distinguia dos outros homens por sua estrita observância da lei, tendo sido escolhido como Messias por causa de sua piedade legal.

Os elquesaítas, por sua vez, apresentavam um tipo de cristianismo judaico assinalado por especulações teosóficas e ascetismo estrito. Rejeitavam o nascimento virginal de Cristo, mas julgavam-no um espírito ou anjo superior. A circuncisão e o sábado eram grandemente honrados; havia repetidas lavagens, sendo-lhes atribuídos poderes mágicos de purificação e reconciliação; a mágica e a astrologia eram praticadas entre eles. Com toda probabilidade se referem a essas heresias a Epístola aos Colossenses e I Timóteo. O ambiente gentílico também forneceu sua cota de heresias que atingiram a Igreja. O Gnosticismo, muito embora não possuísse uma liderança unificada e se apresentasse como um corpo doutrinário amorfo, foi terrível para a Igreja. Já vemos um gnosticismo incipiente no próprio período apostólico (Cl 2.18 ss; I Tm 1.3-7; 6.3ss; II Tm 2.14-18; Tt 1.10-16; II Pe 2.1-4; Jd 4,16; Ap 2.6,15,20ss). Nesse período, Celinto ensinava uma distinção entre o Jesus humano e o Cristo, que seria um espírito superior que descera sobre Jesus no momento do batismo e tê-lo-ia deixado antes da crucificação. Vemos João combatendo indiretamente essa heresia em João 1.14; 20.31; I João 2.22; 4.2,15; 5.1,5-6 e II João 7.

No segundo século, esses erros assumem uma forma mais desenvolvida, muito embora continuassem como um corpo amorfo. A bem da verdade poderíamos dizer que houve “gnosticismos”, mas há pensamentos comuns às várias correntes gnósticas. Gnosticismo vem do grego, “gnosis”, que significa “conhecimento”. Para os gnósticos, a salvação era alcançada através do conhecimento esotérico de mistérios, os quais só eram revelados aos iniciados. Dividiam a humanidade em “pneumáticos”, “psíquicos” e “hílicos”. Os primeiros eram a elite da igreja, os que alcançavam o conhecimento que leva à salvação; os seguintes, eram os cristãos comuns, que poderiam alcançar a salvação através da fé e das boas obras; os últimos eram os gentios, irremediavelmente perdidos. Na cosmovisão gnóstica, tudo que era material era essencialmente mau, e o que era espiritual era essencialmente bom.

Logo, o Deus do Novo Testamento não poderia ser o deus do Antigo Testamento. O deus do AT era tido como Demiurgo, o criador do mundo visível. Ainda na visão gnóstica, entre o Deus bondoso que se revelou em Cristo e o mundo material havia vários intermediários, através dos quais o homem poderia achegar-se a Deus. Sendo o corpo mau e o espírito bom, os gnósticos tendiam para dois extremos: alguns seguiam um ascetismo rigoroso, mortificando a carne, enquanto outros se lançavam na mais desregrada libertinagem.

Outra heresia que mereceu o combate da Igreja foi a heresia de Márcion, filho do bispo de Sinope, que parece ter tido duas grandes antipatias: Pelo Judaísmo e pelo mundo material. Ensinava Márcion, à semelhança dos gnósticos, que YEHWEH, o Deus do AT não era o Deus do NT, este, o Deus supremo. YEHWEH era um deus mau, ou pelo menos ignorante, vingativo, ciumento e arbitrário. O mundo material e suas criaturas eram criação de YEHWEH e não do Deus supremo. Este, entretanto, apiedou-se das criaturas de YEHWEH e enviou Jesus, que não nasceu de uma mulher, posto que isso faria com que passasse a ser criatura do deus inferior. Jesus surgiu como homem maduro no reinado de Tibério, na Galileia.  

Márcion rejeitou o Antigo Testamento, que até então eram as Escrituras aceitas na Igreja Cristã (o cânon do NT ainda não havia sido elaborado) por serem a palavra de YEHWEH, o deus inferior, e formulou um cânon para si e seus seguidores, que constava do evangelho de Lucas, expurgado do que ele considerava “judaísmo”, e das cartas de Paulo. Também ensinava Márcion que não haverá juízo final, posto que o Deus amoroso a todos perdoará. Negava a criação, a encarnação e a ressurreição final. Márcion chegou a formar uma igreja independente e seu ensino foi de um perigo terrível para a igreja, que na época não possuía um corpo doutrinário estabelecido e reconhecido por toda a cristandade. Como se não bastasse essas heresias, houve também as heresias dos Montanistas e dos Monarquistas. Os montanismo surgiu na Frígia, por volta do ano 150. Montano afirmava que o último e mais elevado estágio da revelação já fora atingido. Chegara a era do Paracleto, que falava através de Montano, e que se caracterizava pelos dons espirituais, especialmente a profecia. Montano e seus colaboradores eram tidos como os últimos profetas, trazendo novas revelações. Eram ortodoxos no que diz respeito à regra de fé, mas afirmavam possuir revelações mais profundas que as contidas nas Escrituras. Faziam estritas exigências morais, tais como o celibato (quando muito, um único matrimônio), o jejum e uma rígida disciplina moral. Já o monarquianismo estava interessado na manutenção do monoteísmo do AT. Seguiu duas vertentes: o monarquianismo dinâmico e o monarquianismo modalista. O primeiro estava interessado em manter a unidade de Deus, e estava alinhado com a heresia ebionita. Para eles, Jesus teria sido tomado de maneira especial pelo Logos de Deus, passando a merecer honras divinas, mas sendo inferior a Deus.

O segundo também chamado de sabelianismo concebia as três manifestações ou ofícios como modos pelos quais Deus se manifestava aos homens. Reação da Igreja -  Face a essas ameaças, internas e externas, a igreja respondeu de várias formas. Já vimos que os apologistas responderam às acusações achacadas pelos filósofos e pessoas cultas ao cristianismo. No plano interno, a igreja primeiro tratou de definir um Cânon, ou seja, uma lista dos livros considerados inspirados. Nesse período, havia inúmeros evangelhos, cartas, apocalipses circulando nas mais diversas igrejas. Alguns eram lidos em certas igrejas e não eram lidos em outras. Como o desafio de Márcion e também da perseguição sob Diocleciano, onde uma pessoa encontrada com livros cristãos era passível de morte, era importante saber se o livro pelo qual o cristão estava passível de morte era realmente inspirado. Não houve um concílio para definir quais os livros nem quantos formariam o NT. Tal escolha se deu por consenso, tendo alguns livros sido reconhecidos com mais facilidade que outros.

Definiu também a igreja regras de fé, sendo a mais antiga o chamado Credo Apostólico, o qual resumia aqueles pontos de fé que o cristão genuíno deveria subscrever, e era claramente unicista Paralelamente, a igreja percebeu que precisava organizar-se estruturalmente. Como nos mostra a "História da Igreja" após a destruição de Jerusalém, no ano 70, e a dispersão que esse acontecimento provocou aos cristãos que habitavam em Jerusalém (já a essa época, vários apóstolos haviam sido executados, e os que restaram também se dispersaram para as cidades gentílicas já cristianizadas, como Éfeso, Antioquia e outras), O período entre os anos 70 e 110, foi um dos mais obscuros da história da Igreja. Embora não haja registros históricos desse período, sabemos que foi marcado por rápidas mudanças na Igreja, isso pelos registros do período imediatamente posterior. Segundo os escritos do Apóstolo S. João (1° Carta) foi nesse período que começou a surgir o agnosticismo, que negava a manifestação de Cristo em corpo humano, e também negava a ressurreição do Senhor Jesus. Quando mais tarde, os característicos da Igreja voltaram a ser identificados, pouquíssimos traços distintivos deixados pôr Paulo se acham presentes.  Definiu então a sucessão apostólica e o bispo monárquico para garantir a unidade da igreja, surgindo então o que é chamado de Igreja Católica Primitiva, significando o termo “católica” universal. Visto isso, podemos, até aqui, fazer um resumo gráfico do início atribulado da Igreja Cristã no império romano: 

OS PAIS DA IGREJA

O Estado Romano e as heresias encontraram adversários à altura no seio da Igreja Cristã, seja através de mártires anônimos, que deram suas vidas mas não negaram a Jesus, seja nos homens que começaram a formular as doutrinas muitas das quais esposamos até hoje. Devido a expansão do cristianismo para as regiões gentílicas pagãs) a penetração de ideias provindas de outras fontes não cristãs, trazidas por conversos de antecedentes pagãos, modificaram as crenças e as práticas cristãs, especialmente no que tange aos sacramentos, aos jejuns, e ao surgimento das formas litúrgicas (cerimonial do culto), e sem dúvida também a interpretação errada da Teologia, com a crença na trindade, tendo em vista que essa doutrina começou a ser defendida, precisamente por "Mestres Cristãos" de formação pagã. Estes homens são chamados de Pais da Igreja, cujos ensinos passamos a resumir:

a)IRINEU: Nascido no Oriente e discípulo de Policarpo. Foi bispo de Lion. Escreveu Contra Heresias, no qual investe principalmente contra os gnósticos.

b)HIPÓLITO: Discípulo de Irineu; menos dotado que seu mestre; gostava mais das ideias filosóficas que Irineu. Provavelmente sofreu o martírio em Roma. Sua principal obra se chama Refutação de Todas as Heresias, na qual ele contesta os ensinos gnósticos.

c)Tertuliano: Homem de grande erudição, vívida imaginação e intensos sentimentos. De gênio explosivo, era naturalmente apaixonado na apresentação do cristianismo. Era advogado e introduziu termos e conceitos jurídicos na discussão teológica. Tendia a deduzir que todas as heresias provinham da filosofia grega, razão pela qual se tornou ardente opositor da filosofia. Seu fervor o levou a unir-se ao montanismo no final da vida.

DEUS E O HOMEM

Consideravam que o erro fundamental dos gnósticos era a separação entre o verdadeiro Deus do Criador. Há um único Deus, Criador e Redentor. Deus deu a lei e revelou igualmente o evangelho. Esse Deus é trino, uma única essência que subsiste em três pessoas.

Tertuliano foi o primeiro a asseverar a tri personalidade de Deus e a usar o termo “Trindade”. Em oposição aos monarquianos ele enfatizava o fato de que as três Pessoas são uma só substância, susceptível de número sem divisão.  A penetração de ideias provindas de outras fontes não cristãs, trazidas por conversos de antecedentes pagãos, modificaram as crenças e as práticas cristãs, especialmente no que tange aos sacramentos, aos jejuns, e ao surgimento das formas litúrgicas (cerimonial do culto), e sem dúvida também a interpretação errada da Teologia, com a crença na trindade, tendo em vista que essa doutrina começou a ser defendida, precisamente por "Mestres Cristãos" de formação pagã.

Entretanto, não chegou à verdadeira declaração trinitariana, posto que concebia que uma Pessoa estaria subordinada às outras. O homem foi criado à imagem de Deus, sem imortalidade (sem perfeição), mas com a capacidade de recebê-la no caminho da obediência. O pecado é desobediência e produz a morte; a obediência produz a imortalidade. Em Adão, a raça humana inteira ficou sujeita à morte. Tertuliano afirmava que o mal tornou-se um elemento natural do homem, presente desde o nascimento, e que essa condição passa de uma geração à outra. É o primeiro indício da doutrina do pecado original. Já no fim do século II, e início do século III, a teologia trinitariana era defendida por alguns discípulos de Montano (156-200?). Tertuliano, foi o mais fiel discípulo do montanismo. Este Tertuliano foi o primeiro defensor público da doutrina da trindade (185-200).

 

A TEOLOGIA TERTULIANA ASSIM ENSINA A TRINDADE

"O Pai, o Filho e o Espírito Santo, todos são um por unidade de substância, embora esteja oculto o ministério da dispensação que atribui a unidade numa trindade, colocando em ordem Pai, Filho e Espírito Santo. Três, contudo não em substância, mas em forma; não em poder, mas em aparência; pois eles são de uma só essência e de um poder só, já que é de só Deus que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de Pai Filho e Espírito Santo. Tertuliano descreve essas distinções da divindade como pessoas.  No pensamento dele essa unidade de substância é material, pois a influência estóica a que estava sujeito era bastante para fazê-lo afirmar que Deus é corpo, e que o Espírito tem uma substância corpórea de sua própria espécie, e que por derivarem-se do Pai. o Filho e o Espírito Santo são subordinados a Ele. Tertuliano afirmava: "os simples", os quais constituem a maioria dos fieis (à época) mostram-se perplexos diante da explanação dos "três em um", pois a sua fé os afasta da pluralidade de deuses existentes no mundo, e os leva ao ÚNICO DEUS VERDADEIRO. Era difícil para eles (os verdadeiros cristãos), fazer distinção entre a idéia trinitária e as afirmações "triteístas". ou seja: Os cristãos, monoteístas, não podiam, nem deviam aceitar a idéia de três deuses (politeísmo). A obra de Tertuliano "Contra Praxeas foi, sem dúvida, a responsável pela definição, e mais tarde a dogmatização da doutrina da trindade, sendo confirmada por um de seus discípulos Novaciano, de Roma (240-250), no seu tratado sobre a trindade, e Atanasio (325?), autor do "Credo Atanasiano", no qual os trinitarianos depositam cegamente a sua fé teológica até hoje.

O CREDO ATANASIANO

"Adoramos um Deus em trindade, e trindade em unidade.

Não confundimos as pessoas, nem separamos a substância. Pois a pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. Mas o Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma divindade, glória igual e majestade co-eterna. Tal qual é o Pai, o mesmo são Filho e o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho é incriado e o Espírito santo é Incriado. O Pai é imensurável. o mesmo acontecendo com o Filho e o Espírito Santo. O Pai é eterno, o Filho é eterno, e o Espírito Santo é eterno. E não obstante, não há três eternos, e sim um eterno. Da mesma forma não há três seres incriados, nem três seres imensuráveis, mas um incriado e um imensurável. Da mesma maneira, o Pai é onipotente, no entanto não há três seres onipotentes, mas sim um onipotente. Assim o Pai é Deus o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. no entanto, não há três Deuses, mas um só Deus (e assim, com os demais títulos e atributos de Deus, que são vistos em Cristo, ou manifestados pelo Espírito Santo). O Pai não foi feito de coisa alguma, nem criado, nem gerado. O Filho procede do Pai somente, não foi feito, não foi criado, mas foi gerado. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procedente. Nessa trindade não existe primeiro nem último; maior nem menor. mas as três pessoas co-eternas são iguais entre si mesmas; de sorte que tanto a unidade na trindade, quanto a trindade na unidade devem ser adoradas. Na verdade, esse "credo", não passa de uma intrincada confusão. Tudo o que nele está mostrando é que Deus é único, em três manifestações. Divide o eterno Deus em três pessoas; afirma não existir primeiro nem último; diz que cada uma das "pessoas" é "incriada", "eterna" imensurável, onipotente, no entanto, só há um possuidor desses atributos. Como poderia um povo cristão, nascido do judeu, monoteísta, aceitar uma teologia de três Deuses? É o que já mencionamos anteriormente, que a expansão do cristianismo trouxe para a Igreja, pensadores de origem pagã, como é o caso de Marciano, Montano, Tertuliano e Atanasio, entre outros. E esses pensadores, chamados de "Pais da Igreja", na sua maioria da região da Ásia menor, tiveram muita influência do paganismo estabelecido em Constantinopla e Roma (antiga Saturnia, sede do culto ao deus Saturno, e de Babilônia). Quando da destruição de Babilônia e expulsão de seus sacerdotes pagãos, estes se estabeleceram em Saturnia, que é Roma atual. Os babilônios adoravam uma trindade: Ninrode (Saturno), Semiramis (Ishtar, que é o planeta Vênus), e Tamuz, Filho de Ninrode. Então para esses pensadores cristãos de origem pagã, não foi difícil assimilar os três títulos da Deidade, a uma "Trindade". Aproveitando-se do texto de Mat. 28:19 (mal interpretado), passaram a ensinar que o batismo nas águas devia ser na fórmula trinitária; mal interpretaram a Teologia do Logos, e passaram a ensinar que o Filho é eterno em sua existência, que o Espírito Santo é a terceira pessoa e outros erros dessa perigosa teologia. perigosa porque induz aos cristãos a aceitarem a fé politeísta. A palavra "Trindade" não se encontra na Bíblia Sagrada.

A doutrina foi introduzida na Igreja Cristã, pelos defensores do "Catolicismo Romano", entre eles Tertuliano, e mais tarde Atanasio. O dogma da trindade, foi oficializado por Constantino (primeiro Papa-imperador, de origem pagã), no Concílio de Nicéia (325 d.C.), Juntamente com outros dogmas adotados pela Igreja Católica. A Palavra "pessoas", quando usada para a Divindade, violenta a absoluta unicidade de Deus. Dividindo-se Deus em três pessoas, fazemos três deuses. o que significa "triteismo" não importando os argumentos em contrário. Mais uma vez, voltamos a palavra hebraica c"Elohim", que os trinitários ensinam representar a "Trindade". Já mencionamos várias vezes neste estudo, que "a forma plural de "Elohim", representa a totalidade de poderes enfeixados em Deus. Elohim, portanto, significa: "O Todo-Poderoso".

"Elohim" foi vendido por trinta peças de prata (Zac.11:4,12,13)

"Elohim" foi traspassado no calvário (Zac 12:10)

"Elohim" voltará como Rei (Zac 14:5 ).

Todas estas referências Bíblicas a "Elohim". referem-se a Cristo. Donde podemos concluir: "Elohim" (Deus), que é o Pai, é o mesmo que se manifestou naquele que foi vendido e traspassado no Calvário, e que voltará como rei - J E S U S.

CAPITULO 10

O ERRO DA DOUTRINA DA TRINDADE PROVOCA MUITA

 CONFUSÃO. A PESSOA E A OBRA DE CRISTO:

a)IRINEU: O Logos existira desde toda a eternidade e mediante a Encarnação, o Logos se fez o Jesus histórico, e daí por diante foi verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A raça humana, em Cristo, como o segundo Adão,é novamente unificada a Deus. A morte de Cristo como nosso substituto é mencionada, mas não ressaltada. O elemento central da obra de Cristo teria sido sua obediência, com o que foi cancelada a desobediência de Adão.

b)TERTULIANO: O Logos é uma Pessoa independente, gerada por Deus, da mesma substância que o Pai, embora difira deste quanto ao modo de existir como uma Pessoa distinta Dele. Houve um tempo em que o Filho não existia. O Pai é a substância inteira, mas o Filho é apenas parte dela, por ter sido gerado. Tertuliano, portanto, não conseguiu desvencilhar-se da teoria da subordinação, porém sua formulação foi importante na vinculação dos conceitos de “substância” e “pessoa” dentro da teologia.

No tocante ao Deus-homem e Suas duas naturezas, Tertuliano foi superior a todos os outros Pais, à exceção de Mileto, ao fazer justiça para com a perfeita humanidade de Jesus e afirmar que cada uma de suas naturezas reteve os seus próprios atributos. Para Tertuliano não houve fusão, mas a conjunção das duas naturezas em Jesus. No tocante à morte de Cristo, embora enfático acerca de sua importância, não é muito claro, pois não ressalta a necessidade de satisfação penal, mas apenas a de arrependimento por parte do pecador. Seu ensino é permeado por certo legalismo. Ele fala da satisfação dos pecados cometidos após o batismo mediante arrependimento ou confissão. Por meio de jejuns e outras formas de mortificação, o pecador é capaz de escapar da punição eterna.

SALVAÇÃO, IGREJA E AS ÚLTIMAS COISAS :

a) IRINEU: Não foi totalmente claro em sua soteriologia. A fé é um pré-requisito para o batismo, entendendo-se fé não apenas como concordância intelectual da verdade, mas incluiria a rendição da alma, resultando numa vida santa. O homem seria regenerado pelo batismo; seus pecados seriam lavados e uma nova vida começaria dentro dele.

b) TERTULIANO:O pecador, pelo arrependimento, obtém a salvação pelo batismo. Os pecados cometidos após o batismo requerem satisfação mediante penitência, ficando cancelada a punição após o seu cumprimento. Antevê-se a base do sacramento católico-romano da penitência.

Com relação à igreja, voltavam ao judaísmo, identificando a igreja(comunhão dos santos) com a igreja visível (organização), atribuindo a esta a qualidade de canal da graça divina, fazendo com que a participação nas bênçãos da salvação dependesse de ser membro da Igreja visível. Devido à influencia do Velho Testamento, também passou para primeiro plano a ideia de um especial sacerdócio medianeiro. Em relação à doutrina da ressurreição da carne, os Pais citados foram seus campeões, baseados na ressurreição de Jesus. Os Pais Alexandrinos A Teologia Alexandrina, ou Escola de Alexandria, foi uma forma de teologia que apelou para a interpretação alegórica da Bíblia, e foi formada pela combinação extravagante entre a erudição grega e as verdades do evangelho. A Escola de Alexandria chegou até a lançar mão de especulações gnósticas na formulação de suas interpretações escriturísticas. Seus principais expoentes foram Clemente de Alexandria e Orígenes.

Clemente não era um cristão tão ortodoxo quanto Irineu ou Tertuliano, mas como os apologistas, buscava uma ponte entre a filosofia da época e a tradição cristã. Tinha como mananciais do conhecimento das coisas divinas tanto as Escrituras quanto a razão humana. Orígenes nasceu em lar cristão e foi discípulo de Clemente, a quem sucedeu como catequista de Alexandria. Era o mais erudito dos pensadores da Igreja Primitiva e seus ensinos eram de natureza assaz especulativa. No final da vida foi condenado por heresia. Formulou o primeiro compêndio de teologia sistemática, chamado De Principiis. Nessa formulação, combateu tanto os gnósticos quanto os monarquianos. Conquanto tenha desejado ser ortodoxo, seus escritos traziam sinais identificativos do neo-platonismo, sem falar na sua interpretação alegórica, que abriu caminho para todas as formas de especulação e interpretação arbitrárias.

DEUS E O HOMEM

Orígenes alude a Deus como o Ser incompreensível, inestimável e impassível, que de nada necessita. Rejeita a distinção gnóstica entre o Deus bom e o Demiurgo ou o Criador deste mundo. Deus é uno e o mesmo no Velho e no Novo Testamento. Orígenes ensinou a doutrina da criação eterna. Também ensinou Orígenes que o Deus único é primariamente o Pai, que Se revela e opera através do Logos, o qual é pessoal e co-eterno com Deus Pai, gerado por Ele por um ato eterno. Para Orígenes o Filho é gerado e não produto de uma emanação ou divisão do Pai. Apesar disso, usa termos que subentendem haver subordinação do Filho ao Pai.

Na encarnação, o Logos uniu-se a uma alma humana, que em sua preexistência se mantivera pura. As naturezas de Cristo são conservadas distintas, mas é sustentado que o Logos, pela Sua ressurreição e ascensão, deificou a Sua natureza humana. Quanto ao Espírito Santo, o ensino de Orígenes se distancia ainda mais da mensagem bíblica. Ele fala do Espírito Santo como a primeira criatura feita pelo Pai, por meio do Filho. Além disso, o Espírito não opera na criação como um todo, e sim somente nos santos. O Espírito possui bondade por natureza, renova e santifica aos pecadores, e é objeto de adoração divina.  Os ensinos de Orígenes sobre o homem são bastante incomuns. A preexistência do homem está envolvida em sua teoria da criação eterna, pois a criação original consistiu exclusivamente de espíritos racionais, co-iguais e co-eternos.

A atual condição do homem pressupõe uma queda preexistente da santidade para o pecado, o que deu oportunidade à criação deste mundo material. Os espíritos caídos agora se tornam almas e são revestidos de corpos. A matéria veio à existência com o propósito precípuo de suprir uma habitação e ser meio de disciplina e expurgo desses espíritos caídos. Já Clemente não foi claro na sua exposição do Logos. Em algumas ocasiões ressaltava a subsistência pessoal do Logos, Sua unidade com o Pai e Sua geração eterna, e em outras O representa como a razão divina, subordinada ao Pai.Distingue ele entre o Logos de Deus e o Logos-Filho, que Se manifestou em carne. Clemente não tenta explicar a relação entre o Espírito Santo e as demais Pessoas da Trindade. 

A PESSOA E A OBRA DE CRISTO

Ambos ensinam que o Logos tomou a natureza humana em sua inteireza, corpo e alma, tendo-se tornado um homem real, o Deus-homem, embora Clemente não tenha conseguido evitar totalmente o docetismo. Dizia que Cristo comia, não porque precisasse de alimentos, mas para que Sua humanidade não fosse negada, além de ser incapaz das emoções de alegria e tristeza. Para Orígenes a alma de Cristo era preexistente, como todas as outras almas. Acerca da obra de Cristo, Clemente alude à auto-rendição de Cristo como um resgate, mas não reforça a idéia que Ele foi a propiciação pelos pecados da humanidade. Sua ênfase foi de Cristo como Legislador e Mestre.

A redenção não consistiria tanto em desfazer o passado, mas em elevar o homem a um estágio ainda mais alto do que o do homem antes da Queda. Para Orígenes, Cristo foi um médico, um mestre, um legislador e um exemplo. Reconhecia também o fato de que a salvação dos crentes depende dos sofrimentos e da morte de Cristo. A morte de Cristo é apresentada como vicária, como uma oferta pelo pecado e como uma expiação necessária. Para Orígenes, a influência remidora do Logos se estenderia além desta vida, não somente os que tivessem vivido sobre a terra e morrido, porém, igualmente, todos os espíritos caídos, inclusive Satanás e seus anjos maus. Haverá uma restauração de todas as coisas.

CAPITULO 11

A VERDADE MONOTEISTA DE DEUS ESCLARECE TODAS AS DÚVIDAS.

- Quem era o pai do menino da manjedoura de Belém? O Pai, ou o Espírito Santo. Teve Cristo criança, dois pais?

- Como pode o Pai ser maior do que o Filho, se ambos são iguais? - Jo.10:30 "Eu e o Pai somos um" Jo. 14:23 "Meu Pai é maior que Eu".

- Deus ora? Como pode Ele ser Deus e ter que orar?

R.: Jesus Cristo, em sua natureza humana precisava orar; Ele era o Filho, gerado, portanto necessitava como todo homem, da ajuda divina.

- Pode Deus morrer? Como pode a "Segunda Pessoa" da divindade ter morrido ?

R.: Quem morreu foi o homem Jesus Cristo. Quando na cruz, Jesus exclamou: "Deus meu, Deus meu porque me desamparaste?" Era a sua natureza humana sentindo-se "esvaziada" do Eterno.

O Espirito Eterno, "Deus estava em Cristo", as Escrituras nos ensinam que fomos comprados com o sangue de Deus (Atos. 20:28).

- É Maria a mãe de Deus?

- Se já há três pessoas na divindade, o que poderia estar errado em se adicionar uma quarta? Porque não deificar Maria, como fez a Igreja católica?

- A quem devemos orar, e a quem devemos adorar? Ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo.

- Quantos veremos lá no céu? Quantos tronos há no céu?

- Como pode o Filho, a "Segunda pessoa" da Divindade, não saber o tempo da Sua volta?

- Há três Espíritos habitando no coração do crente?

- Não haviam três no batismo de Jesus?

- Qual foi a glória que Cristo teve junto com o Pai, antes que o mundo existisse? (Jo 17:5, Ap. 13:8, Mat. 25:31, Zac 14:5, At 1:11, 1Tess 4:16, 2Tess 1:7, Judas 14, Ap. 1:7).

R.: Na eternidade, na mente e no propósito de Deus. a cruz e a coroa, já haviam acontecido, A vinda de Cristo ao mundo foi, a concretização do "Plano e Propósito de Deus para as Idades". Seria como se algum de nós, um dia sonhasse em realizar um empreendimento (por Exemplo: construirmos uma "Casa dos nossos sonhos") . Esse empreendimento teria sido planejado na nossa mente, com todos os detalhes, até que um dia, se as nossas possibilidades o permitissem, veríamos o "Sonho realizado". Para Deus, não foi um sonho. foi um "Desígnio" daquele que é eterno, e sabe de todas as coisas, e pode fazer tudo, pelo Seu grande poder. Deus É "onipotente, onipresente, e onisciente".

A DOUTRINA BIBLICA DA UNICIDADE DE DEUS

UNICIDADE. É a qualidade daquele que é único. O dicionário define o termo "único". como:

1) que é um só;

2) de cuja espécie não existe outro;

3) exclusivo, excepcional;

4) a que nada é comparável

5) superior a todos os demais". é isso que Deus, o Senhor diz de Si. "Eu Sou Deus, e fora de mim não há outro"; há outro Deus além de mim? Não , não há outra Rocha que Eu conheça". Da verdade da unicidade de Deus, Os argumentos apresentados pelos teólogos trinitários, na tentativa de explicar a "trindade", na verdade, fornecem-nos mais subsídios para esclarecimento da "Unicidade de Deus". Aqui trataremos de esclarecer supostas contradições levantadas sobre textos bíblicos e dúvidas daqueles que desejam com mansidão e temor conhecer a Verdade da Palavra de Deus.

A Unicidade de Deus não foi produzida por concepção de nenhum "pensador judeu ou pagão. É Deus mesmo quem diz: "Ouve, Israel; O Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Deut 6:4). Os Teólogos trinitários atribuem a Sabélio (cerca de 215a.D.) o que eles chamam de "Heresia", isto é a defesa da Unicidade de Deus. Na verdade Sabélio (que foi antecedido por Noeto, Epigono, Cleomenes, o bispo Zeferino, no período entre 180 a 217),ensinou a mais fiel cristologia do Logos, a mesma defendida pelos apóstolos Paulo e João. Eis o ensino de Sabélio: Pai, Filho e Espírito Santo são um só e o mesmo. São os três nomes do Deus Único que se manifesta de formas diferentes. Segundo as circunstâncias. Enquanto Pai, é o Legislador do Antigo Testamento, enquanto Filho, é encarnado, e enquanto Espírito Santo, é o inspirador dos apóstolos. Mas é o mesmo e único Deus que assim aparece nessas relações sucessivas e transitórias, exatamente como se pode, a um mesmo indivíduo, atribuir diferentes títulos segundo os diversos papeis de Sabélio: Tão bem conceituada foi a teologia defendida por Sabélio, que veio influenciar consideravelmente o desenvolvimento do que viria a ser a "Cristologia ortodoxa".

A crítica derramada sobre Sabélio e os seus antecessores, era na realidade, política, por serem considerados "Monarquianos modalistas". ou "monarquianos dinâmicos". opostos aos "montanistas" (discípulos de Montano), como era o caso de Tertuliano, que conseguiu bastante influência com os "mestres" da Igreja, dada a sua habilidade literária. Não entendemos porque os teólogos trinitários, encontram somente Sabélio, quando tantos outro influentes "Pais da Igreja" defenderam tão claramente a doutrina bíblica da Unicidade de Deus, citando por ex.: Inácio de Antioquia (110?), que foi discípulo do apóstolo João, que ensinava: O Sacrifício de Cristo é o sangue de Deus".

Saudava os cristãos romanos em Jesus Cristo, nosso Deus, e afirmava que a Encarnação foi manifestação de Deus para revelar uma nova humanidade". Calixto, afirmava: "Pai, Filho e Logos, são nomes do Espírito único e indivisível; Filho é designação própria daquele que era visível, ao passo que Pai é o Espírito que nele habitava. Essa presença do Pai em Jesus é o Logos. Contudo, a Teologia que ensina e prova biblicamente que Deus é um só, em três manifestações, não é de autoria de Sabélio, nem de nenhum outro intérprete do período pós-apostólico. Irineu, Sabélio e os demais aprenderam dos ensinos paulinos e Joaninos. Para Paulo, a identificação do Cristo exaltado com a sabedoria, o Logos, era não somente fácil, mas também natural. E a sabedoria, o Logos era forçosamente preexistente e devia ter estado sempre com Deus. Ele é o Espírito de Deus, a sabedoria de Deus; nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. No Evangelho de João, a preexistência e a atividade criadora do Logos (a Palavra que se fez carne), merecem o mesmo lugar de destaque do pensamento de Paulo. Cristo é o Logos, o Verbo que estava com Deus, e o Verbo era Deus (Observemos: "O Verbo era Deus", não "um Deus").

JESUS CRISTO É DEUS. O VERDADEIRO DEUS E A VIDA ETERNA.

Na "oração Sacerdotal " (Jo 17:3) o Senhor Jesus declara:

"A Vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só por único Deus Verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". Aqui Jesus está nos ensinando que é dever do cristão conhecer a Deus, único, e reconhece-lo em Jesus Cristo. Disto depende a Vida eterna. Ele é o verdadeiro Deus e a vida eterna

JESUS   CRISTO   É    YEHWEH

YEHWEH Titulo ou atributo Jesus Cristo

Isaías 40:28 Criador Jo. 1:3 e refs.

Isaías 45:22, 43:11 Salvador Jo. 4:42 idem

1Samuel 2:6 Ressuc. os mortos Jo. 5:21 idem

Joel 3:2 Juiz  Jo. 5:27 "

Isaías 60:1-20 Luz  Jo. 8:12 "

Êxodo 3:14  Eu Sou  Jo. 8:24, 58

Salmo 23:1  Pastor  Jo.10:11

Isaías 42:8, 48:11 Glória de Deus  Jo.1 7:5

Isaías 41:4, 44:6 O Primeiro e o último  Ap. 1:17, 2:8

Oséias 13:14 Redentor  Ap. 5:9

Isaías 62:5  Noivo  Ap. 21:2 

Salmo 18:2 e refs. Rocha  1Co.10:4 e refs.

Jeremias 31:34  Perdoa os pecados  Mc. 2:7,10

Salmo 148:2  Adorado pelos anjos  Heb. 1:6

Em todo o A.t.  Invocado em oração At.7:59 e refs.

Salmo 148:5 Criador dos anjos  Col. 1:16

Isaías 45:23  Reconhecido como Senhor  Fil. 2:11

Outros títulos da Deidade aplicados ao Senhor Jesus Cristo. Maravilhoso, Grande Deus e Salvador, O braço do Senhor, Conselheiro, Pai, Filho Esp. Santo, Luz do mundo, Deus forte, Santo, Sol da Justiça, Pai da eternidade, Jehovah o forte, Estrela da manha, Príncipe da Paz,Todo-Poderoso, Supremo, Pastor, Emanuel, Alfa e Omega. Príncipe da Salvação, Reis dos Reis, O princípio e o Fim, Autor, Consumador da Fé, Senhor dos Senhores, Vida eterna, Leão Tribo de Judá, Construtor,  Torre forte, Deus Bendito, eterno, Deus sábio, Deus Único.

"J E S U S  C R I S T O   É   T U D O   E M    T O D O S "

"Não é exagero dizer que nossa esperança de redenção do pecado, depende do fato da deidade de Jesus. Se Jesus Cristo fosse somente humano estaríamos ainda mortos em nossos pecados, separados de Deus, sem esperança neste mundo e sem auxilio no porvir. Por que nenhum homem poderia ser o salvador dos homens. É igualmente certo que, sendo Jesus Cristo Deus, antes de se tornar homem, o Deus que assim se manifestou em carne humana pode ser o salvador dos homens. Basta somente que esperemos em Cristo, em confiança e segurança, se soubermos além de qualquer dúvida que Ele É o Deus capaz de salvar. Por esta razão devemos sustentar que o fato da Deidade em nosso Redentor é um requisito indispensável a nossa Salvação".

"Se é Verdade que Deus é único, legítimo objeto de culto, o cristão inteligente adorará a Jesus Cristo como seu Salvador. O Honrá-lo como Senhor e Mestre".

"Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos".

"O verdadeiro cristão é aquele que levanta os olhos aos céus, e vê somente Jesus." "Cristianismo é Cristo, conhece-lo adequadamente e ter vida eterna". "Não há outro nome dado debaixo dos céus, em que possamos ser salvos".

DOUTRINA DA SALVAÇÃO, AS IGREJAS E AS ÚLTIMAS COISAS

Os Pais alexandrinos ensinavam o livre-arbítrio do homem, capacitando-o a voltar-se para o bem e aceitar a salvação oferecida em Jesus Cristo. Deus oferece a salvação, e o homem tem a capacidade de aceitá-la. Apesar disso, Orígenes também alude à fé como graça divina. Seria um passo preliminar necessário à salvação. Mas isso representaria apenas uma aceitação inicial da revelação divina, precisando ser ainda elevado ao conhecimento e ao entendimento, daí prosseguindo para a prática de boas obras, que são o que realmente importam. Orígenes fala de dois modos de salvação, um mediante a fé (exotérico), e outro pelo conhecimento (esotérico). Certamente esses Pais não tinham a mesma concepção que o Apóstolo Paulo da fé e da justificação. Orígenes considerava a Igreja como a congregação dos crentes, fora da qual não haveria salvação. Embora reconhecesse o sacerdócio universal dos cristãos, também dizia haver um sacerdócio separado e dotado de prerrogativas especiais. Orígenes e Clemente ensinavam que o batismo assinala o começo da nova vida na Igreja, bem como inclui o perdão dos pecados. Conforme ambos, o processo de purificação iniciado na vida do pecador na terra prossegue após a morte. O castigo seria o grande agente purificador e a cura para o pecado. Orígenes ensina que, por ocasião da morte, os bons entram no paraíso, ou num lugar onde recebem maior elucidação, enquanto os ímpios experimentam as chamas do juízo, o qual não se deve ter como punição permanente, porém como um meio de purificação. Clemente afirmava que os pagãos tinham oportunidade de arrepender-se no hades, e também que a provação deles só terminaria no dia do juízo; Orígenes dizia que a obra remidora de Deus não cessaria enquanto todas as coisas não viessem a ser restauradas à sua primitiva beleza. A restauração de todas as coisas haveria de incluir o próprio Satanás e seus demônios. Apenas poucas pessoas entram imediatamente na plena bem-aventurança da visão de Deus; a grande maioria precisa passar por um processo de purificação após a morte (Vemos aqui o embrião da doutrina do Purgatório). Orígenes mostrou tendência por espiritualizar a ressurreição. Parece que ele considerava como ideal o estado incorpóreo, apesar de crer numa ressurreição corporal.

COMO SURGIU CONSTANTINO?

Constantino foi o imperador de Roma que acabou no ano 313 com a perseguição contra os cristãos nos 273 anos desde a morte de Jesus Cristo. O Imperador era o Senhor de todo o mundo civilizado da época. Os judeus e cristão esperavam que o Cristo viria para se tornar o Senhor do Mundo em vez dos Imperadores. Porém esta missão Jesus, o Cristo, a realizará na sua segunda vinda. Roma era uma pequenina vila fundada na Itália 753 anos antes de Cristo.  Os primeiros povos da Itália eram originários da própria região do Mediterrâneo. Ao norte encontravam-se os lígures e no sul os sículos. Por volta do segundo milênio antes de Cristo começaram a chegar os verdadeiros ocupantes da Itália: os arianos. originários do centro da Europa espalharam-se pelo centro da península. Eram denominados de italiotas e se subdividiram em várias tribos: úmbrios, sabinios, picemios, équos, latinos, vulgos, campônios. A partir século VIII a.C. os gregos estabeleceram colônias no sul, e ao norte entre os rios Arno e Tibre fixaram-se os etruscos, povos de origem ignorada provável asiática. A origem de Roma está envolta em lendas. Na sua obra Eneida, o poeta Virgílio afirma que os primeiros romanos descendiam de Enéas, herói de Tróia. Conta que quando os gregos destruíram Tróia, cerca de 1400 a.C. Enéas conseguiu fugir e chegou à Itália, onde teria fundado a cidade de Lavínia. Seu filho Ascânio fundou Alba Longa.

Os seus descendentes, os irmãos gêmeos Rômulo e Remo, filhos da princesa alba Rea Sílvia, recém nascidos foram atirados ao Rio Tibre por ordem do Rei Amúlio usurpador do trono de Alba Longa do Rei Númitor, avô dos gêmeos. Criados por camponeses Rômulo e Remo voltaram a Alba Longa, destronaram Amúlio e recolocaram no trono Númitor. Receberam então a missão de fundar Roma no ano 753 a.C. O núcleo inicial de Roma foi uma de suas aldeias, a Roma Quadrata, minúscula fortaleza. construída pelos habitantes do Lácio (latinos e sabinos) para impedir as incursões dos povos etruscos. Os latinos se estabeleceram nos montes Palatino, Esquilino e Célio; os sabinos ocuparam o Quirinal e o Viminal e depois se estendeu sobre os montes Capitolino e Quirinal. Os proprietários da terra denominados de patrícios formavam a camada social dominante. Reuniam-se em torno do mesmo chefe e cultuavam o mesmo antepassado.

O chefe de família tinha autoridade absoluta sobre todos os membros. Todos que não pertenciam a um clã eram considerados plebeus a camada de estrangeiros, artesãos comerciantes pequenos proprietários de terra. O regime de governo era monárquico. O rei era assessorado pelo Conselho dos Anciãos, denominado Senado, composto pelos chefes das famílias. A assembléia Cúria reunia os patrícios adultos. Numa Pompílio, sabino de origem, o segundo Rei, sucessor de Rômulo, organizou o culto religioso, contratou empresa construtora de asiáticos denominados de "colegiae fabrorum" para obras em Roma. A partir de 640 a.C. Roma passou a ser governada por reis etruscos. Tarquínio, o Soberbo, terceiro Rei etrusco foi deposto por um grupo de patrícios e expulso em 509 a.C. implantando a República profundamente aristocrática. Mas com o passar dos séculos ela foi se democratizando chegando a aproximar-se de uma República democrática muito semelhante à de Atenas.  O monopólio do poder pelos patrícios, que controlavam o Senado, as decisões da Assembleia Centuriata e as principais magistraturas levou os plebeus a sucessivas revoltas. O Cônsul era o principal magistrado. Havia dois cônsules eleitos pela Assembleia Centuriata. Sua funções eram comandar o exército, convocar o Senado e presidir os cultos.

Os seus mandatos eram de um ano. Em situações calamitosas indicavam um ditador com poder absoluto limitado a seis meses.  Na 5ª e última vez que os plebeus se revoltaram entre 287-286 a.C. , os patrícios aceitaram que as leis votadas pela plebe na sua assembleia tivessem validade para todo o Estado: era a decisão da plebe ou plebiscito. As conquistas da plebe foram demoradas e difíceis. Mas por esta ocasião os progressos foram grandes. Havia mesmo a possibilidade da implantação de uma República democrática em Roma. Para isto bastaria que o Senado aprovasse as decisões da Assembleia da Plebe.

Os romanos levaram 230 anos para conquistar toda a Itália. As primeiras guerras foram defensivas contra a cobiça dos seus vizinhos. Foram vencidos os volscos, os équos e os sabinos. As cidades latinas aliadas de Roma foram anexadas em 338 a.C.. No outro lado do Rio Tibre restava ainda o perigo dos etruscos, antigos dominadores de Roma. Mas em 395 a.C. os romanos conquistaram a cidade de Veios e em seguida anexaram toda Etrúria meridional.  Penetrando pelo norte da península Itálica, os gauleses, povos de origem celta venceram os romanos em 387 a.C., liderados por Breno saquearam Roma com Exceção do Capitólio.  O passo seguinte dos romanos foi a conquista da fértil planície da Campânia dos samnitas em 303 a.C. 

Os romanos nas proximidades das cidades gregas foram atacados e sofreram várias derrotas. Mas recuperados os venceram em 265 a.C. e ocuparam Tarento em 272 a.C.  A anexação de toda Etrúria em 265 a.C. e a vitória sobre os gauleses da costa do Adriático deram aos romanos o controle total da Península Itálica.  As conquistas romanas foram devidas às excelentes qualidade do seu exército. Não era permanente: compunha-se de cidadãos e camponeses patrícios e plebeus de 17 a 46 anos de idade, transformados temporariamente em soldados. De acordo com suas condições econômicas o soldado servia na infantaria ou na cavalaria. Dividia-se em legiões formadas por um efetivo 300 cavaleiros romanos e 300 homens fornecidos pelos aliados. Eram comandadas por tribunos militares. O comandante era o cônsul ou o ditador.

Os cidadão sem recursos e proletários não podiam participar.  A disciplina era severa; eram comuns as punições com trabalhos forçados, espancamento ou decapitação. Os soldados vitoriosos recebiam prêmios e honrarias. Os generais vitoriosos em caso de vitória de pouca importância recebiam a ovação, ou o triunfo em caso de grandes conquistas, o general entrava com o exército da cidade em direção ao Capitólio precedido por músicos, senadores, carregadores de espólios e pelos prisioneiros acorrentados. Por último num carro puxado por quatro cavalos, vinha vestido de púrpura com uma coroa na cabeça e um cetro de marfim na mão. Era a imagem viva do Júpiter Capitolino. O cerimonial terminava com um sacrifício, enquanto os chefes inimigos eram decapitados nas prisões.    A conquista do Mediterrâneo Ocidental com três guerra denominadas de Púnicas começou em 264 a.C. e terminou em 146 a.C. contra a cidade de Cartago, a grande rival de Roma no norte da África, colônia fundada pelos fenícios em 814 a.C. superando em importância a própria cidade de Tiro na Fenícia principalmente quando a região sob o domínio do Império Persa. Os cartagineses dominavam o comércio nas ilhas do Mediterrâneo, na costa da Líbia e Marrocos. Chegaram a atingir a costa ocidental da África, a Bretanha e Noruega. A intervenção romana na Gália começou depois da Segunda Guerra Púnica ocasião em que foi conquistada a Gália Cisalpina.

Em 120 a.C. a Gália do sul tornou-se província romana com o nome de Gália Narbonesa. A conquista do Mediterrâneo Oriental começou depois a segunda guerra púnica (218-202 a.C.) em que o Rei Felipe V da Macedônia auxiliara Aníbal contra os romanos que aproveitaram este pretexto para intervir na Macedônia e em todo Oriente Médio.  A primeira guerra contra a Macedônia ocorreu entre 200 e 197 a.C.; Felipe V foi derrotado e todas as Cidades-Estado gregas tornaram-se independentes da Macedônia. O Rei Antíoco III da Síria instigado por Aníbal de Cartago invadiu a Grécia onde foi vencido e retirou-se para o seu reino.

A segunda guerra aconteceu entre 172 e 168 a.C. provocada pela revolta de Perseu, filho de Felipe V. foi vencido em Pidna, aprisionado com toda a sua família e 200 000 macedônios todos escravizados. Entretanto Cartago ainda prosperava e os seus produtos eram encontrados na própria Itália fazendo concorrência aos produtos italianos. O Senado instigado pelos ricos proprietários de terra procuravam um pretexto para arruinar Cartago. A oportunidade apareceu quando os cartagineses reagiram contra as investidas do Reino da Numídia (Argélia) nas suas terras. Roma considerou esta atitude como violação do tratado de paz anterior. E por isso iniciou uma guerra que durou de 150 a 146 a.C. A última revolta dos macedônios e gregos em 146 a.C. terminou com a criação da Província da Macedônia à qual já estava anexada a Grécia. Ao morrer em 133 a.C. , sem deixar herdeiros, Átalo, rei de Pérgamo, legou todo seu reino como herança aos romanos, que passaram então a formar a Província da Ásia. 

A expansão romana continuou. As guerra contra os reinos do Ponto, Bitínia e Síria terminaram com anexação desses Estados como províncias.  No Ocidente, as campanhas de Júlio César, que submeteram inteiramente a Gália, completaram as conquistas romanas na fase da República. O Egito foi conquistado no ano 30 a.C..  O período que vai de 133 . a 27 a.C. é um dos mais conturbados da história romana. É a fase da Guerra Civil que acabara com a República e criou o Império Romano. 

Este período iniciou com a tentativa de reforma dos Gracos, seguida dos governos de Mário e Sila, o Primeiro Triunvirato, a ditadura de Júlio César, e o Segundo Triunvirato de cuja desintegração surgiria o Império implantado oficialmente em 27 a.C.  Pompeu e Crasso tornaram-se cônsules no ano 70 a.C.. Crasso fez uma aliança com Pompeu e Júlio César no ano 60 a.C. formando o Primeiro Triunvirato. César conseguir para si pelo período de cinco anos, o comando de um exército para conquistar a Gália. Ele partiu em 58 a.C. para iniciar a conquista. Os gauleses resistiram bravamente. Depois de duros combates foram derrotados na Batalha de Alésia. Com os impostos cobrados aos gauleses, César organizou um exército poderoso. Na Conferência de Lucar em 55 a.C.

O triunvirato foi reorganizado. Pompeu ficou com a Espanha, Crasso com Síria; e César com a Gália.  Em 53 a.C. Crasso morreu em combate contra os partas (persas). Bandidos aterrorizavam em Roma. Pompeu dirigiu-se ao Senado que o nomeou cônsul único para restabelecer a ordem sem o colega Júlio, e exigiu que César desmobilizasse suas próprias tropas e que abandonasse os seus títulos. Em 49 a.C. depois de fracassarem as negociações de César com o Senado e com Pompeu, o Senado confiou a Pompeu a defesa da República contra as ambições de César que com o apoio de suas fiéis tropas na Gália invadiu a Itália. Ao atravessar o Rio Rubicão, limite da sua soberania, o rio que separa a Itália da Gália Cisalpina, disse "Alea jacta est!" (A sorte está lançada!).  Pompeu e uma parte do Senado se refugiaram na Grécia. César os perseguiu e vencendo-os na Batalha de Farsália em 49 a.C. Pompeu conseguiu chegar ao Egito, onde foi assassinado pelos ministros do Faraó Ptolomeu. César desembarcou em Alexandria. Lá organizou uma conspiração que derrubou Ptolomeu e colocou no poder Cleópatra.

Em 47 a.C. dominou a Ásia, províncias governadas pelos aliados de Pompeu. Ao vencer Farneces disse "Veni, vidi, vici" ("Vim, vi, venci"). Retornou a Roma e de lá partiu para invadir a África, onde venceu os seguidores de Pompeu na Batalha de Tapsus.  Recebido triunfalmente em Roma, César vitorioso nas batalhas, apoiado pelo exército e pela plebe urbana passou a acumular títulos: Sumo Pontífice, chefe da religião romana; Ditador Perpétuo, que lhe permitia reformar a constituição; Censor Vitalício, que lhe dava o direito de fazer a lista dos senadores; Poder Tribunício, que tornava a sua pessoa sagrada como os tribunos da plebe; Cônsul Vitalício, pelo qual podia exercer o Imperium, (comando do exército) em Roma e nas províncias; Com estes privilégios podia usar constantemente as vestes triunfais que o general usava durante o desfile de triunfo; sua estátua podia ser colocada nos templos, e ele mesmo podia ser honrado como um deus com o nome Júpiter Julius. Armado de tanto poder, César iniciou numerosas reformas.

Acabou com a guerra civil, fez várias obras públicas, normalizou as finanças do governo, proibiu o abuso do luxo, diminuiu o número de cidadão com direito à distribuição de trigo gratuito. Obrigou os proprietários a empregar homens livres, promoveu colônias, reformou o calendário, atribuiu títulos de cidadãos romanos aos habitantes das províncias, chegando a introduzir gauleses no Senado e outras providências benquistas. Em 45 a.C. derrotou os últimos seguidores de Pompeu na Batalha de Munda, na Espanha.  Entretanto César pretendia ser rei para tornar hereditários os seus poderes que já eram vitalícios o que significava o fim da República e do Senado. Então, César procurou a ajuda do General Marco Antônio, seu amigo para instigar os plebeus contra o Senado a fim de forçar o Senado a dar o título de rei ao ditador.

 Em 15 de fevereiro de 44 a.C. Antônio ofereceu a César um diadema de rei diante de numeroso público. Os murmúrios foram tão intensos que César teve de recusar o presente. Os defensores da República contrários à idéia de uma nova Monarquia, no dia 15 de Março de 44 a.C. chamaram César ao Senado para tratar de um assunto importante. Quando lá chegou um grupo de senadores se aproximou e o matou a punhaladas. Entre estes estava Brutus, seu filho adotivo. Ao vê-lo César proferiu "Até tu Brutus, meu filho". E não reagiu. Os assassinos de César não conseguiram o poder. O General Marco Antônio sublevou o povo contra eles. Leu em público o testamento de César que deixava ao povo de Roma toda a sua fortuna.

Os conspiradores fugiram para o exterior. Enquanto isso, o Senado a conselho de Cícero entregava o poder ao sobrinho e herdeiro de Cesar, Caio Otávio, que estava na Grécia. Otávio fez uma aliança com Marco Antônio e com Lépido, um rico banqueiro que forneceu dinheiro para a guerra contra os assassinos de César. Formaram o Segundo Triunvirato: Otávio ficou com as províncias da Sicília e da África; Antônio com a Gália Cisalpina; e Lépido com a Gália Narbonesa e a Espanha. Foi realizado um expurgo no Senado. Numerosos políticos considerados inimigos foram cassados inclusive Cícero que por ter escrito contra Antônio teve as suas mãos decepadas, e depois acabou sendo assassinado por Herêncio.

Os assassinos de César tinham se reunido na Macedônia. Antônio foi combatê-lo e derrotou Cássio e Bruto na Batalha de Filipos. Em 40 a.C. os triúnviros fizeram uma nova divisão do Império. Antônio ficou com o oriente; Lépido com a África; e Otávio com o Ocidente. A Itália foi considerada neutra.  No ano seguinte foi feito um acordo com Sexto Pompeu, magnata que dominava o comércio de trigo africano. Ele recebeu a Sicília, a Córsega e a Sardenha para fornecer trigo a Roma. Dois anos depois, Antônio e Otávio fizeram um acordo para se livrarem de Pompeu. Antônio emprestou os seus navios a Otávio para atacar Pompeu que derrotado perdeu o seu comércio de trigo que passou ao controle de Lépido.  Para garantir o fidelidade de Antônio, Otávio arranjou o casamento de Antônio com sua irmã Otávia.

Mas em 36 a.C. Antônio separou-se de Otávia para casar-se com Cleópatra. Antônio tinha deixado o seu testamento em Roma, guardado pelas vestais. Otávio se apoderou do testamento e viu que nele Antônio declarava que toda a sua herança ficava com Cleópatra, nomeada também regente de Cesarion, filho de Cleópatra e César, a quem Antônio considerava herdeiro. Otávio revoltou-se e partiu para combater Antônio. Em Ácio perto da Grécia, Antônio foi derrotado e fugiu com Cleópatra para o Egito. Otávio foi atrás. Quando suas tropas tomavam Alexandria, Antônio e Cleópatra suicidaram-se.  Otávio apoderou-se do tesouro dos faraós acumulado durante milênios, e com esta fortuna organizou 70 legiões. Os celeiros egípcios cheios de trigo passaram a alimentar a plebe romana. Quando regressou a Roma, foi recebido em triunfo. A plebe o recebeu como verdadeiro deus e o Senado como salvador da República. Estava surgindo uma nova forma de governo. Um governo exercido pelo comandante do exército, o imperador. Otávio disfarçou o próprio poder. Manteve na aparência o regime republicano. Em Roma governava como cidadão e nas províncias como um comandante. O Senado cumulou-o de títulos para legalizar o seu poder.  Finalmente em 27 a.C. Otávio recebeu o título de Augusto, até então atribuído exclusivamente aos deuses. Esta data marca o fim da República e o inicio do principado. E por ocasião de sua morte em 14 d.C. recebeu a apoteose, o direito de ter lugar entre os deuses. A Palestina foi conquistada pelos romanos em 64 a.C. e anexada ao Reino da Judéia em 40 a.C.. Quando Cristo nasceu a 12 de Setembro do ano 5 a.C. em Belém da Judéia, o imperador romano era Augusto, o fundador do Império, e a Judéia era governada  por Herodes, o Grande. Quando Herodes morreu em Fevereiro do ano 4 a.C., seus domínios foram divididos entre seus filhos. Herodes Antipas ficou com a Galileia, província onde viveu Jesus. Quando foi crucificado a 5 de Abril do ano 30 em Jerusalém, o imperador era Tibério.

Mas foi no governo do imperador Nero, figura ao lado, que se deu em 64 a primeira grande perseguição. Nero, para gozar do espetáculo de um incêndio grandioso, dedilhando a lira e entoando cânticos, mandou atear fogo a vários bairros de Roma. O historiador Tácito narra que para apaziguar os ânimos excitados, Nero trouxe os difamados como culpados, e lhes infligiu os mais requintados tormentos a homens detestados por seus crimes e que o povo designava com o nome de cristãos. Apoderaram-se de uma multidão imensa, sendo antes seu crime era mais o ódio que lhes votava o gênero humano do que o incêndio da cidade.

Este primeiro edito estendeu-se fora de Roma. Em todas as partes do império, grande numero de cristãos foram supliciados. Em Roma, refere Tácito, Nero os mandava vestir com peles de animais, deixando depois que cães famintos os devorassem debaixo dos seus olhos; outros untados com resina e pez eram amarados a estacas; de noite atacavam fogo, para que como fachos, alumiassem os jardins reais assim como as ruas e praças. Via-se Nero passear de carro à luz destes archotes vivos. Entre as vítimas da perseguição, a historia menciona Pedro, o príncipe dos apóstolos, e Paulo, seu colega de pregação. Ambos eram dignas presas para o furor de Nero. Juntos foram arrojados na prisão Marmetina, onde converteram os carcereiros. A 29 de Junho, sofreram ambos o martírio. Pedro foi crucificado de cabeça para baixo. O lugar do seu suplicio se tornou celebre debaixo do apelido Confissão de São Pedro. E Paulo, por ser cidadão romano, pereceu pela espada, no caminho de Óstia, no lugar onde foi erguida a Igreja de São Paulo das Três Fontes. No lugar de sua sepultura, foi levantada fora dos muros a Basílica de São Paulo. As perseguições se sucederam mais nove vezes num espaço de 249 anos. Não eram contínuas. Os imperadores que mandaram martirizar os Cristãos foram:

1ªcom Nero (54-68)em 64;

2ªcom Domiciano (81-96)em 94;

3ªcom Trajano (98-117)em 106;

4ªcom Marco Aurélio (161-180)em 166;

5ªcom Septímio Severo (193-211)em 202;

6ªcom Maximino da Trácia (235-238)em 235;

7ªcom Décio (249-251)em 249;

8ªcom Valeriano (253-260)em 257;

9ªcom Aureliano (270-275)em 274;

10ªcom Diocleciano (284-306) em 303.

Diocleciano, natural da Ilíria, (Iugoslávia) subiu ao trono em 284 com apoio do exército do Danúbio. Instituiu a Tetrarquia, um governo de quatro imperadores. Diocleciano ficou com o Oriente, fixando capital em Nicomédia (Bitínia). Confiou o Ocidente a Maximiano com capital em Milão. Estes dois imperadores se intitulavam Augustos. Cada um era ajudado por um imperador subalterno denominado César. Os césares, Galério designado por seu sogro Diocleciano e Constâncio, nomeado por seu sogro Maximiano, deviam substituir os imperadores depois de 20 anos e nomear dois novos césares. Constâncio Cloro ("o Pálido"), nomeado césar recebeu como missão a defesa da Bretanha, da Gália e da Espanha. Adepto do culto solar e favorável ao monoteísmo mostrou-se tolerante na aplicação do edito contra os cristãos em 303.

Os cristãos das Gálias respiravam em paz sob o seu governo. "Que fidelidade terão com o imperador, aqueles que foram traidores e perjuros com o seu Deus?" dizia este príncipe. E, ato continuo, ele tirou o emprego aos oficiais cristãos que fraquejaram na perseguição, e expulsou-os do seu palácio. Galério fora quem movera a perseguição. Diocleciano hesitava em declarar guerra aos cristãos; o feroz Galério venceu os escrúpulos do velho imperador; quatro editos sucessivos prepararam a perseguição que se tornou geral em 303.

Os primeiros editos obrigavam os cristãos a entregar os seus livros doutrinários. Enfim, o ultimo edito foi enviado a todos os governadores das províncias e executado em toda parte com uma violência extrema.  Foi uma carnificina nunca vista. A narração que nos deixou Eusébio, testemunha ocular e as provas que nos dão as "Actas dos mártires", atestam que esta perseguição foi a mais terrível. O Oriente e o Ocidente estavam entregues ao furor de três feras Diocleciano, Galério, Maximiano. Em Nicomédia residência de Diocleciano, uma multidão de oficiais do paço imperial foram mortos. Em Roma, as arenas do Coliseu viram o sangue cristão correr a jorros. Maximiano perseguia o Oriente. No Egito, o Nilo engulia todos os dias milhares de vitimas.

Em todas as terras do império, foi uma guerra de extermínio. Enfim, Diocleciano julgou ter destruído e sepultado o Cristianismo; ele mandou levantar duas colunas de mármore em que se podiam ler os seguintes orgulhosos e triunfantes dizeres "o nome cristão está destruído" ("Nomine christianorum deleto"). Mas Galério no seu leito de morte em 311, roído, ainda vivo, pelos vermes, publicou um edito de tolerância que restituíra aos cristãos a liberdade do seu culto, licença para erigir os seus templos, adquirir terra para as suas comunidades e eleger publicamente os seus ministros. Diocleciano tornou-se idiota, viu-se obrigado a abdicar em 1º de Maio de 305, e forçou seu colega a abdicar também. Foi plantar couves em Salone (Iuguslávia, Croácia) e no seu desespero deixou-se morrer de fome (313). Constâncio Cloro, tornando-se Augusto após a abdicação de Diocleciano e Maxmiano, sustentou a candidatura a césar de seu filho Constantino que tivera de sua concubina Helena. 

Maximiano Hércules, depois de falhar numa tentativa de assassínio de seu filho Maxêncio e de seu genro Constantino, foi encarcerado, e ali estrangulou-se em 310. Constancio Chloro, tendo morrido na Inglaterra durante uma campanha contra os pictos, povo da Escócia, seu filho Constantino, figura ao lado, foi proclamado augusto por seus soldados em 306 na idade de trinta e um anos. Era pagão ainda, mas já se dirigia ao Deus todo poderoso que seu pai nunca invocara debalde; acatava a religião de Cristo e longe de maltratar seus discípulos, ele os protegia. Maxêncio, proclamado Augusto em 308, tiranizava Roma e a Itália. Após o suicídio de Maximiano (310) e a morte de Galério (311), Constantino aliou-se a Licínio e houve luta com o seu rival. Constantino, com o exercito numeroso, marchou contra Maxêncio na Itália.

Conforme a lenda, um pouco antes de transpor os Alpes, na véspera do combate ao meio-dia, Constantino, e com ele, o exercito inteiro, avistaram no céu no poente uma cruz luminosa trazendo ao redor a inscrição "In hoc signo vinces" ("Com este signo vencerás"). Na noite imediata, Jesus Cristo lhe apareceu com o mesmo sinal, ordenando-lhe que fizesse um estandarte segundo este. modelo, chamando-o "Labarum"; trazia estampado o monograma >P< = X P = K R (Cristo Rei) e a imagem do imperador e dos seus filhos. As legiões de Constantino levaram a bandeira sagrada. As hostes inimigas foram desbaratadas em Turim e Verona; o ultimo combate se travou junto da ponte Múlvia em 312. Maxêncio vencido fugiu para. Roma e caindo no Tibre, afogou-se. Roma abriu suas portas ao triunfador. Adepto de uma religião solar monoteista foi levado a uma certa simpatia pelo cristianismo.

Logo depois da sua vitória, Constantino de acordo com Licínio, publicou a favor do cristianismo, o edito de Milão (313) que mandou ler em todas as províncias para a liberdade de culto. Considerou-se então chefe da Igreja, ao mesmo tempo o grande pontífice e mestre do paganismo. Sendo adorador do sol promulgou em 7 de Março de 321 o edito "que os juízes e os moradores das cidades devam descansar no venerável dia do sol (Domingo). Porém para aqueles que habitam nos campos conceda-se plena liberdade para praticarem a lavoura, visto não haver dia mais propício à semeadura de cereais e ao plantio de vinhas para que não passe a ocasião para tais trabalhos e o homem vinha ficar privado da liberalidade celestial". Governou com Licínio, mas depois tendo se indisposto contra ele, o derrotou (324) e mandou assassina-lo (325) restabelecendo assim a unidade imperial. Convocou o concílio em Nicea (325).  Mandou executar seu filho e depois sua mulher (326). A convocação dos Concílios Ecumênicos iniciada sob o governo de Constantino era confirmada pelo Imperador que pagava todas as despesas da vinda, permanência e regresso dos membros do Concílio às respectivas dioceses. O Imperador comparecia aos Concílios ou então nomeava um delegado especial para defender os seus direitos e interesses. A presidência cabia ao bispo escolhido pelo Imperador. A indicação do lugar das reuniões era sua prerrogativa exclusiva.  Em 330 Constantino muda a capital do império para Constantinopla, e deixa a capital Roma para o Papa (Apo 13:2). Somente ao final de sua vida em 337 aos 62 anos converteu-se ao cristianismo sem dúvida conforme a crença de Ario.

CAPITULO 12

AS HERESIAS PRIMITIVAS

Uma heresia constitui-se num movimento de ideias contrárias ao que foi definido pela Igreja em matéria de fé, ou qualquer ato ou palavra ofensiva à religião.  As perseguições que afligiram a Igreja Cristã nos primeiros três séculos começaram no tempo do seu fundador, pois o primeiro dos mártires da nova religião foi o próprio Jesus. Os judeus que o crucificaram continuaram a atacar seus seguidores. Tão acerba se tornou a disputa entre judeus e cristãos que os romanos, muitas vezes, tiveram de intervir para manter a paz. Mas depois do ano 70 d.C., quando os judeus sofreram severamente numa insurreição contra o domínio romano, não constituíram mais ameaça séria aos cristãos. Ao mesmo tempo que sofria a pressão externa da perseguição, passava a Igreja por uma série de crises internas surgidas de incertezas, entre os próprios cristãos, quanto à exata definição de suas crenças. Os próprios ensinamentos de Jesus não haviam sido elaborados num sistema completo e estavam sujeitos a várias interpretações. Nenhum dos Apóstolos, igualmente, procurara expressar a mensagem da nova religião como um corpo sistemático de ideias. Cada missionário pregava sua própria versão do Cristianismo e cada congregação determinava suas próprias crenças. Alguns dos que haviam sido criados como judeus continuavam, após a conversão, a aderir à Lei Hebraica do Velho Testamento, ao passo que outros, que haviam sido pagãos, procuravam integrar sua nova religião com os costumes do culto pagão.

Tais diferenças de crença e práticas davam origem a debates sobre o que era ortodoxo e o que era herético, isto é, sobre o verdadeiro e o falso em questão de ensinamento cristão. Debates dessa espécie tornaram-se mais intensos quando o cristianismo entrou em contato com a filosofia grega, pois os gregos que residiam nas terras do Oriente helenístico davam tanta importância à compreensão quanto os judeus à retidão. À medida que se espalhava entre eles o Cristianismo, começaram a fazer perguntas que a Igreja era obrigada a responder, de modo que a Igreja, que até então se baseara quase inteiramente na fé, se via agora forçada a estabelecer explicações racionais para a crença cristã.  As fronteiras ideológicas do Cristianismo tornavam-se frágeis e se diluíam em tendências heterogêneas.

Estas, ao se afirmarem, criaram uma confrontação inevitável entre as múltiplas interpretações doutrinárias e as várias tradições cristãs. Como todas as correntes reivindicavam a legitimidade apostólica, tratava-se de definir o que estaria de acordo ou contra a pregação tradicional dos Apóstolos. Essa confrontação veio a caracterizar a divisão entre elementos ortodoxos e heterodoxos no pensamento cristão elaborado. Tornara-se ortodoxia a tendência numérica e politicamente majoritária dentro do Cristianismo, que se impôs como a verdadeira Igreja, formuladora das normas de fé, prevalecendo em detrimento das posições divergentes minoritárias. As heresias representaram, relativamente ao corpo doutrinário constituído, tendências heterodoxas, movimentos dissidentes e grupos numericamente minoritários, quase sempre desligados da Igreja cristã majoritária, graças às excomunhões conciliares ou mesmo por sua própria iniciativa separatista.  Do ponto de vista histórico, a ortodoxia triunfou como instituição jurídica e como política moderadora, fundada na primazia da Igreja Romana.  Mas, do ponto de vista doutrinário, seu sucesso deveu-se a uma elaboração teológica mais consistente do que as numerosas crenças desorganizadas e frequentemente incoerentes do desenvolvimento do pensamento cristão.

Na verdade, a lógica da ortodoxia se firmou nos elementos fixos da tradição cristã: a doutrina fundamental primitiva, a revelação bíblica e a tradição oral, resumidas e definidas no Credo (encerra os artigos fundamentais da fé cristã). Ao lado disso, existiram no Cristianismo antigos elementos provenientes do contato com a cultura helênica, que adicionaram novidades filosóficas ao núcleo doutrinário. As correntes chamadas heréticas teriam se ressentido mais fortemente das influências pagãs, acabando por rejeitar doutrinas definidas pela comunidade eclesiástica majoritária e deteriorando o que se considerava conteúdo específico e original da fé cristã.  Uma das controvérsias mais básicas referia-se à natureza de Cristo. A posição que a Igreja aceitava como ortodoxa era a de ser Jesus a um tempo Deus e homem, idêntico ao Pai Divino sem deixar de compartilhar dos atributos de um ser humano. Não obstante, certo número de cristãos continuava a manter crenças heréticas, umas negando que Jesus fosse homem, outras negando que ele fosse idêntico a Deus.

Os docetistas, por exemplo, acreditavam que o corpo humano de Jesus era apenas um fantasma, e os nestórianos ensinavam que Deus apenas habitava no corpo de Jesus, como num templo. Os monofisitas, dos quais descendem os atuais coptas do Egito, os jacobitas da Síria e os cristãos da Armênia e da Abissínia, insistiam em que a natureza de Jesus era inteiramente divina. A mais forte da heresias era a liderada por Ário (aprox. 256-336), ascético e eloquente sacerdote egípcio. Ensinava que Jesus não era da mesma natureza de Deus, mas também não era um homem como os demais; sua natureza, antes, era algo como a de um anjo - menos do que de deus e mais do que humano. Ário conquistou tantos adeptos dentro da Igreja que acerba disputa sobre seus ensinamentos logo ameaçou a paz de todo o Império. No interesse da tranquilidade pública, o Imperador Constantino, portanto, tomou medidas para resolver a questão de qualquer modo.

Em consequência, convidou os dirigentes da Igreja a se reunirem em Nicéia, e mais de trezentos bispos assim se reuniram para o primeiro concílio ecumênico da Igreja. Esse Concílio elaborou uma síntese da crença cristã, conhecida como o Credo de Nicéia, que definiu a natureza da Santíssima Trindade e condenou o arianismo como heresia. Apesar, porém, dessa condenação, o arianismo continuou a mostrar muita força, mas em 380, o governo imperial negou tolerância aos arianos e, em 381, outro concílio ecumênico, reunido em Constantinopla, reafirmou e ampliou as doutrinas trinitárias ortodoxas expressas no Credo de Nicéia. Daí por diante, o arianismo desapareceu em todo o Império.  Outra grande disputa surgiu em torno do problema do bem e do mal.

A mais desafiadora das heresias nascidas desse debate foi o gnosticismo, que apareceu pelos meados do segundo século. Como alguns dos cultos religiosos orientais, o gnosticismo traçava nítida separação entre a matéria, que é o mal, e o espírito, que é o bem. De acordo com esse conceito, os gnósticos encaravam o espírito divino como superior tanto ao deus do Antigo testamento como a Jesus, os quais se haviam preocupado com o mundo físico. E ensinavam que o caminho da redenção do homem passava pelo ascetismo e pelo misticismo, por meio dos quais seu espírito podia ser libertado do mal do mundo material e conduzido à união com o espírito divino. A Igreja ortodoxa condenou esses ensinamentos, que colocavam o Deus cristão abaixo de outro ser ainda mais espiritual, que declaravam não ser o homem responsável por suas ações uma vez que não podia existir mal moral, e que consideravam o ascetismo e o misticismo mais importantes do que a conduta dos homens para com seus semelhantes durante a vida terrena.

DOUTRINAS CRISTÃS BÁSICAS

As heresias surgidas em dissensão dos ensinamentos ortodoxos da Igreja testemunham a dificuldade da tarefa de definir as doutrinas da nova religião. Contudo, o desaparecimento gradual dessas heresias testemunha também o sucesso da Igreja na formulação das crenças que deveriam permanecer como o núcleo da doutrina cristã ortodoxa. Nessas disputas de supremacia e polêmicas teológicas, a Igreja de Roma exerceu um papel decisivo, na medida em que as posições doutrinárias da capital tendiam a se qualificar como verdadeiras. O Cristianismo romano conseguiu impor-se como ortodoxia no conjunto da cristandade, estendendo sua influência graças à constituição do conceito de sucessão apostólica, ou seja, à crença de ter o Príncipe dos Apóstolos como fundador de sua comunidade, à supremacia política enquanto capital e através da ajuda material às demais igrejas. Dentre as principais doutrinas cristãs básicas tem-se, primeiro, a crença de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são membros iguais da Trindade que é Deus, sendo, cada um, uma expressão da perfeição; em segundo lugar, que Jesus era tanto Deus como homem, nascido de uma virgem, que morreu para redimir os outros homens e depois ressuscitou dos mortos; em terceiro, que todos os cristãos são membros de uma só Igreja, que está sob guia divina; em quarto, que o clero é o sucessor dos Apóstolos; e, em quinto, que, por meio da Igreja, os homens podem libertar-se do inferno e entrar na vida eterna do Céu. Sobre essas crenças, que constituem o núcleo de sua dogmática, a Igreja iria permanecer firme através de todos os séculos de sua existência.

OS PRIMEIROS PENSADORES CRISTÃOS

O pensamento teológico cristão é tão antigo quanto a primeira formulação da fé em Jesus, o Cristo. Os escritos do Novo Testamento representam os primeiros ensaios da reflexão teológica, reunidos na forma de testemunhos originais da fé. A história da teologia começa e se desenvolve a partir dessas fontes. A primeira coleção de escritos teológicos surgidos depois do Novo Testamento é composta de documentos agrupados sob o título de Padres Apostólicos. Foi o estudioso francês Jean Cotelier quem assim os classificou no séc. XVII. Inicialmente faziam parte dessa coleção: a Epístola de Barnabé, a Carta de Clemente Romano, Cartas de Inácio de Antióquia, a Carta de Policarpo, e o Pastor de Hermas. Em 1765 foram incluídos na lista os fragmentos de Pápias e de Quadrato, e a Epístola a Diogneto. Mais tarde, em 1873, descobriu-se o Didaquê, concluindo-se com ele a coleção. São obras de estilo simples, interessadas em dar testemunho da vida cristã em face das perseguições a que era submetida a Igreja, com algumas indicações a respeito da estrutura eclesiástica incipiente. 

Os cristãos, logo no início de sua história, foram considerados perigosos para o império. Ao combatê-los, as autoridades atribuíam-lhes inconsistência filosófica, moral e religiosa, acusando-os de minar os fundamentos da sociedade vigente.  Enquanto os Padres Apostólicos se dedicavam à vida interna da Igreja e à elevação moral e espiritual dos seus membros, os apologistas atuavam na fronteira com o mundo e com o pensamento pagão. Em muitos casos davam a seus escritos uma forma legal, solicitando que as autoridades verificassem em que consistia o Cristianismo. As acusações contra os cristãos se referiam ao seu ateísmo e anarquismo (Justino, Apologia 5,6; 11,12), pois recusavam-se a participar dos cultos ao imperador e a servir ao Estado. Também eram acusados de licenciosidade por celebrarem a eucaristia secretamente à noite.  Quadrato (125, provavelmente de Atenas), o mais antigo dos apologistas, apresentou ao imperador Adriano uma defesa da fé cristã, da qual se conhece apenas um trecho citado por Eusébio (Apologia 55). 

O movimento apologético do séc. II procurou defender a fé cristã junto às autoridades. Foram seus principais escritores Justino Mártir (105 - 165), que em suas Apologias e outras obras expõe a fé cristã, elaborando já certas doutrinas fundamentais, e Tertuliano (160 - 230), extremamente rígido em suas ideias, a ponto de terminar a vida na seita dos montanistas. Se há na teologia incipiente de Justino certo descretino universalista e grande abertura ao diálogo com o mundo da cultura, já em Tertuliano o âmbito da fé se restringe ao puro domínio da Igreja e se distancia da vida civil.  O movimento gnóstico do séc. II buscava a união com Deus através de práticas secretas apenas conhecidas de iniciados. Acusava os cristãos de não possuir a verdade, comunicada por Jesus nos quarenta dias entre a Ressurreição e a Ascensão.

Contra o gnosticismo não só escreveu Justino Mártir, mas principalmente Irineu, bispo de Lyon (126 - 200). Sua obra principal chama-se Adversus Haereses (Contra os Heréticos) e se divide em cinco livros. É fonte preciosa para conhecer o pensamento gnóstico e cristão. Irineu desenvolveu a doutrina da sucessão apostólica dos bispos, da Bíblia, dos credos e do batismo, como instrumento de defesa da fé cristã contra os ataques cada vez mais insistentes das heresias. Foi em Alexandria, porém, que se desenvolveram os primeiros grandes sistemas teológicos do cristianismo. Clemente (150 - 215) e Orígenes (185 - 254) procuraram relacionar a fé com o mundo filosófico e introduzir o pensamento cristão nos círculos intelectuais da sociedade. Orígenes é principalmente importante porque estabelece critérios para interpretação das Escrituras, encontrando no texto sagrado três significados distintos: o somático ou literal, o psíquico ou moral, e o místico ou espiritual.  Pouco a pouco as discussões teológicas se vão concentrando em torno da pessoa de Jesus, o Cristo. Justino Mártir e os apologistas haviam empregado o conceito de logos para comunicar à mentalidade filosófica grega as ideias fundamentais da teologia judaico-cristã a respeito de Jesus.

A divindade do Cristo havia sido pressuposta desde o início do testemunho do Novo Testamento. Tertuliano e Irineu haviam falado na Trindade. Orígenes dizia que entre as três pessoas divinas (Pai, Filho e Espírito Santo), havia certa subordinação natural, muito embora não visse entre as pessoas qualquer diferença de substância. A noção de uma trindade transcendental parecia a muitos demasiadamente metafísica, com ressonâncias gnósticas.  A pergunta fundamental da teologia era esta: como entender Jesus, o Cristo, à luz dessa trindade transcedental?

Surgiu, então, o movimento chamado monarquismo (do gr. monárkhes, "soberano"), que ressaltava a unidade soberana de Deus em relação com o Cristo. Havia dois tipos principais de monarquismo: o dinâmico, que considerava o Cristo apenas homem, adotado por Deus, sem qualquer relação metafísica com o Pai; e o modalista, que considerava o Cristo realmente divino, idêntico ao Pai. Por detrás das preocupações dessas duas escolas estava o problema da salvação: como pode Jesus salvar se não for Deus? Como considerá-lo Deus se sofreu na cruz? Se Jesus é Deus, então Deus não é uno. Que lugar ocupa o Cristo na economia da salvação e da vida divina? Assim, foram inúmeras as doutrinas controversas que surgiram principalmente em torno da natureza do Cristo. Melhor se pode compreender quão difícil era a tarefa de distinguir entre a verdadeira doutrina cristã e a heresia, quando se verifica que os dois maiores apologistas da Igreja foram mais tarde condenados por haver propagado heresias.

Um deles foi Orígenes (aprox. 185-254), famoso como mestre em Alexandria, nos princípios do terceiro século. Consciente da importância básica da Bíblia para o pensamento cristão, escreveu muito, tentando resolver alguns problemas que surgiam em sua interpretação. Depois de sua morte, todavia, certo número de seus ensinamentos foi posto em discussão e, 300 anos mais tarde, um concílio da Igreja decretou que seus escritos continham diversas doutrinas heréticas, que Orígenes inocentemente desenvolvera ao tentar harmonizar filosofia e teologia. Falta similar foi encontrada na obra de Tertuliano (aprox. 160-230), zeloso homem da igreja que vivia em Cartago. Defensor apaixonado da Igreja, Tertuliano fez uso dos seus conhecimentos da lei e dos clássicos para refutar várias acusações de crime levantadas contra os cristãos e para demonstrar a superioridade religiosa e filosófica do cristianismo sobre as crenças pagãs. Foram, os dele, os primeiros escritos cristãos importantes em língua latina, que ele estabeleceu como a língua da Igreja nas terras ocidentais. Contudo, apesar da ardente retórica e da apaixonada convicção com que procurava sustentar a doutrina ortodoxa, também foi acusado de crenças heréticas. 

Crisóstomo (aprox. 344-407) - Criado em Antióquia, seus grandes dotes de graça e eloquência como pregador levaram-no a ser chamado a Constantinopla, onde se tornou patriarca, ou arcebispo. Como os outros Apologistas, ele harmonizou o ensinamento cristão com a erudição grega, dando novos significados cristãos a antigos termos filosóficos, como a caridade. Em seus sermões, defendia uma moralidade que não fizesse qualquer transigência com a conveniência e a paixão, e uma caridade que conduzisse todos os cristãos a uma vida apostólica de devoção e de pobreza comunal. Essa piedosa mensagem, entretanto, tornou-o impopular na corte imperial e mesmo entre alguns membros do clero de Constantinopla, de modo que acabou sendo banido e morreu no exílio. 

Ambrósio (aprox. 330-397) - Como Bispo de Milão, conquistou influência em razão de sua dominadora personalidade assim como por seus escritos. A ele é atribuído o sucesso em obrigar o Imperador Teodósio a fazer penitência por seus pecados e, assim, a admitir que estava sujeito aos mesmos ditames morais que os demais cristãos. Essa realização dramática de Ambrósio muito fez para estabelecer a tradição ocidental de que o clero, como servidor da Igreja, tinha o poder de disciplinar mesmo os mais elevados dirigentes seculares. Ambrósio também ajudou a cristianizar e latinizar a herança do ensinamento pagão.

Jerônimo (aprox. 347-419) - Seus dotes linguísticos o predispuseram para sua obra principal - a tradução da Bíblia em latim literário, dos vários textos hebraicos e gregos existentes. Sua tradução, conhecida como a Vulgata, ou Bíblia do Povo, foi amplamente utilizada nos séculos posteriores como compêndio para o estudo da língua latina, assim como para o estudo das Escrituras.  Apolinário, de Laodicéia - Bispo no séc. IV, colocara-se a serviço da ortodoxia e se fizera acérrimo defensor das doutrinas rigorosamente ortodoxas de Atanásio. Em seu zelo pela fé tradicional, Apolinário inverteu o erro de Ário, ao afirmar que o lógos divino preenche o lugar da alma racional em Jesus. Em Cristo havia apenas a natureza divina. Sua doutrina foi condenada no Concílio de Constantinopla, em 381. A atitude divinizante de Apolinário era reflexo da atmosfera mística da Igreja cristã de Alexandria.  Nestório, bispo de Constantinopla - Os cristãos de Antióquia e de Roma eram muito mais realistas que os do Oriente. Para os teólogos do Ocidente a salvação nada significaria, se Jesus não tivesse sido plenamente humano.

O principal representante dessa tendência era Nestório, bispo de Constantinopla a partir de 428. Para ele a Virgem Maria não deveria ser chamada theotókos (Mãe de Deus), mas simplesmente theokýmõn ou theophóros, portadora do Cristo. Ela havia concebido apenas um homem, que, mais tarde, pela graça de Deus, se havia tornado instrumento da divindade. Nestório fazia questão de não misturar a natureza humana com a divina, muito embora tivesse que ressaltar, para isso, o caráter inteiramente humano de Jesus.

CAPITULO 13

ASCETISMO E MONASTICISMO

Não podemos esperar compreender o espírito da primitiva Igreja Cristã sem entender seus ideais de ascetismo e monasticismo.  Por trás do movimento monástico, achava-se o zeloso cristão empenhando-se fervorosamente para conseguir a união de sua alma com Deus, mesmo enquanto ainda a viver na terra, bem como de preparar-se para essa união após a morte. A fim de realizar tal união, fazer com que a alma dominasse o corpo, procedia a uma vida solitária. Isso significava ascetismo, renúncia completa de todas as tentações do mundo material, aceitação voluntária de sofrimentos e privações. Para alcançar esse desapego do mundo, devia ele viver em solidão ou juntar-se com pequeno número de outros de espírito e temperamento idênticos.  O impulso para o ascetismo e o monasticismo não é peculiar ao cristianismo. Aparece em outras religiões, tanto antes como depois do tempo de Cristo, e entre alguns indivíduos que não professam qualquer religião. 

No terceiro e quarto séculos, outras influências deram acrescida força ao impulso para o ascetismo e o monasticismo e levaram esses ideais a uma realização prática. Uma delas foi a influência das filosofias dualistas do gnosticismo e do neoplatonismo. Ainda que a Igreja condenasse essas filosofias como pagãs ou heréticas, cristãos zelosos não podiam deixar de dar ouvidos a seus ensinamentos - que se pareciam com os da própria Igreja - de que o universo é a arena de luta entre o bem e o mal, de que o mundo material é o reino do mal e o mundo espiritual é o reino do bem, e de que os homens, portanto, deveriam esforçar-se para entrar no mundo do espírito. Outra influência, contudo, surgiu das novas circunstâncias em que se achou a própria Igreja, desde que o Cristianismo se tornara uma religião aceita e mesmo oficial. Não mais, como nos séculos anteriores, podia o cristão demonstrar seu zelo simplesmente aceitando o risco do martírio ou dedicar-se a propagar a fé como missionário. Agora, os que desejavam dar prova heróica de seu devotamento religioso deviam procurar provações maiores do que as que lhes viriam simplesmente em virtude de serem cristãos e continuarem a tomar parte nos empreendimentos normais do mundo, ou mesmo em seguir a vocação do sacerdócio.

A Igreja como instituição não estabeleceu o monasticismo. Foi ele um movimento de entusiasmo e auto-sacrifício, imbuído de um espírito de negação referente ao mundo cotidiano, movimento de leigos que a Igreja depois abençoou como integrado em seu próprio espírito. Esse movimento deu origem à criação dos conventos, uma vez que para levar uma vida de ascetismo era preferível agrupar-se em comunidades monásticas do que viver solitários como eremitas. Regras foram estabelecidas exigindo dos monges votos de pobreza, castidade e obediência a seus superiores, uma rotina de orações e meditações e a realização de certa espécie de trabalho. As rotinas prescritas eram rigorosas, mas não permitiam que os monges exagerassem seu ascetismo, pois mostrava como ideal a autodisciplina, em vez do auto castigo.

POR QUE O CRISTIANISMO TRIUNFOU?

Qualquer estudo do começo do Cristianismo deve salientar seu triunfo posterior, dentro apenas de quatro séculos após a morte de Jesus. E isso inevitavelmente suscita a pergunta: por que obteve ele esse triunfo? O próprio Cristianismo oferece resposta à indagação: a Igreja considera-se uma instituição divina, fundada por Deus e sustentada para sempre pelo poder da Divina Providência. Mas esta resposta somente satisfaz os que compartilham da fé cristã num poder sobrenatural. Outras respostas, baseadas na razão e na história, e não na fé religiosa, também podem ser dadas. Uma dessas razões do sucesso do Cristianismo encontra-se na época do seu aparecimento. No tempo em que Jesus pregou sua mensagem, os homens de toda parte do Império sentiam a necessidade de uma nova religião. Perdera-se a confiança nas antigas crenças religiosas. Nada restava delas, a não ser a crença vaga de que Deus devia ser um e onipotente, e de que a ética devia basear-se num bem absoluto. Outra explicação do sucesso da nova religião é a força da Igreja como instituição. A Igreja mostrou-se sábia ao preferir abrir a todos os que quisessem ser admitidos nela o ingresso em sua fraternidade: mulheres e homens, ricos e pobres, escravos ou livres, sem distinção de raças. Foi sábia, também, em adaptar-se aos costumes dos tempos, em todas as questões que não comprometessem suas crenças fundamentais. O devotamento da Igreja ao princípio da fraternidade dos homens submetidos a Deus explica mais do que a razão pela qual o Cristianismo substituiu as outras religiões do antigo mundo mediterrâneo.

HERESIAS PRIMITIVAS

PELAGIANISMO - Doutrina que, professada no século IV, por Pelágio e seus partidários, é a primeira heresia do Ocidente cristão. O pelagianismo repousa essencialmente na concepção de acordo com a qual o homem pode sempre escolher igualmente entre o bem e o mal. Para o exercício dessa escolha, pensam, o homem dispõe livremente do seu corpo e de seus membros. Sua vontade está sempre pronta a enfrentar a dupla opção e só é plenamente livre enquanto permanece capaz dessa escolha.  Pelágio, que era uma asceta (religiosos que renunciavam o mundo e praticavam mortificação), não deixa de insistir no valor do homem e de sua autonomia. Desenvolve a ideia de que o homem é a obra-prima de Deus, do qual recebeu, por um privilégio único, a razão, quer dizer, a consciência de seus atos. Assim, é a razão que permite ao homem dominar as outras criaturas e os seres que lhe podem ser superiores pela força. É a razão que lhe permite conhecer Deus. Os pelagianos só admitem o pecado pessoal, negando a existência do pecado original. A natureza humana, segundo eles, não pecou. Pecou apenas o indivíduo. Não é possível que alguém peque para com outrem, assim como não é possível que um redima o outro. O homem, único autor de sua queda, é também único autor de sua regeneração. A redenção de Cristo não teve por objetivo cancelar um pecado coletivo e hereditário do gênero humano. A finalidade da redenção seria apenas a de neutralizar, pelo bom exemplo do segundo Adão, o mau exemplo do primeiro Adão. Assim como este arrastou o homem para a morte, pela sua desobediência orgulhosa, assim também Jesus Cristo mostrou, com sua obediência humilde, o caminho da ascensão espiritual ao Deus que tudo perdoa. Naturalista e racionalizante, mas sempre profundamente religiosa, a doutrina pelagiana recusa ferozmente toda concepção do pecado como causa da morte, bem como a de uma fraqueza moral herdada de uma falta primeira. Concebe dessa forma a redenção, ensinando que o homem pode, em virtude tão-somente de seu esforço pessoal, atingir a santidade perfeita.

 

 

MANIQUEÍSMO

O maniqueísmo é uma gnose. Como toda gnose, é essencialmente fundada em um "conhecimento" que traz com ele próprio a salvação, salva por si mesmo, pelo fato de que, revelando ao homem sua origem, o que era e onde estava antes de ser "jogado" no mundo, o torna consciente do que é em sua realidade própria, explica-lhe sua condição presente e o modo de libertar-se dela, garantindo-lhe o que virá a ser, o que é chamado a tornar-se: conhecimento que é, antes de mais nada, conhecimento simultâneo de si mesmo e de Deus em si e que pretende ser um saber absoluto. Essa gnose se exprime em forma mítica. O mito se desenvolve, pois, em três fases: um "momento anterior"ou "passado", no qual havia distinção, dualidade perfeita de duas substâncias (espírito e matéria, o bem e o mal, a luz e as trevas); um "momento médio"ou "presente", no qual a mistura se produziu e continua a durar; um "momento futuro" ou "final", em que a divisão primordial será restabelecida. Aderir ao maniqueísmo, consiste pois, em professar essa dupla doutrina dos "dois princípios" ou das "duas raízes" e dos "três tempos" ou dos "três momentos".

DONATISMO

O donatismo é um cisma que dividiu a Igreja, na África, durante três séculos e meio, do fim da perseguição de Diocleciano aos cristãos (a era dos mártires) à invasão árabe. Divergências inconciliáveis estabeleceram-se entre os cristãos a respeito da atitude a assumir em face dos crentes e mesmo dos bispos que haviam falhado durante a perseguição.  O bispo Donato organizou o partido dos intransigentes, para os quais a validade dos sacramentos dependia da santidade dos ministros. Do lado católico, estavam os partidários de Roma, liderados por Ceciliano, que formou seu partido, e que disputava com Donato pela sede de Cartago. Sobre os sacramentos e a teologia da Igreja, reflexão da qual Santo Agostinho participou amplamente, estabeleceu que o Cristo é o verdadeiro autor dos sacramentos, e que o papel dos clérigos era intermediar os ritos (batismo, por exemplo), pois a santidade dos sacramentos é do Cristo.

ARIANISMO

O arianismo - do nome de Arios, padre de Alexandria, do começo do século IV, tradicionalmente considerado o pai dessa heresia - é uma reflexão doutrinária visando a aprofundar o dogma cristão da Trindade e a esclarecer o problema das relações, no interior do Ser de Deus, das três pessoas: Pai, Filho e Espírito.  Essa corrente de pensamento, declarada herética a partir do Concílio de Nicéia (325), surgiu em reação à pretensão da Igreja Romana de absorver a pessoa do Filho na pessoa do Pai, enquanto os arianos combatiam a unidade e a consubstancialidade em três pessoas da Trindade e sustentava que o Verbo, tirado do nada, era muito inferior a Deus Pai. Consideravam Cristo como essencialmente perfeito, mas negavam a sua divindade. Esta doutrina, sustentada por vários imperadores de Constantinopla, como Constâncio Valente, contrabalançou durante algum tempo o poder do catolicismo. Foi condenada pelo Concílio de Niceia (325). O Concílio de Constantinopla (381) desferiu-lhe rude golpe. Logo após a igreja primitiva ter sido formada, ela foi cruelmente atacada pela infusão cabalista, gnóstica e pagã. Os falsos mestres segmentaram e corromperam as doutrinas cruciais da igreja, o que levou às diversas filosofias heréticas adotadas até mesmo por muitos daqueles que eram contados entre os "Pais da Igreja". Como resultado dessa conspiração satânica, as advertências contra os falsos mestres aparecem em todas as epístolas do Novo Testamento. Uma dessas advertência é sucintamente apresentada em 2 Pedro 2:1-2: "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade." De acordo com uma estimativa, um quarto dos Pentecostais Americanos adere na doutrina conhecida como Unicidade.’ Na história da igreja, muitos têm formulado independentemente uma forma de teologia Unicista incluindo, por exemplo, os modalistas e os Sabelianos na era ante­Nicena, Miguel Scheppe, (1531), John Miller (1876), Andrew Urshan (1910), R.E.McAlister, John Seheppe, e Frank Ewart (1913), e a Verdadeira Igreja de Jesus na China (1917). Consequentemente a teologia Unicista não pode ser analisada somente pelo desenvolvimento histórico do movimento moderno Unicista; devem ser dada atenção séria aos textos bíblicos que tem induzido o reaparecimento persistente dentro da Cristandade. Este trabalho identificará os dogmas distintos da teologia Unicista da perspectiva de um Pentecostal Unicista, e apresenta sua base bíblica, e compara-o com o trinitarianismo. A doutrina Unicista pode ser apresentada sucintamente em duas propostas:

 (1) há um só Deus indivisível sem distinção de pessoas:

(2) Jesus Cristo está toda a plenitude da Divindade encarnada, Todos os títulos da Deidade podem ser aplicados para Ele e todos aspectos da personalidade divina estão manifestados nEle.

MONOTEÍSMO RADICAL

A base da teologia Unicista é um conceito radical de monoteísmo.  Simplesmente declara, Deus é absolutamente e indivisivelmente um. Não há distinções ou divisões essencial em Sua natureza eterna, Todos os nomes e títulos da Deidade, tais como Elohim, Yahweh, Adonai, Pai, Verbo, Espírito Santo referem-se a um e o mesmo ser, ou - em terminologia trinitariana de uma pessoa. Qualquer pluralidade associada com Deus é somente uma pluralidade de atributos, títulos, papéis, manifestações, modos de atividades, ou relacionamentos do homem. 

Esta é a posição histórica de judaísmo. Tanto crentes Unicistas como judeus encontram a expressão clássica desta fé em Deuteronômio 6:4: “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR”. Muitas outras passagens no Antigo Testamento, particularmente em Isaias, afirma o monoteísmo estrito e são interpretadas literalmente de modo a excluir qualquer pluralidade na Deidade. Por exemplo:  “... antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu SOU o SENHOR, e fora de mim não salvador.” (Isaias 43:10-11). “... eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim." (Isaias 46:9).  Nenhuma passagem no Antigo Testamento declara explicitamente a doutrina trinitariana; uma não pode derivá-la de uma exegese de somente textos do Antigo Testamento. Se a triplicidade é uma parte essencial da natureza de Deus, Ele não revelou isto para Seu povo escolhido. Se correto, o trinitarianismo é o único aspecto chave da natureza de Deus totalmente desconhecida no Antigo Testamento, mas revelada no Novo Testamento. Se Deus é uma trindade, então Abraão, o pai dos fiéis de todas épocas, não compreendeu a natureza da Deidade a quem ele adorava. Os crentes Unicistas dão as seguintes explicações para as passagens do Antigo Testamento que os trinitarianos citam quando aludem à trindade.

* O uso da palavra plural Elohim, não denota uma pluralidade de pessoas, mas é uma maneira característica para expressar a grandeza OU majestade na linguagem hebraica.

* O uso do plural divino na frase. “Façamos o homem à nossa imagem" pode ser examinado de várias maneiras

(1) Deus conversando com os anjos (como os judeus explicam);

(2) Deus tomando conselho com a Sua própria vontade (como em Efésios 1: 11):

(3) um pronome simplesmente no plural que concorda com o substantivo plural Elohim;

(4) um plural de majestade ou literário: ou

(5) uma referência profética à manifestação futura do Filho de Deus. E importante notar que, em cumprimento a este versículo, Deus criou Adão como uma pessoa, com um corpo, mente, personalidade, espírito e vontade. (Gênesis 1:27) - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.  (sempre se referindo no singular)

* Referenciais ao Filho são profético do homem Cristo, apontando para a manifestação futura de Deus em carne.

* Referências ao Espírito de Deus, a Palavra de Deus e a sabedoria de

Deus não significa uma pluralidade de pessoas, assim como quando se fala do espírito, da palavra, ou sabedoria de um homem.

* Todas as teofanias do Antigo Testamento podem facilmente ser vista como

manifestações do único Deus, que é onipresente, onipotente. Enquanto a expressão, “o anjo do SENHOR” aparentemente é uma teofania em muitas pas­sagens, ocasionalmente a frase denota um anjo literal distinguido de Deus.

* As atribuições a Deus de partes do corpo humano é antropomorfismo, já

que o único corpo físico permanente de um Deus que é Espírito é o do Filho de Maria.

* Frequentemente os trinitarianos explicam que as passagens monoteísticas usadas para mostrar a Unicidade meramente falam da harmonia perfeita e da união dentro da trindade, e excluem uma pluralidade de divindades falsas; mas não uma pluralidade de pessoas no verdadeiro Deus. No entanto, nem os escritores bíblicos e nem os seus leitores originais entenderam assim. Além disso, este ponto de vista permitiria o politeísmo total, pois muitas divindades distintas poderiam viver em perfeita harmonia e união. Os trinitarianos sugerem que a palavra hebraica usada para descrever a Unicidade de Deus é echad, que pode significar um em harmonia. Entretanto, também pode significar unicidade numérica absoluta, e é usada desta maneira muitas vezes nas Escrituras. E deve ser interpretada assim quando fere-se a Deus, ou então não excluiria o politeísmo como passagens em questão claramente pretendem. Até a importância que echad conota uma união de coisas plurais, significa a união dos atributos múltiplos de Deus. Mudando para o Novo Testamento, os expoentes da Unicidade enfatizam a importância de exegetas na luz do contexto e cultura. Os oradores e escritores originais eram judeus estritamente monoteístas que não tinham pensado de introduzir uma nova e dramática revelação de pluralidade na Divindade. Nem escritores nem leitores pensavam em categorias trinitarianas, pois tanto a doutrina e a terminologia da trindade ainda não haviam sido formuladas. Muitas passagens do Novo Testamento confirmam o monoteísmo do Antigo Testamento. Nenhum dos testamentos usa a palavra trindade, ou associa a palavra três ou a palavra pessoas com a Deidade de maneira significativa. A única passagem que usa a palavra pessoa (hypostasis) em relação a Deus é Hebreus 1 :3, onde diz que o Filho é a expressa imagem da sua pessoa [Edição Revista e Corrigi da] - literalmente "substancia" - não uma pessoa ou substância separada de Deus. Enquanto os trinitarianos reconhecem que a sua dou trina da Divindade é um mistério para mentes humanas que são finitas. Os adeptos Unicistas sustentam que a Unicidade de Deus não é mistério, porém é claramente revelada na Escritura para aqueles que crerem. Para estes, o verdadeiro mistério da Divindade é a Encarnação (1 Timóteo 3:16), e que tem sido revelado.

Avaliando a posição da Unicidade, é interessante notar as conclusões da The New Catholic Encyclopedia: "Há o reconhecimento da parte de exegetas e teólogos bíblicos... que não se deve falar de Trinitarianismo no Novo Testa mento sem sérias qualificações... a exegese do Novo Testa mento já provou que tanto as formas de expressão quanto a maneira de pensar é característica do desenvolvimento patrístico e conciliário teria sido algo desconhecido para as mentes e cultura dos escritores do Novo Testamento". Do mesmo modo, o teólogo Protestante Emíl Brunner escre veu. A própria doutrina da Trindade, entretanto, não é uma doutrina Bíblica e este fato não é por acaso, mas por necessidade. É o produto de reflexão teológica acerca do problema... A doutrina eclesiástica da Trindade não é somente o produto de genuíno pensamento Bíblico, mas também o produto de especulação filosófica, o que é distante do pensamento Bíblico.

CAPITULO 14

A DEIDADE ABSOLUTA DE JESUS CRISTO

Teólogos Unicistas identificam Jesus Cristo como a encarnação do único Deus, baseando-se em uma interpretação literal de Colossenses 2:9-10 que diz, "Porquanto nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Também nele estais aperfeiçoados, Ele é o cabeça de todo principado e potestade.”  Todos os nomes e títulos da Deidade — assim como Yahweh, Pai e Espírito Santo - podem ser aplicados propriamente a Jesus. Jesus não é a mera encarnação de uma pessoa de uma Trindade, mas a encarnação de todo o caráter, qualidade e personalidade do único e indivisível Deus.  A Unicidade afirma em termos fortes que Jesus é Deus, o mesmo do Antigo Testamento, e sustenta que os escritores do Novo Testamento tencionavam isto quando chamavam Jesus de Deus. Isto é, o único e somente Deus do Antigo Testamento se encarnou como Jesus Cristo. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (11 Coríntios 5:19). Para usar a terminologia bíblica, Jesus é a imagem do Deus invisível. Deus manifesto em carne, nosso Deus e Salvador, e a expressa imagem da substância de Deus. W. A. Críswell, pastor da Primeira Igreja Batista de Dallas. Texas, e que no passado foi presidente da Convenção Batista do Sul, descreveu a deidade de Cristo em termos idênticos aos usados pelos unicistas nos seus Sermões Expositivos Sobre o Apocalipse. Frequentemente não entendo as pessoas que pensam que no céu verão três Deuses. Se você pensa que verá três Deuses, então o que os Muçulmanos dizem acerca de você é verdade, e que o seu vizinho Judeu diz acerca de você é verdade. Você não é um monoteísta, você é um politeísta. Você crê numa multiplicidade de Deus, plural. “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Conhecemos Deus como nosso Pai, conhecemos Deus como nosso Salvador e conhecemos Deus pelo Seu Espírito em nossos corações. Mas não há três Deuses. O verdadeiro Cristão é um monoteísta.

Há um Deus”. Eu e o Pai somos um.” “Quem me vê a mim, vê o Pai.” É o Senhor Deus quem fala. É Ele a quem João viu quando voltou-se. O único Deus que você verá é o Senhor Deus a quem João viu na visão do candelabro. O único Deus que você sentirá é o Espírito do Senhor Deus em seu coração. O único Deus que existe: é o grande Pai de todos nós. O único Senhor Deus. é Cristo. No Antigo Testamento nós O chamamos de Jeová. No Novo Testamento, a Nova Aliança, nós O chamamos de Jesus. Hoje, o único grande Deus, apresenta-se em autoridade e em juízo e em dignidade judicial entre Suas Igrejas velando por nós. “Eu vi um semelhante [um grande símbolo místico] a Filho de homem É o próprio Senhor Deus que virá, pois Cristo Jesus é o Deus do Universo. Não veremos três Deus no céu. Nunca pense que na glória nós veremos Deus Nº 1 e Deus Nº 2 e Deus Nº 3. Não! Somente há um Senhor Deus. Nós O conhecemos como nosso Pai, nós (3 conhecemos como nosso Salvador, nós o conhecemos como o Espírito Santo em nossos corações. Há um Deus e este é o grande Deus, que foi chamado no Antigo Testamento, Jeová, e, no Novo Testamento manifestado em carne, é chamado de Jesus. o Príncipe dos céus, aquele que virá .

A UNICIDADE ATRIBUI A JESUS TODOS

OS TÍTULOS DA DEIDADE

* Jesus é o YEHWEH  do Antigo Testamento. Isto é estabelecido ao examinar muitas declarações do Antigo Testamento concernentes a Jeová que o Novo Testamento atribui a Jesus. Por exemplo, em Isaias 45:23 Jeová disse. “Diante de mim se dobrará todo o joelho, e jurará toda língua, mas em Romanos 14:10-11 e Filipenses 2:10-l1, Paulo aplica esta profecia à Cristo. O Antigo Testamento descreve Jeová como Todo Poderoso. Eu sou, único Salvador. Senhor dos senhores, Primeiro e Ultimo, único Criador, único Santo, Redentor, Juiz, Pastor e Luz; no entanto o Novo Testamento atribui todos estes títulos a Jesus Cristo.

*Jesus é o Pai. “E o seu nome será... Deus Forte, Pai d a Eternidade,”

(Isaias 9:6). “Eu e o Pai somos um" (João 10:30). “O Pai está em mim, e eu estou no Pai” (João 10:38). Quem me vê a mim, vê o Pai” (João 14:9). Jesus é o pai os vencedores (Apocalipse 21:6-7), e Ele prometeu não deixar os Seus discípulos órfãos (João 14:18). A Bíblia atribui muitas obras a ambos, tanto ao Pai como a Jesus: ressuscitar o corpo de Cristo, enviar o Consolador, atrair os homens a Deus, responder orações, santificar crentes e ressuscitar os mortos.

* O Espírito Santo é literalmente O Espírito que estava em Jesus Cristo. “ 0 Espírito da verdade.., habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vos outros" (João 14:17-18). “O Senhor é o Espírito"  (II Coríntios 3:17). O Espírito Santo é o Espírito do Filho e o Espírito de Jesus Cristo (Gálatas 4:6: Filipenses 1:19). O Novo Testamento atribui as seguintes obras tanto a Jesus como ao Espírito Santo: mover sobre os antigos profetas, ressuscitar o corpo de Cristo, ser o Consolador, dar palavras aos crentes na hora da perseguição, interceder, santificar, e habitar nos crentes. Apesar de não rejeitar o trinitarianismo, Lewis Smedes reconheceu.  “A experiência do Espírito é a experiência com o Senhor. Na época atual, o Senhor é o Espírito.., O Espírito é Jesus, o que foi assunto, operando na terra... O Espírito é Cristo em sua função redentora... Isto sugere que nós não cumprimos o propósito bíblico ao insistir que o Espírito como uma pessoa que é separada da pessoa cujo nome é Jesus. Finalmente, os que ensinam a Unicidade identificam Jesus como Aquele que se assenta no trono celestial, ao comparar a descrição de Jesus em Apocalipse 1 com o daquele assentado no trono em Apocalipse 4, e notar que "Deus e o Cordeiro” é um só ser em Apocalipse 22:3-4. Conforme Bernard Ramm, os trinitários são ambíguos quanto ao fato de verem um ser divino ou três seres divinos no céu, mas os crentes Unicistas rejeitam firmemente qualquer noção de três seres visíveis como triteismo.

PAI - FILHO - ESPÍRITO SANTO

Crer na Unicidade não significa negar o Pai, o Filho, e Espírito Santo. Ela simplesmente oferece definições não trinitária para estes termos bíblicos. O título de Pai refere-­se ao papel de Deus como pai de toda a criação, pai do Filho unigênito e pai de todo o crente nascido de novo. O título de Filho refere-se à encarnação de Deus, pois o homem Cristo foi literalmente concebido pelo Espírito de Deus (Mateus 1 : 18-20; Lucas 1:35). O título de Espírito Santo descreve a característica fundamental da natureza de Deus. A santidade forma a base de Seus atributos morais, enquanto a espiritualidade forma a base dos Seus atributos não morais. O título especificamente refere-se a Deus em atividade, particularmente Seu trabalho de ungir, regenerar, e habitar no homem.  Portanto, a Unicidade afirma os múltiplos papéis e funções descritos pelos termos Pai, Filho e Espírito. No entanto, diferente do trinitarianismo, ela nega que estes três títulos reflitam uma triplicidade essencial na natureza de Deus e afirma que todos os títulos aplicam-se a Cristo simultaneamente.  Os termos podem também ser entendido na revelação de Deus ao homem: Pai refere-se a Deus em seu relacionamento familiar com o homem; Filho refere-se a Deus manifestado em carne; e Espírito refere-se a Deus em atividade. Por exemplo, um homem pode ter três relacionamentos significativos ou funções - assim como administrador, professor, e conselheiro - e ainda ser uma só pessoa no pleno sentido da palavra. Deus não define-se e nem limita-se a uma triplicidade essencial.  Como já vimos, a natureza divina de Jesus Cristo o Filho de Deus é identificado como o Pai e o Espírito Santo. Além do mais, o Pai e o Espírito Santo são identificados como um único e mesmo ser: o termo Espírito Santo descreve o que o Pai é, O Espírito Santo é literalmente o Pai de Jesus, desde que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo. A Bíblia chama o Espírito Santo o Espírito de Jeová, o Espírito de Deus e o Espírito do Pai. A Bíblia atribui muitas das obras de Deus o Pai ao Espírito também, assim como ressuscitar Cristo e habitar, consolar, santificar e ressuscitar os santos. Os que ensinam a Unicidade oferecem as seguintes explicações para passagens do Novo Testamento muitas vezes usadas para demonstrar a existência de uma Trindade.

* Referências no plural ao Pai e o Filho simplesmente fazem distinção entre a deidade e a humanidade de Cristo.  Outras referências a Deus no plural fazem distinção entre várias manifestações, atributos, papéis ou relacionamentos que o único Deus tem. Por exemplo, II Coríntios 13:13 descreve três aspectos, atributos, ou obras de Deus ­graça, amor, c comunhão - e os liga com nomes ou títulos que correspondem mais diretamente com estas qualidades ­Senhor Jesus Cristo, Deus, e Espírito Santo. Assim também, em I Pedro 1:2 menciona a presciência de Deus Pai, a santificação do Espírito, e o sangue de Jesus.

* O batismo de Cristo não pretendia apresentar aos judeus devotos espectadores uma doutrina nova radical de pluralidade na Divindade, mas significativa a unção autorizada de Jesus como o Messias. Uma compreensão correta da onipresença de Deus dissipa qualquer noção que a voz celestial e a pomba requerem pessoas separadas.

* A descrição de Cristo do Espírito Santo com o “ou­tro Consolador” em João14 indica uma diferença de forma ou de relacionamento, isto é, Cristo em Espírito antes do que em carne.

* João 17 fala da união do homem Cristo com o Pai. Como um homem. Cristo era um com Deus em mente, propósito e vontade. e nós podemos ser um com Deus neste sentido. Entretanto, outras passagens ensinam que Cristo é um com Deus num sentido que nós não podemos ser, porque Ele é o próprio Deus.

* Dizer que Jesus está à mão direita de Deus não significa uma posição física de dois seres com dois corpos. pois Deus é um Espírito e não tem um  corpo físico fora de Jesus Cristo. Tal ponto de vista seria distinguível do diteismo. Antes, a frase é uma expressão idiomática do Antigo Testamento, denotando que Cristo possui todo o poder, autoridade, e preeminência de Deus.

* As Epístolas de Paulo incluem tipicamente uma saudação tais como: "Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo”  (Romanos 1:7). Isto enfatiza a necessidade de reconhecer não somente os papéis de Deus como Pai e Criador, mas também a revelação de Deus em carne como Jesus Cristo. A conjunção Grega kai pode significar mesmo”, identificando assim o Pai e Jesus como o mesmo ser. Em passagens semelhantes, tais como II Tessalonicenses 1:2 e Tito 2:13, deve-se aplicar a lei de Granville Sharp: Se dois substantivos próprios do mesmo gênero, número, e caso são ligados com kai, e se o primeiro tem o artigo definido e o segundo não, então ambos falam da mesma pessoa.

* “O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo:” denota um relacionamento de aliança assim como " o Deus de Abraão.” Isto serve para nos lembrar das promessas que Cristo conquistou como um homem sem pecado, promessas do “Deus de Jesus Cristo,, que estão disponíveis àqueles que têm fé em Cristo.

* O kenosis de Cristo descrito em Filipenses 2:6-8 não significa que Cristo se esvaziou dos atributos divinos, como onipresença, onisciência e onipotência, senão Cristo seria meramente um semi-deus. O Espírito de Cristo reteve todos os atributos da deidade mesmo quando Ele manifestou todo o Seu caráter em carne. Esta passagem somente referem-se às limitações de Cristo imposta nEle relativa a Sua vida humana. O kenosis foi uma rendição voluntária de glória, dignidade e prerrogativas divinas, não uma abdicação de Sua natureza divina. A união de deidade e humanidade que era Jesus Cristo, era igual a Deus e procedia de Deus, mas se tornou humilde e obediente até a morte.

* A visão daquele sobre o trono e do Cordeiro em Apocalipse 5 é apenas simbólica. Aquele que se assenta no trono representa toda a Deidade, enquanto o Cordeiro representa o Filho em Seu papel sacrifical humano.

O FILHO

Conforme temos visto, os expoentes do monoteismo explicam que o termo Filho fala da manifestação do único Deus em carne. Eles afirmam que Filho pode referir-se à natureza humana de Cristo somente (como em “o Filho morreu”) ou à união de deidade e humanidade (como em “o Filho voltará à terra em glória”). Entretanto, eles insistem que o termo não pode ser usado quando separado da encarnação de Deus; nunca pode apenas referir-se à deidade. Eles rejeitam o termo Deus Filho,” não bíblico, a doutrina do Filho eterno, e a doutrina da geração eterna.

A frase “o Filho unigênito” não refere-se ao fato que o Filho foi gerado do Pai, por uma geração espiritual inexplicável, mas refere-se à concepção miraculosa de Jesus no ventre da virgem pelo Espírito Santo. Para estabelecer o princípio da existência do Filho, os crentes monoteísta indicam as seguintes passagens das Escrituras: "Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente Santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1:35).  “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gálatas 4:4). “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (Hebreus 1:5). Eles apontam para o tempo em que o papel distinto do Filho terminará, quando o propósito redentor para o qual Deus se manifestou em carne não existirá mais. Isto não implica que o corpo imortal glorificado de Cristo deixará de existir, mas que a obra de mediador e o reinado do Filho findarão. O papel do Filho será imergido pela grandeza de Deus, que permanecerá em Seu papel original como Pai. Criador. e Soberano de todas as coisas. “Então o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1 Coríntios 15:28). Os crentes monoteistas enfatizam as duas naturezas de Cristo, usando este fato para explicar as referências no plural ao Pai e Filho contidas nos Evangelhos. Como Pai. Jesus as vezes agia e falava de Sua autoconsciência divina: como Filho Ele algumas vezes agia e falava de Sua autoconsciência humana.’4 As duas naturezas nunca entravam em conflito, porque elas estavam unidas em uma só pessoa.  Apesar de darem ênfase às duas naturezas de Cristo, os que ensinam a Unicidade têm dado inadequada atenção à muitas áreas da Cristologia.

 

 Alguns têm feito declarações que parecem de Apolinário [que defendia o adocianismo, ou seja que Jesus foi adotado à posição de Filho de Deus: por um ato de Deus],pois deixam de definir e usam termos com precisão, mas estudiosos da Unicidade rejeitaram opressivamente esta implicação. A Unicidade se desenvolveu cuidadosamente, pode ser vista como compatível com a formulação Cristológica do Concílio de Calcedânia, isto é, que Cristo tem duas naturezas completas — deidade e humanidade — mas é somente uma pessoa. Entretanto, os crentes Unicistas não se baseiam nos credos para formular posições doutrinárias, mas baseiam-se apenas nas Escrituras, que revelam a plena deidade de Cristo, a plena humanidade de Cristo, e a união essencial e total de deidade e humanidade na Encarnação. 

Em alguns casos, os crentes Unicistas têm tomado posições Cristológicas não somente inconsistente com a Calcedônia, mas também com a sua própria posição na Unicidade. Por exemplo, alguns têm explicado o clamor de Cristo na cruz, “Deus meu. Deus meu porque me desamparaste?” como sinal que o Espírito de Deus deixou Jesus naquele momento. Este ponto de vista não apenas destrói a união da pessoa de Cristo, mas também afeta a crença em sua deidade absoluta. E mais consistente ver isso como expressando a punição que Cristo sofreu quando Ele tomou sobre Si os pecados do mundo. Ele de fato provou a morte por todos os homens; Ele sentiu a separação total de Deus que o pecador sentirá na eternidade.  Entre os meios Unicistas existem várias opiniões acerca da possibilidade de Cristo pecar. Urna aplicação consistente de princípios da Unicidade indicaria que Cristo era irrepreensível. As vezes, alguém diz que Jesus conscientizou da Sua deidade ou tornou-se plenamente divino em algum momento de Sua vida adulta, como por exemplo em Seu batismo. Esta posição é inconsistente com as doutrinas Unicistas do Filho gerado. e da absoluta deidade de Cristo. e é portanto rejeitada pelo movimento. Os que ensinam a Unicidade dão as seguintes explicações para dúvidas levantadas com respeito à Sua doutrina do Filho.

* De acordo com Hebreus 1:2, Deus criou o mundo através do Filho.  Certamente. o Espírito (Deus) que estava no Filho era também o Criador do mundo. Esta passagem também pode indicar que baseou a inteira obra da criação sobre a fritura manifestação do Filho. Deus na Sua presciência sabia que o homem pecaria, mas Ele também sabia que através do Filho o homem poderia ser salvo e poderia cumprir o propósito original de Deus na criação.

* Hebreus.1:6, o Filho é chamado de primogênito ou primeiro a nascer. Uma interpretação deste versículo segundo Ário diria que Deus criou um Filho divino antes de qualquer coisa que Ele criou, porém isto não é inconsistente com a teologia da Unicidade, e este movimento rejeita firmemente qualquer forma de Arianismo. O Filho é o primogênito no sentido da humanidade:

(1) Ele é o Filho primogênito e o unigênito. tendo sido concebido pelo Espírito;

(2) A Encarnação existiu na mente de Deus desde o princípio e formou a base para todas as ações subsequentes;

(3) Como homem.

Jesus é o primeiro a vencer o pecado, e é portanto O primogênito da família espiritual de Deus;

(4) Como homem. Jesus é o primeiro a vencer a morte, e é portanto o primogênito da ressurreição;

(5) Somente como primogênito tem a posição de preeminência. Jesus também é o cabeça de toda a criação e da igreja.

* Jesus existiu antes da Encarnação, não como Filho eterno mas como o eterno Espírito de Deus. O Filho foi enviado do Pai, mas esta terminologia simplesmente indica que o Pai estava colocando em ação o plano preexistente em um certo momento, e que o Filho foi divinamente apontado para concluir uma tarefa específica. Do mesmo modo. João Batista foi um homem enviado por Deus, mas ele não existiu antes da sua chegada ao mundo.

* As orações de Cristo representam a luta da vontade humana, submetendo-se à vontade divina. Elas representam Jesus orando de Sua autoconsciência humana e não da divina, pois Deus não precisa orar. Assim podemos explicar outros exemplos da inferioridade do Filho em poder e conhecimento. Se estes exemplos demonstram uma pluralidade de pessoas, eles estabelecem a subordinação de uma pessoa à outra, ao contrário da doutrina trinitariana de igualdade.

* Outros exemplos de comunicação, conversação ou expressão de amor entre Pai e Filho são explicados como comunicação entre as naturezas divina e humana de Cristo. Se usado para demonstrar urna distinção de pessoas; eles estabeleceriam centros de consciência separado na Divindade, que é de fato politeísmo.

O LOGOS

O Logos (Verbo) de João 1, não é equivalente ao título Filho na Teologia monoteista como é no trinitarianismo. O Filho está limitado à Encarnação, mas o Logos não está. O Logos é a auto expressão de Deus, “a maneira de Deus de auto revelar-se” ou “Deus se expressando.” Antes da Encarnação, o Logos era o pensamento inexpressado ou o plano na mente de Deus, e era real como nenhum pensamento humano pode ser, devido a perfeita presciência de Deus, e no caso da Encarnação, devido a predestinação de Deus. No princípio, o Logos estava com Deus, não como uma pessoa separada mas com o próprio Deus — parte de Deus e pertencente a Deus, assim como um homem e sua palavra. Na plenitude do tempo Deus colocou carne no Logos; Ele expressou a Si mesmo em carne.

TEOLOGIA DO NOME

A Unicidade dá forte ênfase à doutrina do nome de Deus como expressado tanto no Antigo como no Novo Testamento. Para as pessoas dos tempos bíblicos, “o nome é uma parte da pessoa, uma extensão da personalidade do individuo”. Especificamente, o nome de Deus representa a revelação da Sua presença, caráter, poder e autoridade. No Antigo Testamento, Yahweh (Jeová) era o nome redentor de Deus e o nome singular pelo qual Ele distinguiu-se dos deuses falsos. Todavia, no Novo Testamento, os que ensinaram a Unicidade afirmam que Deus acompanhou a revelação de Si próprio em carne com um novo nome.

Este nome é Jesus, que inclui e toma o lugar de Yahweh, pois literalmente significa Yahweh — Salvador, ou Yahweh é Salvação. Apesar de outros levarem o nome Jesus, o Senhor Jesus Cristo é o único que realmente é o que o nome descreve.  Enquanto os trinitarianos veem o nome Jesus como o nome humano de Deus Filho, os crentes Unicistas veem este nome como o nome redentor de Deus no Novo Testamento, que tem o poder e a autoridade que a igreja necessita. Eles apontam para estas passagens das Escrituras: “Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (João 14:14). “E não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:1 2). “Por meio de seu nome, todo o que nele crê recebe remissão de pecados” (Atos 10:43). “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira, e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra” (Filipenses 2:9-10). “E tudo o que fizerdes, seja em palavras, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17). Eles notam que a Igreja Primitiva orava, pregava, ensinava, curava os enfermos, operava milagres, expulsava demônios e batizava no nome de Jesus.  O nome de Jesus não é uma fórmula mágica: ele só tem efeito através da fé em Jesus e de um relacionamento com Ele. Todavia o Cristão deve usar o nome de Jesus falando em oração e no batismo, como uma expressão externa de fé em Jesus e obediência à Palavra de Deus.

CAPITULO 15

FÓRMULA PARA O BATISMO NAS ÁGUAS

A teologia do Nome e a rejeição do trinitarianismo exige o uso de uma fórmula batismal Cristologica. O movimento Unicista ensina que o batismo nas águas deve ser administrado invocando o nome de Jesus. Geralmente, os títulos de Senhor ou Cristo, são usados como uma identificação adicional, como foi feito no Livro dos Atos. Expoentes da Unicidade mostram que cada vez que a Bíblia descreve a fórmula usada em um batismo, sempre descreve o nome de Jesus (Atos 2:38: 8:16; 10:48; 19:5: 22:16). Além destes relatos históricos no Livro de Atos, as epístolas usam muitas alusões à fórmula batismal do nome de Jesus (Romanos 6:4; I Coríntios 1:13; 6:11; Gálatas 3:27; Colossenses 2:12). Mateus 28:19 dá atenção especial, porque é a única passagem bíblica que possivelmente poderia ser interpretada como uma alusão a qualquer outra fórmula. É explicado como segue:

* A gramática do versículo denota um nome singular, sendo que Jesus é ao mesmo tempo Pai, Filho e Espírito, e sendo que Ele veio em nome de Seu Pai e enviará o Espírito em Seu nome, o único nome de Mateus 28:19 tem que ser Senhor Jesus Cristo. Muitos trinitários reconhecem que o nome é singular e identificam-no como Yahweh. Crentes Unicistas mostram que o nome salvador de Deus no Novo Testamento não é Yahweh mas Senhor Jesus.  O contexto exige uma fórmula Cristológica. De fato. Cristo disse. ‘Eu tenho toda a autoridade, portanto ide e fazei discípulos, batizando- os em meu nome. Outra vez, muitos estudiosos trinitários reconhecem a força deste argumento. Consequentemente argumentam que este versículo não relata a ipsissima verba [palavra exata] de Jesus, mas que é uma paráfrase por Mateus ou mesmo uma mudança litúrgica feita por copistas. E importante notar que Fusébio muitas vezes citou este versículo perante o Concílio de Nicéia, dizendo "em meu nome." Outros trinitários propõem que a igreja originalmente não via este versículo como uma fórmula batismal. Para crentes Unicistas que aceitam as palavras de Mateus 28:19 como estão, isto não apresenta um problema textual; eles vêem as palavras existentes como uma descrição da fórmula do nome de Jesus.

* Os relatos paralelos da Grande Comissão em Marcos 16 e Lucas 24, ambos descrevem o nome de Jesus.

* A Igreja Primitiva, que incluía Mateus, cumpriu as instruções de Cristo, batizando em nome de Jesus.

Enquanto historiadores da Igreja de um modo geral concordam em que a fórmula original do batismo era realmente "em o nome de Jesus" nem todos os trinitarianos concordam que esta frase bíblica denota invocar oralmente o nome de Jesus. Os que ensinam a Unicidade acham que sim porque:

* Esta é a maneira mais natural e literal de ler.

* Em Atos 22:16. Ananias falou para Paulo invocar o nome do Senhor no batismo.

* Atos 15:7 e Tiago 2:7, indicam que o nome de Jesus foi invocado por cristãos em várias ocasiões específicas. Neste último versículo. The Amplified Bible [A Bíblia Amplificada versão no inglês] identifica isto como o batismo nas águas.

* Quando os discípulos oravam, impunham as mãos sobre os doentes e expulsavam demônios "em nome de Jesus,” eles sempre invocavam oralmente o nome (Atos 3:6; 16:18; 19:13).

* A frase realmente significa o poder e autoridade de Jesus, mas o poder e autoridade representado por um nome é sempre invocado por usar de fato o nome próprio.

* Se esta frase não descreve uma fórmula batismal, então nem Mateus 28:19, já que a construção gramatical é idêntica. Todavia, isto deixaria a igreja sem qualquer meio para distinguir o batismo cristão do batismo pagão, do batismo judaico de prosélitos, e do batismo de João.

* Apesar de haver diferenças nas palavras exatas ditas em cada relato batismal, todos (inclusive Mateus 28:19) descrevem o mesmo nome: JESUS.

A estratégia de Lúcifer desde os dias de Pedro não mudou. Os termos eram cristãos, mas as definições e práticas eram gnósticas ou pagãs. Esse sincretismo do puro cristianismo com as religiões ocultistas culminou com o advento de muitos grupos pseudos cristãos e as seitas. O mais notável, é claro, foi evidenciado na ascensão da Igreja Católica Romana e do papado. Contrariamente à crença popular mal orientada, os papas não são sucessores do apóstolo Pedro (não há uma evidência histórica verdadeira de que Pedro realmente esteve em Roma). Os papas são, entretanto, os sucessores do Imperador Romano Constantino. Foi Constantino quem legalizou o cristianismo com a esperança de unificar um Império fragmentado e decadente. Ele mudou a capital do império para Constantinopla em 330, deixando o bispo de Roma a cargo do Ocidente. Ele próprio, entretanto, continuou adorando o deus-sol. Embora Constantino tenha permanecido pagão pelo resto de sua vida, manteve influência sobre os negócios do que tinha se transformado a igreja "estatal" no Império. (Essa influência foi evidenciada pelo fato de ter ele mesmo convocado o Concílio de Nicéia).

Posteriormente, Teodósio, o Grande, tornou o cristianismo a religião oficial do Império, e a participação na igreja tornou-se obrigatória por lei. (Podemos apenas imaginar o efeito que isso teve sobre o caráter espiritual da igreja.) Neste ponto, os templos pagãos foram transformados em igrejas, as estátuas de Júpiter tornaram-se estátuas de Pedro, as imagens de Ísis e Vênus tornaram-se imagens da "virgem abençoada", e a mistura do paganismo com o cristianismo resultou nas diversas doutrinas sem base bíblica e as tradições da Igreja de Roma. Justiniano I (527-565), o maior de todos os imperadores, regulamentava todas as questões teológicas definindo o Bispo de Roma como o "líder de todas as santas igrejas", lançando assim a base legal para a supremacia papal.

O papado envolveu-se em intrigas políticas internacionais a partir de 678, com o assassínio do rei merovíngio Dagoberto II. A Igreja orquestrou o fim da Dinastia Merovíngia em uma tentativa fracassada de garantir o título de "Rei de Jerusalém" para o papa. A autoridade papal foi então grandemente expandida em 750 com a assim chamada "descoberta" de um documento conhecido como a "Doação de Constantino" (em 1440, Lorenzo Valla provou que esse documento foi uma falsificação)

 Esse suposto documento do ano 312 dava oficialmente ao bispo de Roma os símbolos e as vestes imperiais do Imperador, que tornaram-se propriedades da Igreja. Ele declarava que o bispo de Roma era o "Vigário de Cristo" e oferecia-lhe o status de Imperador. As vestes foram supostamente devolvidas a Constantino, que as vestia com permissão eclesiástica, mais ou menos como um empréstimo. Com esse documento em mãos, a Igreja reivindicou o direito de coroar e depor os monarcas, e o papa tornou-se o supremo mediador entre Deus e os reis. (A influência dos imperadores nos assuntos da Igreja para suportar uma máquina imperial que estava entrando em colapso resultou em uma profunda e rápida apostasia. Em poucos séculos, "o cristianismo transformou-se em algo totalmente diferente de seu início, como Jesus Cristo e seus apóstolos ensinaram. Tornou-se uma filosofia pagã sofisticada influenciada pelos ensinos sobre um Deus transcendente e onipotente." Com essa infidelidade espiritual veio uma espiral decadente na moralidade da hierarquia da Igreja Católica Romana. O poder absoluto começou a corromper absolutamente, e aqueles que se opunham aos ensinos da Igreja logo tornaram-se alvo da sua ira. A perseguição aos dissidentes tornou-se a ordem do dia, e a Igreja começou a encarcerar os "heréticos", e a confiscar suas propriedades. Em 1203, o papa Inocêncio III publicou um decreto da Inquisição para erradicar a heresia do sul da França e da Itália.

 Inocêncio III, naquilo que chamou de "a realização que coroou seu papado", ordenou o massacre de 60.000 albigenses em um único dia. Outros eventos documentados incluem o "Massacre da Noite de São Bartolomeu", em que 70.000 huguenotes (calvinistas franceses) foram assassinados em um único dia. e o papa Martinho V (1417-31) ordenou que o rei da Polônia exterminasse os hussitas. (14) A Inquisição durou até 1870, englobando o papado de oitenta papas que nunca se arrependeram, nunca se retrataram, e nunca reconheceram qualquer erro por parte da Igreja em torturar e/ou assassinar milhões de vítimas inocentes. A Igreja de Roma tinha, na verdade, desde sua formação, cessado de ser uma igreja verdadeira.

 

O Estado tornou-se a entidade controladora dessa organização, e a sã doutrina foi substituída por uma síntese de paganismo com crenças cristãs. O resultado foi uma entidade em que um filho de Deus verdadeiramente redimido não poderia participar. Na verdade, muitos cristãos e igrejas individuais recusaram-se a participar no sistema de igreja/estado. Esses foram aqueles que ficaram conhecidos como anabatistas (rebatizadores), que mantinham o ensino bíblico do batismo após a salvação, rejeitavam o batismo infantil, o casamento civil, o governo religioso centralizado, e qualquer hierarquia eclesiástica acima da igreja local. Aqueles que defenderam essa posição e morreram por manter as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus eram os verdadeiros cristãos, e suas igrejas eram as verdadeiras igrejas. A Igreja de Roma é apenas um dos muitos exemplos de organizações que têm o nome de "igreja" mas exibem pouca ou nenhuma semelhança com a definição bíblica do termo. Entretanto, é preciso compreender que qualquer organização religiosa que afirme ser igreja precisa atender a certos critérios:

CAPITULO 16

UMA IGREJA VERDADEIRA TEM SOMENTE

JESUS CRISTO COMO SEU LÍDER E LEGISLADOR.

Uma igreja verdadeira somente deve aceitar como membro aqueles que professam fé salvadora em Jesus Cristo. No momento em que uma organização recebe como membro um único indivíduo que nega a fé em Jesus Cristo, essa organização deixa de ser uma igreja. Uma igreja verdadeira, por meio da sua declaração de fé, precisa aderir às doutrinas fundamentais conforme ensinadas na Palavra de Deus. Essas doutrinas incluem a inerrância das Escrituras, a encarnação de Jesus Cristo, a divindade de Jesus Cristo, o sacrífico vicário de Jesus Cristo, a ressurreição física de Jesus Cristo, a justificação pela fé, e a promessa da vida eterna para aqueles que professam essa fé. (A Declaração de Fé de uma igreja verdadeira deve ser mais detalhada que essa relação, mas deve SEMPRE conter pelo menos esses princípios). Uma igreja verdadeira precisa ser governada pelos métodos delineados nas Escrituras, com líderes, oficiais e administração conforme especificado no Novo Testamento. Sim, uma igreja verdadeira é uma assembleia daqueles que compartilham uma experiência comum de fé em Jesus Cristo. Entretanto, é preciso elaborar um pouco mais que essa experiência é o resultado da operação da graça soberana de Deus exercida pelo arrependimento de um indivíduo por meio da fé no sangue derramado de Jesus Cristo para total perdão dos pecados.

Além disso, uma observação particular precisa ser acrescentada que essa operação de Deus não é de forma alguma dependente de ser membro de uma igreja, participar em sacramentos religiosos, participar em atividades religiosas, contribuir com dinheiro para as causas religiosas, moralidade geral, ou outras boas obras do indivíduo. Esses indivíduos "nascidos de novo" são além disso ordenados pelas Escrituras a aderir aos ensinos doutrinários encontrados na Palavra de Deus (incluindo aqueles da pessoa de Jesus Cristo), e não aceitar ninguém na comunhão do corpo de crentes cuja profissão de fé omita esses ensinos doutrinários. Entretanto, Lúcifer é um enganador sutil, e os falsos mestres que enganosamente professam cristianismo genuíno infiltram-se e corrompem uma igreja verdadeira. Isso frequentemente leva à apostasia final das igrejas locais e das organizações eclesiásticas.

A palavra "apostasia" (um afastamento da verdade por parte daqueles que antes defendiam a verdade) encontra-se na Bíblia em 1Timóteo.4:1: "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." Os cristãos certamente não podem dizer que não foram avisados. Entretanto, surge a seguinte questão: O que os cristãos devem fazer quando forem confrontados pela infiltração enganosa dos falsos mestres? Além disso, o que devem os cristãos fazer quando os falsos mestres tiverem desviado ou enganado seus líderes ou outros membros do corpo da igreja?

O ataque de Lúcifer à igreja verdadeira desde o tempo da igreja primitiva tem sido enfrentado por duas estratégias distintas. A primeira é a ideia que aqueles que estão do lado da verdade devem permanecer no corpo eclesiástico e tentar reformá-lo, expondo o erro dentro da igreja. Isso é exatamente o que os líderes da Reforma Protestante tentaram fazer. O desejo deles era reformar a Igreja Católica; não desejavam se separar de Roma, mas a Igreja os excomungou. A segunda estratégia baseia-se na Doutrina Bíblica da Salvação. Quando um corpo eclesiástico afasta-se do ensino bíblico, aqueles que estão do lado da verdade escolhem obedecer as Escrituras e separar-se do corpo, em vez de tentar reformar a organização.

Esse padrão pode ser visto durante toda a história da igreja organizada. Houve aqueles que tentaram reformar, e houve aqueles que se separaram. A Bíblia é bem clara que aqueles que erram na fé devem ser abordados e confrontados com relação ao erro, mas também é muito clara que chega um ponto em que aqueles que estão do lado da verdade precisam se separar: "E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.

" (Romanos.16:17) "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso." (2 Coríntios 6:14-18)"Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu." (2 Tessalonicenses 3:6).

O forte domínio da Igreja Romana sobre a Civilização Ocidental durante a Idade das Trevas não pode ser apenas classificada como brutal. Qualquer ensino ou evidência contrária à doutrina de Roma foi destruído ou reprimido, e aqueles indivíduos que se opuseram foram forçados a viver na clandestinidade, ou foram exterminados. Como resultado, a Igreja Romana sufocou a aquisição generalizada do conhecimento acadêmico e conseguiu manter completo controle sobre uma sociedade intimidada. Esses membros da verdadeira igreja (valdenses, anabatistas, e outros) não somente foram forçados à clandestinidade, mas também foram virtualmente apagados das páginas da história secular (ou aparecem como uma mera nota de rodapé). Até mesmo as doutrinas desses primeiros fundamentalistas foram suprimidas e somente recentemente suas crenças doutrinárias, como o arrebatamento pré-milenar da igreja, foram evidenciadas por manuscritos encontrados. Além disso, as atrocidades do catolicismo fizeram do "cristianismo" uma praga na face da Terra, tanto para os historiadores, quanto para as pessoas praticantes de outras religiões.

 Para a população em geral, o controle severo do papado levou à sombra opressiva de ignorância, pobreza e miséria na Idade das Trevas. Todavia, a ambição do papado pelo poder levaria no final à diluição do impasse da Igreja Romana sobre a sociedade. Essa diluição começou quando o papa Urbano II estimulou o desejo de recuperar a Terra Santa para a Igreja. As cruzadas foram envidadas em 1099 para libertar a Terra Santa (especialmente Jerusalém) dos infiéis que ocupavam a região. Assim, o desejo da Igreja por Jerusalém levou à criação de uma entidade concorrente pelo poder econômico e político do mundo, os Cavaleiros Templários. Não apenas a Ordem dos Templários emergiu das Cruzadas como os banqueiros internacionais, mas também trouxe de volta para a aristocracia da Europa as religiões ocultistas condenadas pela Igreja.

O declínio do poder político da Igreja de Roma abriu a porta para o renascimento de filosofias da Grécia antiga, e culminou com o período conhecido como Renascimento. Embora muitos se recordem dos estudos históricos da expansão das artes, as invenções e o avanço cultural dos anos de 1300 até 1500, poucos percebem que a então recém-descoberta libertação da opressão intelectual da Igreja Romana também produziu um crescimento do ocultismo, da magia e da astrologia. A Reforma Protestante terminou com o Renascimento, mas a infusão das ciências ocultas ressoou na mente e na alma da população ocidental. A fé religiosa ficou tão ferida em muitos que eles a abandonaram e adotaram o método científico de Aristóteles. Isso iniciou a ascensão da Idade da Razão e a corrupção da Reforma Protestante em meados do século XVIII. A Idade da Razão, liderada por homens como John Locke, na Inglaterra, e o francês Voltaire, foi um ataque direto às religiões cristãs. 

Na sombra da Reforma Protestante estavam aqueles conhecidos como batistas: “Os primeiros batistas apareceram na Suiça por volta de 1523, onde foram perseguidos por Zwinglio (o insigne reformador) e pelos romanistas. Eles foram encontrados nos anos seguintes, 1525-1530, com muitas igrejas grandes, totalmente organizadas, no centro e no sul da Alemanha, e no Tirol, na Áustria.” Esses batistas não eram protestantes, pois tiveram muitas igrejas antes das Reforma. Mesmo assim, durante todo o século XVII, as perseguições aos batistas continuaram com carga total. Nesse tempo, a Alemanha era predominantemente luterana, a Escócia era presbiteriana, a Inglaterra era anglicana, e o restante da Europa era católica. Os reformadores deixaram de aprender os riscos de uma igreja vinculada ao Estado, e existia certamente grande risco de vida aos que se opunham à religião oficial do Estado - qualquer que tenha sido essa religião.

POR TRÁS DA REFORMA PROTESTANTE

A Reforma Protestante começou em 1517, quando Martinho Lutero divulgou suas 95 Teses em Wittenberg, Alemanha. O que levou ao movimento é mais complexo. O movimento foi condicionado pelos fatores políticos, sociais, econômicos, morais e intelectuais. Mas, acima de tudo, foi um movimento religioso liderado por homens interessados em uma reforma verdadeira do cristianismo.

O DECLÍNIO DO PODER PAPAL

O surgimento de monarquias nacionais nos séculos XIII a XV veio às custas do poder do papado. Este fato é ilustrado pela luta do Papa Bonifácio VIII com o rei da França, que resultou na humilhação e morte precoce do papa em 1303. O papado subsequentemente estava localizado em Avinhão, França durante um período de aproximadamente 75 anos, conhecido na história como o Papado de Avinhão ou o Cativeiro Babilônico da igreja (1303-1377). Durante aquele tempo o papa foi dominado pela monarquia francesa. Esforços de restaurar o papado para Roma apenas provocaram, inicialmente, uma divisão, conhecida como o Grande Cisma. Papas rivais alegaram legitimidade até a situação finalmente se resolver em 1417. Acontecimentos tão escandalosos na alta liderança da Igreja Católica Romana levaram ao aumento de corrupção e à perda de confiança na igreja. Muitos questionaram a autoridade absoluta reivindicada pelo papa. Outros clamavam cada vez mais por uma reforma da igreja nos “líderes e membros”.

CORRUPÇÃO MORAL NA LIDERANÇA DA IGREJA

Os anos antes da Reforma Protestante também foram marcados pela corrupção moral e o abuso de posição na igreja Católica Romana. O sacerdócio era culpado de vários abusos de privilégios e responsabilidades, inclusive simonia (usar as próprias riquezas ou influência para comprar uma posição eclesiástica), pluralismo (ocupar vários cargos simultaneamente) e absentismo (a falha em residir na paróquia onde deviam administrar). A prática do celibato que foi imposta pela igreja no sacerdócio muitas vezes era abusada ou ignorada, levando a conduta imoral por parte do clero. Padres ignorantes com mentes mundanas corromperam suas posições pela negligência e abuso de poder. Durante o século XV, o mundanismo e a corrupção na igreja chegou ao pior. O problema da corrupção chegou até o papado. Entre aqueles que pediam uma reforma da igreja estava o domiciano Giralamo Savonarola (1452-1498) de Florença, Itália. Este pregador impetuoso falou contra os morais corruptos dos líderes da cidade e dos abusos do papado. O povo foi ganho pela causa de Savonarola em Florença, mas devido a rivalidades religiosas e circunstâncias políticas, o movimento durou pouco. Savonarola foi enforcado e queimado por heresia em 1498.

PRIMEIROS MOVIMENTOS RELIGIOSOS DA REFORMA

Durante o final da Idade Média surgiram vários movimentos que desafiaram algumas das doutrinas básicas da Igreja Católica Romana. Muitos destes movimentos foram oficialmente condenados pela igreja como heresias e foram severamente oprimidos.Os Albigensianos surgiram no sul da França no final do século XII e início do século XIII. Os Albigensianos (também chamados de Catari) seguiam um dualismo rigoroso semelhante ao antigo gnosticismo. Eles defendiam o Novo Testamento como o único padrão de autoridade — um desafio à autoridade alegada pelo papa.

A seita tornou-se o objeto de uma campanha terrível de perseguição quando o Papa Inocêncio III lançou uma cruzada contra eles em 1204. Um movimento conhecido como os Waldensianos provavelmente foi fundado no século XI por Pedro Waldo. Pregadores viajantes conhecidos como os Homens Pobres de Lyons enfatizaram o estudo e a pregação da Bíblia. Traduziram o Novo Testamento para a língua comum do povo, rejeitaram as doutrinas católicas do sacerdócio e purgatório, e defenderam à volta às Escrituras como a única autoridade na religião. Na Inglaterra, João Wiclif (1324-1384), um professor bem-conhecido da Oxford, também desafiou a autoridade do papado. Durante o Papado de Avinhão, ele argumentou que todo o domínio legítimo vem de Deus e é caracterizado pela autoridade exercida por Cristo na terra – não de ser servido mas sim, de servir. Durante o Grande Cisma, Wiclif ensinou que a verdadeira igreja de Cristo, em vez de consistir em um papa e hierarquia da igreja, é um corpo invisível dos eleitos. Ele promoveu o estudo das Escrituras sobre a tradição da igreja. E ensinou que as Escrituras devem ser colocadas nas mãos dos eleitos, e na sua própria língua. Assim Wiclif fez uma tradução inglesa em aproximadamente 1384. No fim, Wiclif foi condenado por heresia, mas sua influência continuou. Seus seguidores, chamados de lolardos espalharam seus ensinamentos como um movimento oculto na Inglaterra. Rejeitaram a doutrina da transubstanciação, a veneração de imagens, o celibato do clero e outras doutrinas católicas como abominações. Foram uma influência importante na Inglaterra na véspera da Reforma Protestante. Uma outra voz precoce clamando pela reforma foi a de João Hus (1369-1415), um pregador e estudioso boêmio. Influenciado pelos escritos de Wiclif, Hus argumentou que a verdadeira igreja não era a instituição como definida pelo catolicismo, mas o corpo dos eleitos sob a liderança de Cristo. Ele insistiu que a Bíblia é a autoridade final pela qual o papa e qualquer cristão será julgado. Hus foi queimado por heresia em 1415, aproximadamente um século antes da resistência de Lutero em Wittenberg. O movimento Husita continuou a crescer depois da morte do seu líder, preparando o caminho para a Reforma Protestante.

CAPITULO 17

RELIGIÃO, MOVIMENTOS MÍSTICOS E PIETISTAS

No final da Idade Média uma forma de misticismo religioso surgiu na Alemanha. Muitos dos místicos, como Meister Eckhart, enfatizaram temer o divino através da contemplação mística, em vez de através de uma abordagem racional à religião. Outros, como Gerhard Groote, ensinaram uma abordagem mais prática ao cristianismo. Groote fundou os Irmãos da Vida Comum como um esforço de chamar seguidores a uma devoção e santidade renovadas. Seguiram a devotio moderna, uma vida de devoção disciplinada centralizada em meditar na vida de Cristo e seguir a mesma. A obra de mais influência desta escola de pensamento foi A Imitação de Cristo, escrita por Thomas à Kempis. Quando não se opuseram à igreja católica ou à hierarquia, o movimento criticava a corrupção da igreja. Seu ênfase no relacionamento pessoal com Deus parecia minimizar o papel da função sacramental da igreja. Escolas fundadas pelos Irmãos enfatizavam escolaridade e devoção e tornaram-se centros para a reforma. Muitos dos líderes da Reforma Protestante foram influenciados pelos seus ensinamentos.

O RENASCIMENTO

O Renascimento (ou Renascença) foi um movimento que constituiu a transição do mundo medieval para o mundo moderno. Começou no século XIV na Itália como resultado de um interesse renovado na cultura clássica ou humanística da Grécia e Roma. Estudiosos do Renascimento estudaram antigos manuscritos recuperados de um mundo que era decididamente mais secular e individualístico do que religioso e unido. Os artistas do período enfatizaram a beleza da natureza e do homem. A religião no Renascimento tornou-se menos importante conforme os homens voltaram sua atenção ao prazer do aqui e agora. O Renascimento afetou os papas do período. Muitos dos “Papas do Renascimento”, como Júlio II (1441-1513), eram humanistas mais interessados na cultura clássica e arte do que em assuntos espirituais. Alguns, como Alexandre VI (1431-1503), viveram vidas notoriamente malvadas e escandalosas. Leão X (1475-1521), o filho de Lorenzo de’Medici e papa quando Martinho Lutero afixou as 95 Teses, uma vez disse que Deus lhe deu o papado, então ele ia “aproveitar”. O Renascimento contribuiu para a Reforma de outras maneiras mais positivas. A invenção da prensa de impressão móvel por Johann Gutenberg, em aproximadamente 1456, forneceu um meio para a divulgação de ideias.  Estudiosos do Renascimento ao norte dos Alpes dividiram muitos dos mesmos interesses – uma paixão pelas fontes antigas, uma ênfase no ser humano como indivíduo e uma fé nas capacidades racionais da mente humana. No entanto, esses “cristãos humanistas do norte” estavam menos interessados no passado clássico do que no passado cristão. Eles aplicaram as técnicas e os métodos do humanismo do Renascimento no estudo das Escrituras nas suas línguas originais, assim como o estudo dos “pais da igreja” como Augustinho. Sua preocupação principal com os seres humanos era pelas suas almas. Sua ênfase era étnica e religiosa em vez de estética e secular. O resultado desta ênfase era um interesse num retorno às Escrituras e a restauração do cristianismo primitivo. Os humanistas bíblicos apontaram os maus na igreja da sua época e pediram uma reforma interna. Talvez quem teve mais influência foi Disidério Erasmo (aproximadamente 1466-1536). Conhecido como o “príncipe dos humanistas”, Erasmo usou sua ampla escolaridade para desenvolver um texto do Novo Testamento em grego, baseado em quatro manuscritos gregos que estavam disponíveis para ele. Como a ajuda da prensa de impressão, Erasmo publicou o texto grego do Novo Testamento em 1516. A capacidade de estudar a Bíblia na sua língua original encorajou uma comparação mais precisa da igreja dos seus dias com a igreja do Novo Testamento. Martinho Lutero, por exemplo, usou imediatamente o texto grego de Erasmo. Ele logo percebeu que a interpretação da Vulgata Latina em Mateus 4:17 de “pagar penitência” mais precisamente seria “arrepender-se”. Tal conhecimento contribuiu para uma percepção crescente de que o sistema sacramental não era apoiado pelas Escrituras.

ASSUNTOS DOUTRINÁRIOS E AUTORIDADE RELIGIOSA

O assunto imediato que levou Lutero a afixar suas 95 propostas para debate em 1517 foi o abuso do sistema católico romano de indulgências. A doutrina de indulgências, inicialmente formulada no século XIII, era associada com o sacramento de penitência e a doutrina do purgatório. Enquanto acreditava-se que o sacramento fornecia perdão dos pecado e do castigo eterno, acreditava-se que havia uma satisfação temporal que o pecador arrependido teria que cumprir nesta vida ou no purgatório. A indulgência era um documento que a pessoa podia comprar por uma certa quantia de dinheiro que a livraria da punição temporal do pecado. Acreditava-se que os méritos excedentes de Cristo e dos santos seriam guardados numa “tesouraria de mérito” celestial da qual o papa podia tirar méritos para o benefício dos vivos.

Em 1517 o dominicano Johann Tetzel estava vendendo uma indulgência plena especial (prometendo o perdão completo dos pecados) para conseguir dinheiro para a igreja. Metade do dinheiro seria dada ao Arcebispo Alberto, a quem o papa havia dado uma dispensa especial para ocupar dois cargos. O resto ajudaria a financiar o término do catedral de São Pedro em Roma. O protesto de Lutero inicialmente era contra o que via como o abuso do sistema de indulgências. Também era um desafio à autoridade papal que tornava tais abusos possíveis. Depois de um tempo Lutero rejeitou todo o sistema sacramental católico romano. Mais do que qualquer outro fator, suas conclusões surgiram de seu estudo intensivo da Bíblia. A partir de aproximadamente 1513 até 1519 Lutero discursou sobre as Escrituras na Universidade de Wittenberg. Ele estava convicto de que a Bíblia era a única autoridade verdadeira na religião (sola scriptura), em oposição ao papa ou um conselho geral da igreja. Através do seu estudo ele percebeu que muitos dos aspectos do sistema teológico da Igreja Romana não eram baseados nas Escrituras. Lutero acreditava que havia resgatado a verdadeira essência do cristianismo nos seus ensinamentos de que a salvação é pela graça através da fé em Cristo (sola fide), e não através de um sistema de obras como manifestado no sistema sacramental católico. Ele desafiou o conceito católico do sacerdócio com a declaração de que o Novo Testamento ensinava o sacerdócio de crentes. Enquanto muitos outros fatores se combinaram para tornar a Reforma Protestante possível, acima de tudo era a crença dos reformadores em voltar à autoridade única da Bíblia que definiu o movimento. A que ponto conseguiram em fazer uma verdadeira reforma pode ser julgado pelo quanto aderiram a esse princípio.

A apostasia doutrinária entre os protestantes ergueu publicamente sua horrenda cabeça por volta de 1780. Frederich Schleiermacher, um jovem ministro alemão, apesar de ter negado a divindade e a morte vicária de Cristo, tornou-se conhecido como “O Pai da Teologia Moderna”: "... Como ministro e metafísico, Schleiermarcher entronizou em lugar da doutrina, 'o poder da própria consciência de Jesus' o qual estava difundido na comunidade dos fiéis e ensinava que a conversão é uma elevação da consciência universal de Deus. Como a unidade da igreja original era a "influência" do Salvador, na visão de Schleiermacher, 'a essência da igreja é a comunidade'."  (Neste ponto, a prudência recomenda um princípio de desenvolvimento no estudo da "apostasia".

Esse princípio foi a primeira arma de Lúcifer contra a nova igreja, e ainda é estrategicamente utilizada hoje no caso da religião orientada para resultados. Esse princípio é simplesmente o abandono da superioridade da doutrina como essência da verdadeira igreja em favor da unidade. Isso é exatamente o que estava por trás da "essência da comunidade" de Sheleiermacher e o mantra que "a doutrina divide" (e, portanto, prejudica a comunhão) é precisamente uma das motivações governantes que está por trás do movimento neo-evangélico hoje. Aqueles que abraçaram a Religião Orientada Para Resultados devem, portanto, diminuir a ênfase em doutrina e em teologia, a fim de evitar a perda daqueles que estão na lista de possíveis membros da igreja. O centro da questão é simplesmente esta: A DOUTRINA DIVIDE PORQUE A VERDADE DIVIDE. A apostasia vista na Alemanha em 1780 é exatamente a mesma vista hoje em dia. Claro, o gnosticismo luciferiano de Shleiermacher lhe deu fama, mas sua ênfase na comunhão acima da doutrina revela que seus métodos foram em princípio os mesmos que os dos "evangélicos" atuais que estão envolvidos na Religião Orientada Para Resultados.)

OS ANABATISTAS E AS RAÍZES DO EVANGELHO

Ao longo de toda a Idade Média, numerosos grupos de crentes deixaram o cristianismo organizado dos seus dias, para experimentar uma fé mais viva, singela e real, conforme o padrão de fé e prática que encontravam na Bíblia. Foram perseguidos e martirizados aos milhares por causa do seu testemunho e, em algumas regiões, quase exterminados. No entanto, não foram destruídos totalmente e permaneceram ocultos, espalhados aqui e ali por toda a Europa, até o advento da Reforma.

Então saíram novamente para a luz, animados pela chama que um remoto monge agustino tinha aceso ao cravar as suas 95 teses na porta da catedral de Wittenberg, por volta do ano 1517. Estava nascendo a Reforma, e aquele desconhecido monge não podia suspeitar ainda que a pequena chama recém acesa, logo se converteria em uma fogueira que faria arder a Europa inteira, e transtornaria para sempre a história do cristianismo e ainda da própria civilização ocidental. Martin Lutero acendeu a chama, mas muitos outros tinham trabalhado antes preparando a fogueira.

Por isso, quando escutou o seu grito de batalha «só a fé e só a Escritura», os olhos de muitos se elevaram esperançados em torno da promessa do novo dia que parecia despontar no horizonte, entre as ruínas da decadente cristandade do seu tempo. No entanto, o dia chegou carregado de enormes contrastes, com uma tormenta de luzes e sombras, nuvens escuras e reluzentes raios de sol. Os Reformadores protestantes procuraram retornar para a Bíblia como única norma de fé e conduta. Não obstante, aos olhos de muitos cristãos daqueles dias, a restauração que propiciaram não foi suficientemente radical e ficou, por assim dizer, a meio caminho. Estes «outros» irmãos procuraram uma restauração muito mais fundamental, que retornasse à mesma essência da igreja, tais como a encontravam nas páginas do Novo Testamento. Os seus inimigos os chamaram anabatistas, palavra grega que significa «rebatizadores», devido a sua rejeição do batismo infantil e sua forte ênfase na conversão individual, confirmada pelo batismo voluntário como sinal exterior. Mas eles, a si mesmos, simplesmente se chamavam «irmãos».

O INÍCIO

Os historiadores datam usualmente a origem dos anabatistas em 1525, na cidade Suíça de Zurique. Ali o reformador Ulrico Zwinglio estava começando a reforma protestante em estreita aliança com os magistrados da cidade. Entre os seus mais precoces seguidores estavam dois brilhantes eruditos, que pertenciam a algumas das famílias mais abastadas da cidade: Conrad Grebel e Félix Manz. Este último era amigo próximo do reformador suíço. No entanto, muito em breve começaram a discordar de alguns dos seus ensinos, especialmente com relação à natureza da igreja e a salvação. Zwinglio ensinou, no princípio, que a restauração da fé devia ser um retorno completo às Escrituras, e que tudo aquilo que não estivesse explicitamente contido nelas devia ser descartado. Manz e Grebel aderiram calorosamente a este princípio.

Não obstante, pouco depois, Zwinglio mudou de opinião, e desenvolveu o que deveria ser a postura protestante clássica, sustentada também por Lutero, e mais adiante por Calvino: Tudo aquilo que se encontra explicitamente proibido nas Escrituras deve ser descartado, enquanto que o resto pode ser mantido, enquanto não transgrida os seus ensinos. A magnitude desta divergência era enorme, pois permitia que muitos reformadores contemporizassem em diversos assuntos de prática eclesiástica com os príncipes e magistrados do seu tempo, a fim de garantir o seu respaldo à causa protestante. Na verdade, todos eles estavam, em maior ou menor grau, convencidos de que a reforma protestante não podia ter êxito sem o apoio político e militar dos príncipes. Assim, Zwinglio tentou criar uma igreja nacional «a Suíça», que incluísse a todos os «cidadãos suíços» nela, sem importar se eram ou não verdadeiramente cristãos. Por esta e outras razões, continuou aceitando o batismo infantil, pois, logicamente, em seu conceito de igreja não cabiam a necessidade de conversão e regeneração individual. Contra este estado de coisas reagiram Manz, Grebel e todos os outros anabatistas. Para eles, o princípio era inaceitável, pois violava o claro ensino da Escritura sobre a igreja como uma nação composta unicamente de homens e mulheres redimidos, visivelmente separados do mundo, e submetida somente à autoridade de Cristo a sua cabeça. Para nós hoje, esta verdade pode parecer óbvia, mas, por muitas razões não era assim para a maioria dos líderes protestantes.

CAUSAS DA DIVERGÊNCIA ANABATISTA

Durante a longa noite medieval, a identidade entre igreja e cristandade, considerada esta última como a soma das nações cristãs, considerou-se um dogma incontrovertível da fé. Este modo de ver as coisas se originou com a conversão do imperador romano Constantino em 312 D. C., e em sua posterior confirmação do cristianismo como religião oficial do império. Logo veio outro imperador, Justiniano, que em seu famoso código declarou a religião exclusiva, e autorizou o uso da força e da espada contra os dissidentes, fossem «cismáticos» ou «hereges». Deste modo, cristianismo e império se fizeram quase sinônimos. O império protegia à igreja e a igreja legitimava o império. Podemos dizer, igreja e estado estavam unidos. Desta paradoxal simbiose surgiu a cristandade medieval, depois da queda do império romano do ocidente.

Esta queda produziu um imenso vazio de poder e organização dentro das zonas geográficas abrangidas pela desaparecida administração imperial e os povos que estavam sob o seu domínio. Mas, a igreja cristã organizada foi enchendo esse espaço, devido, em grande parte, de que nela tenha sobrevivido muito da organização e eficiência administrativa do império que muitos recordavam com nostalgia. Não obstante, com o advento da Reforma, a situação política mudou, pois muitos dos príncipes e reis europeus estavam cansados de submeter-se ao que consideravam um domínio despótico e abusivo. No entanto, compreendiam que para obter a sua independência deveriam contar com o apoio do povo e para isso tinha que oferecer aos seus súditos uma religião que substituiria a oficial e os libertasse do controle que esta exercia sobre as suas consciências.  Mas deveria ser uma religião para «todos» os seus súditos, por assim dizer, nacional. Portanto, o seu apoio à Reforma esteve sempre condicionado por esta perspectiva e necessidade. Que não nos interprete mal.

Sem dúvida, alguns deles foram crentes sinceros e piedosos, mas, indevidamente o seu horizonte político-cultural condicionou e limitou a sua visão da igreja, assim como a visão dos reformadores aos que prestaram o seu apoio político e militar. Contra esta nova forma -união da igreja e do estado- os anabatistas reagiram, reconhecendo com clareza o engano da perspectiva de quem a sustentava e procurando lançar a luz da Palavra sobre este transcendental assunto por meios pacíficos. Neste ponto se encontra a origem da tragédia anabatista.

Comenta Ismael Amaya: «Sem dúvida que seria difícil encontrar na história da igreja um acontecimento mais triste que o caso dos anabatistas. Parecia que os anabatistas estavam contra todos, e todos contra eles. Posto que rejeitavam os ensinos tanto de Lutero como de Zwinglio, e também do catolicismo, foram vítimas de cruéis perseguições da parte de todos eles. Mas a sua rejeição da união entre a igreja e o estado, e do próprio estado, fez que as autoridades seculares os considerassem como insurretos. Segundo o conceito prevalecente daquela época, a separação entre a igreja e o estado era impossível.

Ao afirmar esta doutrina, os anabatistas escolheram o sangrento caminho dos mártires, e seu martírio constitui em um monumento impressionante da Reforma. Sacrificaram-se por um princípio que era inaceitável para a sociedade e a igreja do seu tempo. Como se opunham ao catolicismo, ao luteranismo, e ao zwinglianismo, a igreja os considerava hereges, e como rejeitavam o estado, este os tratava como rebeldes. Em consequência, foram vistos como inimigos pelos príncipes, pelos reformadores protestantes, e pelos líderes católicos, que os perseguiu sem piedade». Muito em breve, esta discrepância levou, tanto a Grebel como a Manz, a distanciar-se de Zwinglio. Em 21 de janeiro de 1525, ambos foram batizados junto com alguns seguidores radicais de Zwinglio. Pois, depois de muito estudo e cuidadosa oração, tinham chegado à convicção de que deviam batizar-se uns aos outros. Este acontecimento marcou o começo do movimento anabatista. Para eles o batismo (que praticavam por rociamento ou «aspersão») era a única forma de testemunhar o verdadeiro arrependimento e a conversão pessoal.

Em conseqüência, dentro de pouco tempo começaram a pregar e batizar crentes por toda a Suíça. Zwinglio e os magistrados da cidade reagiram decretando severas leis contra quem se «rebatizava» (pois todos, a juízo deles, já tinham sido batizados quando meninos), incluindo a pena de morte por afogamento; castigo que se converteu na forma de martírio mais comum entre os anabatistas e para o qual chamaram, de o «terceiro batismo». E, além disso, convocaram às autoridades de toda a Europa para «caçá-los e a prendê-los». Grebel fugiu junto com outros irmãos, e morreu de peste em 1526, depois de pregar o evangelho em outras cidades da Suíça.

 

Félix Manz foi preso por Zwinglio e as autoridades de Zurich, amarados e lançados nas frias águas do rio Limmat, que corre pelo centro da cidade. A perseguição contra os anabatistas se prorrompeu com uma crueldade inusitada por toda a Europa, tanto nos países católicos como protestantes. Milhares de homens e mulheres foram afogados, enterrados vivos, e queimados. Constituíram-se corporações especiais de polícia para buscá-los, chamados Täuferjäger (caçadores de anabatistas). Os filhos dos mártires eram arrancados das suas famílias e entregues às famílias de grupos eclesiásticos oficialmente reconhecidos. Em todas as partes a perseguição dos anabatistas se converteu em uma política de estado.

ENSINOS E PRÁTICAS

Devido à precoce morte dos seus líderes mais destacados, os anabatistas nunca chegaram a escrever uma exposição detalhada e sistemática dos seus ensinos. Na verdade, tampouco desejavam criar um sistema de doutrina acabado e excludente. E, além disso, nunca chegaram a constituir um movimento organizado. Por este motivo, costumam reunir sob o rótulo de anabatistas grupos com interesses e crenças muito distintas e inclusive opostas. Em geral, são reconhecidos três grandes ramos: «os anabatistas propriamente ditos», «os espirituais», e «os racionalistas anti-trinitarios» – embora, os seus perseguidores não os distinguiam e consideravam a todos como uma só coisa. Dentre eles, os que nos interessa neste artigo são os primeiros.

Estes adotaram com simplicidade as doutrinas cristãs históricas tais como a Trindade e as duas naturezas de Cristo (completamente divino e completamente humano), sem nenhum interesse especulativo ulterior. Da mesma forma que Zwinglio, Lutero e Calvino, criam na salvação somente pela graça, por meio da fé e sem obras meritórias, a autoridade final das Escrituras e o sacerdócio de todos os crentes. Mas divergiam deles quanto a sua prática e aplicação. Com respeito à salvação, a par da justificação pela fé, enfatizavam a regeneração interior e uma vida posterior de verdadeira transformação como evidência dela. Do mesmo modo, davam especial ênfase à responsabilidade pessoal e à conversão individual. Não aceitavam o batismo de meninos, ao que considerava ineficaz, pois, diziam, somente aqueles que se converteram de maneira responsável e consciente podem receber o batismo como sinal dessa conversão. E também, praticavam de modo real o sacerdócio de todos os crentes, pois as suas reuniões eram abertas à participação de todos os irmãos e irmãs, enquanto que os seus pastores e pregadores surgiam dentre os próprios irmãos, muitas vezes, sem nenhuma preparação formal. Além disso, praticavam uma intensa vida de comunhão entre si, partindo o pão e orando juntos pelas casas. Na verdade, desejavam formar igrejas de crentes segundo o modelo do Novo Testamento, em oposição às «igrejas estatais», onde era impossível distinguir entre crentes falsos e verdadeiros. Por outro lado, rejeitavam as perseguições por motivos religiosos e as guerras associadas a elas. Foram convencidos pacificadores em uma era onde o ódio e a intolerância parecia ser a norma. Deve-se, pelo mesmo motivo, rejeitar a conhecida tese de que as crueldades da cristandade do seu tempo se explicam pelo «espírito da época». Os irmãos deixaram muito claros, para qualquer que queria escutá-los, que o verdadeiro espírito do evangelho é muito distinto. E é necessário afirmar que tanto Lutero, como Zwinglio, Calvino e outros líderes da Reforma conheciam muito bem os seus ensinos. No entanto, pelo que parece não lhes afetaram muito.

BALTASAR HUBMAIER

Grande parte dos principais ensinos dos irmãos foram desenvolvidos e expostos, depois da morte de Grebel e Manz, por Baltasar Hubmaier, que se converteu em uns dos líderes mais importantes e influentes na história dos irmãos. Hubmaier tinha sido um erudito católico influente e reconhecido em toda a Europa. A sua conversão ao protestantismo foi considerada como um grande triunfo para a causa reformada. Era amigo de Erasmo e coincidia com os pacíficos e amáveis ideais cristãos do famoso humanista. Com respeito aos «caçadores de hereges», tanto católicos como protestantes, escreveu: «Os inquisidores são piores que todos os hereges, porque, contrariando a doutrina e o exemplo de Jesus, condenam os hereges à fogueira... Porque Cristo não veio para mutilar, matar, ou queimar, mas sim para que as pessoas vivam com abundância».

 Depois da sua conversão, em 1522, foi obrigado a deixar o seu cargo de vice-reitor da universidade católica de Regensburg, Alemanha. Dali se mudou para Waldshut, perto de Zurich, na Suíça, para se encarregar de uma recém nascida congregação protestante. Não se sabe bem como entrou em contato com as ideias anabatistas, mas é provável que fosse através dos irmãos associados com Grebel e Manz. Em 1525, começou a pregar em oposição ao batismo infantil e pouco depois levou cerca de 300 pessoas da congregação em Waldshut a batizar-se, em um domingo de Páscoa. A partir dali, começou uma discussão violenta com Zwinglio, defendendo a causa anabatista. Mas quando a polícia do imperador apareceu em Waldshut, viu-se obrigado a fugir para Zurich, onde foi detido rapidamente por Zwinglio e seu grupo. Depois de um tempo na prisão, debateu publicamente com Zwinglio em um precário estado de saúde e foi esmagado facilmente por seu robusto oponente. Logo depois, por último o mandou torturar para conseguir a sua retratação. Hubmaier cedeu sob a tortura, assinou a retratação requerida, e foi posto em liberdade.

No entanto, imediatamente se arrependeu com amargura de sua fraqueza e temor. Fugiu para a Morávia, onde continuou a sua obra. Ali se converteram e foram batizadas mais de 6.000 pessoas como fruto do seu ministério. Finalmente, em 1527, os Täufer-jäger do imperador o capturaram e o levou preso para Viena para ser julgado e executado. Foi queimado publicamente na praça do mercado, e enquanto as chamas envolviam o seu corpo, o escutaram repetir várias vezes, «Jesus; Jesus!», antes que o fogo silenciasse para sempre a sua voz neste mundo. Três dias depois, a sua valente esposa foi jogada de uma ponte nas escuras águas do rio Danúbio, com uma pesada pedra atada ao pescoço. Hubmaier, da mesma forma que todos os anabatistas, foi acusado de rejeitar toda forma de governo e ainda a própria existência do estado. No entanto, ele negava esta acusação, afirmando que era necessário obedecer aos príncipes e governadores enquanto isso não exija desobedecer a Palavra de Deus. O que na verdade rejeitava é a união da igreja e o estado, ao mesmo tempo que defendia a liberdade de consciência.

JOHANES DENCK

Outro líder importante durante os primeiros dias dos irmãos foi Johanes Denck, que em Basel tinha entrado em contato com Erasmo e criado uma amizade com o grupo de destacados eruditos que se reuniam em torno dele. Em seguida foi professor em uma das escolas mais importantes de Nüremberg, cidade onde o jovem luterano Ossiander levava adiante a Reforma. Denck se desiludiu profundamente dela, ao observar que muitos dos que se diziam nominalmente «justificados pela fé» não mostravam nenhuma mudança real em suas vidas, e muito menos uma conduta santa. Para ele, isto não era senão o sinal de uma séria carência no evangelho que estava sendo pregado. Ossiander o denunciou aos magistrados da cidade e estes o ameaçaram a abandoná-lo, sem lhe permitir uma defesa pública de sua fé, alegando que era muito hábil e ardiloso na apresentação dos seus «enganos». Denck se despediu de sua família e partiu para uma vida de desterro errante até o fim dos seus dias. Onde quer que fosse, foi seguido pela calúnia e pela difamação. Os seus inimigos lhe atribuíam toda classe de doutrinas perversas e diziam para evitá-lo como a um homem extremamente perigoso. Apesar de toda aquela violenta difamação, muitas vezes escrita, Denck jamais pagou na mesma moeda em seus escritos.

Não se percebe neles nenhum sinal de amargura ou rancor para quem o caluniava. Mesmo em um tempo de especial pressão contra ele, escreveu a respeito deles: «Aflige-me o coração o estar em desunião com muitos dos quais, de outra maneira, não posso considerar senão como meus irmãos, porque adoram ao mesmo Deus que eu adoro, e honram ao Pai que eu honro. Por conseguinte, se Deus o quiser e até onde seja possível, não farei de meu irmão um adversário, tampouco do meu Pai um juiz, mas, enquanto estou no caminho, estarei reconciliado com todos os meus adversários». Esta admirável declaração expressa muito bem a atitude com a qual milhares de irmãos enfrentaram a perseguição e inclusive o martírio durante aqueles dias, deixando detrás de si um perdurável testemunho do verdadeiro espírito do Senhor Jesus Cristo e seu evangelho. Denck cumpriu até o fim com este propósito.

De Nüremberg passou a Augsburgo, onde conheceu a Hubmaier e foi batizado, ligando-se assim com os irmãos anabatistas. Depois de um tempo de ministério ali, a obra cresceu rapidamente, mas teve que fugir novamente e procurar refúgio em Estraburgo, onde existia uma importante assembléia de irmãos batizados. Nessa cidade os líderes do partido protestante eram Capito e Bucer. O primeiro simpatizava com os irmãos e tinha esperanças de chegar a um entendimento com eles. No entanto, Bucer receava a sua influência e solicitou aos magistrados que expulsassem a Denck. Obrigado pela situação, partiu para Worms, onde se deu à tarefa de traduzir e imprimir os Profetas Maiores e Menores. Voltou novamente para Augsburgo para uma conferência de irmãos vindos de vários distritos. Ali se opôs decididamente a aqueles que se inclinavam ao uso da força contra quem os perseguia. A chamou, «a conferência dos mártires», devido ao grande número de participantes que mais tarde selaram a sua vida com o martírio. Finalmente, em 1527, depois de ir de uma parte para outra, açoitado e rejeitado, e após passar por muitas aflições e necessidades, Denck chegou a Basel com a sua saúde debilitada. Ali voltou a encontrar-se com os velhos amigos da sua juventude. O compassivo reformador Ecolampadio o encontrou quase moribundo e o acolheu em sua casa, onde pouco tempo depois morreu, finalmente em descanso e em paz. Pouco antes de morrer, escreveu: «Deus sabe que não procuro outro fruto, exceto o que realmente muitos, com um coração e uma alma, glorifiquem ao Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, sejam ou não circuncidados e batizados. Porque penso de um modo muito distinto daqueles que unem o Reino de Deus excessivamente a cerimônias e elementos deste mundo, quaisquer que eles sejam». Naqueles dias de escassa tolerância, afirmou: «Em assuntos de fé, todos deveriam ser livres para atuar voluntariamente e por própria convicção».

MICHAEL SATTLER

Outro irmão destacado entre os anabatistas foi Michael Sattler. A sua trágica carreira acabou em 1527, depois da conferência dos irmãos em Baden, onde ajudou a redigir os sete pontos em comum da prática anabatista. Não se tratava de um credo ou confissão de fé vinculante, pois os irmãos criam que a igreja está unida somente em Cristo:

* Só deveriam ser batizados aqueles que experimentaram a obra regeneradora de Cristo.

* A expressão local da igreja é uma companhia de pessoas regeneradas, cuja vida diária é vivida de acordo com a fé que professam. A sua devoção está simbolizada em sua participação conjunta na ceia do Senhor, por meio da qual relembram a obra redentora de Cristo.

* A disciplina deve ser exercitada dentro das igrejas, e a disciplina final é a excomunhão.

* O povo de Deus deveria viver uma vida de separação do pecado, do mundo, e da submissão à carne, ou algo que pudesse comprometer a sua fé. Isto inclui uma separação dos ritos das facções romana, luterana e zuingliana.

* Os ofícios de uma igreja local devem ser apartados pela igreja e é sua responsabilidade a edificação dos crentes por meio do ensino da Palavra de Deus.

* Os crentes não deveriam recorrer à força, seja em defesa própria ou em uma guerra ordenada pelo estado.

* Os crentes não deveriam prestar nenhum juramento, nem tampouco recorrer à lei.

Parece incrível que estas ideias fossem consideradas como heréticas entre os protestantes e despertassem uma cruel e amarga perseguição. Em 1527 Sattler foi detido em Rotenberg e sentenciado a sofrer uma morte 'exemplar' por seus captores católicos: "Michael Sattler será entregue ao verdugo, o qual lhe cortará na praça primeiro a língua, logo o atará ao poste dos hereges e ali com umas tenazes em brasa viva lhe rasgará o corpo duas vezes, fazendo o mesmo indo até o lugar da execução durante cinco vezes. No lugar designado, queimarão o seu corpo até reduzi-lo a cinzas, por ser um archiherege". A sentença foi cumprida fielmente, enquanto que a sua esposa foi afogada junto com outros irmãos.

A TRAGÉDIA DE MÜNSTER

Possivelmente o episódio que mais contribuiu para desprestigiar a causa anabatista foi a chamada "tragédia de Münster". Como foi mencionado antes, durante o século XVI diferentes grupos de pessoas foram chamadas anabatistas. No meio deles existiam alguns líderes exaltados, que propunham métodos violentos de ação, completamente opostos aos ensinos pacíficos dos irmãos, e que, além disso, anunciavam o estabelecimento iminente e material do reino de Deus na terra. A difícil condição em que viviam as pessoas mais pobres e a grande quantidade de abusos cometidos pelos capitalistas e os príncipes contra eles atraíram a muitas destas pessoas simples e crédulas para aqueles profetas exaltados. Por outro lado, alguns irmãos, que tinham sofrido enormemente nas mãos dos seus captores e perseguidores, foram arrastados atrás das suas promessas de justiça e reivindicação. Assim foi preparado o cenário para a tragédia de Münster.

 Em 1537, dois destes pregadores exaltados, Jan Mattys e John de Leyden, chegaram até a cidade de Münster, proclamando que a Nova Jerusalém seria estabelecida naquele lugar. Ali já existia uma congregação protestante que estava sob a condução de Bernard Rothmann, um pastor amável e pacífico, que, no entanto, caiu rapidamente debaixo da influência dos novos profetas. Além disso, também tinha chegado a Münster, muitos refugiados, pois o príncipe governante, Felipe, tinha-a declarado uma cidade de refúgio. E entre eles haviam verdadeiros crentes e outros tantos descontentes e fanáticos. Em meio a essa multidão heterogênea, ambos os pregadores exerceram a sua influência, exaltando os ânimos contra os magistrados da cidade, a quem logo depuseram para colocar outros completamente controlados por Matthys. Dali em diante dedicaram-se a decretar leis extremas sob a influência de algumas supostas 'inspirações proféticas'. Assim, ordenou-se limpar a cidade de incrédulos e batizar a todos os seus habitantes pela força. Enquanto isso, o bispo de Münster tinha sitiado a cidade com as suas tropas. Então, Matthys, crendo ser guiado por uma 'revelação' atacou subitamente as tropas do bispo e foi morto.

Leyden foi o seu sucessor, que reforçou o controle e o extremismo, obrigando a todos a viver em comunhão de bens e instituindo a poligamia. Tomou como esposa a viúva de Matthys e, com a qual se fez coroar como rei e rainha da cidade. No entanto, e finalmente, as tropas do bispo romperam a dura resistência dos defensores e penetraram na cidade assassinando a todos os seus oponentes. Leyden foi torturado e executado no mesmo lugar onde havia se coroado rei. Na verdade, os exaltados de Münster tinham muito pouco a ver com os pacíficos irmãos representados por Hubmeyer, Manz, Grebel, Denck, Sattler e outros. Não obstante, os acontecimentos que protagonizaram contribuíram para criar, entre as pessoas do seu tempo, uma imagem negativa dos irmãos anabatistas, pois criam que todos faziam parte do mesmo movimento. Isto deu motivo para que os seus perseguidores aproveitassem o episódio, justificando ainda mais a repressão dos irmãos e aumentando a 'propaganda' contra eles.

CRESCIMENTO E PERSEGUIÇÕES

Os irmãos se espalharam rapidamente pela Europa, sempre perseguidos e obrigados a fugir de um lado para outro. Através de toda a Áustria foram levantadas inúmeras congregações, como também na Alemanha, Holanda e Moravia. Em Tirol e Gorz, centenas de irmãos foram queimados na fogueira, decapitados ou afogados. Em Salzburgo, onde uma congregação completa de setenta pessoas, foi condenada a morte, uma jovem crente provocou um grande sentimento de compaixão entre a multidão reunida para presenciar a execução, devido a sua juventude e beleza. Todos pediram aos gritos que fosse perdoada, no entanto não foi feito exceção. Os executores a colocaram debaixo do peso de um imenso bebedouro para cavalos até que morreu. Em seguida retiraram o seu corpo e o jogaram nas chamas. Assim selou o seu heroico testemunho por Cristo. Mas, ela foi só uma a mais entre os milhares de mártires anabatistas. Enquanto isso, muitos irmãos encontraram refúgio na Moravia, onde fundaram várias comunidades que mantinham um regime de comunhão de bens, forma de vida que foi adotada devido, em parte, a grande quantidade de viúvas e órfãos que deveriam cuidar por causa do seu elevado número de mártires; mas também, porque desejavam sinceramente seguir o exemplo da igreja em Jerusalém, registrado no livro dos Atos.

MENNO SIMON

Como consequência, o episódio de Münster exacerbou por toda parte a perseguição contra os irmãos. Muitas congregações foram acusadas, sem prova alguma, de estar em cumplicidade com os líderes de Münster, e foram perseguidas com maior violência e crueldade ainda. A tal ponto que, na Alemanha, Holanda e outros lugares, o movimento quase foi extinto. Então surgiu a figura de Menno Simon, que ajudou às minguadas e espalhadas congregações a reorganizarem-se e a enfrentarem a adversidade. Menno, que viajou incansavelmente, animando e fortalecendo os irmãos por toda parte, tinha sido previamente um sacerdote católico. Depois de um tempo estudando as Escrituras, assistiu ao heróico martírio de um crente anabatista chamado Sicke Snyder, que foi decapitado por negar o batismo de crianças. Ficou tão comovido com a sua integridade e fé, que decidiu unir-se à causa anabatista. Desde esse momento trabalhou infatigavelmente entre os irmãos. E combateu ardentemente contra a errônea identificação dos irmãos com a "seita de Münster" Em sua autobiografia nos diz que, "Logo irrompeu a seita de Münster, com a que muitos corações piedosos, também entre nós, foram enganados. A minha alma estava em uma grande inquietação, porque notava que eram zelosos, mas doutrinalmente errados. Com o meu pequeno dom, através da pregação e o ensino, opus-me ao engano, tanto quanto pude...". E depois, em outro escrito, "Ninguém pode de verdade me acusar de concordar com o ensino de Münster; pelo contrário, durante dezessete anos, até o dia presente, tenho me oposto e lutado contra, privada e publicamente, com a voz ou a caneta. Nunca reconheceremos como irmãos e irmãs a aqueles que, como o povo de Münster, rejeitam a cruz de Cristo, desprezam a palavra de Deus e praticam as paixões terrestres". Trabalhou estabelecendo e confortando as igrejas na Holanda com tanto êxito que, em 1543 o Imperador o declarou fora da lei e pôs um preço à sua cabeça. Obrigado, deixou o país, e deu um jeito de escapar dos seus captores durante os próximos vinte e cinco anos sem ser preso, ensinando e ajudando às igrejas. Finalmente se estabeleceu em Fresenburg, onde continuou trabalhando e escrevendo em defesa das crenças anabatistas até que alguns dos seus escritos chegaram às mãos das autoridades de vários países. Isto ajudou a aliviar um pouco a perseguição e a aversão contra os irmãos, e conseguiu um certo grau de liberdade de culto. Menno Simon morreu de morte natural em 1559. Não obstante, devido a sua grande influencia entre os irmãos anabatistas, as congregações nas que trabalhou começaram a chamar-se, posteriormente, 'menonitas', algo com o que, provavelmente, ele mesmo não tivesse estado de acordo.

LEGADO

O valente testemunho dos irmãos anabatistas deixou uma herança sem possibilidade de ser avaliada para os crentes que vieram depois. A eles se devem a recuperação da verdade da igreja como constituída por assembleias formadas exclusivamente por crentes regenerados, separadas do mundo e independentes do estado, participativas e abertas à comunhão com todos os que são de Cristo, na simplicidade do ensino do evangelho. Regaram a semente da liberdade cristã com o sangue dos seus mártires.

Nos séculos posteriores outros crentes tomariam a bandeira da causa anabatista e a levariam mais adiante, nas assim chamadas igrejas 'não conformistas' e 'independentes'. Além disso, o seu determinado pacifismo se levantou em meio da intolerância e fanatismo do seu tempo, como um imperecível testemunho de qual pode e deve ser sempre o verdadeiro espírito do evangelho, quaisquer que sejam os tempos, as épocas e as circunstâncias. Por último, ao enfatizar a necessidade de uma vida de santificação prática e real, ajudaram a equilibrar os excessos do ensino da "justificação pela fé" entre os protestantes, que em muitos casos tendia a fazer desta o único elemento da salvação, esquecendo a regeneração e os frutos de santificação como parte de uma vida verdadeiramente salva. É difícil não ver na amarga e cruel perseguição que tingiu de sangue a sua história, o ódio e a hostilidade do príncipe deste mundo, que está determinado a estorvar o testemunho de Cristo nesta terra; mas também, a persistente fidelidade de Deus, que sempre reservou um testemunho fiel e conduziu o seu povo mesmo que através das noites mais longas e escuras. Como está escrito: "Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida". À medida que o século XVIII chegou ao fim, os princípios de "alta crítica" de Shleiermarcher, que rejeitava a autenticidade dos evangelhos, a inerência das Escrituras e as doutrinas cardeais da fé foram igualados no fronte político pela Revolução Francesa. "A nação francesa tinha derrubado o governo de Deus... depondo o rei indicado por ele. Em seu lugar, os revolucionários elegeram um comitê de homens sem o temor de Deus para governar pela razão humana...

Em 1793, a Assembleia Legislativa... renunciou unanimemente à crença na divindade. Mais tarde, ocorreu uma grande procissão... a deusa da Razão foi colocada em uma carruagem aberta ... virada para a catedral de Notre Dame. Ali, tomou seu lugar como divindade... elevada no altar maior... Seguiu-se a queima pública da Bíblia..."  Estranhamente, parece que as implicações espirituais da Revolução Francesa foram ignoradas por muitos historiadores. Todavia, quando essa revolução é acoplada com o crescimento da apostasia na Alemanha, a alta crítica do Método Científico e infusões do ocultismo dentro do pensamento dominante desde os tempos do Renascimento, o cenário ficou estabelecido para grandes agitações no século XIX. A história revela que o século XIX foi um grande ponto de mudança na evolução da sociedade. O Método Científico, nascido do Renascimento e da Idade da Razão, mais tarde levou ao nascimento de uma nova ordem mundial, liderada por homens como Marx, Engels, Hegel e Darwin.

Além disso, a Revolução Industrial plantou as sementes do materialismo que dominaria no século XX. Politicamente, o século XIX foi o auge do Reino Unido e do Império Britânico. A rainha Vitória governava como a Grande Senhora de toda a terra e, apesar de ter ocorrido aquela pequena derrota que foi a Revolução Americana, no século XVIII, o "sol nunca se punha no Império Britânico". Na aurora do século XIX, os grandes reavivamentos do século anterior, o "Grande Despertar" nos Estados Unidos e os reavivamentos metodistas de John e Charles Wesley ainda estavam produzindo frutos com enormes resultados nos Estados Unidos e na Inglaterra. Os Wesleys defendiam o arminianismo evangélico, que insiste que Cristo morreu por todos os homens, em oposição à doutrina da expiação limitada, dos puritanos e presbiterianos de João Calvino. Além disso, muitos cristãos viam o império britânico e "o reinado justo da rainha Vitória" como o advento do reino de Deus na Terra. Assim o pós-milenismo tornou-se um sistema aceitável de escatologia, forçando uma interpretação simbólica de muitas profecias do Antigo Testamento, ou vendo as promessas de Deus a Israel como cumpridas no império brintânico. Embora as teorias do Israel-Britânico não pudessem ser apoiadas pelas Escrituras ou pela história, o poder do Espírito Santo foi certamente evidenciado na Grã-Bretanha. Quando Henrique VIII enfrentou o papa, o cenário ficou preparado para a Inglaterra se separar do resto da Europa católica, e o papa perdeu seu poder nas ilhas britânicas (exceto durante o curto reinado de Maria, a Sangüinária, e na Irlanda católica).

A chave para esse manifestar do poder de Deus na Inglaterra foi sem dúvida a tradução da Palavra de Deus na língua inglesa, e sua disponibilidade para o homem comum. Cópias da primeira edição do Novo Testamento traduzidas por Tyndale foram contrabandeadas para a Inglaterra em carregamentos de grãos e tecidos. As autoridades em Bruxelas logo executaram Tyndale, mas seu trabalho se tornou a base para todas as versões inglesas das Escrituras desde aquele tempo. Coverdale então levou o trabalho adiante, e a primeira edição inglesa da Bíblia foi concluída em 1535. Foi essa disponibilidade da Palavra de Deus e seu profundo efeito nos corações dos homens que levou ao crescimento o puritanismo na Inglaterra. O Movimento Puritano baseava-se em três princípios: "A supremacia das Escrituras sobre a autoridade humana; a independência da igreja do Estado; e a própria natureza do governo da igreja."  Por volta de 1850, uma nova geração apareceu em cena na Inglaterra. Os pais e avós dessa geração foram aqueles que testemunharam as revoluções e os reavivamentos do fim do século XVIII à primeira metade do século XIX. Essa nova geração, entretanto, foi a do ceticismo: "O erudito alemão Shleiermacher estava nesse tempo moldando a teologia de Oxford e de Cambridge na tradição gnóstica... poetas do panteísmo, William Wordsworth e Samuel Taylor Coleridge eram muito lidos e venerados pela elite intelectual da universidade... O ceticismo baseado na ciência fluía e reforçava a antiga torrente de dúvidas que vinham de considerações históricas e éticas... Os extraordinários homens de Cambridge de 1840 - B. F. Westcott, C. B. Scott, J. Llewenllyn Davies, J. E. E. Mayer, Lord Alwyne Compton, E. H. Bickersteth, C. F. Mackenzie, Charles Evans, J. B. Lightfoot, E. W. Benson e F. J. A Hort... Os intelectuais dos anos 1870... Henry Sidgwick e Henry Jackson e incluindo Frederic Myers, G. W. e B. J. Balfour, Walter Leaf, Edmund Gurney, Arthur Verrall, F. W. Maitland, Henry Butcher e George Prothero - tendiam para o gnosticismo ou para o deísmo hesitante." Lúcifer é muito inteligente. Ele encontra uma estratégia que funciona e continua repetindo-a muitas vezes. Por outro lado, a humanidade, em geral, é muito estúpida. O homem afirma que aprende com a história e com seus erros, mas continua caindo nas mesmas armadilhas ao longo do tempo. Isto posto, a descrição anterior da Inglaterra em meados do século XIX parece muito familiar.

Na verdade, esse período exibe uma repetição do mesmo cenário mostrado na formação da igreja. Falsos mestres se infiltraram com doutrinas do gnosticismo, e as ciências ocultas do paganismo, o politeísmo pagão e o paganismo panteísta imediatamente atacaram a igreja primitiva. Isso é exatamente o que aconteceu na Inglaterra no século XIX. A nação que distribuiu a Palavra de Deus e experimentou em primeira mão a operação do Espírito Santo nos grandes reavivamentos, começou a resvalar com a mistura da igreja com o Estado quando o puritanismo tornou-se um movimento político (a Igreja Anglicana - a Igreja da Inglaterra há muito tempo já era a igreja estatal. Todavia, o movimento político dos puritanos logo uniu aqueles que tinham crenças fundamentalistas com o Estado).

Quando as filosofias de Schleiermarcher, Wordsworth, Coleridge, e Darwin foram infundidas na aristocracia intelectual nas Universidades de Oxford e Cambridge, o cenário ficou armado para os eventos críticos que levariam ao crescimento da moderna descrença religiosa. Todos os cristãos devem perceber que a essência básica de nossa fé encontra-se na Palavra de Deus. Sem uma Escritura inerrante, não pode existir base para a fé. Portanto, faz sentido que Lúcifer tenha atacado o verdadeiro cristianismo exatamente em seu fundamento e tenha agido para implementar essa estratégia em 1853. Um comitê secreto foi formado para lançar uma nova tradução da Bíblia em inglês. Esse comitê confiou a B. F. Westcott e F. J. A. Hort o fornecimento de um Novo Testamento em grego para a nova Versão Revisada da Bíblia. Westcott e Hort começaram em 1853 e trabalharam em segredo durante vinte anos para produzir o Novo Testamento grego. O aspecto interessante desse trabalho foi o fato que eles não revisaram o texto usado por Tyndale ou por Coverdale na primeira tradução para o inglês, mas deram preferência a dois manuscritos completamente diferentes, textos alexandrinos corrompidos pelas filosofias arianas e gnósticas.

O objetivo deles parece que foi apenas desacreditar o Texto Bizantino (Textus Receptus), que representava 98% das evidências dos manuscritos do Novo Testamento, em favor de 1% dos documentos de Alexandria. O estudioso dos textos Dean John William Burgon refutou as afirmações da teoria de Westcott-Hort como: "O resultado mais recente dessa violenta reação contrária ao Texto Grego Tradicional, - essa estranha impaciência de sua autoridade, ou melhor, a negação que ele tenha qualquer autoridade, que começou com Lachmann apenas cinqüenta anos atrás (por volta de 1831), e prevalece desde então; seus promotores mais notáveis são Tragelles (1857-72) e Tischendorf (1865-72)... Os Drs. Westcott e Hort, de fato excederam seus prodecessores nessa corrida singular. O desprezo absoluto deles pelo Texto Tradicional e a veneração supersticiosa a alguns poucos documentos antigos (os quais, todavia, confessam que não são mais antigos que os 'Textos Tradicionais', que menosprezam) - não conhecem limites."

O Novo Testamento Grego de Wescott e Hort foi uma tentativa maliciosa de destruir a integridade e infalibilidade da Palavra de Deus e, particularmente, a divindade de Jesus Cristo. Embora a Versão Revisada de 1881 tenha sido rejeitada, o Novo Testamento Grego de Wescott e Hort, foi usado para outras traduções posteriores da Bíblia inglesa, com a exceção da New King James Version [Nova Versão do Rei Tiago]. Esse ataque à infalibilidade da Palavra de Deus foi uma tentativa evidente de Lúcifer de destruir a verdadeira igreja. Aqueles que se desviaram da fé descartam a Versão Autorizada do Rei Tiago das Escrituras, e muitos, até mesmo nos círculos fundamentalistas, recusam-se a tomar uma posição nesse assunto. Todavia, a Versão Autorizada do Rei Tiago sobreviveu aos ataques de seus inimigos e permanece como prova infalível da promessa de preservação por Jesus Cristo de que a Palavra de Deus não passará. Embora alguns não categorizem o Novo Testamento Grego, de Wescott e Hort, como fator contribuinte para a origem da moderna apostasia, os princípios e métodos de ambos foram especificamente direcionados à destruição do Texto Bizantino. Considerando-se isso em conjunto com os outros eventos em todo o século XIX, o plano de Lúcifer começa a se tornar mais discernível. Fazendo uma revisão, a seguinte sequência de eventos deve ser considerada com atenção: O Renascimento tornou as ciências ocultas acessíveis ao público. 

A Reforma Protestante, embora piedosa em muitos aspectos, deixou de seguir todas as instruções das Escrituras.  Aqueles que realmente seguiram os ensinos da Palavra de Deus foram apagados até das páginas da história e perseguidos tantos pelos católicos quanto pelos protestantes.  A chegada da Idade da Razão, a Revolução Francesa e a adoção do método científico de Aristóteles deixou um grande vácuo na alma do homem, que tem uma necessidade inata de espiritualidade.  Esse vazio foi preenchido por muitos nos reavivamentos da época de Wesley e do Grande Despertar, mas muitos outros preencheram essa necessidade de espiritualidade aderindo às práticas ocultistas, como o espiritismo e a teosofia.  O conflito do cristianismo, o ocultismo e a Razão Humana levaram a um grande ceticismo religioso em meados do século XIX.  Foram três os resultados desse ceticismo:  O evidente ateísmo do darwinismo.

CAPITULO 18

O ATAQUE À INFALIBILIDADE DA PALAVRA DE DEUS PELOS INTELECTUAIS DA UNIVERSIDADE DE CAMBRIDGE

A apostasia de muitos que anteriormente professavam as doutrinas fundamentais da fé.  Com a rejeição geral da verdade por parte dos intelectuais, muitas igrejas e organizações protestantes nos Estados Unidos começaram a ver traições dentro de suas próprias fileiras. Do outro lado do Atlântico, a batalha espiritual da Inglaterra parecia sombria e desanimadora no fim do século XIX. A nação que se tornara um bastão do cristianismo, sucumbia rapidamente para a apostasia. A batalha no século XX mudaria principalmente para os Estados Unidos, mas as origens da grande apostasia que começou no século XVIII, já vitimavam a maior parte da Europa por volta do ano 1900. Os homens do século XIX que moldaram as filosofias que iriam permear o futuro da sociedade tinham pouco em comum: Charles Darwin era formado em teologia, Charles Lyall era advogado, Thomas Huxley tinha uma graduação duvidosa em medicina, Jean Baptiste Lamarck e Herbert Spencer não tinham nenhuma educação formal, Hegel e Marx tinham formação em filosofia. Entretanto, uma coisa que todos eles compartilhavam era o ódio a Deus e ao cristianismo bíblico. Até mesmo Wescott e Hort negaram a inerência das Escrituras, e estavam determinados a remover a tradução do Textus Receptus do alcance do público. Esses foram os homens que lançaram o fundamento para as batalhas espirituais a serem travadas em todo o século XX - um século que veria organizações religiosas se desviarem da verdade, o surgimento da nação de Israel, as profecias do fim dos tempos tornarem-se realidade, e a enganação da Religião Orientada Para Resultados.

 O mundo no início do século XX estava grandemente mudado em relação ao que existia no início do século XIX. As invenções e a produção em massa da Revolução Industrial provocaram uma transição rápida no mundo ocidental de uma sociedade agrária para uma sociedade consumidora e, com a deflagração da Primeira Guerra Mundial, a mecanização avançada do mundo foi exibida na tecnologia da guerra moderna. Esse "admirável mundo novo" retornou dos horrores da guerra mundial com a reação filosófica exibida em uma tentativa da elite de estabelecer um governo mundial por meio da Liga das Nações. Sem o apoio dos Estados Unidos, essa organização falhou, mas as sementes de globalismo tinham sido plantadas na psiquê moderna.

Além disso, a ideia do Reino de Deus na Terra foi expandida além das fronteiras do Império Britânico para uma liga honrada de todas as nações: "A Liga de Nações', disse o arcebispo de Canterbury em Genebra, pode fazer muito para tornar o Reino de Deus uma realidade em nossas vidas... 'A Liga de Nações', diz o Dr. Jowett, tem como alvo 'a transformação do reino deste mundo no Reino de Deus'" No centro dessa nova mentalidade do "pensamento de grupo" estavam organizações ocultistas e iluministas muito bem financiadas, como a Sociedade Teosófica, a Lucis Trust, e a Sociedade Fabiana, que finalmente promoveram os conceitos de socialismo dentro do pensamento corrente. Em 1925, foi acrescentado o elemento de darwinismo na consciência pública, e o conceito de "sobrevivência da espécie" aumentou a noção do século XIX de "darwinismo social". Essas filosofias, quando misturadas dentro das atitudes e dos valores das massas humanas, diminuem a importância do indivíduo e elevam as virtudes do grupo. Biblicamente, isso está em contradição com os ensinos doutrinários do Novo Testamento, o amor de Deus e seu interesse pelo indivíduo e, finalmente, a salvação individual.

Ao mesmo tempo, uma mentalidade de pensamento de grupo promove os falsos conceitos de "irmandade dos homens", unidade eclesiástica, globalismo político e o sacrifício de indivíduos a fim de assegurar a "sobrevivência da espécie" - até mesmo o genocídio em massa para eliminar os "deficientes mentais" e outros elementos indesejáveis da sociedade que podem, posteriormente, tornar-se uma ameaça à espécie como um todo.  Quando essas filosofias começaram a se infiltrar no cristianismo, o modernismo produzido na Alemanha quase dois séculos antes começou a infectar as grandes denominações nos Estados Unidos como um câncer incurável. As heresias desovadas no século XIX e que escarneciam das doutrinas fundamentais da Palavra de Deus culminaram no dogma do modernismo do século XX:

A Bíblia é o resultado de um processo evolucionário humano. Negação dos milagres Nenhuma validade para os relatos bíblicos históricos (por exemplo, Adão ou Eva não existiram, o Dilúvio não aconteceu)  Muitos eventos do Velho Testamento são meramente mitos. Não houve o nascimento virginal, negação da divindade de Cristo e da sua ressurreição física.  As narrativas do Evangelho não são factuais. Nenhuma idéia precisa de como Jesus realmente era abordagem histórica-crítica para interpretar a Bíblia. Não é necessário formação em Teologia para ver a correlação entre essas corrupções da verdade de Deus com a blasfêmia filosófica instigada no século XIX. As mãos de Hegel, Darwin, Marx, Wescott e Hort estão aparentes nessa clara aprovação contra o Deus Todo Poderoso. Nos anos 1900s, as filosofias desses homens estavam se alastrando como fogo entre as igrejas nos Estados Unidos, acendendo controvérsias ferozes dentro das denominações. Enquanto a maioria dos fundamentalistas tenha preferido lutar essas batalhas dentro de suas respectivas denominações até aproximadamente 1930, grupos separatistas mais tarde surgiram em todas as denominações, à medida que as lideranças caíam como pedras de dominó nas mãos dos liberais infiéis. A situação deteriorou-se ao ponto que algumas denominações recusaram-se até mesmo a produzir declarações doutrinárias oficiais que indicariam os hereges dentro de suas fileiras. Foi nesse clima que apareceu o termo "fundamentalista". Embora o termo tenha sido cunhado em 1920, foi explicitamente definido pelo Congresso Mundial dos Fundamentalistas, em 1976:

Agora o verdadeiro fundamentalista é um crente nascido de novo, que conhece o Senhor Jesus Cristo único Deus e Senhor, que mantém uma crença inabalável na Bíblia, afirmando que a mesma é inerrante, infalível, e verbalmente inspirada por Deus, crê em tudo o que a Bíblia diz, julga todas as questões e a si próprio por meio da Bíblia, afirma as verdades fundamentais da fé cristã histórica: A doutrina da unicidade a  encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício vicário e expiatório, a ressurreição corporal, a ascensão ao céu e a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo. O novo nascimento por meio da regeneração do Espírito Santo. A ressurreição dos santos para a vida eterna. A ressurreição dos perdidos para o julgamento final e a morte eterna.

A comunhão dos santos, que são o corpo de Cristo. Pratica a fidelidade a essa fé, e dedica-se a pregá-la à toda criatura; Expõe e separa-se de toda distorção eclesiástica dessa fé, da contemporização com o erro, e da apostasia da Verdade; E Batalha diligentemente pela fé uma vez entregue aos santos. Portanto, o fundamentalismo é uma ortodoxia militante com um zelo para ganhar almas. Embora os fundamentalistas possam divergir em certas interpretações das Escrituras Sagradas, nós nos juntamos em unidade de coração e propósito comum para a defesa da fé e a pregação do evangelho, sem contemporização ou divisão.  A não ser que um homem mantenha e defenda a fé das Sagradas Escrituras, e esteja interessado na salvação dos perdidos, ele não é um verdadeiro fundamentalista." Nos anos 1920, liberais bem-patrocinados, como Harry Emerson Fodsdick, continuaram a ofensiva contra o fundamentalismo. Fodsdick, que era financiado pelo bilionário John D. Rockefeller, dispararou  um torpedo em 21 de maio de 1922 com seu sermão, "Os Fundamentalistas Vencerão?”“, em que afirmava que doutrinas como "O Nascimento Virginal", "A Inerência das Escrituras", e "A Segunda Vinda" não eram essenciais e ele as rejeitava.  Esse sermão também serviu para sinalizar que a tolerância liberal com aqueles que defendiam a ortodoxia estava muito reduzida, e os credos e as declarações doutrinárias que denominacionais liberais tinham simplesmente ignorado por décadas agora se tornaram os objetos de crítica aberta. O foco principal desses ataques começou exatamente onde Lúcifer atacou no século XIX - a inerência das Sagradas Escrituras.

Em 1924, um grupo de 149 ministros presbiterianos reunidos em Auburn, no estado de Nova York, redigiu a "Declaração de Auburn". Sob o disfarce de "apaziguadores", que simplesmente desejavam encerrar a divisão dentro da denominação, esse grupo explicitamente repudiou a doutrina da inerência das Escrituras Sagradas. A "Doutrina da Inerência", que tinha sido a ponta de lança dos ataques dos intelectuais e seminários no século XIX, tornou-se o alvo de novos e ferozes ataques no campo público de todas as denominações. A verdade foi que Lúcifer e seus cúmplices liberais compreendiam perfeitamente que se um grupo negasse a inerência da Palavra de Deus, outras doutrinas essenciais seriam alvos fáceis. Uma vez que a inerência das Sagradas Escrituras é questionada, a espiral descendente para a apostasia total torna-se um trem de carga descontrolado que não pode ser detido. A revista liberal Christian Century resumiu o clima dos anos 1920 muito bem quando afirmou: "Dois mundos se chocam … Há uma disputa aqui tão profunda e tão sinistra como entre o cristianismo e o confucionismo… O Deus do fundamentalista é um e o do modernista.

Em defesa do fundamentalista bíblico, sua posição deveria ser conforme ordenado pela Palavra de Deus: "... noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples." [Romanos 16:17-18]. Os anos 1930 trouxeram mais mudanças arrebatadoras ao mundo ocidental. A Grande Depressão fez muitos rejeitarem a fábula modernista de que o homem estava no controle de seu próprio destino, e forçou os indivíduos a deixarem sua posição de auto suficiência e de controle para a busca da simples sobrevivência. Esse mergulhar repentino no modo de sobrevivência tornou as famílias mais próximas e forçou os indivíduos a reformularem suas prioridades. Além disso, a deflagração da guerra na Europa dissipou a ideia de que a Primeira Guerra Mundial foi a guerra para terminar com todas as guerras; virtualmente extinguindo a teoria de que a Liga de Nações era um passo para tornar o "Reino de Deus" uma realidade. A Segunda Guerra Mundial também levou muitos a reavaliarem a escatologia do pós milenismo, que ensinava que a humanidade estava realmente progredindo ao ponto de que o Reino de Deus seria revelado na Terra.

Todos esses fatores impulsionaram o fundamentalismo pré-milenista e separatista. Como resultado desses e de outros fatores, os separatistas no arraial fundamentalista fizeram grandes avanços nas décadas de 1930 e 1940 por meio da organização de Conferências Bíblicas, fundando Faculdades Bíblicas, Ministérios no Rádio, e organizações de largas bases fundamentalistas, como o Conselho Americano das Igrejas Cristãs e a Associação Nacional de Evangélicos. Líderes fundamentalistas, como Charles Woodbridge, Carl McIntire, John R. Rice, Bob Jones, Charles Fuller, M. R. DeHaan, Harry Ironside, R. G. Lee e muitos outros, estiveram à frente do subitamente vibrante movimento separatista.

CAPITULO 19

O NEO-EVANGELICALISMO

Exatamente quando o fundamentalismo parecia estar ganhando a maior parte do terreno, um novo movimento de dentro de suas fileiras lançou as sementes que iriam provocar sua futura decadência. Esse grupo de indivíduos chamava a si mesmo de "neo evangélicos". Harold J. Ockenga, o primeiro presidente do Seminário Teológico Fuller, cunhou o termo "neo-evangélicos" em 1947. Ele insistia que a palavra-chave para espalhar o evangelho não era mais a separação, conforme prescrito na Bíblia, mas a infiltração nas igrejas apóstatas. Ele se encarregou de detalhar as diferenças entre fundamentalismo e neo-evangelicalismo:

Os neo-evangélicos enfocariam as questões sociais que os fundamentalistas evitavam. Os neo-evangélicos incluiriam com a salvação uma "filosofia social".  Os neo-evangélicos não "se concentrariam nas personalidades que adotam o erro".  O cristão não deve ser "obscurantista nas questões científicas, como a criação, a idade da humanidade, a universalidade do dilúvio, e outras questões bíblicas questionáveis".  As questões intelectuais deveriam ser respondidas dentro da estrutura de aprendizagem moderna e deveria haver liberdade nas áreas menos importantes. Além disso, Ockenga especificamente designou e promoveu quatro agências para o progresso do neo-evangelicalismo: A Associação Nacional de Evangélicos. O Seminário Teológico Fuller.

A revista Christianity Today. Evangelismo ecumênico encabeçado pelos Ministérios Billy Graham Embora o papel do Seminário Fuller se tornará ainda mais crucial na discussão posterior da Religião Orientada Para Resultados, Fuller se tornou não apenas a base de treinamento dos neo-evangélicos, mas também a principal fonte para instilar os princípios da Religião Orientada Para Resultados desde sua origem. Essa orientação do Seminário Fuller foi muito explícita: "Os primeiros líderes do Fuller estavam cientemente rejeitando os aspectos negativos do fundamentalismo da linha antiga … O fundamentalismo era caracterizado pela militância… uma disposição de lidar com os aspectos negativos, e por separação, e foi isso que trouxe à tona o movimento neo-evangélico." 

Como presidente do Seminário Fuller, Ockenga também tornou suas metas bem claras: "Desejamos que nossos rapazes sejam tão treinados, que quando vierem de uma denominação, voltem para sua denominação adequadamente preparados para pregar o evangelho e defender a fé e prosseguir no trabalho de Deus." De uma só vez, essa declaração revelou a essência do ecumenismo evangélico, declarou de forma sucinta a estratégia de infiltração no lugar da separação, e revelou a posição de que a aderência à doutrina está subordinada ao evangelismo. Todos esses pontos estão em conflito direto com a Palavra de Deus. A Bíblia exige separação - não infiltração.

A Bíblia também diz claramente que cristãos não devem tolerar os falsos mestres e a falsa doutrina. Em contraste com a Religião Orientada Para Resultados, a Bíblia não ensina que o fim justifica os meios.  Em oposição à metodologia do Seminário Fuller, Francis Schaeffer declarou, "O evangelismo que não conduz à … pureza doutrinária é simplesmente tão falho e incompleto quanto a ortodoxia que não conduz a um interesse e uma comunicação com os perdidos."

O evangelismo não é mutuamente exclusivo de doutrina. Como pode a mensagem do evangelho coexistir com aqueles que negam a unicidade de Deus, a divindade de Cristo, o nascimento virginal, a ressurreição física, a justificação pela fé, ou a inerrância das Escrituras Sagradas? A realidade é que em um ambiente de falsas doutrinas (como é o caso de uma organização religiosa cuja hierarquia professa os ensinos do modernismo ou do catolicismo) o infiltrador deve comprometer sua posição para evitar embaraço, exposição e/ou expulsão final. Quando o infiltrador segue esse roteiro até sua conclusão lógica, uma concessão aqui leva à outra ali até que a apostasia aberta uma vez mais controla a situação, e o infiltrador passa ele próprio a adotar a doutrina falsa. Isso foi evidenciado até mesmo em Fuller, pois no início dos anos 60, "o corpo docente estava dividido se a inerrância se aplicava às Escrituras Sagradas inteiras, ou somente às passagens que tratavam da redenção". 

À medida que a situação deteriorou, em 1982 apenas 15% dos estudantes da Escola de Teologia Fuller "sustentavam a convicção dos fundadores do Seminário sobre a inerrância".O Dr. Charles Woodbridge resumiu com exatidão a situação quando declarou:  "O neo-evangelicalismo defende a tolerância ao erro. Ele segue o caminho descendente da acomodação ao erro, cooperação com o erro, contaminação pelo erro e, finalmente, capitulação ao erro." O neo-evangélico compreendia o erro dos modernistas, mas ofendia-se pela militância dos fundamentalistas. Esses indivíduos estavam preocupados que a atitude separatista dos fundamentalistas era muito dura e sem amor. Isso pode provavelmente ser melhor exemplificado pelos métodos do evangelismo ecumênico de Billy Graham.

Ninguém nega que o evangelho de Jesus Cristo seja apresentado de forma clara e correta nas cruzadas de Billy Graham. Entretanto, ao invés de trabalhar com os fundamentalistas que pregavam o evangelho, de meados dos anos 50 em diante, o Ministério Billy Graham alinhou-se com os católicos romanos e os modernistas que negavam ou pervertiam a própria doutrina de justificação pela fé apresentada por Billy Graham da plataforma de suas cruzadas. Embora à primeira vista isso possa parecer contraditório, essa metodologia é a aplicação perfeita da estratégia de Ockenga de infiltração, em vez de separação das organizações apóstatas. Além disso, os convertidos dessas cruzadas eram então enviados para infiltrar as próprias organizações apóstatas que patrocinaram a cruzada. Em vez de a infiltração de indivíduos nascidos de novo dentro de organizações apóstatas inverter a infidelidade, os resultados trágicos dessa estratégia produziram uma geração inteira de indivíduos nascidos de novo cujo impacto à causa de Cristo foi virtualmente nulo devido à falta de crescimento e de maturidade cristã que ocorre somente com o ensino bíblico sadio, com comunhão cristã verdadeira e com a pregação expositiva da Palavra de Deus.

O mais trágico é que os filhos dessa geração, que cresceram em um ambiente sem um testemunho do evangelho puro e dos princípios bíblicos, correm o risco de formar uma geração totalmente perdida. De uma perspectiva humana, o motivo era realmente nobre. O resultado declarado - a evangelização em massa - era louvável. Entretanto, a metodologia que contradizia ou completamente ignorava as instruções da Palavra de Deus estava seriamente furada. Na análise final, o evangelismo na ausência de sã doutrina deixa de perpetuar a si mesmo. A utilização dessa metodologia do neo-evangelicalismo sufoca a passagem da "tocha do evangelho" às futuras gerações - um exemplo da falha trágica da implementação inicial dos princípios básicos da Religião Orientada Para Resultados.

CAPITULO 20

O MOVIMENTO ECUMÊNICO

O Movimento Ecumênico começou dentro das principais denominações protestantes como um ímpeto para a unidade global e cooperação entre as igrejas cristãs. Embora o evento historicamente percebido como a fundação do Movimento Ecumênico tenha sido a Conferência Missionária Mundial, em Edimburgo, em 1910, essas tentativas tinham sido experimentadas já em meados do século XIX.  A unidade entre os crentes é absolutamente bíblica e deve ser encorajada. Entretanto, o Movimento Ecumênico moderno é claramente contrário à Bíblia. Esse movimento começou como um esforço de primeiro unir as denominações, foi expandido para trazer as ovelhas errantes nas denominações protestantes de volta para o aprisco da Igreja de Roma, e agora se desenvolveu ao ponto em que está sendo procurada uma base comum entre todas as religiões do mundo. O espírito do ecumenismo primitivo foi ilustrado com a fundação do Conselho Federal de Igrejas, em 2 de dezembro de 1908. Os membros originais consistiam das 31 principais denominações norte-americanas e, por volta de 1950, tinha crescido para 144.000 congregações locais com um total de 32.000.000 membros. [ À primeira vista, alguém pode assumir que essa organização baseava-se no princípio da unidade bíblica. Entretanto, quando examinamos os fundadores da organização, vemos nomes como Harry F. Ward, um professor no Seminário Teológico União, que foi identificado sob juramento pelo ex-comunista Manning Johnson como "o arquiteto-chefe da infiltração e subversão comunista no campo religioso." Outro fundador do CFI foi Walter Rauschenbusch, um professor batista no Seminário Teológico Rochester. Ele também era membro da socialista Sociedade Fabiana, e "conclamava os cristãos a construirem uma ordem social justa baseada na lei moral… Ele achava que os cristãos tinham falhado em levar a cabo o mandamento de Cristo de construir o reino de Deus na Terra…"  Em 1942, o Conselho Federal de Igrejas lançou uma plataforma propondo um "governo mundial, o controle internacional de todos os Exércitos e Marinhas, um sistema universal de dinheiro, e um banco internacional controlado de forma democrática."  Certamente então vem sem surpresa que em 1927, o congressista Arthur Free apresentou uma resolução na Casa de Representantes dos Estados Unidos especificando o Conselho Federal de Igrejas como "uma organização comunista que objetivava o estabelecimento de uma igreja estatal…"  Em 29 de novembro de 1950, o Conselho Federal de Igrejas fundiu-se com várias outras organizações interdenominacionais para formar o Conselho Nacional de Igrejas. O Conselho Nacional de Igrejas passou então a participar no Conselho Mundial de Igrejas. A história uma vez mais se repetiu depois da Segunda Guerra Mundial. Exatamente como o movimento para um governo mundial sob a Liga de Nações foi tentado depois da Primeira Guerra Mundial, a elite iluminista uma vez mais organizou um encontro mundial nas Nações Unidas. Esse movimento de um só mundo foi também simultaneamente duplicado no campo teológico com a fundação do Conselho Mundial das Igrejas Cristãs. O CMIC foi formado em 1948 com 147 denominações de origem protestante e ortodoxas. (Ele atualmente cresceu para 293 denominações-membro, representando 400.000.000 pessoas.) Essa organização tornou-se o novo bastão do liberalismo protestante e do modernismo. Fundado com base no princípio sem base bíblica da "'unidade das igrejas', a nova visão é pela unidade de todas as religiões - e, de fato, de toda a humanidade."  O encontro inaugural do CMIC (agosto de 1948) estendeu um convite de participação às "igrejas que aceitam nosso Senhor Jesus Cristo como Deus e Salvador", mas não se interessou em quantificar a interpretação dessa afirmação. Nesse mesmo encontro, a meta da organização foi claramente declarada pelo Secretário Geral do CMIC, W. A. Visser't Hooft:"… pode haver e há finalmente apenas uma igreja de Cristo na Terra… estamos cientes da situação, que não a aceitamos passivamente, que nos movamos rumo à manifestação da SANTA IGREJA ÚNICA."  Para evitar qualquer mal-entendido, a Igreja Universal certamente existe. Essa igreja é o "corpo de Cristo", consistindo de todo aquele que foi redimido de forma vicária pelo sangue de Jesus Cristo. Entretanto, essa igreja universal NÃO inclui todos os membros de todas as igrejas e/ou religiões. Esse "corpo" também NÃO inclui aqueles que meramente afirmam o cristianismo mas nunca passaram pelo novo nascimento. Além disso, essa declaração particular paralelizou o sentimento por um governo único mundial com uma religião única mundial. A visão oposta do CMIC foi corretamente expressa pelo Dr. David Cloud: "Poderíamos descrever o erro da igreja cristã mundial em diversas categorias. Poderíamos falar de suas heresias doutrinárias, do modernismo…. do universalismo. O simples fato é que a Igreja Cristã Mundial falha em todos os testes bíblicos que poderiam ser aplicados. Claramente, ela não tem base nas Escrituras." Em referência à Declaração de Fé do CMIC, até mesmo E. J. Carnell, presidente do Seminário Teológico Fuller, teve estas pouco lisonjeiras palavras (apesar de sua crítica, ele ainda enviou formandos do Seminário Fuller para se infiltrarem nas igrejas que participam do CMIC):(A Declaração de Fé do Conselho Mundial de Igrejas) "não é bastante digna de honras para se adequar à ortodoxia, porque a única heresia que pega é o unitarianismo e as doutrinas plurais da igreja católica romana e sua filiadas protestantes que negam o Deus único. Os buracos na rede são tão grandes que um mar de erros teológicos pode seguramente passar por eles. Isso prova que o movimento ecumênico está mais interessado na unidade do que na verdade." A premissa básica do CMIC é o estabelecimento desse místico "reino de Deus" na Terra. É a mesma velha canção cantada no mesmo velho tom. A ideia de estabelecer o "reino de Deus" é tão velha quanto a formação da Igreja de Roma. Essa torrente de pensamento flui pelas páginas da história da Igreja Romana, pelo Império Britânico e, no século XX, sob os auspícios da Liga de Nações. Entretanto, Deus não precisa da ajuda do homem para estabelecer seu reino na Terra, e o reino de Deus na Terra não é e não será revelado na igreja. O reino de Deus será estabelecido apenas na segunda vinda de Jesus Cristo. Ele só - sem a ajuda do homem - estabelecerá seu reino, e reinará então em toda a Terra a partir de Jerusalém por 1000 anos - o Milênio. Portanto, o reino socialista sonhado pelo Conselho Mundial de Igrejas é nada mais que uma fabricação luciferiana. Philip Potter, secretário geral do CMIC, declarou em 1969: "Conclamamos as igrejas a se moverem… para a relevante e sacrificial ação que conduzirá a novos relacionamentos de dignidade e justiça entre todos os homens e para se tornarem os agentes para a reconstrução radical da sociedade… É necessária uma mudança radical das estruturas sociais, econômicas e políticas, e não a mera transferência prudente dos recursos e das tecnologias."  Sob a liderança dúbia dos Conselhos Mundial e Nacional de Igrejas, o Movimento Ecumênico tornou-se um alvo fácil para o fundamentalismo militante. Além da recusa continuada das doutrinas fundamentais da fé cristã, a longa lista de organizações e associações de frente comunistas dentro do CNI e o CMIC somaram novo fervor para as organizações fundamentalistas. Como resultado, durante os anos 1950 e os anos 1960, fundamentalistas de grande destaque, como o Dr. Carl McIntire, com o Conselho Americano de Igrejas Cristãs, Edgar Bundy, da Liga de Igrejas da América, e Billy James Hargis (mais tarde implicado em um escândalo sexual), da Cruzada Cristã, expuseram o ecumenismo e o comunismo do CNI e o CMIC tanto por meio das transmissões nacionais de rádio quanto de encontros patrióticos. "Eles enfocaram seus ataques no Conselho Nacional de Igrejas e no Conselho Mundial de Igrejas como 'apóstatas, anti-americanos, pró-comunistas e organizações eclesiásticas insurretas.'" Os esforços desses e de outros fundamentalistas, junto com a disposição conservadora geral do povo americano nos anos 1950, levou a outro êxodo em massa das principais denominações nos anos 1960. Isso tudo parecia sinalizar o fracasso do movimento ecumênico mas, em 1963, a cavalaria chegou para tentar resgatar os infiéis religiosos.

O CONCÍLIO VATICANO II

Por mais de 1400 anos a Igreja Católica Romana não foi apenas correta aos seus próprios olhos, mas também aos seus próprios olhos possuía infalibilidade absoluta. Ela reinava sobre os monarcas, sobre os ricos e sobre os pobres com mão de ferro. Independente da posição social, se as crenças pessoais de alguém eram inconsistentes com as da Igreja, as consequências eram ou prisão, ou tortura, ou morte na fogueira, ou tudo isso. A partir do ponto de vista da Igreja, não havia salvação à parte de Roma, nenhum cristianismo à parte de Roma, e nenhum espaço para discussão. Entretanto, em 1962, alguma coisa muito estranha ocorreu, e muitas das atitudes que prevaleciam por mais de um milênio subitamente desapareceram. O Concílio Vaticano I foi adiado em 1870 depois de estabelecer definições para a "doutrina" da infabilidade papal. O Concílio Vaticano II foi inaugurado em 11 de outubro de 1962 pelo papa João XXIII e encerrado em 8 de dezembro de 1965 por Paulo VI. Os decretos e declarações do Vaticano II sinalizaram uma mudança de paradigmas no pensamento católico que não apenas resultou em uma guerra civil cismática dentro das fileiras do catolicismo, mas também levantou sérias questões quanto à verdadeira origem das mudanças. A essência dessas mudanças começou em 1959, quando João XXIII convocou o Concílio "para completar o trabalho do Concílio Vaticano I".  Em 1961, ele abriu um precedente histórico ao permitir que observadores católicos participassem oficialmente da Terceira Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas e também ofereceu lugares de honra aos observadores protestantes e ortodoxos em todas as sessões do Vaticano II. A bomba resultante, chamada de "Decretos do Ecumenismo", incluía os seguintes excertos: Todos que foram "justificados em fé no batismo" são membros do corpo de Cristo; todos têm o direito de serem chamados cristãos; os fiéis da Igreja Católica os chama de irmãos.

A Igreja Católica crê que as igrejas e comunidades separadas "são eficientes em alguns aspectos." O Espírito Santo faz uso dessas igrejas; elas são um meio de salvação para seus membros. Os católicos são encorajados a se unirem em atividade ecumênica e a se reunirem com cristãos não católicos em verdade e amor… Os católicos não devem ignorar seu dever para com os outros cristãos… mesmo assim… os católicos sinceramente acreditam que a sua é a Igreja de Cristo; tudo o que for necessário deve ser feito para que os outros claramente a reconheçam como a Igreja de Cristo. … os teólogos e outros católicos competentes devem estudar a história, os ensinos, e a liturgia de igrejas separadas…  Em circunstâncias apropriadas, orações para a unidade devem ser feitas em conjunto com os cristãos não católicos…

… Diferenças importantes permanecem… mas… o fato é que os cristãos creem na divindade de Cristo e no fato da reverência pela palavra de Deus revelada na Bíblia.  Na causa do ecumenismo, o católico sempre deve permanecer verdadeiro à fé que recebeu... Os novos conceitos iniciados pelo papa João XXIII e pelo Vaticano II foram um afastamento radical da posição histórica da instituição Católica Romana. Sugerir que protestantes e ortodoxos eram cristãos, e ainda usar o termo "irmãos" estava em contradição completa com a doutrina católica tradicional. Os tradicionalistas dentro da Igreja Católica acusaram os autores dos documentos do Vaticano II de "favorecimento da filosofia moderna sobre a doutrina católica tradicional"; favorecimento do humanismo, do naturalismo e da evolução; recusando-se a condenar o socialismo e o comunismo; e fazendo acordos com a "Maçonaria", com o Conselho Mundial de Igrejas, e com "Moscou".  O tempo provou que essas acusações estavam corretas, e alguns chegam a sugerir que o Vaticano II foi um afastamento tão radical do catolicismo estabelecido, que é possível considerar seriamente a possibilidade de um grande golpe no interior do Vaticano. Nas palavras do tradicionalista católico, R. P. Georges de Nantes: "No Concílio Vaticano II (1962-1965), dois homens apresentando-se como papas católicos, João XXIII e Paulo VI, lideraram o corpo inteiro de cardeais e bispos para fora da Igreja Católica e para dentro da seita Vaticano II…"  Embora alguém possa se perguntar o que aconteceu para causar tal mudança radical,  para os propósitos desta discussão, a resposta a essa pergunta é irrelevante. A questão importante agora é que exatamente quando o Movimento Ecumênico estava para ser sepultado, a Igreja Católica Romana apareceu em cena como o cavaleiro em armadura brilhante para resgatá-lo. Não apenas a Igreja de Roma abraçou os "irmãos separados", mas também iniciou novas estratégias para aumentar os esforços do ecumenismo. (Essas estratégias serão discutidas em capítulos subsequentes.)

CAPITULO 21

O SÉCULO XIX

O século XIX testemunhou o assentar da fundação para os eventos das primeiras seis décadas do século XX. Por volta de 1965, o palco parecia armado para a aliança dos protestantes e católicos se unirem e formarem a Igreja Única Mundial. Os fundamentalistas nesse tempo estavam não apenas confusos com a batalha contra a aliança Modernista - Católica Romana, mas também encaravam a ameaça da Religião Orientada Para Resultados dos neo-evangélicos. Com o fundamentalismo empenhado na batalha em duas frentes, as mega-igrejas pareciam estar posicionadas para terminar a ameaça do fundamentalismo fragmentado. Entretanto, Deus tinha outros planos para a humanidade, e os eventos mundiais tomariam outro giro para lançar um grande ataque no coração do Movimento Ecumênico. A fé é uma "lei" ou "força", que pode ser ativada por qualquer pessoa - cristã ou não; A habilidade de realizar milagres, sinais e maravilhas é um talento intrínseco em nós; precisamos apenas aprender as técnicas para ativar as leis espirituais em que a fé está baseada; Deus está preso a essas leis espirituais, e deve responder a qualquer pessoa - mesmo aos seus piores inimigos - que usa tais conhecimentos;  Como "deuses" ("seres divinos"), temos o "direito divino" à saúde e à prosperidade; Jesus é o nosso "irmão mais velho", que dominou as leis espirituais da natureza e é, portanto, nosso exemplo para que façamos o mesmo; O homem pode se tornar espiritual e fisicamente perfeito quando aprende a dominar essas leis espirituais; O Reino de Deus será estabelecido na Terra quando um número suficiente de pessoas tiver se aperfeiçoado. 

1901, Topeka, Kansas, Seminário Bíblico Betel, - Agnes Ozman recebeu o que chamou de "batismo no Espírito Santo" e falou em "línguas".

1906, Los Angeles, Califórnia - Igreja da Rua Azusa

SEGUNDA ONDA - RENOVAÇÃO CARISMÁTICA:

1960 - O Movimento Carismático Moderno começou na Igreja Episcopal de São Marcos, Van Nuys, Califórnia.

1962 - O fenômeno da glossolalia explodiu na Universidade de Yale [2] entre os membros da evangélica Comunidade Cristã Intervarsity. Ela incluía episcopais, luteranos, presbiterianos, metodistas e um católico romano.

1967 - Spring Vacation - Trinta católicos zelosos da área de Notre Dame receberam o "batismo do Espírito Santo".

1974 - 30.000 católicos carismáticos realizaram uma conferência em Notre Dame.

1977 - Conferência Carismática em Kansas City, 50.000 participantes - quase metade deles eram católicos romanos.

1977 - A AP estima em 10 milhões o número de carismáticos nos Estados Unidos.

1983 - A edição de 18 de janeiro da revista Christianity Today informou que as Assembleias de Deus era a denominação que mais crescia nos Estados Unidos. Nessa época, ela tinha 1,7 milhão de membros e crescia rapidamente.

TERCEIRA ONDA - MOVIMENTO DE SINAIS E MARAVILHAS - ENFATIZA MAIS O DOM DE PROFECIA E CURA DO QUE O DE LÍNGUAS:

1983 - "Terceira Onda" - termo cunhado por Peter Wagner: "… estamos agora na terceira onda. Vejo a terceira onda dos anos 80 como uma abertura dos evangélicos tradicionais e outros cristãos ao trabalho sobrenatural do Espírito Santo que os pentecostais e carismáticos experimentaram, mas sem se tornarem carismáticos ou pentecostais."

A PRIMEIRA ONDA

A origem "oficial" do pentecostalismo moderno começou em 1901, no Colégio Bíblico Betel, em Topeka, Kansas, quando Charles Parham impôs as mãos sobre Agnes Ozman. Ela imediatamente começou a falar em "línguas".  "Afirmou-se (apesar de que nunca foi confirmado com credibilidade) que ela falou em chinês durante três dias, incapaz de falar em inglês, e no segundo dia falou em boêmio. Logo, a maioria dos outros na escola estavam falando e cantando em 'línguas'… os jornais locais do dia descreveram o fênomeno como linguagem ininteligível… Em 1914, Charles Shumway procurou diligentemente por evidências para comprovar que as línguas dos primeiros pentecostais eram línguas reais, isto é, línguas conhecidas. Ele não conseguiu sequer uma pessoa para confirmar as afirmações…" Um dos aspectos mais interessantes dos eventos no Colégio Bíblico Betel foi a tentativa dos participantes de provar que suas "línguas" eram na verdade línguas faladas. Eles achavam que de acordo com a Palavra de Deus, o dom de "Falar em Línguas" era a habilidade que um indivíduo tinha de falar numa língua que lhe era desconhecida para comunicar o Evangelho na língua de quem estivesse ouvindo. Tal tentativa cessaria muito cedo, pois aqueles que "falavam em línguas" não conseguiam produzir nenhuma evidência de que aquelas assim chamadas línguas, não eram nada mais do que uma linguagem sem sentido e obscura.

Assim, o incidente no Colégio Bíblico Betel era somente o precursor do que ainda estava por vir, a Primeira Onda Carismática começou com os cultos de avivamento na Missão da Rua Azusa, em Los Angeles, Califórnia. Essa Missão era pastoreada por William Seymour, que cria na necessidade de "duas obras da graça" para a salvação, que a verdadeira igreja estava sendo restaurada em um milagroso reavivamento dos últimos tempos, e (apesar que ele mesmo nunca ter falado em línguas) fortemente argumentava que as línguas eram a evidência do recebimento do Espírito Santo. Seymour raramente pregava, mas ao invés disso ficava atrás do púlpito com um caixote vazio cobrindo sua cabeça. Os cultos na Missão da Rua Azusa eram "caracterizados por confusão, dança, pulos, quedas no chão, transes, quedas no espírito, línguas, contorções, histeria, sons estranhos, e risada santa… descrito como 'demonstrações selvagens e histéricas".

Charles Parham, conhecido como o Pai do Pentecostalismo e presidente do referido Colégio Bíblico Betel, fez uma avaliação menos que satisfatória em sua visita à Missão da Rua Azusa, em 1906: "Parham descreveu as 'línguas' de Azusa como 'confusas e inarticuladas, desenfreadas e exasperadas, falando absolutamente nenhuma língua existente'… De acordo com Parham, dois terços das pessoas que seguiam o pentecostalismo em seus dias foram 'ou hipnotizadas ou conduzidas à loucura (total falsa de senso)'… assim, o 'Pai do Pentecostalismo' rejeitou totalmente as reuniões da Rua Azusa como sendo uma imitação fraudulenta, manipulada e demoníaca, e mesmo assim praticamente todas as denominações pentecostais rastreiam suas origens a essas reuniões na Rua Azusa."A Primeira Onda continuou com aqueles que diziam ressuscitar os mortos (ninguém jamais provou isso), oravam sobre lenços, curavam os enfermos, caíam no espírito, garantiam prosperidade àqueles que contribuíssem com o ministério deles, e ainda desenvolviam o diálogo católico romano-pentecostal. Entretanto, os membros da Primeira Onda nunca receberam o respeito dos protestantes tradicionais ou da população em geral. O caráter moral de muitos de seus seguidores e líderes não ajudava muito.

William Parham (o Pai do Pentecostalismo) foi removido do ministério depois de ser preso acusado de sodomia. William Branham profetizou falsamente que o arrebatamento ocorreria em 1977. Aimee McPherson (depois do divórcio e diversos relacionamentos amorosos) morreu de overdose. Kathryn Kuhlman envolveu-se romanticamente com um homem casado, com o qual se casou após ele se divorciar de sua mulher (posteriormente, ela se divorciou dele).  Benny Hinn, um dos atuais líderes da Segunda Onda, afirma que o manto de Aimee McPherson caiu sobre Kathryn Kuhlman; e então foi passado dela para ele. De acordo com Benny Hinn:"… o dia virá, e digo isso a vocês, sei disso como sei meu nome, o dia virá em que não haverá nem um santo doente no corpo de Cristo. Ninguém ficará doente, ninguém será arrebatado de uma cadeira de rodas. Ninguém será arrebatado de uma cama de hospital. Todos vocês serão curados antes do arrebatamento."

A SEGUNDA ONDA E SEUS RESULTADOS

Os aspectos mais críticos do Movimento Carismático passarão completamente desapercebidos a menos que alguém pare para questionar os detalhes desse movimento. Essas perguntas se aplicam ao desenvolvimento do Pentecostalismo entre a Primeira e a Segunda  Entretanto, seriam apenas esses fatores capazes de servir de suporte para posições teológicas que há tempo tinham sido geralmente vistas como pertencentes a um segmento marginal e lunático dos "Bíblias"? O que faria um católico romano que tivesse sido criado em uma tradição de formalismo rígido interessar-se pelos atos extravagantes dos pentecostais? Como os batistas e os outros evangélicos poderiam ser atraídos às posições que foram tradicionalmente ensinadas como sendo descaradamente antibíblicas? Deve ter havido algo mais em ação aqui - algo quase como (Deus nos livre) uma conspiração. Mas quem ganharia com isso? E qual seria o resultado de tal conspiração? Historicamente, a primeira organização que vem à mente junto com a palavra "conspiração" é a Ordem dos Illuminati. Para os propósitos desta discussão, a história do Iluminismo não será discutida em detalhes exceto para dizer que a Ordem dos Illuminati (organizada em 1776) ainda existe nos dias de hoje, e essa organização compreende aqueles que literalmente governam o mundo. Esses indivíduos tambem têm um plano proeminente para instituir um Governo Mundial Unificado e uma Religião Mundial Unificada. De fato, é essa mesma organização que tem em seu poder a chave não somente para essa questão, mas também para o entendimento da Religião Orientada Para Resultados. Um relato (não confirmado) de uma testemunha ocular revela que os Iluminati se infiltraram intencionalmente entre os pastores pentecostais em 1946. Por que a "Elite Globalista" se incomodaria em se infiltrar nessa ramificação marginal do cristianismo?

Para achar a resposta, é necessário considerar cuidadosamente este cenário:

1906-------- Fundação oficial do pentecostalismo

1906-60-- Os pentecostais são geralmente vistos como um segmento marginal e lunático dos "Bíblias"

1946-------- Os pentecostais são intencionalmente infiltrados pelos agentes dos Iluminati

1960-------- Nascimento repentino da Segunda Onda do Movimento Carismático

1962-------- O Movimento da Glossolalia ocorre na Universidade de Yale. Nessa universidade está a sede da "Sociedade Caveira e Ossos" - o campo de treinamento dos Iluminati nos Estados Unidos. Esse fato suporta a hipótese que os membros da "Caveira e Ossos" possam ter se infiltrado facilmente na Comunidade Cristã Intervarsity, em Yale. O fato de que isso aconteceu em Yale é demais para ser apenas uma coincidência.

1960-63---- O Vaticano II foi conduzido por papas que repentinamente embraçaram os conceitos do Governo Mundial Unificado e da Religião Mundial Unificada. Católicos tradicionais admitem que o papado foi infiltrado pelos Illuminati. Como resultado do Vaticano II, o Movimento Ecumênico Católico foi lançado.

1963-67---- O fundamentalismo cristão continua em rápido crescimento e o Movimento Ecumênico católico fracassa.

1967-------- Trinta zelosos católicos de Notre Dame quebram a tradição e receberam o "batismo no Espírito Santo".

1973-------- 30.000 católicos carismáticos se reúnem em Notre Dame.

1977-------- A Conferência Carismática da cidade do Kansas atrai 50.000 pessoas - metade delas católicas.

1983-------- O fundamentalismo declina, as Assembleias de Deus são agora as igrejas que mais crescem no mundo, com mais de 10.000.000 de carismáticos nos Estados Unidos.

DESDE 1983, OS LAÇOS ENTRE CARISMÁTICOS, ROMA E OS EVANGÉLICOS TÊM SE ESTREITADO CADA DIA MAIS. ISSO É RESULTADO DE VÁRIOS FATORES:

O Movimento Salvemos Nossa Herança Cristã

O Movimento Salvemos Nossa Cultura

A Maioria Moral

A Coalizão Cristã

O Movimento Pró-Vida

O Documento Evangélicos e Católicos Juntos

Os Promise Keepers

A INICIATIVA DAS RELIGIÕES UNIDAS

Enquanto alguns desses movimentos e organizações são realmente conservadores e bem-intencionados (outros não são nem conservadores e nem bem-intencionados), a trágica verdade é que essas "boas causas" fizeram vastas contribuições para enganar os verdadeiros cristãos a fim de abraçarem o Movimento Carismático, suportando assim a construção da Religião Mundial Unificada do Anticristo. Os fatos desse cenário exibem um chocante alerta para todos aqueles que estão dispostos a considerá-los até às conclusões lógicas: Os Iluminati viram o potencial de manipular os pentecostais, e se infiltraram em grupos pentecostais logo após a Segunda Guerra Mundial. O papado foi infiltrado pelos lluminati nos anos 50 (1950), e não somente resultou em diretrizes contrárias ao catolicismo tradicional por ocasião do Vaticano II, mas publicamente acolheu os objetivos dos Iluminati numa abrangente Religião Mundial Unificada. Quando o Movimento Ecumênico fracassou, o solo fértil dos Illuminati na Universidade de Yale tornou-se um ninho de desova para os carismáticos católicos e protestantes. Aqueles que acham a sugestão de uma conspiração nesse cenário uma ideia execrável não estão enxergando a visão de longo prazo dos Iluminati dentro (e não entre) das linhas apresentadas anteriormente. O plano é criar uma Igreja Mundial Unificada debaixo da liderança do papado e a Bíblia confirma o sucesso final desse plano em Apocalipse 13 e 17. O ponto principal nesse caso é o ataque contínuo aos cristãos fundamentalistas, que se mantêm em oposição ao sucesso do plano. Entretanto, a calamidade do fundamentalismo e do evangelismo é encontrada na Religião Orientada Para Resultados, que produz crescimento da igreja em detrimento da doutrina.

Esses métodos produzem membros que não têm a menor ideia no que creem ou por que creem. Tais soldados mal-equipados são presas fáceis nas batalhas espirituais que aqueles que são verdadeiramente nascidos de novo no Espírito de Deus enfrentam. Esses membros de igreja que são produto da Religião Orientada Para Resultados são ainda enganado por causa da fama dos líderes carismáticos, que não podem ser criticados pelo fato de terem igrejas grandes e lotados templos. Este autor presenciou isso em primeira mão em uma Igreja Batista Independente. No culto de domingo à noite, um famoso pastor carismático do Brooklyn, em Nova York, estaria pregando em uma mensagem gravada em vídeo. O pastor local declarou, "Podemos discordar desse homem em alguns pontos doutrinários "menos importantes", mas ele tem uma grande igreja, de modo que deve estar fazendo alguma coisa certa!". Essa é a essência da Religião Orientada Para Resultados - O pastor, nesse exemplo, estava disposto a violar os mandamentos das Escrituras sobre separação por que achava que a congregação se beneficiaria com as instruções sobre "a igreja em crescimento" que aquele homem podia transmitir.

A TERCEIRA ONDA

A Terceira Onda do Movimento Carismático foi concebida no interior do Seminário Teológico Fuller, em Pasadena, na Califórnia, pelos professores de Crescimento de Igrejas Peter Wagner e o falecido John Wimber. Ambos lecionavam no curso "Sinais e Maravilhas e Crescimento de Igrejas", no Seminário de Pasadena. Evidentemente, eles nunca leram as palavras de Jesus quando disse: "Uma geração má e adúltera pede um sinal" [Mateus 16:11a]. Esses dois homens se tornaram os co-conspiradores em um plano de marketing para incitar o crescimento de igrejas por meio do livro de Wimber, "Evangelismo de Poder", que definia o conceito de poder do Reino e sua relação com o evangelismo. Wimber afirmou, "Os primeiros cristãos claramente tinham uma abertura ao poder do Espírito, o que resultou em sinais e maravilhas e crescimento da igreja."  Essa afirmação pode ser escrita de forma analítica para definir a essência exata da teologia da Terceira Onda Carismática: (Poder do Reino + Autoridade do Reino + Evangelismo do Reino) x (Sinais + Maravilhas) = Crescimento da Igreja. Essa equação tem mais complexidades intrínsecas do que os nossos olhos podem ver. Em primeiro lugar, qualquer referência a uma frase como "Poder do Reino" já deveria ser imediatamente um alerta vermelho a qualquer indivíduo que estuda a Palavra de Deus.

Biblicamente falando, não existe "Poder do Reino" nesta era, e não importa quão constantemente essa ou frases semelhantes como "Autoridade do Reino" apareçam nos textos de Wimber ou nos modernos hinos de louvor (veja o hino, Majesty, de Jack Hayford), esse é um conceito antibíblico. Em suas observações editadas nas salas de aula do Seminário, Wimber empregava grosseiramente mal o conceito do Reino de Deus à igreja. Sua tese inteira baseava-se em uma falsa premissa que como a igreja é o Reino de Deus, seus membros devem exercer os sinais e maravilhas que Jesus operava. Ele foi tão longe que atacou a onisciência (como também a fundamental deidade de Jesus Cristo) quando declarou: "Jesus frequentemente fazia perguntas sobre a necessidade de cura, indicando que; embora algumas vezes recebesse palavras de conhecimento, outras vezes não as recebia, e; queria ter seu foco exatamente no alvo." Será que Wimber não percebeu que Jesus Cristo, quando andou aqui na Terra era Deus em carne? Será que não percebeu que Jesus Cristo era Deus, possuindo todos os atributos de Deus?

A discrepância de que Jesus às vezes não tinha conhecimento de uma enfermidade e precisava de assistência do Espírito Santo é blasfêmia contra o Deus encarnado! No entanto, os métodos de crescimento da igreja nas aulas de Wimber e Wagner eram um exercício de Evangelismo do Reino, Princípios do Reino e Autoridade do Reino. Para que isso acontecesse o "Povo do Reino" deveria utilizar sua Autoridade do Reino para, entre outras coisas, "ressuscitar os mortos".  Observe também a seguinte declaração de Wimber: "Deus usa nossas experiências para nos mostrar mais completamente o que ensina para nós nas Escrituras, muitas vezes derrubando ou alterando elementos de nossa teologia e da nossa cosmovisão." Se esse é o caso, todo cristão que já andou na face da Terra deveria escrever crônicas de suas experiências como apêndices à inspirada Palavra de Deus. Se nossas experiências alteram nossa teologia, isso não faz com que a Palavra de Deus esteja subordinada à experiência humana? De onde nossa teologia deve se originar?

A única fonte para a verdadeira teologia está dentro das páginas da escrita e preservada Palavra de Deus. A teologia não deve vir de visões, sonhos ou experiências humanas. Ela é derivada apenas do ensino doutrinário encontrado na Palavra de Deus. Quando o clamor contra o curso de Wagner e Wimber no Seminário de Pasadena chegou ao ponto em que o curso foi cancelado (a despeito do fato de ser a maior classe do seminário), Wimber colocou sua teologia em ação e fundou a Comunidade Cristã Vineyard (Videira). As Comunidades Videira cresceram sob a liderança de Wimber para setecentas congregações no mundo inteiro, e tornaram-se o catalisador para a TERCEIRA ONDA do Movimento Carismático, que enfatizava os "sinais e maravilhas", sobre aqueles que no passado enfatizaram o falar em "línguas". O efeito torrencial do Movimento Videira incluiu a formação da organização do Promise Keepers (o fundador do Promise Keepers, Bill McCartney, é membro da Comunidade Videira, em Boulder, no Colorado, e os membros da Videira dominam o quadro dos PK) e o infame e sem base bíblica "Reavivamento do Riso", que varreu o mundo todo e foi originado na Comunidade Videira do Aeroporto, em Toronto, no Canadá. Embora Wimber tenha cortado relações com a Comunidade de Toronto por causa de extravagâncias como "o rugido do leão" em 1996, em 1995 a revista Charisma informou que em mais de 500 igrejas Videira nos Estados Unidos ocorria o fenômeno do Avivamento do Riso.  A Comunidade Videira em Kansas City tornou-se a casa dos infames "Profetas de Kansas City", liderados por Paul Cain. Hank Hanegraaf relata:  "John Wimber, o fundador da Videira, acredita que Paul Cain é o principal profeta da Terceira Onda (ênfase adicionada)... que viria com sinais e maravilhas... nas palavras de Wimber, 'ele é muito parecido com Jeremias e com João Batista, separado antes do nascimento para o ministério que exerce agora.'"

A TEOLOGIA DO DOMÍNIO

Um dos fios de ligação mais comuns que permeiam a teologia carismática de Seymour a Robertson é a ideia de que a verdadeira igreja está sendo restaurada (ou reconstruída) em um grande reavivamento dos últimos tempos. Parece que muitos, se não a maioria dos notáveis pregadores e evangelistas carismáticos acreditaram que foram chamados por Deus se não para iniciar, ou certamente para lançar tal reavivamento na criação errônea de uma "coisa nova" baseando-se em Isaías 43:18-19 "Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo". Por exemplo, Alexander Dowie (que foi justamente o mentor de Charles Parham) proclamou-se "Elias, o Restaurador" e o "primeiro apóstolo da igreja dos últimos tempos". Embora o termo técnico para alguém que proclama tal coisa seja "paranóia esquizofrênica com mania de grandeza", proclamações desse tipo continuam nos círculos carismáticos até os dias de hoje. No momento que essa linha de pensamento alcançou o sistema da Videira, sob a liderança de John Wimber, os profetas da Videira estavam anunciando "que nos últimos dias o Senhor estaria restaurando ministérios quíntuplos, caracterizados por apóstolos, profetas, pastores, mestres e evangelistas para a igreja atual" para também iniciar um grande reavivamento no fim dos tempos. 

A questão então deve ser perguntada: Aonde tão grande reavivamento nos guiaria? Quando levado a conclusões lógicas, a resposta é muito simples. Se tivesse de haver tão grande reavivamento que afetaria a humanidade, não seria então a condição mundial mudada drasticamente? A lei secular não se tornaria a lei do próprio Deus? Não seriam os pastores a classe dominante a interpretar e estabelecer as leis de Deus? Isso não daria domínio à igreja de toda a humanidade? Isso não restauraria assim o sistema da Lei do Antigo Testamento como governante catalisador para iniciar uma nova era de paz e justiça? Isso não prepararia a Terra para sua apresentação a Jesus Cristo, para seu retorno físico e reinado?  A resposta para todas essas perguntas é: SIM. Entretanto, essa linha de pensamento apresenta muitas barreiras bíblicas: 

A origem de um "Reino Cristão" terreno governado por homens de carne e sangue não-ressurretos foi a fabricação do sistema católico romano. A Igreja de Roma era (e é) anti-milenar - rejeita o reinado literal de mil anos de Cristo, e vê as referências ao Reino terreno de Deus como manifestas em si mesma - A Igreja Católica Romana. Sendo assim, algumas denominações protestantes (por exemplo, a luterana) retiveram a ideia que a igreja é a manifestação do Reino de Deus. Outros protestantes seguiram os ensinos de Knox e Calvino e alegorizaram as Escrituras proféticas dentro de um produto pós-milenar de suas imaginações. Essa visão pós-milenar conjecturava que o Reino Milenar de Deus era a igreja, e que os mil anos não eram anos literais, mas simbólicos. O sincretismo dessas posições errôneas conduzem ao conceito de que o Reino de Deus na Terra seria: representado pela verdadeira igreja.

CAPITULO 22

RECONSTRUÇÃO DA VERDADEIRA IGREJA

A verdadeira igreja foi corrompida depois do primeiro século e entrou em um estado de semiletargia.  A verdadeira igreja seria reconstruída nos últimos tempos, sob a liderança de um novo grupo de profetas e apóstolos, que se caracterizariam pela utilização dos sinais e maravilhas restaurados. Essa igreja reconstruída dos últimos tempos prepararia então a Terra para o Rei Jesus Cristo, que governaria o mundo.  Esse cenário requereria que a igreja dos últimos tempos ganhasse o controle sobre toda a humanidade, tomando posse do controle do sistema jurídico. Isso requer um governo mundial, controlado pela igreja, funcionando como a entidade legislativa para toda a humanidade. Em resumo, essa é a essência da Teologia Reconstrutivista, ou de Domínio. Ela ensina que a igreja ou que os cristãos ganharão o controle do planeta antes da Segunda Vinda para tornar o mundo um lugar perfeito para o reinado de Jesus Cristo. Os assim-chamados profetas e apóstolos do reavivamento dos últimos tempos criariam uma força tão forte que todos na Terra se renderiam ao controle da igreja. Quando o dominionista Pat Robertson declarou que a organização dos Promise Keepers era um "direto cumprimento da profecia bíblica", estava fazendo referência ao fato de que sentia que os Promise Keepers eram um dos primeiros passos em direção ao domínio cristão na Terra.

Os membros da Igreja de Jesus Cristo devem se perguntar honestamente: "Como permitimos que isto nos acontecesse e onde foi que erramos tanto?" A profana e manipulada Guerra Cultural foi reconhecidamente perdida e houve uma óbvia inclinação à esquerda - na teologia, no estilo de vida, nas atitudes e nos valores - até mesmo nos círculos evangélicos e fundamentalistas. Na cena política, existem aqueles que se alegram por que muitos cristãos agora sentem que possuem um dos seus na politica e os seus representantes políticos dominam ambas as Casas de seus Congressos. No entanto, mesmo assim, as questões críticas diante das quais a nação se defronta não apenas continuam a descer a espiral moral, mas parece haver pouca ou nenhuma evidência de uma reviravolta nas tendências atuais. Existem aqueles, é claro, que ainda insistem que o mundo inteiro está diante de um grande reavivamento - existem alguns que até chegam o predizer que um novo e maciço exército de jovens cabeludos assumirá o voto de nazireu do Antigo Testamento e inspirará suas vidas no revolucionário original, Jesus Cristo. (Francamente, como um indivíduo que afirma ser um filho de Deus purificado em Seu sangue pode insinuar que o Deus encarnado foi um revolucionário está além de qualquer lógica, muito mais de qualquer possível compreensão erudita).

 No entanto, essa atitude equivocada ocupa um grande espaço nos mesmos temas que ameaçam a igreja. Na análise final, o Seminário Teológico Fuller, a revista Christianity Today, os neo-evangélicos, os modernistas, carismáticos, reconstrucionistas e dominionistas devem ser sarcasticamente parabenizados. Eles conseguiram alinhar-se cegamente com as forças obscuras de Lúcifer (satanás) em um nível suficientemente sutil para seduzir toda a comunidade evangélica, dos fundamentalistas aos católicos carismáticos, e cair na armadilha que veio a caracterizar a religião orientada para resultados. Esse alinhamento com as forças luciferianas não ocorreu da noite para o dia. A transição foi tão sutil e gradual que pode ser comparada ao sapo que foi colocado no caldeirão de água e cozinhado lenta e mortalmente sem se dar conta. Nem ocorreu uma mudança de atitudes e valores em um cataclismo violento, catastrófico, destruidor ou transformador. As mudanças vieram à tona sutil, lenta, sistemática e intencionalmente. Sob o risco de uma análise histórica excessivamente longa, deve-se, no mínimo, examinar as metas e aspirações daqueles envolvidos diretamente com as forças luciferianas para alcançar uma compreensão minuciosa sobre o desejo não apenas por um novo paradigma político, mas também por aqueles que desejam uma "igreja do novo paradigma" que culminará na religião mundial única, tão sucintamente profetizada na Palavra de Deus. Inicialmente, deve-se entender que esse chamado por um novo paradigma político conhecido como a Nova Ordem Mundial está baseado primariamente nos antigos valores daqueles que sobreviveram ao Dilúvio de Noé e em seus desejos satanicamente inspirados de um retorno à civilização pagã que existia antes do Dilúvio. Esse movimento foi liderado pelo bisneto de Noé, Ninrode, que tentou abrir o portão para o controle demoníaco de toda a humanidade. (O relato de seu fracasso e da destruição de sua religião global estão registrados em Gênesis 11.) Naquele ponto, Deus interveio para dispersar os homens pela face da Terra, confundindo seus idiomas e preservando uma linhagem justa por meio da qual emergiria Jesus Cristo - o Redentor da humanidade perdida e sem condições de salvar a si mesma. (Essa ação de Deus também estabeleceu o fundamento para a estrutura política do estado-nação soberano que tem sido predominante desde a queda do Império Romano.)

Após a derrota inicial de Lúcifer pela morte sacrifical de Cristo na cruz, as forças demoníacas assumiram então o desafio de atacar a Igreja, buscando destruir o legado da ressurreição e, em última instância, obter a vitória para o senhor das trevas. O relato bíblico dessa batalha pode certamente ser discutido ao longo de muitas páginas, mas os eventos começaram a ganhar um impacto exponencial no início do século XX. Em seu livro The Externalization Of The Hierarchy, a ocultista Alice Bailey (por meio da escrita automática) registrou as palavras do seu espírito-guia demoníaco, Mestre Djwahl Kuhl: "1934 marca o início da organização dos homens e mulheres… o trabalho grupal de uma nova ordem… com o progresso definido pelo serviço… a obra da Fraternidade… as Forças da Luz… e a partir da destruição de todas as culturas e civilizações existentes, a nova ordem mundial deverá ser construída."

 Mesmo antes de 1934, Alice Bailey certamente não tinha o monopólio dos poderes ocultistas. Um jovem pintor muito eloquente na Alemanha, discursando para as massas de cima dos barris de cerveja do lado de fora dos bares e usando os Protocolos dos Sábios de Sião como fonte de autoridade, proclamava: "A raça ariana é um salto no processo de evolução humana... para criar uma raça-raiz que viveria em novas condições no ambiente que seguiu à destruição da Atlântida (Nota: A veracidade da Atlântida de Platão é amplamente entendida como o mundo pré-diluviano real de Noé). Ensinada a respeitar e proteger a pureza de seu sangue. Sob o símbolo da "Roda Solar", ou Suástica, os novos iniciados assumirão a liderança... e se tornarão mediadores entre as massas e os elevados poderes invisíveis."  Esse mesmo indíviduo, Adolph Hitler, proclamou mais tarde: "… com a noção de raça, o Nacional Socialismo (Nazismo) usará sua própria revolução para o estabelecimento de uma nova ordem mundial." 

Esses mesmos conceitos foram imitados nos EUA e na Grã-Bretanha pelo socialista fabiano e insigne autor H. G. Wells: "A organização disto que eu chamo de Conspiração Aberta... que irá, por fim, prover ensino e serviços públicos coercitivos e diretivos a todo o mundo, é a tarefa imediata diante de todas as pessoas racionais... um Estado-mundial planejado está surgindo em milhares de pontos... um 'estado global-coletivista', ou 'nova ordem mundial', composta pelas 'democracias socialistas'. ... o individualismo nacionalista... é a doença do mundo... A necessidade manifesta de um controle mundial coletivo para eliminar a beligerância e... a necessidade de um controle coletivo das vidas econômica e biológica da humanidade, são aspectos de um único e mesmo processo." Proponho que isso seja alcançado por meio de uma 'lei universal' e da propaganda (ou educação)."  Com a Segunda Guerra Mundial surgindo no horizonte, os planos para um governo global aceleraram-se em um ritmo veloz. Conforme anunciou M. J. Bonn: "… o planejamento nacional significa anarquia internacional deliberada… Duvido que a ordem mundial de amanhã seja capitalista ou socialista. Ela provavelmente será as duas ou nenhuma...

O gênio da História não marcha pelas eras no solene passo do ganso... Mas o tempo todo ele segue avançando, e a cada avanço um passo rumo à nova ordem mundial é dado."  Percebe-se o perigo envolvido quando os líderes do sistema público de educação aderem ao cenário ocultista:  "A Associação de Educação Progressiva, organizada por John Dewey (o infame pai da Educação Progressiva), em 1947 dirigiu-se aos professores da nação, clamando pelo 'estabelecimento de uma ordem mundial genuína'... uma ordem na qual a soberania nacional esteja subordinada à autoridade mundial... uma ordem na qual a 'cidadania do mundo' assuma, assim, ao menos um status igual à cidadania nacional... A tarefa é experimentar técnicas de aprendizado que visem um consenso social inteligente.

Conforme a antiga ordem vai se desmoronando, e há uma nova e gratuita ordem lutando para nascer... Há uma febre de nacionalismo... mas o Estado-nação está se tornando menos e menos competente para exercer suas tarefas políticas internacionais... Essas são algumas das razões que estão nos pressionando para nos dirigirmos vigorosamente rumo à verdadeira construção de uma nova ordem mundial..."  A essência desse sentimento despertou suspeitas até mesmo no Congresso dos EUA. Em 24 de abril de 1954, o deputado republicano Usher Burdick, do Nebraska, relatou ao Congresso: "Sr. Presidente da Casa, não há dúvida de que agora existem uma compreensão e um acordo amplamente difundidos realizados entre os agentes deste governo e as Nações Unidas e a Organização do Tratado do Atlântico Norte para construirem um governo mundial, e para tornarem as Nações Unidas uma parte dele - a despeito da nossa Constituição, das nossas leis e tradições... Isso será feito em nome da paz... mas resultará na destruição total das nossas liberdades.

Os agentes que representam os EUA podem não estar tentando deliberadamente realizar esse trabalho desleal, mas o melhor que pode ser dito a respeito deles é que são uns tolos..."  Nos anos 70, as coisas haviam se agravado progressivamente. Richard Gardner escreveu na Foreign Affairs, a publicação oficial do Conselho de Relações Exteriores (CFR):  "Em resumo, a 'casa da ordem mundial' terá de ser construída de baixo para cima em vez de cima para baixo... um ponto final na soberania nacional, erodindo-a parte por parte, conseguirá muito mais do que o ataque frontal à moda antiga..."  Em 1975, na Assembleia Legislativa dos EUA, 32 senadores e 92 deputados assinaram a "Declaração de Independência". O documento afirmava:  "… precisamos nos unir a outros para trazer à tona a nova ordem mundial… Noções estreitas de soberania nacional não devem se interpor a essa obrigação."

Em 1991, o presidente George H. Bush fez a seguinte declaração no discurso "O Estado da União":  "… a crise no Golfo Pérsico oferece uma rara oportunidade para avançarmos rumo a um período histórico de cooperação. A partir destes tempos tumultuosos... uma nova ordem mundial poderá emergir..."  Quando a administração Clinton passou a controlar a burocracia de Washington, a situação deteriorada tornou-se ainda pior. O subsecretário de Estado, Strobe Talbot, membro dos Federalistas Mundiais, fez a seguinte declaração alarmante:  "No próximo século, as nações como as conhecemos agora, serão obsoletas. Todos os Estados reconhecerão uma única autoridade global. Talvez a soberania nacional não tenha sido uma ideia tão boa assim, afinal."  A  frase "nova ordem mundial" é geralmente interpretada pelo cidadão comum como um termo usado por fanáticos da direita que vivem sob uma constante e opressora névoa de paranóia incurável e fatal. Entretanto, os fatos provam exatamente o contrário: o uso dessa terminologia pelos indivíduos específicos supracitados (em suas próprias palavras) atesta que de fato existe uma hierarquia ocultista que está se esforçando para construir uma sociedade socialista utópica baseada nos mistérios pré-diluvianos de origem luciferiana. Acusar esses indivíduos de praticar a religião do satanismo pode ser algo muito extremo, mas identificar suas motivações como inspirações luciferianas é certamente qualquer coisa menos extremo.  As demais frases destacadas, além de "nova ordem mundial", também indicam alguns pontos relevantes para discussão:

 "Surgindo em milhares de pontos": Alice Bailey, em The Externalization Of The Hierarchy, usou pela primeira vez essa frase de H. G. Wells. Ela também repetiu essa frase em sua obra Discipleship In The New Age, como "a vida dedicada ao serviço", "pontos de luz ininterruptamente brilhantes", e novamente em The Externalization Of The Hierarchy, como as "Forças da Luz". A Lucis (Lúcifer) Trust, em sua publicação "Becoming Sunlike", reiterou esse conceito com a declaração: "Entre todos os que se identificam com este grupo, buscando cooperar com seu propósito e aliando seus pequenos pontos de luz, o novo grupo de servos mundiais cumprirá sua promessa e se tornará o portador da luz planetária da Era de Aquário, a tocha radiante a iluminar o caminho para uma humanidade carente."

Essa mesma frase também foi repetida pelo presidente Bush em 1991 quando elogiou a Nova Ordem Mundial no discurso "O Estado da União":  "O que está em jogo é mais do que um pequeno país, é uma grande ideia - uma nova ordem mundial... para atingir as aspirações universais da humanidade... baseada nos princípios compartilhados e no império da lei... a iluminação de milhares de pontos de luz... os ventos da mudança estão conosco..."  Por que um presidente norte-americano usaria essa terminologia? Esses termos são elementos-chave da ideologia ocultista - serviço voluntário em milhares de pontos de modo a preservar e ampliar o grupo (sobrevivência da espécie) que resultará na nova ordem mundial. Se de fato deve haver um esforço para construir uma nova ordem mundial, ela deve substituir a antiga ordem mundial. Se a antiga ordem deve ser substituída, então os valores individuais devem se subordinar aos valores do grupo.  Quando M. J. Bonn afirmou que o mundo de amanhã não será socialista nem capitalista, estava apenas confirmando a declaração de Wells de que sua Nova Ordem Mundial seria composta de "democracias socialistas". Esse conceito se torna ainda mais esclarecedor quando percebemos que as declarações feitas por personalidades como Al Gore, Bill Clinton, George Bush, George W. Bush, e muitas outras, que falaram em "tornar o mundo seguro para a democracia", transformando o Iraque em uma "democracia", etc., não fazem referência ao fato de que essas novas "democracias" serão governadas da mesma maneira que são os EUA. Em primeiro lugar, é preciso entender a definição de democracia:  "Uma democracia é quando dois lobos e uma ovelha decidem o que terão para o jantar."

Os Estados Unidos da América não são uma democracia - são uma república representativa. Em uma república representativa, a maioria governa por meio de seus representantes, mas os direitos da minoria são protegidos pelo Estado de Direito. (O Estado de Direito equivale à Justiça - não à tolerância pós-moderna como base dos padrões morais.) A república representativa está baseada no sistema econômico do capitalismo.  No outro extremo do espectro está o comunismo, o sistema que deriva do socialismo marxista. Quando alguém utiliza a dialética hegeliana para sintetizar a democracia e o socialismo, a síntese resultante é exatamente aquilo que M. J. Bonn e H. G. Wells vislumbraram - uma democracia socialista. Uma democracia socialista, portanto, é um sistema por meio do qual a maioria governa buscando a distribuição equitativa da riqueza da nação. Por que a maioria governaria para o socialismo? Simples - em uma democracia socialista a maioria está sob a caridade do governo, e votará para manter tal governo intacto. Um governo desse tipo seria tirânico, e as liberdades individuais seriam voluntariamente sacrificadas pela maioria votante para manter o caminhão de mantimentos do governo passando diante da sua porta. Essas são as novas democracias de Clinton, Gore e Bush.   "Nova Ordem Mundial": O conceito de uma Nova Ordem Mundial é bastante simples: o sistema político mundial deve ser revertido ao conceito de império mundial, abandonando o atual sistema de Estados-nação. Quando Strobe Talbot afirmou que "talvez a soberania nacional não tenha sido uma idéia tão boa assim, afinal ", estava falando de um sistema de federalismo mundial - um governo global. A Bíblia é muito clara quanto ao fato de que essa busca por uma Nova Ordem Mundial eventualmente acontecerá. A profecia de Daniel é bastante clara ao demonstrar que um governo mundial composto por dez reinos individuais será o sistema político do líder mundial - o Anticristo.  Valores Comuns: Os Tijolos da Construção do Globalismo  Se alguém ambiciona criar a unidade global na diversidade, que estratégia serviria para unificar aqueles que possuem histórias, religiões e culturas diferentes?

A solução para essa questão é realmente muito simples (a implementação da solução não é tão simples, mas a solução em si é simples): buscar um terreno comum entre os que são diferentes e cultivá-lo. Uma vez que o terreno comum seja encontrado, construa sobre ele um sistema de valores comuns e, dessa forma, estabeleça a unidade. Assim que os valores comuns estiverem estabelecidos, aqueles cujos valores estiverem em oposição à maioria precisarão mudar (ou algo mais). O cerne da questão gira em torno do fato de que os valores globais estão em conflito direto não apenas com os cristãos fundamentalistas, mas também com as atitudes e valores daqueles que tornaram este país grandioso. Por exemplo, os valores básicos daqueles que forjaram uma nação a partir de uma terra selvagem estavam baseados no individualismo rude que exemplificava o "espírito pioneiro" daqueles indivíduos.

De modo semelhante, a fé cristã também está baseada na salvação individual, na responsabilidade e na relação pessoal com o Deus Todo Poderoso. Em contraste, os valores do "novo paradigma" enfatizam o bem do grupo - não do indivíduo.

É essa supervalorização do grupo copiada pelas organizações ocultistas e por outros globalistas que se infiltrou na psique das novas gerações. É esse mesmo sistema de valores de pensamento de grupo que sutilmente anuviou a igreja de Jesus Cristo e a maioria de seus membros nem sequer percebe o que aconteceu. Esses são aqueles que estão começando a se perguntar: "Como foi que isto aconteceu?" Entretanto, a maioria foi ludibriada a mudar suas atitudes a ponto de estar à beira do (ou ter mergulhado no) precipício de acolher a tolerância pós-moderna e rejeitar as verdades eternas da Palavra de Deus. Embora o movimento por uma mudança de valores seja aparentemente político, ele irá, por fim, resultar em mudanças espirituais avassaladoras. O aspecto político tem sido abertamente exposto em diversas frentes. A publicação das Nações Unidas, "Our Global Neighborhood" (Nossa Vizinhança Global), faz apelo após apelo por novos valores que enfatizem a necessidade de se criar uma nova ética global:  "A nova ordem mundial precisa ser organizada em torno da noção de governo da diversidade, não da uniformidade; governo da democracia, não do domínio... construídos sobre o fundamento da primazia dos valores de convivência global sobre o nacionalismo da discórdia..."

O ex-premier russo Mikhail Gorbachev, falando como fundador do grupo ambientalista radical Green Cross, afirmou:  "... o século XXI será um século de crise total... ou da regeneração humana..."  Ele fez a seguinte afirmação em uma entrevista para uma organização ocultista chamada Instituto de Ciências Noéticas:  "Hoje a humanidade está diante de uma escolha… precisamos encontrar um novo paradigma… que possa estar baseado em valores comuns… desenvolvido ao longo de muitos séculos... a busca por um novo paradigma deve ser a busca pela síntese, por aquilo que é comum e une as pessoas, os povos e as nações, em vez de aquilo que os divide."  Observe que o "novo paradigma" sobre o qual ele fala evoca a dialética hegeliana exatamente da mesma maneira como fez H. G. Wells: a busca pela síntese - o terreno comum que une o grupo - e, dessa forma, toda a humanidade. Esse, mais uma vez, é o mesmo plano executado por Ninrode - o plano que o Deus Todo Poderoso rejeitou.

A humanidade, sob a influência e a orientação diretas de Lúcifer, está buscando adorar e servir a criatura ao invés do Criador ao construir uma nova torre de Babel - a preciosa Nova Ordem Mundial.  Outras organizações estão seguindo a mesma estratégia. Por exemplo, a Carta da Terra, dirigida pelo Dr. Stephen Rockefeller, afirma:  "… uma declaração de princípios fundamentais… clarificando os valores humanos compartilhados e desenvolvendo uma nova ética global por um modo de vida sustentável... A Terra está em um momento decisivo... crescimento dramático da população... modelo de dominação da produção e do consumo... meio-ambiente em degradação... extinção maciça de espécies... pobreza... criminalidade... violência... Mudanças fundamentais em nossas atitudes, valores e modos de vida... reconhecemos a necessidade urgente de uma visão comum de valores básicos que garantirá uma fundamentação ética para a comunidade mundial emergente... afirmamos os seguintes princípios para o desenvolvimento sustentável..."  Novamente, na Carta da Terra aparece o sistema de valores de pensamento de grupo. Um sistema de valores que estará baseado na nova tolerância e culminará numa visão de mundo pós-moderna - um sistema de valores que diminuirá a importância do indivíduo, das liberdades pessoais, da responsabilidade pessoal perante um Deus Todo Poderoso - tudo o que importa é o grupo. A tese da Carta da Terra é que a humanidade deve mudar seus valores ou enfrentar a destruição da Terra e a extinção da espécie humana. Como Wells afirmou, a humanidade deve avançar rumo à Era de Aquário - a era em que o homem perceberá que, de fato, é um deus. 

O que está em jogo aqui é um dos principais temas religiosos, pois esse movimento é tanto religioso quanto político. Esse fato é claramente evidenciado em muitas frentes. Como declara o documento "Nossa Vizinhança Global": "Precisamos de um conjunto de valores comuns e centrais ao redor do qual possamos unir os povos, a despeito de seus históricos culturais, políticos, religiosos..."  Entretanto, se o objetivo é unir a humanidade com base em valores religiosos comuns, qual religião o mundo deve abraçar? A Boa Vontade Mundial, uma divisão da Lucis Trust, afirma:  "… A preparação por homens e mulheres de boa vontade é necessária para introduzir novos valores de vida, novos padrões de comportamento, novas atitudes... de não-segregação e cooperação que conduzam a relações humanas adequadas e um mundo de paz. O vindouro Instrutor Mundial estará fundamentalmente preocupado com os requisitos para uma nova ordem mundial..."  "...

O Novo Grupo de Servos Mundiais... pode ser referido como a personificação do emergente Reino de Deus na Terra, mas deve-se lembrar que esse reino não é um reino cristão ou um governo terreal."  Essa afirmação deve fazer gelar o sangue de qualquer um que esteja mesmo que apenas remotamente familiarizado com a profecia bíblica. A Lucis Trust e o Novo Grupo de Servos Mundiais estão, com toda a certeza, trabalhando em preparação para a vinda do governante mundial - nenhum outro senão o Anticristo. Além disso, a terminologia deles deve fazer qualquer cristão com discernimento tomar nota de todos os que falaram abertamente do chamado da Nova Ordem Mundial. Esses são os indivíduos que estão marchando segundo os tambores de Lúcifer, e preparando a Terra para o próprio Anticristo.  A chave para as "novas atitudes de não-segregação e cooperação" está personificada no valor mais reverenciado do novo milênio - a tolerância. Cada aspecto dos valores alterados e das crenças alteradas da Nova Ordem Mundial pode ser resumido na total aceitação da nova tolerância. Para reiterar a definição da palavra "tolerância" foi modificada. No passado, a definição de tolerância estava baseada na valorização e no respeito às culturas, crenças, comportamentos e estilos de vida de um indivíduo, sem necessariamente aprovar ou participar dessas mesmas crenças e comportamentos. A tolerância diferenciava o próprio indivíduo do seu comportamento. Em termos claros, a tolerância costumava significar que alguém "tolerava aquilo de que não gostava ou do que discordava". Entretanto, os anos 90 introduziram uma nova definição pós-moderna de tolerância. A definição está baseada no conceito de que, já que toda verdade é relativa, existem muitas verdades diferentes. Além disso, nem uma verdade é superior a alguma outra verdade. Todas as verdades são iguais. Se todas as alegações de verdade são iguais, então todas as religiões são iguais. Se todas as religiões são iguais, então qualquer cristão que citar as palavras de Jesus Cristo: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" [João 14:6] está sendo preconceituoso e arrogante. Já que a nova tolerância permeia a cultura e o sistema jurídico, o cristão não terá o direito legal de propagar sua religião, cumprir a "grande comissão" ou até mesmo de expressar suas convicções.

OS EVANGÉLICOS E A NOVA ORDEM MUNDIAL

Como o cristianismo chegou a este ponto? Como todo esse discurso da Nova Ordem Mundial e a nova tolerância se relacionam com o Movimento Carismático, o dominionismo, o Seminário Teológico Fuller ou a religião orientada para resultados? Qual possível correlação pode existir entre as facções ocultistas que regem este mundo e os evangélicos modernos? Os textos deste manuscrito detalharam o movimento do cristianismo conservador num contínuo desvio para a esquerda, e a igreja tem enfrentado uma batalha ininterrupta pela preservação da pureza desde o começo do século XX. Mal a busca pela verdade ganha força e outro ataque procura atingir o coração da verdade bíblica. Esses ataques se manifestam quando a igreja perde o foco de sua verdadeira missão e divaga em áreas fora dos mandamentos e preceitos das Escrituras. ( A verdadeira missão da igreja é a edificação dos santos, alcançar os perdidos para Cristo e, subsequentemente, educar esses convertidos para que atinjam a maturidade espiritual.)

A grande tragédia da segunda metade do século XX e início do século XXI é o fato de que muitas das igrejas fiéis à Bíblia que foram organizadas em oposição e como resultado direto do Modernismo nos anos 60 e 70 estão agora sucumbindo ao neo-evangelicalismo e à religião orientada para resultados. 

A ascensão da religião orientada para resultados pode ser diretamente ligada à infusão dos valores mutáveis de pensamento de grupo do globalismo e da vindoura religião global. Na religião orientada para resultados, o foco torna-se o crescimento da igreja. Ao tornar o crescimento da igreja o resultado final, o foco da missão integral da igreja é subjugado ao ponto que aspectos críticos da missão da igreja são sacrificados, os ensinos doutrinários são minimizados, os padrões são ignorados para aumentar os números, e temas populares extra-bíblicos tornam-se o centro do dogma da igreja. Embora todos esses assuntos venham a ser discutidos em profundidade em capítulos subsequentes, a falta de ensino doutrinário tem sido o principal catalisador a levar os evangélicos modernos à enganação. As seguintes estatísticas confirmam esse fato: 57% dos jovens que frequentam a igreja não acreditam que exista um padrão objetivo de verdade; 53% daqueles que se identificam como cristãos conservadores não acreditam na verdade absoluta; 84% dos calouros de faculdades cristãs não são capazes de defender ou explicar suas crenças; 66% daqueles que dizem ser importante seguir os ensinos bíblicos rejeitam os absolutos morais.

Todas as doutrinas bíblicas dependem da doutrina da inspiração das Escrituras. Os que aceitam essa doutrina acreditam que a Bíblia é inerrante e infalível. Assim, para aceitar a doutrina da inspiração, deve-se sustentar que a Palavra de Deus é a verdade absoluta. Portanto, se "cristãos conservadores" adultos ou "jovens frequentadores" rejeitam a verdade absoluta, estão na verdade rejeitando a Palavra de Deus. Por que tal indivíduo rejeitaria a verdade absoluta? Uma pessoa rejeitaria a verdade absoluta caso abraçasse o valor predominante do novo paradigma - a tolerância. Existem duas razões pelas quais alguém que se diz cristão abraçaria a tolerância pós-moderna: Esse indivíduo não aprendeu a doutrina da inspiração em sua igreja. O valor do pensamento de grupo da tolerância permeou sua psique ao ponto que esse indivíduo subordinou a verdade bíblica ao erro ocultista.  O fato de 84% dos calouros de faculdades cristãs não serem capazes de defender ou explicar suas crenças é evidência incriminante de que a igreja não está ensinando doutrina aos jovens. O que as igrejas estão ensinando aos jovens? No caso da religião orientada para resultados, é inevitável concluir que as igrejas estão ensinando aquilo que atrai mais jovens ao grupo de jovens. Os marqueteiros condutores do crescimento da igreja dirão que a igreja deve ir de encontro às "necessidades sentidas" dos não-frequentadores de modo a trazê-los ao redil. Esse é o caso tanto com os jovens quanto com os adultos. Ir de encontro às necessidades sentidas pode levar a animadoras sessões de terapia em grupo, mas não incluirá qualquer ensino de doutrinas. Dessa forma, esses jovens e adultos não têm idéia daquilo em que acreditam e jamais serão capazes de defender a fé. A experiência pessoal deste autor pode novamente ser utilizada nesta situação. Como membro de uma igreja batista independente, o pastor fez a seguinte declaração em referência ao programa da Escola Dominical da igreja:

"Em nossa Escola Dominical ofereceremos um currículo interessante que irá de encontro às necessidades dos participantes. Não perderemos tempo ensinando teologia entediante."  Quantos outros pastores evangélicos acham que teologia é entediante? Se a teologia é rotulada como entediante por um pastor, quantos membros da igreja dele tomarão a iniciativa de estudar teologia em casa? Se nenhuma teologia for ensinada na igreja ou estudada em casa, como um membro dessa igreja conhecerá aquilo em que realmente crê? Se um indivíduo não conhece aquilo em que realmente crê (ou se um indivíduo não sabe por que crê naquilo que crê), esse indivíduo é um alvo fácil para a enganação. O antigo adágio certamente se aplica nesse caso:  "Aquele que não se atém a alguma coisa cairá por qualquer coisa."  O ministério orientado para resultados evita o ensino da doutrina por que a DOUTRINA DIVIDE. Mais do que isso,

A DOUTRINA DIVIDE POR QUE A VERDADE DIVIDE

Dessa forma, aqueles que subjugam tudo ao crescimento da igreja desencorajam a ênfase no ensino da doutrina porque tal divisão atrapalha o crescimento exponencial. É nesse ponto que os "agentes da mudança" do novo paradigma causam um impacto maior na igreja. A ausência de ensino de doutrinas na igreja abriu a porta para aqueles que procuram mudar os valores cristãos em valores de pensamento de grupo do novo paradigma. O fato duro e frio da questão é que acolher o valor da nova tolerância acabará minando todas as facetas do ensino bíblico.  Os perigos do novo paradigma são aumentados ainda mais por aqueles que foram influenciados pelo Movimento Carismático e pela Teologia do Domínio. As questões que surgem com aqueles que estão envolvidos no Movimento Carismático são a abertura para outra avenida de união com aqueles que rejeitam as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus. Uma vez que alguém abrace a onda do "Movimento de Sinais e Maravilhas" (essa é a estratégia de marketing desenvolvida no Seminário Teológico Fuller por Peter Wagner e pelo falecido John Wimber) ou mesmo o falar em línguas, esse indivíduo tende a basear o ponto de camaradagem ou união em manifestações carismáticas, em vez de na pureza doutrinária.

Isso é evidenciado pelo fato de pentecostais e católicos romanos se reunirem em conferências carismáticas, como a Conferência da Cidade de Kansas em 1977, onde 50% dos participantes eram católicos romanos. A Teologia do Domínio vai um passo além, pois ensina que a Igreja governará o mundo antes do retorno de Cristo. Já que a maioria dos que aceitam esse ensino desviante também abraça as manifestações carismáticas, a falsa união evidenciada nesse movimento prepara os envolvidos para a enganação da tolerância e do globalismo, como a manifestação do Domínio Cristão. Isso foi exemplificado pelo dominionista Pat Robertson em seus comentários a respeito da organização Promise Keepers. Robertson afirmou animadamente no Clube 700: "Os Promise Keepers são um cumprimento direto da profecia bíblica". Ao fazer essa afirmação, ele revelou no ato que fundamentalistas, evangélicos, mórmons e católicos romanos estavam todos se unindo em "nome de Jesus" e, assim, dando a oportunidade para grupos de diversas posições doutrinárias se unirem em torno daquilo que têm em comum. Obviamente, essa é a crença dos teólogos do Domínio. Para tornar as teorias dominionistas uma realidade, grupos distintos devem deixar de lado suas diferenças e se unirem em torno daquilo que têm em comum. Esse tipo de erro está preparando os carismáticos e os dominionistas para que caíam vítimas da enganação luciferiana dos valores e atitudes de pensamento de grupo que os levará a apoiar aquilo que todos os cristãos deveriam dogmaticamente rejeitar.

CAPITULO 23

A COSMOVISÃO PÓS-MODERNA

O pós-modernismo não é nada mais que o sistema de valores reprocessado dos valores de pensamento de grupo ocultistas da Nova Ordem Mundial com as definições alteradas. Um artigo no sítio da Xenos Christian Fellowship traz exemplos da cosmovisão pós-moderna conforme evidenciados em diversas facetas da vida: Educação - Os professores não são mais transmissores de informação para as crianças, mas facilitadores à medida que as crianças constroem seu próprio conhecimento. Ciência - Muitos afirmam hoje que a Física prova que o mundo todo está interconectado, e alguns afirmam até mesmo que a Física Quântica mostra que o universo não é racional. A verdadeira ciência e a cultura ocidental também estão constantemente sob o ataque de Hollywood. Psicoterapia - Se o psicoterapeuta deve fazer um julgamento que resulte num melhor estado de espírito para o paciente, tendo em vista o pensamento pós-moderno, a questão é: "O que constitui um melhor estado de espírito?" Como um julgamento de valores desse tipo pode ser feito quando a realidade é construída na mente do paciente? Religião - A nova tolerância do pós-modernismo não permite o questionamento das visões religiosas dos outros. A única exceção é não apenas a permissão, mas o encorajamento à censura de qualquer religião arrogante o suficiente para pensar que conhece a verdade. História - Não olhamos mais para o que aconteceu na História. Aquilo jamais será conhecido e, além de tudo, a realidade de cada um era diferente na época, bem como agora. Na história cultural pós-moderna, cada grupo marginalizado teve sua própria experiência, sua própria realidade. O objetivo da história é dar voz às minorias silenciadas e marginalizadas. Literatura - O foco do significado literário passou do autor para o leitor, que produz ou constrói novos significados a partir do texto, como alguém que observa uma pintura.

Interpretação Bíblica - Deus não tem mais a autoridade na Sua Palavra. Agora, o leitor constrói o significado: "O que isso significa para mim?" - é a única coisa que podemos saber. Lei e Governo - As pessoas são o produto da sua cultura e apenas imaginam que se auto-governam. Toda lei é vista como um engenho político planejado para conter os pobres, as mulheres, as minorias ou aqueles que têm preferências sexuais alternativas.  O pós-modernismo é o ápice do curso natural da história. É o clímax da progressão natural da história conforme a humanidade desce a ladeira escorregadia que leva ao reino do Anticristo. A enganação associada necessária para trazer essa filosofia fatal à tona lançará os cristãos imprudentes em um estado de completa ineficácia - se não de total desilusão. O Dr. Rod Bell respondeu à questão "Como chegamos a esta situação?" observando um cisma no fundamentalismo durante a década passada devido às seguintes razões: Pregação superficial no púlpito - com a ênfase alterada da pregação do púlpito para a promoção na Escola Dominical. 

Evangelismo superagressivo - O fim justifica os meios, espetáculos paralelos, gigantes do ringue, táticas carnavalescas vulgares - dependentes da motivação exterior ao invés do motivador,  super métodos de venda com abordagem positiva: essas filosofias produziram a "crença fácil". Separação de segundo grau - "Somos apenas tão fortes e duradouros quanto somos biblicamente separados da contemporização." Filosofia da imagem de sucesso.  Ignorância nas Escrituras quanto à separação bíblica.  Humanismo secular - "A igreja está seguindo as opiniões dos homens, não a Palavra de Deus." Rejeição do suporte às missões. Essas questões se tornaram os tijolos de uma igreja fraca - uma igreja sem substância nem estrutura. Essa é a igreja fadada à enganação. Quando um homem nasce de novo, ele não se torna misticamente imune à enganação. É a responsabilidade desse homem "sujeitar-se a Deus" (Tiago 4:7), estudando e prestando atenção aos preceitos da Palavra de Deus. Um cristão deve estudar para se estabelecer na Doutrina da Bíblia (2 Timóteo 2:15), pois somente a doutrina é a chave para discernir e combater a enganação.

A igreja evangélica de hoje, sob a influência da religião orientada para resultados, está subordinando o ensino da doutrina aos assuntos sociais, ao desenvolvimento psicológico, à crise cultural, à adoração e ao louvor emocionalmente distorcidos e praticamente qualquer outro "ismo" pseudo-espiritual ou estudo imagináveis que apelem aos sentidos ou vão de encontro às necessidades sentidas para promover o crescimento da igreja. Esse curso de eventos produziu uma geração crescente de cristãos que não têm ideia daquilo em que creem ou de como discernir a heresia. Como resultado, a tolerância pós-moderna dos novos paradigmas se incrustou na psique da igreja. É essa tolerância que arrastará a humanidade a uma Nova Ordem Mundial, a uma religião global e aos braços do Anticristo. A igreja de Jesus Cristo deveria posicionar-se de forma diametralmente oposta a qualquer indivíduo, grupo, filosofia ou movimento que promova ativamente a união ecumênica ou política que contribua de alguma forma para a construção da Nova Ordem Mundial. A igreja evangélica de hoje, porém, está descendo velozmente essa ladeira escorregadia. Nesse ritmo, "será apenas uma questão de tempo até que essa igreja moderna, tendo perdido sua mensagem, comprometido sua fé, confundido o sucesso numérico com as bênçãos de Deus, empluma, pois não restará nada que a sustente."  "Aqui está "Aqui está a igreja - veja um magnífico e confortável edifício religioso. Abra as portas, ouça a ótima música Rock com letra religiosa, emocione-se com as belas apresentações dramáticas, experimente Deus nos nossos grupos de enriquecimento pessoal; ouça uma mensagem que eleve sua autoestima e que mostre como se tornar um cristão lhe trará saúde, relacionamentos perfeitos e uma completa realização psicológica; e observe como a casa estará lotada de gente todos os domingos."

Esse jogo está se tornando mais comum a cada nova semana, e milhares de pastores estão comprando livros de autoajuda e participando de conferências onde aprendem a metodologia do plano do "novo paradigma". A verdade é que o plano de jogo para a igreja do novo paradigma funciona. Ele pode não funcionar tão bem em todas as implementações, mas realmente funciona. Combinado com o curso de eventos delineados nos capítulos anteriores deste manuscrito, o pragmatismo religioso está varrendo o país e está influenciando aqueles que chamam a si mesmos de evangélicos e até os fundamentalistas para aceitarem e promoverem os homens, métodos e programas que levarão toda a humanidade à Religião do Mundo Global do Anticristo. Como se pode suspeitar, esses métodos e programas estão baseados nos desejos e caprichos da cultura popular em vez de na Palavra de Deus. Basicamente, para ostensivamente ganhar a guerra cultural e levar multidões a Cristo, a igreja evangélica está se identificando, está sendo editada e fazendo concessões à cultura popular.

A culminância dessas forças rejeita o plano de Deus para a igreja local, conforme prescrito nas Escrituras, e cria em seu lugar a Religião os fatores ao longo da história que contribuíram para esta ascensão. Em resumo, toda a história da igreja foi caracterizada por múltiplos assaltos pelas forças luciferianas em sua tentativa de derrotar Deus. Esses assaltos ocorreram como emboscadas ao longo da margem do Rio da História, à medida que suas águas fluíram pelo paganismo, catolicismo, a Reforma Protestante e o modernismo, antes de chegar ao ponto atual da geografia cronológica. Além disso, fatores externos no curso da história secular e a paisagem política não somente exerceram influência, mas moldaram as atitudes e valores em preparação para a vindoura Religião do Mundo Global do Anticristo. Essa combinação de fatores contribuintes (especialmente desde a Segunda Guerra Mundial) está agora culminando na Religião Orientada Para Resultados. A apostasia da Religião Orientada Para Resultados não é tão facilmente detectável quanto a do modernismo e de outros ensinos claramente heréticos. O modernista nega abertamente (entre outras coisas) o nascimento virginal, o sacrifício expiatório de Jesus Cristo e a inerrância das Escrituras. Aqueles que se identificam com a Religião Orientada Para Resultados podem se opor à heresia do modernismo, mas estarão mais do que dispostos a contemporizar com os modernistas ou até ignorar os claros ensinos da Palavra de Deus para atingir seu propósito final - o crescimento exponencial da igreja.

QUAL É O PLANO BÍBLICO PARA A IGREJA LOCAL?

Pode-se legitimamente perguntar, "Qual é o plano bíblico para a igreja local?" A resposta a essa pergunta pode ser encontrada em um único lugar - na inerrante, infalível e inspirada Palavra de Deus, e a busca pela resposta na verdade não é tão difícil. As epístolas de 1 e 2 Timóteo foram endereçadas a um jovem pastor, e Timóteo recebeu orientações relacionadas com os aspectos mais críticos do pastorado de uma igreja neotestamentária. Os princípios aplicáveis nessas epístolas são facilmente observáveis:

- O pastor deve estudar a Palavra de Deus (2 Timóteo 2:15)  

-  O pastor deve alimentar a congregação com a palavra da fé e da boa doutrina (1 Timóteo 4:6) 

- O pastor deve manejar bem a palavra da verdade (2 Timóteo 2:15)

- O pastor deve pregar a palavra [2 Timóteo 4:2] - O pastor deve redargüir, repreender, e exortar os membros da igreja com doutrina (2 Timóteo 4:2)

- O pastor deve confiar o depósito da verdade a homens fiéis e idôneos, de modo a garantir a perpetuação dessa verdade para as gerações seguintes (2 Timóteo 2:2) 

- O pastor deve utilizar a inspirada Palavra de Deus para ensinar a doutrina, para repreender, corrigir e instruir em toda a justiça (2Timóteo 3:16)

A segunda fase da busca pela resposta deve ser conduzida pesquisando-se o livro de 1 Coríntios. Essa epístola foi escrita para lidar com problemas específicos que surgiram na igreja de Corinto. Esses problemas na igreja de Corinto são melhor identificados quando os membros das igrejas compreendem os seguintes princípios:

- A pregação da Palavra de Deus é loucura para os que perecem (2 Coríntios 1:18)

- Aprouve a Deus salvar aqueles que crêem pela loucura da pregação (1 Coríntios 1:21)

- Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias [1 Coríntios 1:27]

- O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus [1 Coríntios 2:14]

- A sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus [1 Coríntios 3:19]

- Deus não é Deus de confusão [2 Coríntios 14:33]

- Os livros de 2 Coríntios e 2 Tessalonicenses adicionam o conceito da separação bíblica:

- O fiel cristão não deve se colocar em jugo desigual com os incrédulos [2 Coríntios 6:14]

- O fiel cristão deve se afastar de qualquer irmão que ande desordenadamente (2Tessalonicenses 3:6)

Com base nesses princípios, o ensino da Palavra de Deus é muito claro: Quando os cristãos se reúnem no Dia do Senhor, a ênfase da reunião deve ser a pregação da Palavra de Deus. Essa pregação, por sua vez, deve enfatizar a doutrina. Outras passagens tratam de outros aspectos da reunião, como o canto, a oração, a comunhão, mas a ênfase majoritária do Novo Testamento está na pregação. É pela pregação expositiva que a Palavra de Deus é apresentada, explicada e detalhada. Destarte, a pregação da Palavra de Deus dever ser o ponto focal do serviço de adoração e tal pregação deve "redargüir, repreender e exortar", conforme o apóstolo Paulo delineou para Timóteo. Dessa maneira, os fiéis são corrigidos, edificados e equipados para enfrentar as provações e tentações que encontram fora das paredes da igreja. Na epístola de 1 Coríntios, Paulo fala também dos descrentes que podem estar presentes nas reuniões da igreja. (1Coríntios 14:23). Portanto, a reunião dos crentes não está fechada aos incrédulos, de modo que o evangelismo precisa ser um componente vital do serviço da igreja. Entretanto, o foco principal da igreja reunida deve estar direcionado para os salvos - não para os perdidos.

É também desnecessário dizer que (falando com base nas Escrituras) a participação como membro da igreja está reservada unicamente àqueles que nasceram de novo. Qualquer "igreja" que receba em seu rol de membros indivíduos que rejeitam a fé salvadora em Jesus Cristo não é uma igreja neotestamentária. A verdadeira igreja precisa também (de acordo com 2 Coríntios 6:14-18 e 2 Tessalonicenses 3:6-16) separar-se de qualquer outra organização religiosa que negue as doutrinas fundamentais da fé, ou de quaisquer cristãos ou "organizações cristãs" que andem desordenadamente.

Se uma igreja subordina ou sintetiza o ensino das Escrituras aos métodos do homem, essa igreja cessa de ser uma verdadeira igreja. O processo de construir tal organização também cessa de ser um autêntico ministério e em seu lugar torna-se apenas um jogo religioso. Esse jogo não é para ser encarado com leviandade, pois envolve riscos mais elevados que qualquer outro jogo no mundo. Dependendo dos resultados desse jogo estão não somente as almas perdidas da geração atual e o crescimento espiritual dos membros das igrejas do novo paradigma, mas todo o legado do verdadeiro cristianismo.

A Religião Orientada Para Resultados não se perpetuará. Quando a doutrina é colocada de lado como um ingrediente desnecessário ou um obstáculo ao crescimento da igreja, nenhum alicerce sólido é estabelecido - e a casa é construída sobre areias que se deslocam de forma violenta. O jogo pode realmente continuar em futuras gerações, mas todos os vestígios da verdade serão subsequentemente perdidos com a passagem do tempo. Estamos na ultima hora ou minutos e o futuro do verdadeiro cristianismo bíblico está pendurado de forma precária por um mero fiapo da corda. Mais do que em qualquer outro tempo desde o primeiro século, aquilo que os indivíduos verdadeiramente nascidos de novo fizerem terá uma profunda diferença para o futuro do cristianismo.

Além disso, se nada for feito, e se todos os verdadeiros cristãos continuarem a percorrer cegamente esse caminho precipitoso, estarão aqueles da geração seguinte, que chamarem a si mesmos de cristãos, preparados para um mundo movendo-se mais para perto da vinda do Anticristo? Serão os membros da igreja (ou os jogadores) da próxima geração verdadeiramente salvos, ou estarão totalmente enganados como resultado da falta de teologia, de doutrina e da pregação expositiva? E mais, o que a geração atual precisa fazer para trazer o navio de volta ao curso correto? Os cristãos de hoje que crêem na Bíblia compreendem o jogo, os jogadores, as novas definições, e as regras do jogo? A preparação para a guerra contra esse movimento precisa ser feita, e as batalhas precisam ser lutadas. Chegou a hora de os cristãos que crêem na Bíblia tirarem a cabeça da areia e se prepararem para fazer parar o rolo compressor da Religião Orientada Para Resultados. A Luta Contra a Religião Orientada Para Resultados

O modelo estereótipo do homem atual é o sujeito que senta-se diante de sua televisão toda tarde de sábado para assistir partidas de futebol. O "homem real" de hoje come, bebe e respira futebol, e qualquer macho da espécie que não faça a mesma coisa é considerado um frouxo, ou é conhecido por qualquer outro título depreciativo. Por outro lado, o estereótipo da esposa desse "homem real" é uma mulher que ignora totalmente o futebol. Ela não compreende o jogo, não tem vontade alguma de aprender o jogo, e detesta o início de cada novo campeonato. Entretanto, ocasionalmente, uma mulher decide que poderá se relacionar melhor com seu marido e passar mais tempo de qualidade com ele se aprender a gostar de futebol Essa tarefa não é fácil, pois ela está em uma desvantagem distinta. Ela nunca aprenderá o jogo fazendo perguntas ao marido - na mente do "homem real", futebol não é coisa para mulheres. Assim, para conseguir realizar essa tarefa gigantesca, ela precisa seguir a abordagem de entrar nesse território desconhecido em etapas. Ela precisa:

1) Aprender as definições antes de poder compreender as regras e, em seguida.

2) Aprender as regras e, finalmente, para realmente gastar tempo de qualidade - isto é, discutir os fatos cruciais, por exemplo, quais jogadores dos dois times são os melhores - ela precisa.

3) Aprender algo sobre os melhores atletas em campo.

O mesmo é verdade com relação aos cristãos bíblicos que estão se preparando para a batalha contra a Religião Orientada Para Resultados. Muitos membros das igrejas do novo paradigma sentem que algo está muito estranho, mas não sabem como colocar exatamente o dedo no problema. Embora eles possam sentir um vago senso de desconforto com o modo como as coisas estão sendo feitas na igreja, são lentamente puxados para dentro de uma rede de enganação. Mesmo se alguns resistem ao ponto de lutar contra a transformação da igreja, são abertamente colocados em ostracismo por "não apoiarem o pastor" ou por fazerem oposição à "obra de Deus" no ministério. Aqueles que fazem objeção alto demais são isolados ao ponto de serem totalmente marginalizados e não terem influência alguma para fazer parar o rolo compressor. Portanto, todos os crentes precisam ser instruídos sobre a metodologia da Religião Orientada Para Resultados, pois nenhuma igreja está imune a essa nova e enganosa forma de apostasia. É necessário conhecer as definições dos termos, conhecer as regras do jogo, e conhecer os líderes do movimento. Sem esse conhecimento, o combatente estará condenado ao fracasso e à derrota na batalha. Assim, cada uma das áreas será subsequentemente detalhada para dar ao crente a artilharia necessária para ir à batalha. 

A Bíblia diz que o homem deve "procurar apresentar-se aprovado... que maneja bem a Palavra da Verdade..." A Bíblia também é clara que Deus fala aos seus filhos por meio de sua Palavra revelada. Os dias dos sonhos e visões (a despeito do ensino errôneo daqueles que estão envolvidos no Movimento Carismático) já passaram. [1 Coríntios 13] Entretanto, quando alguém defende o estilo sobre a substância no caso de uma igreja, está basicamente dizendo que o processo usado para fazer a igreja crescer é mais importante que o ensino doutrinário da igreja. O pastor Warren rejeita qualquer problema com essa metodologia perigosa declarando, "... o estilo de adorar que você tem diz mais sobre sua origem cultural do que sobre sua teologia." Se isso fosse verdade e se a cultura determinasse um estilo de adoração utilizando música Rock Acid, drogas e orgias - isso não implicaria em uma teologia furada? Essa ilustração pode ser absolutamente risível, mas claramente exibe os extremos que podem ser derivados da assim chamada abordagem "do novo paradigma" para o ministério.

Em segundo lugar, a igreja do novo paradigma está intencionalmente projetada para rápido crescimento, pois o crescimento da igreja é o resultado desejado da Religião Orientada Para Resultados. Para alcançar esse objetivo, o projeto desse tipo de igreja baseia-se nos princípios da Administração de Empresas e nas pesquisas de mercado do Marketing. O problema que surge com essa metodologia é visto na revelação bíblica, "A palavra da cruz é loucura para os que perecem." (1Coríntios 1:18) A Bíblia também ensina que o próprio Jesus Cristo é "uma pedra de tropeço e rocha de escândalo" (1Pedro 2:8) Com base nessa aparente contradição, a pergunta precisa então ser feita, "Como então você coloca no mercado um produto que é tão ofensivo e louco?" A resposta é simples. Você precisa modificar o "apelo" do produto para distrair a percepção das pessoas de sua ofensa e loucura, de modo a atrair o público-alvo.

Essas mudanças necessárias inevitavelmente resultam em um afastamento da Palavra de Deus e uma apostasia sorrateira que no final apagará o último traço de verdade em um período muito curto de tempo. Um aspecto final e muito preocupante do rótulo "novo paradigma" é o fato que o termo "paradigma" foi popularizado no fim dos anos 70 e início dos anos 80 por Marilyn Ferguson em seu livro "A Conspiração de Aquário". Esse livro foi outra obra de referência que caracterizou o trabalho interno do Movimento de Nova Era com o termo "Mudança de Paradigmas". A autora Ferguson afirmava que a nova espiritualidade produzida pelas filosofias de Nova Era eventualmente levaria a uma "massa crítica" na consciência humana para provocar uma grande Mudança de Paradigmas que iniciaria um novo nível de evolução do homo sapiens para o homo noeticus, o homem-deus.

Equiparar Rick Warren com Marilyn Ferguson pode não parecer justo, mas algumas perguntas simples devem ser feitas: Por que um pastor batista utilizaria terminologia de Nova Era para descrever sua nova metodologia de crescimento de igreja? Deve qualquer cristão que crê na Bíblia utilizar qualquer tipo de terminologia que o equipare (justa ou injustamente) com aqueles que estão envolvidos com as práticas ocultistas? O senso comum não diria que tais comparações seriam feitas com a utilização dessa terminologia? Aqueles que estão envolvidos nas práticas ocultistas não veriam essa terminologia como um sinal que as coisas não são como realmente parecem no Movimento de Crescimento de Igrejas? Embora todas essas perguntas possam ser respondidas de uma maneira positiva, o simples uso dessa terminologia é no mínimo, desconcertante.

OS SEM-IGREJA - Os indivíduos que não são membros ativos em alguma igreja são os "sem-igreja". Esses são os indivíduos que a Igreja do Novo Paradigma busca alcançar para obter o verdadeiro crescimento da igreja. O pastor Rick Warren está posicionando a Igreja da Comunidade de Saddleback como "uma igreja para os sem-igreja". Se alguém perguntasse novamente: "O que é uma verdadeira igreja?" A resposta seria a mesma - Uma verdadeira igreja é um corpo de crentes nascidos de novo reunidos para a adoração, comunhão, e para estarem equipados para o serviço. Uma vez que uma igreja aceite um único membro que negue a salvação pessoal em Jesus Cristo, essa organização cessa de ser uma verdadeira igreja. Como então pode uma igreja tornar-se "uma igreja para os sem-igreja?" A própria frase não é um oximoro? Quando isso acontece, a igreja não é nada mais do que um clube, e o ministério não é nada mais que um jogo.

 PREGAÇÃO EXPOSITIVA - A pregação expositiva é a pregação verso por verso da Palavra de Deus. Esse não somente tem sido o método de pregação utilizado pelos mais notáveis pregadores desde a Reforma Protestante, mas também o método dado pelo exemplo de Isaías no Antigo Testamento: "A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a entender doutrina? Ao desmamado de leite, e ao arrancado dos seios? Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali." (Isaías 28:9-10).

 PRAGMATISMO - O pragmatismo cristão é a filosofia que declara, "Se algo funciona, está funcionando como resultado direto das bênçãos de Deus." Embora esse seja certamente o caso em muitas situações, uma afirmação ampla e genérica desse tipo simplesmente não é verdade. Se fôssemos assumir que esse é o caso, a Igreja Católica Romana e a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (os Mórmons) seriam as duas organizações mais abençoadas na face da Terra. O teste do ácido para qualquer organização religiosa é muito simples: Essa organização ou metodologia obedece aos princípios da Palavra de Deus? Se esses princípios são violados, o sucesso, crescimento, ou qualquer outra medida positiva da perspectiva humana são resultantes de outra fonte que não a "mão de Deus" nesses assim chamados ministérios.

CAPITULO 24

ADORAÇÃO

Esse é um termo que foi redefinido pela cultura moderna. No Antigo Testamento, a palavra hebraica traduzida como "adoração" é shachah. No Novo Testamento, a palavra grega que foi traduzida como "adoração" é proskuneo. Em ambos os casos, a definição dessas palavras é "prostrar-se em humilde homenagem". Isso simplesmente transmite o conceito que a verdadeira adoração a um Deus Santo envolve total submissão e humildade. Em contraste, parece hoje que a influência carismática naquilo que é percebido como adoração é olhar para o alto e erguer as mãos para Deus enquanto balança o corpo ao som da música Rock "cristã". Dan Lucarni, em seu livro "Why I Left The Contemporary Christian Music Movement" [Por Que Deixei o Movimento da Música Cristã Contemporânea], relata o seguinte testemunho de sua experiência pessoal: "Eu me lembro de quando primeiro mudei meu estilo pessoal de adoração de abaixar minha cabeça para olhar para o alto. Fui influenciado pelos carismáticos que oravam em uma das nossas reuniões de oração em toda a cidade. Lembro-me da sensação boa que ela me proporcionou que eu era pela primeira vez um participante na adoração com Deus, não um verme desprezível que tinha de se prostrar. Eu me senti melhor sobre mim mesmo"  A conclusão é esta: Adorar a Deus não tem que ver com o adorador, mas com Deus. A adoração a Deus não objetiva fazer o adorador sentir-se melhor sobre si mesmo, mas a verdadeira adoração a um Deus Santo fará o adorador ver a si mesmo como ele realmente é diante da magnificente e incompreensível santidade de Deus. A verdadeira adoração não é acompanhada por música Rock que apela à carne.

A verdadeira adoração envolve a submissão à verdade da Palavra de Deus. "A verdadeiro coração de adoração é o coração que se inclina diante de Deus e se submete à sua Palavra, nada mais, nada menos."  A adoração no novo paradigma é completamente o oposto do que acaba de ser descrito. Ela envolve a música carnal, de influência carismática, de olhar para cima para Deus, e fazer o adorador sentir-se bem consigo mesmo.

Aqueles que promovem a Religião Orientada Para Resultados acham que os perdidos não têm problemas com Deus - eles têm problemas com a igreja local. Eles querem deixar o serviço da igreja "sentindo-se melhor consigo mesmos, em vez de serem chamados para o auto-exame, o arrependimento sincero, e a fé em um Deus santo".  Portanto, o serviço precisa ser exatamente como descrito por Dan Lucarni - eles querem participar na adoração com Deus e elevar-se em uma pseudo-adoração carnal em vez de se humilhar na presença da santidade de Deus. 

SENSÍVEL AOS QUE PROCURAM

De acordo com os "especialistas em crescimento de igrejas", a população dos EUA está se tornando cada vez mais espiritual. A nova espiritualidade não é a espiritualidade coerente com os ensinos da Palavra de Deus, mas é mais uma busca interior por felicidade, realização verdadeira e propósito na vida. Os mesmos especialistas também revelam que o homem perdido sem-igreja mediano demostra interesse e amizade em relação a Deus, mas sente-se repelido pela igreja.  Esse indivíduo então está buscando um caminho para Deus, mas quer evitar a igreja tradicional. Ele acha que a igreja é irrelevante e fracassou em atender às necessidades de seus membros. Ele acha que a igreja não pode relacionar-se com ele onde vive e, portanto, não consegue se sentir à vontade em um serviço da igreja. A despeito de todas as inibições criadas pela igreja, ele ainda está buscando a Deus e a paz interior resultante que encontrar Deus trará à sua vida.  As conclusões naturais obtidas a partir desse dilema é uma condenação da igreja por aqueles que desejam um novo paradigma. Eles defendem a ideia que a falha não é do indivíduo que está buscando a Deus, e certamente não é do próprio Deus. Portanto, de acordo com os proponentes do novo paradigma, o velho modo de "fazer igreja" não serve para o homem moderno. O homem moderno está buscando realização e felicidade, mas aqueles que são rígidos no modo antigo de pensar estão, na realidade, condenando a cultura atual por meio de uma completa falta de identidade e empatia com o mundo desse homem moderno. Assim, há realmente a necessidade de um novo paradigma - um novo modo de pensar, e um novo modo de "fazer igreja" que seja sensível às necessidades daqueles que buscam a Deus.

A igreja precisa se tornar "sensível aos que procuram", ou então esta geração atual será perdida. Em muitos modos, a igreja têm realmente falhado. A igreja falhou em cumprir a Grande Comissão. A igreja falhou em viver uma vida separada ao ponto em que os perdidos não podem ver Jesus Cristo exemplificado nas ações diárias da igreja. A igreja falhou em não estabelecer um padrão elevado de piedade. A igreja tornou-se tão distraída e enamorada com o mundo que é muito difícil discernir a maioria dos cristãos de seus vizinhos incrédulos. Os membros da igreja estão tão ocupados com seu emprego, com a família e com as atividades de lazer que não têm mais tempo para o Senhor. Sim, a igreja precisa mudar, mas essa mudança está longe de se tornar "sensível aos que procuram". Os membros da igreja de Jesus Cristo precisam obedecer as Escrituras.

Em particular, os membros da igreja precisam obedecer ao mandamento "... sede santos porque eu sou santo." Esse é o mandamento mais repetido em toda a Palavra de Deus, porém a maioria dos cristãos o ignora completamente. A santidade pessoal é exemplificada por uma vida correta e separada. Se esse é o caso, os cristãos não devem se tornar como o mundo para ganhar o mundo. A abordagem "sensível aos que procuram" exige que o buscador sinta-se confortável quando vier à igreja. Como a igreja garante que o buscador sinta-se confortável?  A igreja não deve ter bancos no estilo tradicional, nem parecer ser muito formal.  Os buscadores são incentivados a "virem como estão". Não há um código específico de traje apropriado e o uso de roupas casuais é incentivado.  Os trajes da equipe ministerial e do pastor também devem ser casuais.  O recinto deve incluir os recursos mais modernos em vídeo e áudio.  Produções dramáticas com temas espirituais devem ser usadas para sutilmente transmitir uma mensagem religiosa ou de conteúdo moral.  A pregação sobre o pecado, sobre mortificar o velho homem e sobre examinar a si mesmo realmente deixaria o buscador em desconforto. Portanto, os sermões devem ser voltados mais para as aplicações da vida, a redução do estresse, em atender às necessidades sentidas, os relacionamentos diários, a educação de filhos, a auto-estima, e outros assuntos baseados mais na psicologia moderna do que no "Assim diz o SENHOR".  A música tocada no serviço deve imitar o estilo musical que o buscador ouve diariamente em sua estação de rádio preferida.  A Bíblia na tradução de João Ferreira de Almeida, versão Corrigida e Fiel (Bíblia da Reforma, equivalente à King James Version, em inglês) não deve ser usada, mas uma das várias traduções modernas, que deixarão o buscador mais à vontade. 

O buscador precisa ver que a mensagem da igreja é relevante para sua vida diária.  O buscador precisa ver que o cristianismo funciona e que lhe trará resultados imediatos.  A verdade da questão é que as respostas procuradas pelo buscador não são as respostas fornecidas na Palavra de Deus. Deus nunca promete ao crente (muito menos ao homem perdido) que ele viverá em perpétua felicidade. Sim, o crente recebe os frutos da alegria, mas a verdadeira alegria e felicidade humanas não são termos sinônimos. De uma perspectiva humana, a felicidade e realização que o buscador deseja tão fervorosamente podem não ter nenhuma conexão com Deus ou até com a realidade. Portanto, o único método pelo qual a igreja pode atender às necessidades percebidas do buscador é pela manipulação emocional e/ou pelo engano. Em outras palavras, a igreja precisa se conformar à cultura do buscador para tornar-se "sensível aos que procuram". A Palavra de Deus, porém, diz, ".. não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." [Tiago 4:4] Essa advertência das Escrituras exige a abordagem exatamente oposta para o ministério e, quando uma igreja desafia os mandamentos das Escrituras, essa igreja está simplesmente brincando com o jogo de igreja.

DOUTRINA - A doutrina é um ensino fundamental na fé cristã. Sem doutrina, não existe o verdadeiro cristianismo. Os fundamentalistas acreditam que para ser salvo, o indivíduo precisa aderir sem reservas aos fundamentos da fé. Embora existam pequenas variações nesses pontos, os básicos são os seguintes: "Ouve, Israel: o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR" (Deuteronômio 6:4). "Deus é um" (Gálatas 3:20). Os Dez Mandamentos começam com, “Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20:3; Deuteronômio 5:7). Deus enfatizou este comando declarando que Ele é um Deus zeloso (Êxodo 20:5). Em Deuteronômio 32:39, Deus disse que não há nenhum outro deus com ele. Não há nenhum deus semelhante ao SENHOR e não há nenhum Deus ao lado d’Ele (II Samuel 7:22; I Crônicas 17:20). só Ele é Deus (Salmo 86:10). Há enfáticas declarações de Deus em Isaias.

"Antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu, sou o SENHOR; e fora de mim não há salvador" (Isaias 43:10-11).

"Eu sou o primeiro, e eu sou o último; e ao lado de mim não há nenhum Deus" (Isaias 44:6).

"Há outro Deus além de mim? Não, não há outra rocha que eu conheça" (Isaias 44:8).

"Eu sou o SENHOR que faço todas as coisas; que sozinho estendi os céus; e sozinho espraiei  a terra " (Isaias 44:24).

Além  de mim não há outro. Eu sou o SENHOR e não há nenhum outro" (Isaias 45:6).

Não há outro Deus senão eu; um Deus justo e Salvador; não há além de mim. Olhai para mim, e sede salvos, vós todos os termos da terra: porque eu sou Deus, e não há nenhum outro" (Isaias 45:21-22).

"Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade; porque eu sou Deus, e não há nenhum outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim" (Isaias 46:9).

"Eu não darei minha glória a outrem" (Isaias 48:11; veja também Isaias 42:8).

“Ó SENHOR dos exércitos, Deus de Israel que estás entronizado acima dos querubins, tu somente és o Deus de todos os reinos da terra, tu só fizestes os céus e a terra (Isaias 37:16)”.

Há somente um Deus que é o Criador e Pai da humanidade (Malaquias 2:10). Durante o Reinado do Milênio, haverá um só SENHOR com um só nome (Zacarias 14:9).

Em resumo, o Velho Testamento fala de Deus como sendo único. Muitas vezes a Bíblia chama Deus de o Santo de  Israel (Salmo 71:22; 78:41; Isaias 1:4; 5:19; 5:24), mas nunca de " santo dois, santo três," ou " muitos santos."

Uma observação comum feita por alguns  trinitarianos sobre a doutrina do Velho Testamento da unicidade de Deus é que Deus teria apenas pretendido dá ênfase à sua unicidade em oposição aos deuses pagãos, embora  Ele ainda existisse como uma pluralidade. Porém, se esta conjetura fosse verdade, por que Deus não fez isto claro? Por que os judeus não entenderam uma teologia de " pessoas" mas insistiu em um monoteísmo absoluto? Nos deixe olhar para isto do ponto de vista de Deus. Suponha  que Ele quis excluir qualquer crença na pluralidade da  Divindade. Como Ele poderia fazer usando terminologia então-existente assim? Que palavras Ele poderia usar, fortes bastante, para comunicar sua mensagem ao seu povo? Pensando sobre isso, nós perceberemos que Ele usou a linguagem mais forte possível capaz de descrever a unicidade absoluta. Nos versos antes citados em Isaias, nós notamos o uso de palavras e frases como" nenhum, não há outro, nenhum semelhante, nenhum ao lado de mim, só, sozinho," e" um só." Seguramente, Deus não pôde fazer isto mais claro que não existe nenhuma pluralidade na Divindade. Em resumo, o Velho Testamento afirma que Deus é absolutamente um, em número. O Novo Testamento Ensina Que Não Há Senão Um Deus, Jesus ensinou enfaticamente Deuteronômio 6:4, chamando-o de primeiro de todos os mandamentos (Marcos 12:29-30). O Novo Testamento pressupõe o que ensina o Velho Testamento de que há um só Deus e explicitamente repete esta mensagem muitas vezes.

"Visto que Deus é um só o qual justificará" (Romanos 3:30).

“Não há senão um só Deus” (I Corintios 8:4).

"Para nós há um só Deus, o Pai" (I Corintios 8:6).

"Mas Deus é um" (Gálatas 3:20).

"Um só Deus e Pai de todos" (Efésios 4:6).

"Porquanto há um só Deus" (I Timóteo 2:5).

"Tu crês que há um só Deus; fazes bem: os demônios também acreditam, e tremem" (Tiago 2:19).

Novamente, a Bíblia chama Deus de o Santo (I Jo.2:20). Há um trono no céu e apenas um sentado nele (Apocalipse 4:2). No Novo Testamento, mas os anteriores versos da Bíblia são suficientes para estabelecer que o Novo Testamento ensina que Deus é um. A inspiração das Escrituras (a Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de Deus).  Criação do homem por um ato direto de Deus. A encarnação, o nascimento virginal, a morte vicária, a ressurreição física e a ascensão de Jesus Cristo aos céus, e sua segunda vinda futura.  O novo nascimento por meio da regeneração do Espírito Santo.  A ressurreição dos santos para a vida eterna.  A ressurreição dos perdidos para o julgamento final e a morte eterna.  A comunhão dos santos, que são o corpo de Cristo.  Esses conceitos formam o núcleo da verdade bíblica, e um verdadeiro crente permanecerá firme nessas verdades. Aqui está o grande problema. Muitos (se não a maioria) dos buscadores sem-igreja não afirmam várias dessas crenças. Como resultado, as igrejas do novo paradigma minimizam o ensino da doutrina, pois a doutrina não somente divide, mas a pregação expositiva da doutrina pode deixar o buscador de felicidade e realização em um desconforto tão grande que ele nunca retornará novamente para assistir os serviços da igreja. Além disso, sob o modelo do novo paradigma, uma igreja não pode esperar crescer com base na premissa que oferece a verdade para aqueles que a procuram. A cultura moderna está convencida que toda a verdade é relativa e que as afirmações de verdade de todas as religiões são iguais. Se todas as afirmações de verdade são realmente iguais, a afirmação de exclusividade para a verdade é uma definitiva deferência ao crescimento. Portanto, a visão doutrinária das igrejas do novo paradigma são editadas culturalmente para subordinar o ensino da doutrina às aplicações da vida, a atender às necessidades sentidas, os relacionamentos diários, a criação de filhos, a autoestima e outros assuntos baseados mais na psicologia moderna do que em "Assim diz o SENHOR". PECADO - Bill Hybels, pastor sênior da Igreja da Comunidade de Willow Creek define pecado como "uma estratégia falha para obter realização"  Essa definição é muito parecida com a da ocultista Jean Houston, que descreve o pecado como "um comportamento não habilidoso". Ambas essas definições ficam aquém do retrato do pecado na Palavra de Deus. De acordo com as Escrituras, pecado é aquilo que afasta o indivíduo injusto de um Deus que é santo. A Bíblia descreve o pecado como um crime contra Deus pelo qual o pecador será condenado ao tormento eterno nas chamas do Inferno. O retrato que a Bíblia faz do pecado é muito mais vívido que a versão simplificada e espojosa de Bill Hybels e Jean Houston. Entretanto, a Palavra de Deus é verdadeira e toda tentativa de suavizar o pecado é um jogo que resultará em trágicas consequências. EVANGELISMO - Os proponentes da Igreja do Novo Paradigma não estão totalmente errados quando dão uma alta prioridade à Grande Comissão. Como afirmado anteriormente, a igreja falhou na obediência a essa ordem do próprio Jesus Cristo. Entretanto, aqueles que estão envolvidos na Religião Orientada Para Resultados não compreendem os verdadeiros propósitos e missão da igreja. A missão da igreja é a edificação e capacitação dos santos, alcançar os perdidos para Cristo e, subsequentemente, nutrir esses convertidos para que alcancem a maturidade espiritual. O terceiro ponto dessa afirmação de missão poderia ser resumido como "evangelismo". O centro da questão vem à luz quando se percebe que a Igreja do Novo Paradigma transforma toda a missão da igreja em evangelismo e subjuga a edificação e a capacitação ao ponto da virtual eliminação. O ingrediente que falta nessa fórmula é a distinção da missão da "igreja reunida" e a missão da igreja "dispersa". Depois da santificação, o missão principal da igreja dispersa é o evangelismo - levar outros a Cristo. Entretanto, o evangelismo deve receber uma baixa prioridade quando a igreja está reunida.  A igreja NÃO está ali reunida para o propósito de evangelismo, mas para a edificação, capacitação e fortalecimento de seus membros. Isso torna a afirmação de Rick Warren de "uma igreja para os sem-igreja" um total oxiúro. Qualquer organização para os sem-igreja não é uma igreja. Qualquer pastor que afirme liderar tal "igreja" está simplesmente brincando com o jogo da igreja.

ESTRATÉGIA DE MARKETING

De acordo com o pensamento do novo paradigma, um pastor local deve empregar os princípios de marketing das grandes empresas para alcançar seu bairro ou cidade para Cristo. Rick Warren, por exemplo, identificou os profissionais urbanos de colarinho branco jovens e financeiramente estáveis como seu mercado-alvo. A Igreja da Comunidade de Saddleback foi então construída com as necessidades desse segmento em particular em vista. A chave para a estratégia de marketing não é a população particular visada mas, em vez disso, a identificação e desenvolvimento de uma estratégia para atender às necessidades sentidas daqueles que residem dentro dessa área demográfica. A conclusão é que "Se pudermos convencer as pessoas que Cristo morreu para atender às necessidades delas, elas se alinharão diante da porta da igreja para adquirir nosso produto." 

AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO

Aqueles que estão familiarizados com a Educação Orientada Para Resultados estão igualmente familiarizados com o termo "agente de transformação". Esse termo foi empregado por John Dewey e seus camaradas em sua tentativa de avançar as teorias da Educação Progressiva, que eventualmente foram implementadas na Educação Orientada para Resultados. Nessa situação, o professor da Escola Pública deve atuar como um agente de mudança para transformar o processo de pensamento dos alunos das crenças de seus pais para as "novas realidades" com as quais são confrontados no mundo moderno. De um modo similar, o pastor Bill Hybels, da Igreja da Comunidade de Willow Creek, vê a si mesmo como um motivador e um "agente de transformação" . A visão dele é como a de John Dewey. Ele precisa facilitar a mudança das antigas crenças para as novas crenças - de um modo antigo de pensar para um novo modo de pensar. O objetivo do agente de transformação é implementar uma mudança da mente sem que os indivíduos afetados percebam que uma mudança ocorreu. NECESSIDADES SENTIDAS - (O oposto das necessidades espirituais) Aliviar a dor, oferecer felicidade, realização, autoestima. 

CAPITULO 25

RELEVÂNCIA CULTURAL

 A Igreja de Jesus Cristo é definida e recebe suas instruções da Palavra escrita de Deus. A Bíblia é muito concisa em sua avaliação que a igreja deve se manter separada e não contaminada pelo mundo: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." (1João 2:15-17) "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." [Romanos 12:2] "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo." (Tiago 1:27). Essas e outras escrituras traçam uma linha distinta de demarcação entre o cristão e o mundo. É esse argumento que levanta bandeiras vermelhas ao avaliar as estratégias de marketing do movimento do novo paradigma. Na busca por relevância para alcançar o resultado do crescimento da igreja, a cultura do mundo começou a definir a igreja em lugar da Palavra de Deus. O que então define a cultura moderna? Embora a cultura de hoje seja com toda a certeza multifacetada, existem aqueles que reportam que o mundo de hoje (e os EUA, em particular) é dirigido de uma "cosmovisão psicológica". Essa cosmovisão não apareceu magicamente do nada. Ela cresceu em existência ao longo dos últimos oitenta anos do século XX, concebida com a geração da Segunda Guerra Mundial. Diz-se que a geração da Segunda Guerra foi a "Grande Geração". Essa afirmação faz um certo sentido, pois os rapazes e moças que atingiram a maturidade no início dos anos 40 presumivelmente viveram em um tempo de sublevação sem precedentes. As crianças que nasceram logo após a Primeira Guerra Mundial foram as crianças dos prósperos "Anos 20", em que houve uma grande ascensão social. Entretanto, muitos testemunharam em uma idade bem tenra seu mundo desabar nas profundezas da Grande Depressão dos Anos 30. Em seguida, como se isso não bastasse, foram obrigados a entregar suas próprias vidas no solo de um país estrangeiro ou nas praias de alguma ilha distante. A afirmação da Bíblia - "A tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança" (Romanos 5:3-4) é certamente adequada a essa geração que experimentou uma grande dose de tribulação. Eles foram arrancados de uma vida de relativo conforto nos anos 20 para o "modo de sobrevivência" na Grande Depressão. A mudança de lado para o modo de sobrevivência nem sempre é completamente negativa, pois o modo de sobrevivência (como afirmado em um capítulo anterior) tende a fazer as pessoas reavaliarem suas prioridades. Essa reavaliação levou muitas dessas pessoas jovens a Jesus Cristo e, como resultado, o fundamentalismo bíblico tornou-se imbuído na fibra moral de uma geração. Foi essa fibra moral que tornou-se a base para as atitudes e valores para a década mais amada em toda a história americana - os anos 50. Houve, entretanto, uma clara fraqueza na Geração da Segunda Guerra Mundial - a incapacidade de educar os filhos. Enquanto a Geração da Segunda Guerra estava alcançando o "Sonho Americano" de prosperidade material dos anos 50, seus filhos (chamados de Baby Boomers) estavam crescendo e se tornando a geração do Rock and Roll que se rebelaria abertamente contra a própria cultura que seus pais arriscaram a vida para preservar. Não que os pais dessa nova geração não tivessem suas culpas, pois não é necessário ter um diploma em astrofísica para ver em retrospecto as causas para a rebelião dos anos 60. A década dos protestos contra a guerra, dos levantes raciais, da revolução sexual, e da cultura das drogas podem ser pelo menos rastreadas aos pais que cresceram com poucos bens materiais durante a Grande Depressão e queriam que seus filhos tivessem mais - mais oportunidades, mais coisas, mais diversão. Assim, a geração dos Baby Boomers desenvolveu uma total obsessão pela auto-gratificação. À medida que essa geração teve seus próprios filhos, essa nova geração (chamada de Geração X) queria todos os benefícios materiais do Papai e da Mamãe - e queriam tudo imediatamente. O padrão agora está se repetindo com a geração mais nova - a Geração Y. Portanto, o materialismo dos Baby Boomers aumentou dramaticamente nas duas gerações sucessivas, e a paisagem cultural resultante consiste de três gerações cujas principais prioridades são o crescimento, a satisfação e a glorificação da pessoa que eles vêem no espelho. Assim, as três gerações que formam a sociedade do mundo ocidental hoje podem muito bem ser coletivamente rotuladas como as Gerações do EU. O que há para mim? Como posso me sentir melhor comigo mesmo? Tudo o que importa sou EU e ninguém mais.  Ao dizer que a cultura está preocupada com o EU, existem diversos aspectos de agradar o EU que precisam ser explorados. Um membro da geração do EU pode ser alcançado por meio dos seguintes métodos: Solucione os problemas dele atendendo às suas necessidades. Ajude-o a alcançar seus objetivos

Construa seu ego Mantenha-o entretido e satisfeito Os três primeiros aspectos podem ser tratados utilizando-se os instrumentos da psicologia moderna ou por meio da manipulação emocional. O aspecto do entretenimento e da satisfação é o mais fácil, por que existem muitos indivíduos talentosos que estão muito ansiosos para exibir seus talentos para qualquer público que esteja disposto a assistir. Adaptar o equilíbrio desses métodos nos serviços da igreja requer somente uma mudança na filosofia da verdadeira adoração para a gratificação da carne. Subitamente, Deus torna-se mais uma "fada madrinha dos contos infantis" que o Deus das Escrituras.  Como resultado, a igreja torna-se subitamente relevante para o indivíduo dessa geração do EU, mas será se essa igreja continua sendo uma verdadeira igreja? Evidentemente, tais questionamentos no novo paradigma de hoje são irrelevantes, pois o resultado já foi alcançado - o crescimento exponencial da igreja.

PSICOLOGIA CRISTÃ

John MacArthur diz que o termo "Psicologia Cristã" é um oximoro.  Ele está absolutamente correto nessa avaliação. Não existe essa coisa de psicologia cristã. O que a Psicologia ensina está diametralmente em oposição aos ensinos das Escrituras. Esses princípios são como segue: A Psicologia está centrada no homem; a Palavra de Deus está centrada em Deus.  O objetivo da Psicologia é a felicidade do indivíduo; a Palavra de Deus não garante felicidade a nenhum indivíduo.  A Psicologia ensina que todas as coisas na vida (incluindo Deus) tornam-se meios para um fim - a felicidade da pessoa. A Psicologia ensina que a natureza humana é basicamente boa; a Bíblia ensina exatamente o contrário.

A Psicologia ensina o relativismo, as respostas estão dentro de você mesmo, e as soluções para os problemas estão no passado - Novamente, a Palavra de Deus rejeita tudo isso.  A despeito do fato de a comunidade evangélica ter sido na verdade tomada de assalto pela Psicologia, a igreja do novo paradigma usa a Psicologia como seu foco principal. Essa utilização é encontrada tanto no "aconselhamento cristão" e como base para os sermões no púlpito. Os perigos envolvidos nesses métodos tornam-se evidentes quando 1) A terapia é aceita como um aspecto necessário do ministério e 2) Os líderes da igreja começam a descrever as categorias psicológicas como princípios bíblicos. Nesse ponto, os perigos ocultos do jogo de igreja são revelados. A nova geração reconhecerá os ensinos das Escrituras? Ou irão Freud, Jung e Rogers definir os padrões para a igreja do futuro?

MÚSICA CRISTÃ CONTEMPORÂNEA

Rick Warren é taxativo em dizer que a música na Igreja da Comunidade de Saddleback é o estilo de música que seus membros ouvem no rádio. Como resultado, o serviço da sua igreja assemelha-se mais a um programa de variedades de Hollywood do que a uma reunião de adoração a Deus. O pastor Warren não deve receber todo o crédito (ou, mais precisamente, toda a culpa) por essa tendência. O movimento da Música Cristã Contemporânea surgiu no fim dos anos 60 com o Movimento Jesus. (Foi a partir das raízes do Movimento Jesus que o pastor Bill Hybels, da Igreja da Comunidade de Willow Creek, cresceu.) Uma análise mais detalhada da música será feita em um capítulo posterior, mas para os propósitos da definição, alguns pontos básicos e avaliações são relacionados aqui: Os estilos musicais não são amorais - existem letras morais e imorais.  Quando palavras religiosas são colocadas no lugar de letras imorais, os resultados não são morais

A Música Cristã Contemporânea é fortemente influenciada pelo Movimento Carismático. Portanto, muitos dos assim chamados coros de louvor cantados nas igrejas que se opõem aos ensinos carismáticos estão proclamando exatamente os mesmos ensinos carismáticos.  Uma igreja não deve fazer concessões na área da música como forma de atrair as multidões. Esta música ensina teologia sólida? Esta música exorta a uma vida correta? Esta múscia adora a Deus em verdade?

O EVANGELHO

O evangelho de Jesus Cristo, conforme ensinado nas Escrituras, não é complicado. Ele é simplesmente as boas novas da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo para realizar a redenção da humanidade. Em seu livro "This Little Church Went to Market", Gary Gilley explica que o evangelho na Palavra de Deus lida com: O problema do pecado  - A necessidade de justificação. É loucura para aqueles que perecem. O evangelho também reverencia a cruz, pois na cruz os crentes compreendem que: A cruz mostra aos homens que precisam morrer para si mesmos e viver para Cristo. A cruz condena por causa do pecado. A cruz destrói a confiança na carne. Entretanto, sob o plano do novo paradigma, o evangelho foi redefinido:  Libera da baixa autoestima. Liberta do vazio e da solidão. É um modo de realização e motivação. Um modo de receber os desejos do nosso coração. Um modo de satisfazer às nossas necessidades. Os efeitos da cruz também foram redefinidos.

A visão da cruz sob o novo paradigma é como segue:  A cruz oferece entretenimento. A cruz diverte. A cruz encoraja a confiança na carne. Em resumo, a verdade do evangelho está sendo erodida pelos jogos de igreja do novo paradigma e, assim, o impacto sobre o verdadeiro cristianismo é potencialmente catastrófico. Tudo isso nos leva a pensar se a pergunta de Jesus Cristo, "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?", foi retórica, ou se com a passagem do tempo terá uma resposta óbvia.  Mas o padrão de Deus para a santidade entre Seu povo é muito mais elevado do que o que somos levados a acreditar em nossas igrejas. Ele quer um corpo purificado, uma noiva santa - lavada e limpa pelo Seu sangue derramado. Cultos para buscadores que trazem o mundo para Seus locais sagrados flexibilizam Seus propósitos revelados. Assim como as amizades baseadas no consenso entre crentes e incrédulos, entre Sua pureza e a vulgaridade do mundo.  Na igreja primitiva, o julgamento de Deus espalhou "grande temor". A comunidade ao redor mostrou dois tipos de respostas típicas. Enquanto o "povo tinha-os em grande estima", apenas aqueles a quem Deus estava trazendo a Si foram acrescentados à igreja. "Dos outros, porém, ninguém ousava ajuntar-se a eles." Isso não se assemelha em nada com as atuais estratégias de marketing, não é? O problema não é que o pastor Warren tenha deixado de lado "o temor de Deus". Ele não poderia ensinar todas as instruções de Deus em um único livro. O problema é a falta de equilíbrio. Enfatizando a alegria de Deus "para cada detalhe de sua vida" durante todo o livro, ao mesmo tempo em que raramente menciona a ira de Deus, Seu santo padrão ou julgamento, ele virtualmente nega a parte menos confortante da natureza de Deus.  Embora o amor de Deus seja incondicional, Suas promessas não são. A maioria está ligada - frequentemente na mesma passagem em que aparecem - a especificações e condições para seu cumprimento. Mas essas condições e instruções são geralmente deixadas de fora. Da forma que são apresentadas no livro, muitas promessas de Deus para aqueles que - por Sua graça e Espírito - O seguem, se tornam, ao invés disto, universais e incondicionais afirmativas para todos os que leem o livro. Não há necessidade de se entristecer pelos nossos pecados, de tremer diante de Sua Palavra, ou de arrepender-se de nossa dependência ao emocionalismo contemporâneo, pois todos estão bem diante daquele que ama a todos "apaixonadamente" da maneira como somos. Mas Deus nos chama a conhecer e seguir Seus caminhos, não os nossos - a negar-nos a nós mesmos e mortificar a natureza carnal. Em nossa fraqueza, Ele nos capacitará! Nosso objetivo deve ser Seu objetivo: sermos santos como Ele é santo.

O pastor Warren afirma essa verdade, mas suavizando a revelação de Deus sobre Si mesmo e sobre Seus caminhos, ele distorce nosso entendimento sobre a santidade. Trivializando a autoridade da Palavra de Deus, ele desvia nossa compreensão do elevado padrão de Deus para nossas vidas Nele. Finalmente, quando cita (de várias formas diferentes) as promessas de Deus, ao mesmo tempo em que ignora Suas advertências, ele cria presunção e não uma fé obediente e genuína. Muitos leitores provavelmente nem irão saber o que obedecer! Eles não encontrarão respostas quando se voltarem para as questões para discussão no fim do livro. Essas questões foram criadas para se encaixarem ao processo do consenso da atualidade. Esse processo para conformar os indivíduos às visões do grupo, envolve instruções como: Não ofenda ninguém tomando uma posição inflexível para com a verdade ou fatos.  Não use expressões como "eu sei" ou "eu creio". Ao invés disso, use expressões como "eu acho" ou "eu sinto" ,que mostram sua prontidão em flexibilizar e desviar suas visões para correspondam ao consenso do grupo.  Demonstre respeito e apreço por todas as posições, mesmo por aquelas que entram em contradição com a Bíblia.  A maioria das questões se encaixa nesse padrão. Subjetivas e abertas, elas evocam opiniões baseadas em sentimentos, não nas verdades bíblicas. Algumas das questões implicam respostas que se encaixam mais nos ideais comunitários da atualidade do que na verdade. Como esperado, as duas primeiras perguntas começam com "Na sua opinião..." e "O que você sente..." Nenhuma delas coloca a Bíblia como ponto de referência. Nenhuma delas encoraja o leitor a buscar respostas que venham da Palavra de Deus.  O resultado natural desse diálogo confortável e baseado em relacionamentos é uma síntese grupal de várias opiniões.

No fim, todos se sentem bem consigo mesmos, uns com os outros e com Deus - não importando a maneira como Ele pode ser representado. Nenhum preço a pagar, nenhuma negação de si mesmo, nenhuma separação, nenhuma ofensa! O cristianismo pós-moderno se encaixa perfeitamente no sistema mundial em transformação. Lembre-se,  os caminhos de Deus não são os nossos caminhos! Ele é o soberano rei do universo! Para conhecê-Lo e segui-lo, precisamos encher nossas mentes com Sua verdadeira Palavra, não com interpretações populares ou afirmações grupais de pensamento positivo. "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. ... Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras..." (João 14:21-24). 

Unidade e Comunidade. O pastor Warren parece enfatizar um modelo que reflete a visão comunitária de Peter Drucker e a visão de Nova Era do Dr. Bernie Siegel da comunidade terapêutica. Veja a Nota no fim deste artigo Essa nova forma de fazer igreja (baseada em estratégias de marketing, em relacionamentos humanos e na diversidade grupal) está transformando as igrejas em todo o mundo de acordo com um plano específico. Os cristãos "tradicionais" - aqueles que amam a Palavra de Deus e buscam amizades baseadas na unidade do Espírito e não no consenso humano - irão deixar suas igrejas em transformação ou serão convidados a sair. Eles não se enquadram mais! Como se posicionam inflexivelmente nos absolutos bíblicos, bloqueiam a transformação planejada e atrapalham a necessária "unidade na diversidade": um novo tipo de comunhão, não em Cristo, mas por meio do diálogo conjunto entre cristãos e não-cristãos, em direção a um consenso global em evolução. Transformação: Rick Warren promete: "Os próximos 40 dias irão transformar sua vida." Em muitas mentes pós-modernas, essa transformação tem pouco que ver com o renascimento por meio do Espírito de Deus. Dentro do Movimento de Crescimento de Igrejas, a palavra "transformação" frequentemente se refere a pessoas e igrejas sendo conformadas à nova visão "relacional" de "comunidade". Essa mudança usa as mais recentes estratégias psico- sociais e tecnologias intrusivas para medir a mudança e a complacência individual com a "visão" estabelecida. Em breve iniciaremos um glossário de termos utilizados pelos atuais e autoproclamados "agentes de transformação" que liderarão o processo de mudança na igreja. Dons espirituais. O pastor Warren diz: "Comece avaliando seus dons e habilidades. Analise de forma demorada e honesta em que você é bom e em que não é. ... Peça às outras pessoas uma opinião ... Os dons espirituais e as habilidades naturais são sempre confirmados pelos outros". Para validar sua opinião, ele cita Romanos 12:3b (Phillips). (1, pg 216) Embora a tradução de Phillips (Cartas Para Hoje) possa aparentemente confirmar sua conclusão, as traduções padrão não confirmam. Elas nos dizem para guardar-nos das visões exageradas sobre nós mesmos (orgulho) - um pecado oculto, encorajado pela ênfase atual na auto-estima, na afirmação mútua e na relutância de falar as verdades que parecem ofensivas. As versões padrão também não apoiam a noção contemporânea de os dons espirituais poderem ser identificados, testados ou medidos de acordo com nossas habilidades naturais ou opiniões subjetivas. Deus concede dons sobrenaturais! Se nós, Suas ovelhas, ouvirmos Sua voz e tivermos fé para seguirmos Sua direção pessoal, certamente saberemos onde podemos melhor servi-lo e dar-Lhe toda a glória.  "Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um." (Romanos.12:3) "Porque pela graça, que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. (Romanos 12:3) "Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. (Romanos 12:3) "Procurem fazer um juízo correto de suas capacidades." Romanos (12:3b).

Deus frequentemente nos concede dons espirituais que têm pouco ou nada que ver com nossas habilidades naturais, para que possamos servi-lo mesmo em nossas fraquezas em vez com nossas forças. Isso foi o que Ele me ensinou. Escrever e falar era difícil e extremamente doloroso para mim, quando Deus me chamou para anunciar Seu evangelho para as crianças. Sendo tímida, calada e introvertida, aprendi a depender unicamente Dele. Ao longo dos anos, meu maravilhoso Pastor provou Sua fidelidade repetidamente, de maneiras maravilhosas. Paulo disse: "E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus." [1 Coríntios 2:1-5]. A Bíblia nos adverte sobre um "tipo" de música ou costume que serve ao paganismo: "No mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério e de toda a espécie de música, prostraram-se todos os povos, nações e línguas, e adoraram a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado." (Daniel 3:7). A lei moral de Deus não pode salvar-nos nem dar a força necessária para obedecermos suas instruções. Mas ela nos oferece um padrão sobre o que é certo ou errado - e isso, nos ajuda a entender a santidade, justiça, misericórdia e graça de Deus. Muitos afirmam esta crença: "O pecado é uma parte normal da vida, e sou tão bom quanto todo mundo - talvez um pouco melhor. Além disso, Deus me ama como sou." Mesmo que essa afirmação seja, em parte, verdadeira, é também enganosa. A essência do caráter de Deus não é apenas o amor. É também justiça inflexível, santidade indescritível e retidão perfeita. Sem informações corretas sobre Deus, não podemos conhecê-Lo nem segui-Lo. 

"Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes; para que vivais, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR Deus de vossos pais vos dá. Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que eu vos mando." [Deuteronômio 4:1-2] Veja Também: Deuteronômio 12:32; Provérbios 30:5-6 e Apocalipse 22:18-19. "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." [1 Coríntios 2:14]. Se você for novo na fé cristã, se recebeu recentemente Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal, está entusiasmado com sua nova experiência. Isso é saudável e bom. Os anjos de Deus também estão estusiasmados. Jesus disse, "Há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende." [Lucas 15:10]. Portanto, como um novo cristão, é muito importante que reconheça sua necessidade pessoal de crescer diariamente na vida espiritual. Para tornar-se uma pessoa forte e espiritual, você precisa seguir as "regras de treinamento" encontradas na Palavra de Deus. Existem seis regras básicas que encontramos sobre o crescimento espiritual:

CAPITULO 26

ALIMENTE-SE DA PALAVRA DE DEUS DIARIAMENTE

Somos projeto e criação de Deus; portanto, ele nos compreende perfeitamente. Conhece todas nossas necessidades. Sabe das nossas dúvidas, temores e fraquezas. É por este motivo que nos deu sua Santa Palavra. Estudando a Palavra de Deus, aprendemos a compreender a nós mesmos. As tendências pecaminosas da natureza humana são expostas com clareza e somos advertidos a fugir daquilo que contamina e afasta o homem de Deus. "De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra." (Salmos 119:9) Leia também (Salmos 19:7-11).

A Palavra de Deus nutre o espírito do homem. O apóstolo Pedro a compara ao leite em (1 Pedro 2:2), "Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento para salvação." Do mesmo modo como a criança precisa do leite para matar a fome, o cristão deve sentir fome pela Palavra de Deus. Quando você tem "fome e sede" [Mateus 5:6] pela Palavra de Deus, e alimenta-se periodicamente dela, o resultado será seu crescimento espiritual!

Mas você pode dizer, "Reconheço que meu apetite pela Palavra de Deus não é como deveria ser. Como faço para despertá-lo?"

Examine sua atitude com relação à Palavra. Você já entregou sua vida à autoridade da Palavra? Reconhece sua necessidade de olhar para o espelho de Deus e ver aquelas coisas que de outra forma não veria? Crê realmente que a Palavra de Deus é viva e eficaz, e poderosa... (Hebreus 4:12) e que pode transformar sua vida? Já passou tempo suficiente com a Palavra de Deus para ficar verdadeiramente satisfeito? Ou está se alimentando em outras fontes e apenas "beliscando" na Palavra de Deus?

Exercite fé verdadeira ao ler a Palavra. Creia que Deus esteja falando a você de uma maneira muito pessoal. Reivindique as promessas feitas a você pessoalmente [quando você atender às condições]. Seja diligente e zeloso em buscar as "gemas" que estão abaixo da superfície. Tenha a certeza de que quanto mais você cavar, mais preciosas serão as gemas que encontrará. Procure as prescrições de Deus para suas necessidades diárias, e depois aplique-as na sua vida cotidiana.

Uma alimentação adequada na Palavra de Deus não somente o guardará da morte espiritual, como também o capacitará a "suportar as dificuldades", como um bom soldado de Jesus Cristo" (2 Timóteo 2:3) Ao lutar contra a tentação, use "a espada do Espírito", que é a palavra de Deus" (Efésios 6:17). Jesus exemplificou o uso dessa arma quando foi tentado no deserto pelo Diabo. (Mateus 4:1-11).

Além disso, um estudo pessoal da Palavra é essencial para ser "santificado e útil ao seu possuidor e preparado para toda boa obra" (2 Timóteo 2:21). Se você deseja trabalhar para o Senhor, então estude para "apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." (2 Timóteo 2:15)

Agora, vamos considerar alguns pontos práticos que podem ajudá-lo na leitura e meditação na Bíblia. Se possível, escolha um horário e um local onde possa estar a sós com Deus, livre de interrupções. Certifique-se de estar mentalmente alerta e desligado das outras responsabilidades. Encare esse tempo como um compromisso seu com Deus e dê-lhe a prioridade apropriada. Gaste tempo suficiente para receber uma bênção real. Medite naquilo que você recebeu e compartilhe com outros sempre que tiver oportunidade durante o dia.

PREENCHA SUA VIDA COM A ORAÇÃO E O LOUVOR

Quando você medita nas Escrituras, Deus está falando com você. Quando ora ou louva, está expressando seus pensamentos e desejos a Deus. A oração e o louvor estão intimamente relacionados. A oração sempre deve incluir louvor a Deus por sua grandeza, seu amor, sua misericórdia, e assim por diante. O louvor sempre deve ser proferido em uma atitude de oração reverente. Juntos, produzem um espírito de adoração que você deve manter o tempo todo. É assim que podemos cumprir as recomendações em (1 Tessalonicenses 5:16-18), que diz, "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco."

Para manter o espírito de devoção durante todo o dia, você precisa começar o dia com oração privada e pessoal. Se Jesus, o divino Filho de Deus, achou necessário passar muito tempo em oração particular, quanto mais deveríamos nós sentir a necessidade de passar tempo em oração particular com Deus! Os relatos bíblicos indicam que grandes homens e mulheres de Deus tornaram-se grandes por dedicarem muito tempo à oração.

Quando você preencher sua vida com oração e louvor, logo descobrirá o valor e a recompensa da oração. Que bênção quando aprendemos a lançar sobre o Senhor todas as nossas ansiedades (1 Pedro 5:7) e deixá-las ao seu cuidado! Que consolação tem o nosso coração quando pedimos com fé, crendo que Deus é "poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos" (Efésios 3:20)! Que privilégio e alegria termos um relacionamento de filho com o Pai perfeito (Romanos 8:15).

COMUNHÃO COM OS VERDADEIROS CRENTES

O salmista escreveu "Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus preceitos." (Salmos 119:63). Provérbios 13:20 diz. "Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau." Essa Escritura diz que ficaremos iguais às companhias que tivermos. Encontramos advertências similares no Novo Testamento. O apóstolo Paulo disse aos coríntios, "Não vos enganeis, as más conversações corrompem os bons costumes." (1 Coríntios 15:33). Ou, em outras palavras, as más companhias corrompem a boa moral. Em sua segunda carta, Paulo disse aos coríntios, "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? ou que comunhão da luz com as trevas?" (2 Coríntios 6:14) Essa Escritura ensina claramente que um filho de Deus não pertence à companhia dos infiéis. Isso significa que talvez você tenha que cortar algumas de suas amizades e fazer novos amigos.

O melhor lugar para encontrar o tipo certo de amizades é em uma igreja fundamentada na Bíblia. Se você ainda não está em comunhão com uma igreja local assim, precisa encontrar uma. Não ache que você não precisa se identificar com uma igreja organizada. Esse é um dos argumentos modernos que Satanás está usando. Um cristão sem uma igreja é como uma criança sem um lar. Algo muito importante está faltando.

Quando você encontrar uma igreja corretamente fundamentada na Bíblia, dê-lhe seu total apoio. Compareça regularmente aos serviços e envolva-se nas atividades espirituais da congregação. Submeta-se aos padrões e costumes da igreja [ela certamente terá alguns.

As bênçãos espirituais do relacionamento com um corpo de outros fiéis não pode ser comparado aos valores terreais. Compartilhar as ordenanças; as expressões de amor fraternal; uma perfeita confiança um no outro; uma disposição de compartilhar e ajudar nos tempos de dificuldade; o aconselhamento e a admoestação fraternal -- tudo isso é parte de uma comunidade cristã calorosa e espiritual. Como cristão, você certamente precisa dessa comunhão.

ABANDONE OS PRAZERES PECAMINOSOS DESTE MUNDO

Para fazer isso, você precisa compreender corretamente o relacionamento do cristão com este mundo pecaminoso. O apóstolo João escreveu, "Não ameis o mundo, nem as cousas que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente." (1 João 2:15-17) Esta Escritura, bem como muitas outras, diz-nos que o mundo está cheio do mal e da impiedade. Satanás é quem está na regência deste mundo. Ele é o espírito que trabalha contra Deus, produzindo as impiedades e o pecado que nos rodeia. (Efésios 2:2) 

Alguns dos prazeres deste mundo podem parecer inocentes e inofensivos, mas um exame mais atento revelará que segui-los é o início de uma caminhada que leva o homem para longe de Deus. Servir aos prazeres do mundo é tentar gratificar a carne. Entretanto, nossa natureza pecaminosa nunca se satisfaz na indulgência; ela simplesmente quererá mais e mais e isso acaba afundando a pessoa em pecados cada vez maiores.

A resposta da Bíblia é: Crucifique a carne. "Os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências." (Gálatas 5:24) "Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se pelo Espírito mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis." (Romanos 8:13) Precisamos dizer não a todos os desejos pecaminosos. Qualquer envolvimento com os prazeres sensuais deste mundo certamente trará morte espiritual. Como um filho de Deus, você é chamado para uma vida de pureza e santidade.

ENFRENTE TODA A OPOSIÇÃO COM O ESCUDO DA FÉ

Oposição? Sim. Muitas Escrituras falam da experiência cristã como uma guerra e uma batalha contra o inimigo de nossas almas. Satanás está determinado a ganhá-lo de volta, de modo que você deve se preparar para a batalha. Satanás tem muitas ciladas, esquemas e estratagemas diferentes que usa para alcançar seus propósitos. Uma das suas armas mais eficientes é o desânimo. O Diabo sabe que se conseguir nos levar ao desânimo, provavelmente tiraremos nossa armadura. Assim, seremos um alvo fácil para ele. Alguns de seus ardis para nos levar ao desânimo são a dúvida, a preocupação e o medo. Outro esquema de Satanás é enviar a zombaria. Ele sabe que todos queremos ser aceitos em um grupo social, de forma que envia escarnecedores para zombar de nós. Ele pode até mesmo usar seus familiares, colegas de trabalho ou qualquer outra pessoa. E eles terão muitas coisas para escarnecer, pois somos novas criaturas em Cristo Jesus (2 Coríntios 5:17).  Um dos ardis mais antigos de Satanás e que ele ainda usa muito é a sedução; ele faz o pecado parecer atraente e apelativo; procura despertar as paixões carnais que estão dentro de nós; esconde as consequências do pecado dos nossos olhos e diz, "Vá em frente, aproveite. Todo mundo faz isso." Mas essa é uma das muitas mentiras do Diabo. O final é remorso e vergonha. A sedução nada mais é que o engano do pecado. Essa é uma tentação muito comum para a qual você deve estar vigilante.  Mas, graças a Deus, que nos dá as condições de sermos vitoriosos nessa batalha. Paulo, um dos maiores expoentes da fé cristã, brindou-nos com estas palavras: "Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do Diabo ... embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno." [Veja Efésios 6:10-18] Quando a oposição vier, não vire as costas; enfrente o inimigo na força do Senhor e abraçando o escudo da fé. Deus lhe dará a vitória.

SIGA O EXEMPLO DE JESUS CRISTO DE SERVIÇO E SUBMISSÃO

Jesus Cristo veio a este mundo para ser nosso exemplo e para que sigamos seus passos (1 Pedro 2:21). "Ele não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos." (Mateus 20:28) Jesus sempre fez o bem. (Atos 10:38) Ele curou os enfermos; disse palavras de conforto àqueles que estavam aflitos e feridos, e ofereceu libertação àqueles que estavam acorrentados ao pecado. Ele é nosso exemplo perfeito do amor e da compaixão de Deus pelos homens. Agora que você é um cristão, precisa também seguir esse exemplo de Jesus. Isso requer uma submissão total ao senhorio de Jesus Cristo. Significa que você não apenas o recebe como seu Salvador do pecado, mas que também o proclama como Rei da sua vida. Verdadeiramente, devemos toda nossa vida a ele. Somos dele por criação e por redenção. "Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmo? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo." (1 Coríntios 6:19)  A verdadeira beleza de caráter; a verdadeira paz, alegria e felicidade; o verdadeiro propósito e significado na vida encontram-se somente em ser um discípulo voluntário e que ama o Senhor Jesus Cristo. Isso requer um compromisso diário da sua parte. Cada dia você precisa colocar no seu coração o propósito de seguir fielmente o exemplo de Cristo e permitir que o "fruto do Espírito" (Gálatas 5:22, 23) encha sua vida. Se seguir com fidelidade diariamente, tornar-se-á cada vez mais parecido com seu Mestre e Senhor. Certamente, o objetivo de todo cristão é ser conformado com a imagem de Cristo (veja 2 Coríntios 3:18). Que Deus o abençoe na sua caminhada e, como Cristo, tenha seus olhos nos objetivos celestiais, sabendo que após a cruz, vem a coroa. Quando alguém se salva, a primeira consideração que deveria reclamar sua atenção é a igreja. A gratidão a Deus pela salvação deveria fazê-lo tão cônscio da filiação eclesiástica como das matérias pertencentes à salvação.

CAPITULO 27

EMPREGO ESCRITURISTICO DE "EKKLESIA"

Trazendo a mente o significado do termo como já notado, achamos os seguintes usos da palavra em o Novo Testamento. O uso abstrato. Termos que são comumente concretos no sentido são muitas vezes usados num sentido abstrato. O mesmo é também verdade de "casamento" na afirmação "o casamento é uma instituição divina." Um outro caso oportuno é o uso da palavra "homem" para designar-se a raça.

Há pelo menos três passagens da Escritura onde "ekklesia" está usado abstratamente ? Mat. 16:18; Efe. 3:10,21; 1 Cor. 12:28. Está manifesto que estas passagens não se referem particularmente a qualquer assembleia individual. Se Mat. 16:18 é tomada como se referindo a uma igreja particular, então deve ser entendido que Cristo prometeu perpetuidade a uma igreja particular. Mas nenhuma igreja particular foi perpetuada. Então os apóstolos, profetas, mestres, dons, etc., como se enumeram em 1 Cor. 12:28, não foram todos ajustados em qualquer igreja particular. E o propósito de Deus de fazer Seus mistérios conhecidos e ganhando-Lhe glória, como indicando em Efe. 3:10,21, abrange não meramente uma igreja particular, mas a igreja como uma instituição.  O uso prospectivo. Há duas passagens da Escritura onde "ekklesia" se refere a uma assembleia futura. Referimos-nos aqui a (Ef. 5:25-32 e Heb. 12:23). Em (Ef. 5:25-32) a igreja abarca os eleitos de todas as épocas, mas, segundo a etimologia da palavra original, a igreja com este sentido não pode ser concebida como existindo atualmente no presente tempo. Assim a palavra está usada perspectivamente. E o mesmo é certo em (Heb.12:23).  O uso particular presente e concreto. De todos os 112 casos em o Novo Testamento onde "ekklesia" se refere à instituição fundada por Cristo, em todos, exceto os cincos casos já notados e uns outros raros onde possivelmente há um emprego misto, refere-se a uma igreja particular, concreta, local, ou a uma pluralidade de igrejas semelhantes, como "a igreja que estava em Jerusalém" (Atos 8:1); "todas as igrejas dos gentios" (Rom. 16:4); "as igrejas da Macedônia" (2 Cor. 8:1); "a igreja em tua casa" (Filemon 2); e "as igrejas de Deus" (2 Tess. 1:4).

A IGREJA UM CORPO

Frequentemente em o Novo Testamento fala-se da igreja como um corpo. E bem diz Joseph Cross: "Um corpo é um organismo, ocupando espaço e tendo localização definida. Uma simples agregação não é um corpo; deve de haver organização bem assim. Uma planilha de cabeças, mãos, pés e outros membros não fariam um corpo; devem ser unidos num sistema, cada peça no seu próprio logar e penetrada de uma vida comum. Assim uma coleção de pedras, tijolos e madeiras não seriam uma casa; o material deve estar erigido junto, numa ordem artística, adaptada à utilidade. Assim um aglomeração de raízes, troncos e ramagens não seria uma vinha ou uma árvore; as partes várias devem ser desenvolvidos segundo as leis da natureza da mesma semente e nutridas pela mesma seiva vital" (Brasas do Altar).

A IGREJA UMA ASSEMBLÉIA

A ideia de uma assembleia inere todo uso de "ekklesia" em o Novo Testamento. Esta ideia não é forçada tanto no uso abstrato como no prospectivo. O uso prospectivo de "ekklesia" retém a ideia de uma assembleia ? a assembleia do povo de Deus e a volta de Cristo.  Não há neste mundo nenhuma coisa tal como uma igreja universal ou invisível. Abuso é indesculpável de "ekklesia" aplica-la a todos os cristãos de todos os tempos na hora presente.

A IGREJA E O REINO

"Os termos escrituristicos "igreja" e "reino" tem sido por séculos presumidos serem idênticos ou quase idênticos no significado.  "Mas a moderna cultura tende rapidamente a reverter esta impressão. Vê-se agora claramente que as duas palavras se referem a duas coisas absolutamente distintas em natureza e radicalmente desiguais em muitos aspectos" "Somos assim forçados a descansar na conclusão que o "reino" em questão, cujo domínio é "dentro", o qual "não é deste mundo", que "não vem com observação", do qual nunca se fala como para ser "construído" (como a "igreja"é), nem é, nem foi intentada jamais ser feita pela agência humana entidade terrena externa ou discernível".  A igreja e o presente reino de Deus são distinguidos nos seguintes modos:  A igreja é falada como aquilo que era para ser construído; o reino nunca. Mat. 16:18. Cristo disse: "Dizei-o à igreja", quando falando de diferença pessoais que não podem ser ajustadas pelas partes envolvidas; mas nunca se disse tal do reino. Mat. 18:17 . Do reino se disse que fosse pregado e numa ocasião foi anunciado como "próximo"; mas nunca se disse tal da igreja. Atos 20:25, 28:31; Marcos 1:15. Lemos do "Evangelho do reino", mas nunca o Evangelho da igreja. Marcos 1:14; Mat. 4:23; 9:35; 24:14.  A igreja é chamada um corpo; o reino nunca. Efe. 1:22,23; Col. 1:18; 1 Cor. 12:27.  A igreja é uma democracia sob a chefia de Cristo; o reino é uma monarquia. Daí, achamos a igreja autônoma na eleição de Matias, a eleição dos sete diáconos; a separação de Barnabé e Saulo; a escolha de um camarada de viagem para Saulo (1 Cor. 16:3; 2 Cor. 8:19,23).

A comunidade eclesiástica está sujeita à ação da igreja; ao passo que Deus, puramente independente de toda a autoridade humana, põem homens no Seu reino pelo novo nascimento. João 3:5; 2:6; Col. 1:13; Rom. 14:1; Atos 9:26; 1 Cor. 5; 2 Cor. 2:6. De nós se diz sermos batizados para a igreja; mas nunca para o Reino. 1 Cor. 12:13. A igreja tem um caráter orgânico, tendo oficiais (1 Cor. 12:28) e é visível; o reino em nenhum sentido é orgânico e é invisível. Lucas 17:20. A igreja é local; o reino é universal.

A INSTITUIÇÃO DA IGREJA

A noção que a igreja foi fundada no dia de Pentecostes recordado em Atos 2. Não há mais leve indício da fundação de qualquer coisa neste dia. A igreja que existiu no fim do Dia de Pentecostes, existiu antes do Pentecostes. Antes do Pentecostes a igreja teve o Evangelho e o pregara. Teve o batismo e a Ceia do Senhor. Teve também um ministério e fez cultos. Antes do Pentecostes a igreja foi um corpo de crentes batizados, unidos para executarem a vontade de Jesus Cristo. Isto é o que uma igreja é. A noção que Mat. 16:18 marca o tempo da fundação da igreja . Isto é bem uma noção geral entre os que rejeitam a teoria pentecostal da fundação da igreja. Mas Jesus não disse: "Sobre esta rocha fundarei a minha igreja". Ele empregou a palavra "construir" em vez da palavra "fundar". E a palavra grega traduzida aqui por "construir" quer dizer construir a super estrutura. Ocorre à mesma palavra em Atos 9:31, que está traduzida por "edificadas". Cristo estava então construindo ainda Sua igreja tal qual Ele disse que faria em Mat. 16:18. O que temos dito de Pentecostes podemos também dizer do dia em que Cristo pronunciou as palavras de Mat. 16:18: a igreja que existiu ao cabo desse dia, existiu antes desse dia. Nada há que se possa chamar igreja que veio a existir nesse dia, tanto quanto o arquivo inspirado nos informa.

O VERDADIERO TEMPO DA INSTITUIÇÃO DA IGREJA

Ao localizar a fundação da igreja devemos achar um tempo quando algo que responde à descrição da igreja veio a existir. Esta regra aponta-nos o tempo quando, após uma noite de oração, Cristo escolheu os doze apóstolos. Com esta escolha estes doze homens, pela primeira vez, fez-se um corpo. Tiveram um cabeça ? Cristo. Tiveram um tesoureiro ? Judas. Presumiram-se eles crentes batizados. Uniram-se para executarem a vontade de Cristo. Que mais além disto se tornaram no dia em que o seu Mestre pronunciou as palavras de Mat. 16:18?

A FUNDAÇÃO DA IGREJA

Há muita controvérsia tocante ao significado de "rocha" nas palavras de Cristo: "sobre esta rocha edificarei minha igreja". Os católicos romanos e outros tomam a rocha por Pedro. Mas a diferença em gênero e o significado exato entre "Petros", traduzido por Pedro e "petra" traduzida por rocha faz insustentável esta ideia. No grego clássico a distinção está geralmente observada (vide "petra" no Léxico de Thayer), "petra" significando "a rocha viva mássica" e "petros" significando "um fragmento destacado, mas grande." Outros tomam "petra" como significando a fé de Pedro e outros ainda a confissão de Pedro. Consideramos Cristo aqui como usando de um trocadilho. Tomamos "petra" como se referindo a Cristo divinamente revelado e implantado nos corações dos homens (Col. 1:27). Pensamos que esta interpretação é sustentada por (1 Cor. 3:11), passagem que fala da fundação da igreja em Corinto e fundação que fora lançada pela pregação do Evangelho e a divina revelação e implantação de Cristo no coração.

AS ORDENANÇAS DA IGREJA

No sentido lato, uma ordenança é meramente um mandamento e qualquer mandamento é uma ordenança; mas a usança comum de hoje limita o termo ordenança da prosa religiosa a formas e cerimônias especiais que pertencem à igreja e são observadas sob sua jurisdição. Neste sentido só achamos duas ordenanças da igreja na Bíblia. São:

BATISMO

O batismo, que é a imersão em água de um penitente crente em nome do Senhor Jesus Cristo por autoridade própria e para o fim de mostrar a morte do crente para o pecado e a ressurreição para andar em novidade de vida, foi o rito inicial das igrejas do Novo Testamento. Ninguém foi recebido sem este rito. Diz Paulo que é o modo porque crentes se fazem parte do corpo de Cristo, a igreja (1 Cor. 12:13). Será que a ordem dada em Atos 2:38 anula a de São Mateus 28:19? Ou será que Pedro cometeu um engano no Dia de Pentecostes? Foi Pedro ou foi o Espírito Santo quem falou no dia de Pentecostes? "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" - Mateus 28:19 "E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém" - Lucas 24:47. "E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo." Atos 2:38.

CAPITULO 28

PORQUE BATIZAR EM NOME DO SENHOR JESUS

Por que batizar em nome do Senhor Jesus Cristo? Paulo diz: Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. Efésios 2:19 - 20. Se somos então edificados neste fundamento, não deverá ser o nosso Evangelho o mesmo Evangelho que eles pregaram? Não ensinamos como os apóstolos ensinaram? Não faremos como eles fizeram concernente à inteira doutrina da salvação? Certamente, pois Paulo disse em Gálatas 1:8: Mas ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos tenho pregado, seja anátema.

OS APOSTOLOS BATIZARAM SOMENTE EM  NOME DO SENHOR JESUS

Examinaremos os relatos dos serviços batismais registrados na Santa Palavra de Deus.

O Espírito Santo descendo sobre os 120 no cenáculo. A multidão se aproximou bruscamente e foi convencida do fato de que este grupo de pessoas tinha recebido algo real de Deus, algo que eles também necessitavam. A resposta de Pedro aos corações sinceros e famintos quando perguntaram: "Que faremos?" Foi a seguinte: "Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado no nome de Jesus Cristo para a remissão dos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo " "Então os que aceitaram a Palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas ". Atos 1:15; 2:1-8, 38, 41.  Há quem diz que a razão pela qual Pedro lhes ordenou que fossem batizados no Nome de Jesus, é porque eram judeus e o batismo serviria para que confessassem a Jesus Cristo. Vejamos porém, a casa de Cornélio e os membros de sua família, e aqui novamente encontramos a Pedro ordenando que se batizassem no Nome do Senhor. Atos 10:47 - 48. Se Pedro tivesse errado no dia de Pentecostes, certamente haveria tido bastante tempo para se corrigir antes que fosse à casa de Cornélio. Estaria Pedro errado no dia de Pentecostes? Quando eles ficaram comovidos, "eles disseram a Pedro e ao resto dos apóstolos. . ." Atos 2:37. Isto inclui a Mateus quem escreveu o livro de S. Mateus (Mateus 28:19). Também Atos 2: 14 vemos Pedro levantando-se com os onze. Mateus estava lá, porém não encontramos palavras de correção da parte dele. Por que? Jesus disse em João 17: 6: Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus e tu mós deste.  "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus é a principal pedra de esquina". Efésios 2:20.

Em lugar nenhum encontramos que eles batizaram repetindo as palavras: "Em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo." Pelo contrário, eles apenas batizaram em nome do Senhor Jesus Cristo; eles cumpriram a ordem do Senhor em Mateus 28:19. Pois ali Jesus não indicou aos apóstolos que usassem estas palavras como uma fórmula. Ele ordenou o batismo usando o Nome. Filipe foi a Samaria e pregou-lhes Cristo (Este povo não era judeu, mas samaritano). Eles prestaram atenção à mensagem que ele entregou. "Ouvindo os apóstolos que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João; os quais descendo para lá oravam para que recebessem o Espírito Santo; porquanto não havia descido ainda sobre nenhum deles, mas só haviam sido batizados em Nome do Senhor Jesus - Atos 8:15 -17. Cornélio era um homem justo e temia a Deus com toda a sua casa. Ele viu em uma visão um anjo que lhe disse para mandar chamar a Pedro em Jope, o qual lhes diria as palavras pelas quais poderiam ser salvos. Quando ele declarou a grande verdade, que "Por meio do Nome de Jesus todo que Nele crê recebe remissão de pecados", o Espírito Santo caiu sobre todos que ouviram a palavra e eles falaram em línguas como fizeram os apóstolos no dia de Pentecostes.

Então Pedro respondeu:  Porventura pode alguém recusar água para que não sejam batizados estes que, assim como nós, receberam o Espírito Santo? E ordenou-lhes que fossem batizados em Nome do Senhor. Atos 10: 47.  A seguir observaremos um ato batismal dirigido por Paulo.  ". . .e achando ali alguns discípulos, disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo." Perguntou-lhes então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.

E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam em línguas e profetizavam. Atos 19:1 - 6.  Não cremos que Paulo alterou a fórmula ou modo do batismo quando batizou Lídia e sua gente de casa e nem ao carcereiro de Filipos.  Agora, note bem: Paulo não estava junto com os apóstolos quando Jesus deu suas instruções finais a eles em Mateus 28:19 e Lucas 24:47, contudo encontramos Paulo batizando em Nome do Senhor Jesus Cristo. De quem recebeu esta revelação? Cumpre mencionar que o Evangelho de Paulo não é uma cópia ou imitação de outros apóstolos, mas é uma revelação. Mas faço-vos saber irmãos, que o Evangelho que por mim foi anunciado não aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo. Gálatas 1:11 - 12. Ele escreveu: E quanto fizerdes por palavras ou obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus Cristo, dando por Ele graças ao Pai. Col 3:17 Paulo reclamou ter autoridade divina: Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. I Cor. 14: 37 O batismo com água é executado tanto por palavras como por obras. Não podemos deixar de comunicar esta ordem à igreja. Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome. Efésios 3:14 -15. Devemos ler os Atos dos Apóstolos e as epístolas de Paulo para saber o que os apóstolos ensinaram e praticaram após a vinda do Espírito Santo.

Você dirá: "Se Jesus quisesse que nos batizássemos em Seu nome, então, por que Ele não nos disse?" Ele o disse. Note que Ele falou : "no Nome." Qual é o Nome do Pai? Jesus dá a resposta em São João 5:43: "Eu vim em nome de meu Pai." E qual é o Nome do Filho? A resposta é dada por um anjo em Mateus 1:21. ". . .e chamará o seu nome Jesus. " E em qual nome o Espírito Santo é revelado? A resposta é encontrada em João l4: 26. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas.  É citado nos versículos encontrados em Lucas 24: 45 - 47, que Jesus abriu o entendimento dos discípulos. Foi necessário que o entendimento lhes fosse aberto e muitos hoje em dia necessitam desta mesma operação para que possam entender as Escrituras. Em Lucas 24:47 encontramos: E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados em todas as nações, começando por Jerusalém. Foi Pedro um daqueles a quem Jesus havia falado e cujo entendimento também tinha sido aberto. Após ter escutado estas instruções, poucos dias depois começou a pregar inspirado pelo Espírito Santo, e continuou até que os corações dos ouvintes ficaram comovidos e sentindo-se condenados perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: "Que faremos varões irmãos?" Pedro não hesitou e firmemente deu a prescrição: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome do Senhor Jesus para perdão dos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo. Atos 2:38.  Alguns dizem que aceitarão as palavras de Jesus em Mateus 28:19, porém não as de Pedro em Atos 2:38. Mas, foi Pedro quem falou no dia de Pentecostes ou foi o Espírito Santo? Pedro disse que era o Espírito Santo mandado dos céus. I Pedro 1:12. Pedro foi um apóstolo e a ele foram dadas as chaves do reino (Mateus 16:17 - 18) e não temos o direito de desacreditá-lo em suas palavras.  Para que lembreis das palavras que primeiramente foram dadas pelos santos profetas, e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante vossos apóstolos. II Pedro 3:2 Aqui somos animados a considerar as palavras dos santos profetas e o mandamento dos apóstolos, e o apóstolo Pedro ordenou que o batismo fosse em Nome do Senhor Jesus Cristo. O senso comum lhe dirá que o livro dos Atos é a Igreja em ação; e se a batizaram, então assim é como se deve batizar.  De coração aberto irmão, consulte as Escrituras, seja batizado no Nome do Senhor Jesus Cristo, e Deus lhe encherá com Seu Espírito. A fórmula correta para o batismo nas águas tem sido restaurada nestes últimos dias. Amém.

A CEIA DO SENHOR

A ceia do Senhor é o memorial instituído por nosso Senhor Jesus Cristo em que Suas igrejas são mandadas mostrar Sua morte pelo emprego de pão asmo ou azimo e vinho. Como com o batismo, consideração ulterior.

OS OFICIAIS ORDENADOS DA IGREJA

O Novo Testamento só menciona dois oficiais ordenados na igreja. São:

1. ANCIÃOS OU BISPOS

O título "ancião" ou "bispo" designou o oficial principal nas igrejas do Novo Testamento. Os ocupantes deste ofício presidiam aos cultos, ensinaram e guiaram o povo nas doutrinas e nos deveres cristãos e exerceram a superintendência das igrejas.

São estes dois títulos usados reciprocamente em o Novo Testamento e, portanto, designam o mesmo ofício. O seu uso recíproco pode ser visto em Atos 20:17 e verso 28 do mesmo capítulo. Diz-se na primeira passagem que Paulo convocou os anciãos da igreja de Éfeso e na segunda ele os chama "superintendentes", que é a tradução literal da palavra traduzida noutro lugar por "bispos". Vide Fil. 1:1. O uso alternado de ambos os títulos sob discussão pode ser visto também em Tito 1:5,7.

O termo "pastor" é um outro termo usado só uma vez em o Novo Testamento (Ef. 4:11), o qual designou, parecidamente, o mesmo ofício como ancião e bispo. Parece ter sido a regra em o Novo Testamento, nas suas igrejas, ter uma pluralidade de anciãos, como se vê plenamente no caso da igreja de Éfeso (Atos 20:17), e no caso da igreja de Filipos (Fil. 1:1) e como parece estar indicado no caso de outras igrejas em Atos 14:23 e Tito 1:5.  A razão principal, talvez, para se ter uma pluralidade de anciãos nas igrejas do Novo Testamento, é que era costume haver só uma igreja em qualquer cidade, tendo esta, presumivelmente, um número de pontos de pregação pela mesma. Um ministério graduado é desconhecido em o Novo Testamento. O bispo era um oficial de uma igreja particular e não um superintendente das igrejas de um dado distrito, como é o caso hoje em algumas denominações.

DIACONOS

Vide Atos 6:1-8; Fil. 1:1; 1 Tim. 3:8-13.

Há tanta coisa a dizer-se com referência ao diaconato que reservamos tratamento mais extenso para ulterior capítulo exclusivamente devotado a este assunto.

O GOVERNO DA IGREJA

As igrejas do Novo Testamento eram independentes e democráticas no seu governo. Este fato está visto em:

A ESCOLHA DE MATIAS

Conquanto o método usado na escolha de Matias não é o costumeiro nas votações de hoje, o relato de Lucas (Atos 1:23-26) implica que a igreja inteira participou de sua escolha. "Indicaram" (v. 23), "oraram" (v. 24), e "lançaram sortes". O grupo inteiro de cento e vinte (v. 15) é o antecedente naturalíssimo do pronome "eles" nestas expressões.

A ESCOLHA DOS SETE DIACONOS

Quando se levantou a necessidade desses sete servos da igreja, os apóstolos não assumiram a autoridade de os indicar, mas "convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a Palavra de Deus e sirvamos às mesas; escolheis, pois, irmãos dentre vós sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio" (Atos 6:2,3). "E este parecer satisfez a toda a multidão e elegeram" os sete varões cujos nomes são dados. A multidão dos discípulos, isto é, a igreja, fez a escolha.

A SEPARAÇÃO DE BARNABÉ E SAULO

Nisto vemos a independência das igrejas do Novo Testamento. A igreja de Antioquia, ainda que muito mais jovem que a de Jerusalém, procedeu nesta matéria independente desta e sem sequer consultá-la. Vide Atos 13:1-3. Nem a igreja consultou os apóstolos.

A EXCLUSÃO E RESTAURAÇÃO DO HOMEM INCENTUOSO EM CORINTO.

Paulo dirigiu-se à igreja como um todo nesta matéria. Vide 1 Cor. 5. E na recomendação concernente à restauração deste homem (2 Cor. 2:6) fala de sua punição como tendo o mesmo sido aplicado por "muitos", literalmente, a maior parte ou maioria. Isto implica distintamente que a igreja era democrática na exclusão do homem. Não foi feito pelos anciãos, nem pelos diáconos, mas pelos muitos ou a maioria.

A ESCOLHA DE CAMARADAS VIAJANTES PARA PAULO

Vide 1 Cor. 16:3; 2 Cor. 8:19,23. Paulo reconheceu o direito de as igrejas terem seus próprios representantes acompanhando-o nas suas viagens entre as igrejas para amealhar as ofertas para os santos em Jerusalém. Temos, não há duvida, estes mensageiros das igrejas" mencionados em Atos 20:4. Assim Paulo não foi um senhor sobre a herança de Deus, mas reconheceu-lhes o direito de autonomia. Paulo fala desses irmãos como tendo sido escolhido das igrejas. Isto implica que as igrejas procederam como corpos na sua escolha. Não foram indicados pelos anciãos. A única maneira por que uma igreja pode proceder como um corpo é por algum método de votar. Qualquer método adequado de votar é uma expressão de democracia.

O DEVER E A RESPONSABILIDADE DA IGREJA TODA EM:

(1). Manter unidade de ação

Vide Rom. 12:16; 1 Cor. 1:10; 2 Cor. 13:11; Efe. 4:3; Fil. 1:27; 1 Ped. 3:8. Strong mui justamente observa nesta passagem que elas "não são meros conselhos de submissão passiva, tais como poderiam ser dados uma hierarquia, ou aos membros da Companhia de Jesus: são conselhos de cooperação e juízo harmonioso."

(2). Conservar puras a doutrina e a prática

1 Tim. 3:15; Judas 3. Vide também as exortações às igrejas no Apocalipse 2 e 3.

(3). Guardar a ordenanças

1 Cor. 11:2, 23, 24.

E podemos concluir por dizer que em nenhum caso em o Novo Testamento vemos contraditadas a independência e a democracia da igreja.

A MISSÃO DA IGREJA

A missão da igreja está claramente esboçada na comissão de despedida de nosso Senhor como recorda em Mat. 28:19,20. Há três elementos nesta comissão.

1. FAZER DISCÍPULOS

A frase "ensinai todas as nações" pode ser traduzida "disciplinai todas as nações" que este é o seu significado. Da versão de Marcos achamos que os discípulos são para ser feitos pela pregação do Evangelho. À luz de outras passagens não pode ser sustentado que o discipulamento se fez através do ato de batismo, como alguns quereriam que fosse. Achamos que o Mestre, autor da comissão e nosso exemplo perfeito, "fez e batizou" discípulos (João 4:1), o que implica que os discípulos foram feitos e então batizados, não feitos pelo ou através do batismo.

Precisamos de notar que esta comissão autoriza a pregação mundial do Evangelho. É para irmos em todo o mundo e pregarmos o Evangelho a toda criatura (Marcos 16:15), fazendo discípulos em todas as nações. Nem pode ser razoavelmente sustentado que isto coube só a era apostólica. A promessa da presença de Cristo até ao fim dos séculos (Mat. 28:20) implica uma continuação da comissão até ao fim dos séculos, pelo que se quer dizer o fim da presente dispensação, que virá na volta de Cristo.

2. BATIZANDO-OS

Ao passo que o batismo nada tem a ver com fazer discípulos e não tem poder salvador, todavia está ordenado por nosso Senhor Jesus Cristo e é, portanto, importante.

A comissão de Cristo proíbe expressamente batizar crianças de peito e outras pessoas inconquistáveis. O antecedente "os" são os tais que são discípulos. Ninguém se arroga o batismo a menos que possa ser ensinado e então a ele não se arroga até que tenha sido ensinado e tenha recebido esse ensino. Vide Atos 2:41, 8:36,37, 19:1-5.

3. ENSINANDO-OS

Ainda não estamos terminados quando fizemos discípulos e os batizamos: somos intimados a ensiná-los e a ensinar-lhes tudo quanto Cristo mandou. Já nos referimos à promessa da presença de Cristo que se ajunta a esta comissão. A promessa não só indica que a comissão tem uma aplicação perpétua até ao fim dos séculos, mas também indica que Cristo se dirigiu aos apóstolos, não como indivíduos senão como constituindo eles a igreja. Estes apóstolos há muito estão mortos, contudo o fim dos séculos não veio; logo, Cristo deve ter precisado falar-lhes como a um corpo que se perpetuaria até ao fim dos séculos. A comissão, portanto, foi cometida à igreja. A execução dela, então, é, primariamente, uma responsabilidade da igreja.

A DOUTRINA DAS ESCRITURAS

DOUTRINA

1. SIGNIFICADO DA DOUTRINA: A palavra “Doutrina” significa “ensino” ou “verdade”. É impossível ensinar a Bíblia sem ensinar-se doutrina. A doutrina é a espinha dorsal e esqueleto de sustentação de qualquer pregação e ensino. Dá força, forma e beleza á mensagem que transmitimos.

2. IMPORTÃNCIA DA DOUTRINA: A importância as Doutrina da Bíblia pode ser vista nas seguintes Escrituras:

Atos 2:42        – E perseveraram na doutrina dos apóstolos.

1 Tim 4:13      – ...aplica-te á leitura, á exortação e ao ensino.

1 Tim 4:16      – ... e da doutrina.

1 Tim 5:17      – ... os que se afadigam na palavra e no ensino.

2 Tim 3:16      – ... e útil para ensino.

2 Tim 4:2        – ... com toda a longanimidade e doutrina.

2 João 9          – ... a doutrina de Cristo.

3.PRINCÍPIOS A SEREM LEMBRADOS PARA COMPREENDER-SE A DOUTRINA:

a) A verdade se manifesta por Revelação Divina.

Não há melhor mestre da Verdade Divina do que o Espírito Santo, o autor da Bíblia. Muitas verdades são mistérios que são ocultos das mentes não regeneradas r que apenas podem ser compreendidas quando o Espírito as faz mais claras.

João 16:13 – “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade...” I Cor 2:14 – “Ora, o homem natural não aceita as cosias do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente.”

b) Depois do Espírito Santo, a Escritura é o melhor intérprete da Bíblia.

c) A verdade é uma concordância com todo o conteúdo da Escritura.

A doutrina nunca deveria se basear em apenas uma isolada passagem da Escritura a menos que aquela doutrina esteja ao mesmo tempo em harmonia com toda a Bíblia.

d) A verdade é sempre bem equilibrada e razoável. Pontos de vista extremados são mais passíveis de estarem errados do que a crença moderada.

e) A verdade sempre exalta Cristo. Qualquer ensinamento que degrade Jesus está errado.

f) A verdade sempre tem uma ação santificadora na vida de um crente. O procedimento diário de um homem indicará se ele é ou não um crente de doutrina verdadeira.

4. A IMUTABILIDADE DA DOUTRINA:

A palavra de Deus é imutável e é absolutamente eterna a não muda em sua natureza. Salmos 117:2 – “... e a felicidade do Senhor su8bsiste para sempre.” Isto que dizer que não há doutrina fora daquilo que é ensinado pelos apóstolos e há a grande necessidade de se continuar perseverante na doutrina dos apóstolos. Atos 2:42.

5. A ATITUDE APROPRIADA PARA COM A DOUTRINA: A maneira correta de se estudar a Palavra de Deus é ter-se uma sadia sede de conhecer a VERDADE pelo bem da VERDADE apenas. Há muitos motivos para o estudo da Bíblia, mas acima de qualquer outro, este deve ser o mais importante.

BÍBLIA

1. NOMES E TÍTULOS DA BÍBLIA:

a) A BÍBLIA – “Bíblia” é derivada da palavra grega “bíblia” e quer dizer “os livros”. Os livros antigos eram escritos sobre o biblus ou papírus, e deste costume nasceu a palavra grega que, finalmente, veio a ser aplicada aos livros sagrados. Não é meramente um livro – mas é o livro que se coloca tão acima de todos os outros livros como o céu está acima da terra.

REFERÊNCIA: Marcos 12:26; Lucas 3:4; Lucas 20:42; Atos 1:20; Atos 7:42; Salmo 40:7; Hebreus 10:7.

b)  ESCRITURAS – É derivada do latim, e significa “as escritas”.

REFERENCIA: Mateus 22:29; Lucas 24:27; João 5:39; Atos 17:11; Rom. 1:2; 2 Tim 3:15; 2 Pedro 3:16.

c) A PALAVRA DE DEUS – Esta expressão é extremamente significativa e completa. Ela exprime o pensamento de que a Bíblia é Deus falando ao homem.

REFERENCIA: Marcos 7:13; Rom. 10:17; Heb. 4:12. Tanto a expressão “Palavra de Deus” como “Escrituras” eram títulos favoritos do nosso Senhor.

d) O NOVO E O VELHO TESTAMENTO – “Testamento” é sinônimo de “pacto”, que foi o termo que agradou a Deus para indicar a relação que existe entre Ele e o Seu povo. Velho Testamento – é a história da nação Judaica. Novo Testamento – é a história e a aplicação da redenção realizada pelo Senhor Jesus Cristo.

REFERENCIA: Lucas 22:20; 2 Cor 3:6; Heb. 9:15; Heb. 12:24.

2. OS SÍMBOLOS DA BÍBLIA:

a)  Um crítico ou aquele que discerne – Heb. 4:12. Quem ousaria em ser um crítico da Bíblia quando ela é, na verdade nosso crítico?

b) Uma lâmpada ou luz – Salmos 119:105 e Prov. 6:23. Como a Estrela D’Alva ela guiará qualquer indagador honesto até onde se encontra Jesus. Como o castiçal de sete velas do tabernáculo, ela brilha com uma luz perfeita sobre as coisas divinas. Como a colunas de fogo, ela ilumina todo o caminho dói filho de Deus, através de sua jornada pelo deserto. 2 Pedro 1:19 -  “... brilha em lugar tenebroso”.

c) Um espelho – 2 Cor. 3:18;

d) Um lavabo – Efés. 5:26;

e) Os alimentos – Jó 23:12; Mat. 4.4.

I. O leite para os bebês – 1 Cor 3:2; Heb. 5:12-13.

II. O pão para os famintos – Deut. 8:3; Isaias 55:1-2.

III. Os alimentos sólidos para os adultos – 1 Cor. 3:2; Heb. 5:12-14.

IV. O mel – Salmos 19:10; 119:103.

f)  O ouro – Salmos 19:10.

g) O fogo – Jer. 20:9 e 23:29.

h) Um martelo – Jer. 23:29.

Os corações de alguns homens são tão empedernidos como uma rocha, e torna-se mistério o contínuo martelar da palavra para quebrá-los.

i) Uma espada – Efés. 6:17.

j) A semente – Lucas 8:11; Isaias 4:10; 1 Pedro 1:23.

I. Devemos semear em todos os instantes. Isaias 32:20.

II. Devemos semear a todos os instantes. Ecl. 11:6.

III. O solo deve ser preparado pelo amor e pela compaixão. Salmos 124:6.

IV. Chuva e neve – Isaias 55:10-11.

COMO FOI A BÍBLIA ESCRITA

1. DEUS ESCREVEU TRÊS VEZES: - Temos registrado que a Divindade escreveu apenas três vezes.

a) Os Dez mandamentos – sobre pedras em formas de tábuas – Ex. 31:18.

b) Sobre a parede de Belsazar – Dan. 5:5.

c)  Sobre o chão do templo, por nosso Senhor – João 8:6.

Primeiro foi para dar a lei. – desrespeitada pelo homem. Por fim, foi um especial ato de graça. – pisoteada pelos pés do homem.

2. COMO FOI A BÍBLIA ESCRITA? – Por inspiração. 2 Tim 3:16 – Toda escritura é dada por inspiração de Deus; “dada por inspiração de Deus” vem de uma única palavra grega que significa “Deus-inspirava”. 2 Pedro 1:20,21 – Mas acima de tudo, lembre-se que nenhuma profecia nas Escrituras poderia ser chamada de inspirada pela própria improvisação do profeta, pois nenhuma profecia é o resultado da vontade humana, mas os enviados de Deus falavam como se fossem impelidos a fazê-lo pelo Espírito Santo.  (Weymouth).

3. DEFINIÇÃO DE INSPIRAÇÃO: - “Inspirado” significa, literalmente, “Deus Inspirava”. Esta palavra vem da forma grega “theopneustos” ou Deus exalou. È o forte, consciente sopro de Deus para dentro dos homens, possibilitando-os a falar a verdade. É Deus falando por meio dos homens, e a Bíblia é, portanto, tanto a palavra de Deus como se Ele tivesse pronunciado cada simples palavra contida no livro, com os seus próprios lábios. As escrituras são o resultado da Inspiração Divina, do mesmo modo como a fala humana é resultante da exalação pela boca humana. “Homens santos de Deus, amparados pela infusão do sopro Divino, e lhes foram poupados todos os erros, quer revelassem verdade já previamente conhecidas e familiares, quer escrevessem sobre verdades ainda desconhecidas.” – Evans.

4. DEFINIÇÃO DE REVELAÇÃO: - “Revelação” é aquele ato de Deus pelo qual ele comunica a verdade diretamente, verdade esta ainda desconhecida pela mente humana. A Revelação descobre novas verdades, enquanto a Inspiração superintende a comunicação daquelas verdades. Nem tudo na Bíblia foi “revelado”, mas tudo foi “Inspirado”.

5.  DEFINIÇÃO DE ILUMINAÇÃO: - “Iluminação” é a influência do Espírito Santo sobre as mentes dos homens, para que eles possam compreender as coisas espirituais. REFERÊNCIA: 1 Cor. 2:14; Mat. 16:17.

Revelação – uma divina manifestação da mente de Deus.

Iluminação – uma ação divina sobre a mente dos homens.

6.   PORQUE CREMOS NA COMPLETA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA:

  I.  Jesus deu ao Velho Testamento a sua completa aprovação. Mat. 5:18.

   II.   E o produto de uma mente superior. Apesar de conter 66 livros, escritos por 40 escritores durante um período de 1600 anos, tem UM ÚNICO AUTOR.

  III.   Os tipos, símbolos e cerimônias revelam que ela é divina. Por exemplo: Cristo no tabernáculo.

    IV. As profecias da Bíblia asseguram que ela é divina. 1 Pedro 1:10,11.

    V. Os padrões morais da Bíblia provam que ela é divina. 1 Pedro 1:16.

     VI.  O Criador do homem é o Autor da Bíblia – e revela o homem a si mesmo.

      VII. Ela revela o único caminho para a Salvação – tão simplesmente, mas não obstante, tão profundamente. Rom. 11:33.

      VIII. Pelos seus frutos, sabemos que o livro é divino. Ele sempre promove o bem.

       IX.  A Bíblia sobreviverá ao Universo. Salmos 119:89; Mat. 5:18.

         X. O mundo reconhece que ela é divina. Ela é “O Livro”. A Bíblia foi traduzida para outras mais línguas do que qualquer outro livro. Bibliotecas inteiras têm sido escritas para interpretá-la, e curvam-se diante dela os sábios.

INSPIRAÇÃO VERBAL

1. DEFINIÇÃO DE INSPIRAÇÃO VERBAL: - Inspiração Verbal significa que cada palavra dos escritos originais foi inspirada. Podem os tradutores terem feitos erros nas traduções, mas estes erros não estavam no original. Se a Bíblia foi, palavra por palavra, inspirada, então não pode haver – e não há – erros em seu texto: Deus não poderia fazer erros. Se, por outro lado, não foi palavra pó palavra inspirada, então conclui que algumas das partes da Bíblia são advinhas de Deus, enquanto outras são de origem puramente humana. Nestas últimas devemos, naturalmente, esperar encontrar alguns erros. Se apenas os pensamentos são inspirados, então a Bíblia contém a Palavra de Deus, mas não é a Palavra de Deus em sua essência. E isto, naturalmente, não é verdade. Nós cremos, absolutamente, na Inspiração Verbal.

2. RAZÕES PARA A INSPIRAÇÃO VERBAL:

a)  Os próprios escritores a afirmam:

Moisés – êxodo 20:1 – Deus disse estas palavras.

Êxodo 24:4 – Moisés escreveu todas as palavras do Senhor.

Êxodo 35:1 – Estas são as palavras comandadas pelo Senhor.

Davi – 2 Sam. 23:2 – sua palavra está em sua boca.

Isaias – Isa. 1:2 – o Senhor falou.

Jeremias – Jer. 1:4 – A Palavra de Deus veio ter a mim.

Jer. 1:9 – eu pus minhas palavras em tua boca. Ezequiel – Ezeq. 1:3 – A palavra de Deus veio expressamente a Ezequiel.

Amós – Amós 1:1 – as palavras que ouviram referentes à Israel.

João – Apoc. 1:1 – A Revelação de Jesus Cristo que lhe foi dada por Deus.

b)  Muitas vezes os escritores da Bíblia não compreendiam o que escreviam. Deus dava as palavras, mas não necessariamente os pensamentos. 1 Pedro 1:10-12 – os profetas perguntaram.......... Eles não estavam exercendo ministério sobre si mesmos, mas sobre nós.

Daniel 12:8-9 – Daniel não compreendia tudo o que ele havia escrito.

Salmos 22:18 e 22:16 – Davi compreendia a repartição de vestes e o transpasse das mães e dos pés.

c) A Bíblia seria incorreta se fosse inspirada de outro modo que não verbalmente.

    I. A importância está cima de palavras simples. Exemplo: Heb. 12:27.

     II. A importância está cima Dops tempos de verbos. Exemplo: Lucas 20:37 – “Eu sou”.

     III. A importância está acima de uma simples letra. Exemplo: Gal. 3:16 – o “S” – descendente e não descendente.

d) A ciência da Bíblia é absolutamente correta, apesar de muitas das ideias populares da ocasião serem incorretas, i, é, a Terra é plana e chata, etc.

e) O testemunho de Cristo prova que a Bíblia foi verbalmente inspirada. Mateus 5:18 – “nem um i nem um til jamais passará da lei, até...” Lucas 24:44 – Todas as coisas escritas devem se efetivar.

f) Se parte da Bíblia é divina e parte é humana, quem poderia distinguir os limites de ambas?

COMO CONSEGUIMOS A NOSSA BÍBLIA

1.OS MANUSCRITOS: A Bíblia foi originalmente escrita sobre longas folhas de pergaminhos que, por sua vez, foram enroladas em rolos de madeira. Assim feitos, foram chamados – manuscritos -, o que quer dizer “escrito a mão”. Os homens que copiavam a Palavra de Deus nestes manuscritos eram chamados – escribas -. Estes manuscritos eram muito caros e tinham que ser lidos á congregação. O Velho Testamento foi escrito em hebreu e o novo testamento em grego.

2.OS SETENTA: Em aproximadamente em 277 A.C. foi feita uma tradução grega do Velho Testamento, por setenta e dois intelectuais. Em Alexandria. Esta tradução foi largamente popularizada e foi seguida nas traduções subsequentes.

3.A VULGATA: Esta é uma tradução latina da versão dos setenta e dois do Velho Testamento. E da versão original em grego do Novo Testamento. Quer dizer “saber comum ou público”. Foi feita no Norte da África e foi revisada no 4º século por são Jerônimo. Por mil anos esta foi a Bíblia padrão da igreja católica. as pessoas do pov0o não podiam ler latim. O líder lia para as pessoas. Durante a Idade Média, a Palavra de Deus estava trancada na língua latina.

4. PRIMEIRA TRADUÇÃO ANGLO-SAXÕNICA: O Venerável Bede traduziu os Salmos e os Evangelhos para o anglo-saxônico. Alfredo, o Grande, ordenou que toda Bíblia fosse traduzida, mas não viveu o suficiente para ver a tradução completa.

5 CAPÍTULOS: Em 1250 o Cardeal Hugo dividiu a Bíblia em capítulos para que se obtivesse uma concordância latina. Algumas divisões foram infelizes, mas, de qualquer modo, foram retidas nas traduções subsequentes.

6. A PRIMEIRA TRADUÇÃO INGLESA: John Wycliffe foi o primeiro a traduzir a Bíblia para o inglês, partindo da Vulgata Latina. A tarefa levou-lhe 22 anos. Uma cópia custava 40 libras e levava 10 meses para ser escrita. Ele foi combatido por Católicos Romanos. Em 1383 ele morreu de paralisia. Quarenta anos mais tarde alguns Católicos Romanos desenterraram os seus ossos, queimaram-nos e espalharam as cinzas no Rio Swift.

7. A INVENÇÃO DA IMPRENSA: A imprensa foi inventada por Gutenberg em aproximadamente 1450. Foi introduzida na Inglaterra por Caxton em 1476.

8.  WILLIAM TYNDALE: Em 1537 Tyndale, um dos reformadores protestantes, fez uma outra tradução para o inglês, e foi o primeiro a publicar uma impressão do Novo Testamento em inglês. Esta publicação teve que ser feita parte em Colônia, parte em Worms. Os Testamentos eram contrabandeados pára dentro da Inglaterra nos fardos de algodão, sacos de farinha, e etc. os católicos faziam todos os esforços para evitar que isto acontecesse, e queimavam milhares de cópias. Ele traduziu do grego, e sua tradução era acurada. Ele também traduziu o Pentateuco e Jonas para i inglês. Em 1535 ele publicou uma versão revisada do Novo Testamento, partindo do original grego. Em 1536 Tyndale foi estrangulado e queimado.

9. AS BÍBLIAS IMPRESSAS EM INGLES: A Bíblia completa foi impressa em inglês pela primeira vez em 1535, por Miles Coverdale.

10. A PRIMEIRA VERSÃO AUTORIZADA DA BÍBLIA: Thomas Cromwell induziu a Henrique VIII a dar uma licença para que se editasse uma Bíblia em inglês. E isto foi feito por John Rogers, e ficou conhecida como a “Bíblia de Mateus”. Tornou-se esta edição impopular por ter comentários á margem contra a Igreja Católica Romana. Em 19539 Coverdale fez uma reimpressão juntamente com outros, sem os tais comentários. O Rei aprovou-a, tornando-a, assim, a primeira versão autorizada. Esta edição tornou-se conhecida como a Grande Bíblia, devido ao seu tamanho. Ordenou-se que houvesse uma cópia em todas as paróquias, e que fosse acorrentada ao público, onde as pessoas se reuniam para ouvir a leitura da Palavra de Deus.

11. A BÍBLIA DE GENEBRA: Em 1560 a Bíblia de Genebra apareceu, preparada por reformadores daquela cidade. Ela havia sido traduzida dos originais, grego e hebreu. Era menor em seu tamanho e tornou-se popular. Foi a bíblia usada por Shakespeare, Cromwell, John Bunyan, e foi trazida para os estados Unidos da América do Norte pelos Peregrinos. Esta Bíblia era importante pelas seguintes razões:

a)      Ela dividia o texto em versos.

b)      Ela usava os tipos romanos, que eram mais facilmente lidos.

c)      Ela foi a primeira a usar as palavras em grifo, palavras estas acrescentadas para a maior clareza do idioma inglês.

12.  A BÍBLIA DE DOUAY: Em 1582 os católicos Romanos traduziram o Novo Testamento em reims. Em 1610 traduziram o Velho Testamento, em Douay. Esta tradução incluía os Livros Apócrifos e foi traduzida da vulgata Latina e contém erros grosseiros. O que são Livros Apócrifos? São quatorze livros incluídos na Bíblia católica Romana e que não estão na Bíblia Protestante. A palavra “apócrifo” quer dizer escondido, ou secreto. Eles não são incluídos em nossa Bíblia porque:

a.  As Escrituras são auto-contidas, absolutamente completas, sem nada que lhes falte.

b. Não há referencia aos Apócrifos no Novo Testamento.

c. Há três solenes advertências sobre adições á Bíblia:

1 Moisés – Deut. 4:2

2 Salomão – Prov. 30:6

3 João – Apoc. 22:18-19

d. Os Apócrifos não são reconhecidos pelos Judeus Ortodoxos ou pela Igreja Cristã como sendo inspirados.

e. Os livros Apócrifos contém um grande número de lendários disparates e alguns grosseiros erros históricos.

13. A VERSÃO DO REI JAIME: Em 1611 apareceu a versão do Rei Jaime. Esta é a tradução agora em uso pela maioria dos povos, de língua inglesa. Quarenta e sete intelectuais, autorizados pelo Rei Jaime, fizeram um exaustivo estudo das antigas versões já existentes. Velhos textos hebreus e gregos foram Estudados para que se obtivessem os melhores resultados. Esta versão tem mantido o primeiro lugar por trezentos e cinquenta anos.

14. A EDIÇÃO REVISADA: Em 1881, cem intelectuais de várias denominações, da Inglaterra e dos Estados Unidos da América, reuniram-se e trabalharam durante dez anos. Usou-se, então, a versão do Rei Jaime e as mais antigas cópias das Escrituras.

15. VERSÃO PADRÃO AMERICANA: 1905: Levou-se quinze anos para ser completada e dividiu a Bíblia em parágrafos.

16. VERSÃO PADRÃO REVISADA: Em 1929 o copyright da Versão Padrão Americana foi transferido para Conselho internacional de Educação Religiosa, uma organização ligada a 40 denominações protestantes importantes. Este conselho nomeou um comitê de intelectuais de 20 seminários e universidades para que revissem a Versão Padrão. A Versão Padrão Revisada do Novo Testamento foi publicada em 1946, e a Bíblia completa em 1952. Esta versão reflete uma teologia liberal, que pode ser notada na tradução da palavra “virgem” e em outros pontos. Há outras traduções para o inglês moderno. E que poderiam ser também adotadas: Moffatt, Weymouth, Amplified (Amplificada), etc. estas todas ajudam no estudo da Bíblia, e podem ser usadas como fonte de referencia. Não obstante, seria ACONSELHÁVEL MANTER-SE A VERSÃO DO Rei Jaime como o principal texto da palavra de Deus, pois que esta é a versão que Deus tem usado para a salvação de almas, mais do que qualquer outra.

SUPOSTAS CONTRADIÇÕES

A Bíblia quando corretamente interpretada nunca se contradiz. Vamos enumerar aqui algumas das supostas contradições, com as adequadas explicações. Esta é mais uma prova da infalibilidade da Bíblia.

1. GENEALOGIA DO NOSSO SENHOR:

a) Mateus 1 – Volta-se para o lado de José para Abraão para mostrar Cristo como o legal herdeiro ao trono de Israel.

b) Lucas 3, 23-38 – volta-se para o lado de Maria para Adão, dando-se ênfase á verdadeira humanidade de Cristo, e para mostrar Cristo como a prometida origem da mulher. Gen. 3:15.

2. DOIS RELATOS DO SERMÃO DA MONTANHA:

Mateus 5:1 – Jesus subiu a montanha.

Lucas 6:17 – Ele desceu com eles.

Houve DOIS sermões – um pregado na montanha – o outro na planície. Um pregado aos discípulos – o outro á multidão. Mateus 9:9 – Mateus não estava no primeiro sermão. Lucas 6:15 – Mateus estava no segundo sermão.

3. AS INSCRIÇÕES NA CRUZ:

Mat. Este é Jesus o Rei dos Judeus.

Marcos o Rei dos Judeus.

Lucas Este é o Rei dos Judeus.

João Jesus de Nazaré o Rei dos Judeus.

TOTAL: Este é Jesus de Nazaré o Rei dos Judeus. Indubitavelmente, a inscrição total estava escrita, e apenas uma parte dela foi transcrita nos vários Evangelhos.

4. O SUPOSTO ERRO DE PAULO:

Números 25:9 – 24.444 morreram.

1 Cor. 10:8 – 23.000 morreram.

Paulo, escrevendo sob inspiração, declarou que 23.000 morreram em um dia.

5. O SUPOSTO ERRO DE MATEUS:

Mateus 27:9 – o que foi dito pelo profeta Jeremias... Zac. 11:12 e 13 – Mateus escrevendo sob inspiração escreveu que houve dito estas palavras. Não poderia isto ser tão correto como Judas 14 referente á profecia de Enoque, apesar duma profecia similar estar em Zacarias 14:5? Jeremias poderia tê-lo dito do mesmo modo que Zacarias.

6. DAVI RECENSEADO O POVO:

2 Samuel 24:9 e 1 Cron. 21:5.

Samuel nos conta que os homens valentes que desembainharam a espada eram 800.000, enquanto as Crônicas dizem que todos em Israel eram 1.100.000.

7. MATEUS 28:19 E ATOS 2:38:

Não há aqui nenhuma contradição. Jesus não disse a seus discípulos para batizar, usando as palavras do Pai, Filho e Espírito Santo. Ele disse-lhes que batizassem em NOME do Pai, do Filho e do Espírito Santo. As palavras Pai, Filho e Espírito Santo não são nomes, mas títulos que indicam UMA PESSOA, que tem UM NOME, e que é JESUS.

Há outras supostas contradições e erros, mas aqueles dados nesta lição são suficientes para provar que a Bíblia é absolutamente exata e inerrável. Como é importante que estudemos a Bíblia e compreendamos a mensagem nela contida. Não deveríamos jamais tentar mudar, ainda que ligeiramente, a Palavra de Deus. Três vezes fomos nós solenemente advertidos: Deut. 4:2 – “Nada acrescentarei á palavra que vos mando...” – Prov. 30:6 – “Nada acrescentes às suas palavras...”, e Apoc. 22:18-9 – “Se qualquer homem acrescentar...”

CAPITULO 29

UM DEUS ÚNICO

DEUS

1. DEUS AFIRMA:

Deus não tenta provar as verdades da Bíblia, e nem discute com a família humana. ELE AFIRMA.

“No princípio Deus...” – Gên. 1:1. As palavras de abertura da bíblia anunciam a existência de Deus. As Escrituras não tentam provar a existência de Deus; elas asseveram, concluem e declaram que o conhecimento de Deus é universal. As Escrituras reconhecem que os homens não apenas sabem da existência de Deus, mas tem também uma certa compreensão de quem é Deus.

Romanos 1:19-20 “porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno poder como também a Sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas.”

2. O PRINCÍPIO DA FÉ:

As pessoas em todas as partes Creem na existência de um Ser Supremo, perante o qual elas são moralmente responsáveis. Os gentios reconhecem a existência de um Ser Supremo. Esta crença é inata no homem e vem da sua intuição racional.

É este fato que Satanás desafia, e é neste ponto que encontramos a maior batalha do mundo, hoje em dia, a luta entre a Fé e a Descrença.

É aqui que a Fé do homem começa. Ele deve aceitar este inerente reconhecimento da Divindade, e deve declarar que isto pode se tornar uma força ativa em sua vida.

Hebreus 11:6 - "... porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que se torna galardoador dos que O buscam.”

3. DEFONIÇÃO DE TERMOS:

a) INFIÉL – Aquele que descrê de alguma religião, especialmente do cristianismo.

b) CÉPTICO – Aquele que adota uma atitude de dúvida para com a religião.

c) AGNÓSTICO – Aquele quem nem nega nem afirma a existência de Deus.

d) ATEU – Aquele que nega a existência de Deus.

e) PANTEISTA – Aquele que identifica o universo com Deus, negando a sua personalidade.

4. A DESCRIÇÃO BÍBLICA DE UM ATEU:

Em Salmos 14:1 – “Diz o insensato em seu coração, não há Deus.” Eis aqui a descrição bíblica de um ateu confesso. Ninguém, a não ser um insensato, negaria a certeza de Deus. Se na verdade há verdadeira raiz da natureza do homem é uma força. E Deus insistiu nesta verdade de Si mesmo existente no verdadeiro âmago de toda natureza humana.

5. A RESULTANTE DA NEGAÇÃO DE DEUS:

O conhecimento de Deus enobrece, purifica e santifica o homem. Quanto maior for a revelação que o homem tiver de Deus, o mais santificado ele será. E o contrário também é verdade. Quando o homem rejeita o conhecimento de Deus, ele abre, aos pares, as comportas que receberão uma enchente de imoralidade e impurezas. Vemos este fato ocorrendo na América, hoje em dia. Com a remoção de Deus de nossas escolas, vemos uma geração de agnósticos e cépticos ser criada, tendo como resultado uma completa quebra dos padrões e da moral. Romanos, capítulo um, mostra este fato claramente.

ARGUMENTOS RELACIONADOS À EXISTÊNCIA DE DEUS

1. UNIVERSALIDADE DA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS:

O fato de que em todas as partes do universo os homens crêem em Deus é um forte argumento em favor desta verdade. Esta crença universal advém do fato de que o homem nasce com esta crença.

2. ARGUMENTO DE CAUSA: COSMOLÓGICO:

Há uma razão para tudo. E como se explica isto? Os homens e o universo são efeitos, deve haver uma causa. O mundo não veio a existir por si mesmo, do mesmo modo como estas notas sobre a Bíblia. Seria menos absurdo entrar-se numa biblioteca forrada com milhares de livros nas estantes e afirmar que esta biblioteca passou a existir por si mesma, do que afirmar-se que este mundo não teve um criador. O homem existe, mas deve sua existência a alguma causa. O homem é um efeito, ais que não existiu sempre. Ele foi criado.

3. ARGUMENTO DO PLANO: TELEOLÓIGICO:

A estrutura de um relógio prova não apenas que existiu um fabricante, mas também alguém que o planejou. O universo e a natureza provam que houve uma supervisão com o desejo de fazê-lo e uma inteligência a orientar as suas origens.

4. ARGUMENTO DA EXISTÊNCIA: ONTOLÓGICO:

O homem tem uma ideia de um Ser infinito e perfeito. Esta idéia não surgiu de nós mesmos. Portanto tal Ser deve existir e não ser apenas um pensamento.

5. ARGUMENTO MORAL: ANTROPOLÓGICO:

Moralidade é obrigatória, não opcional. O homem tem uma natureza intelectual e moral, uma consciência, uma natureza emocional, e apenas um Ser de bondade, poder, amor, sabedoria e santidade poderia satisfazer tal natureza. Como conclusão, deve haver um criador que seja um Ser moral e intelectual, um Juiz e um Legislador.

6. ARGUMENTO DE CONGRUÊNCIA:

Se temos uma chave que seve numa fechadura, temos então, a chave certa. A crença num Deus pessoal, de existência própria, está em harmonia com nossa natureza mental e moral, e com todo o mundo ao nosso redor. Se Deus existe, então todas as questões relacionadas á criação, religião, natureza e história do homem estão respondidas. O ateísmo deixa todos estes problemas sem explicação.

7. ARGUMENTO DAS ESCRITURAS:

A história dos judeus, e a concretização das profecias. Não seriam explicadas sem Deus. Os argumentos acima são todos argumentos lógicos, e todos muito razoáveis. No entanto, é a opinião do autor que o argumento seguinte é, sem dúvida alguma, o mais efetivos.

8. ARGUMENTO DA EXPERIÊNCIA PESSOAL:

Todos os cristãos podem testemunhar as muitas experiências que tiveram com um Deus pessoal e vivente. Esta é uma prova suficiente que Deus vive... Estas experiências podem ser divididas em quatro principais grupos:

a) Deus responde às orações. O fato de o homem orar, e das orações serem respondidas,  prova da existência de Deus.

b) Deus salva a alma de um pecador. E isto não é apenas uma pequena emoção religiosa, mas o poder de Deus é testemunhado no fato de ter os pecados perdoados, hábitos pecatórios redimidos, e conseguir-se, assim, nascer novamente.

c) Deus cura corpos doente. Cada vez que se dá um milagre de cura de um corpo doente, podemos sentir a existência de Deus.

d)  O homem tem a companhia de Deus. Este é sem dúvida o mais forte argumento de todos, e é, também, toda a prova que se poderia desejar. O fato de o homem ser capaz de experimentar a real presença de Deus em sua vida, não deixa margem para qualquer argumento posterior.

O melhor meio de se responder a um ateu, é perguntar-lhe o que o ateísmo fez por ele. É uma tarefa muito fácil testemunharmos o que uma fé viva nos proporcionou e o que a descrença lhe tem custado.

HÁ APENAS UM DEUS

1. DEUS ÚNICO DEUS VERDADEIRO:

Há mais de cinqüenta passagens nas Escrituras que ensinam que Deus é único, e que não há outro. Nenhuma outra verdade da Bíblia recebe mais importância do que a da Unicidade de Deus.

Deut. 6:4, “Ouça, Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor.”

Isaias 44:8, “Há outro Deus além de mim? Não, não há outro Deus que eu conheça.”

1 Tim. 2:5, “Há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus homem.”

Tiago 2:19, “Crestes que só há um Deus, e fizestes bem; os demônios também crêem, e temem.”

Mais referencias: Isaias 45:5; 1 Cor. 8:4; Apoc. 4:2; Isaias 46:9; Marcos 12:32.

Uma multiplicidade de Deuses é uma contradição; só pode haver um Ser Supremo: um único Deus. Tal Ser não pode ser multiplicado ou pluralizado. Só pode haver um Deus definitivo e completo em si mesmo.

A Unicidade de Deus é a grande verdade e a grande mensagem do Velho Testamento. Os judeus tentaram apedrejar Jesus porque Ele proclamava a Sua divindade, e eles diziam, “Não apedrejamos aqueles que fazem o bem; mas por blasfêmia e porque sendo tú homem te fazes a ti mesmo Deus”. A verdade ensinada no Velho Testamento nunca foi contradita no Novo Testamento, mas pelo contrário, confirmada.

2. A TRINDADE EXAMINADA:

A palavra “Trindade” não está na Bíblia. A doutrina chamada Trindade foi introduzida pelos Católicos Romanos após um sínodo do começo do terceiro século, no Concílio de Nicea em 325 A.D. O Credo Atanasiano, mais tarde, fez a Trindade um dogma, fundamental. Juntou-se a outros dogmas Católicos Romanos, tais como: Transubstanciação, Indulgência, a Idolatria de Maria, a infalibilidade do Papa, o Purgatório, etc. infelizmente quando os protestantes repudiaram tais burlas, mantiveram-se ligados aos erros da Trindade por laços vitais, credo este que é falso, que não está nas Escrituras e que foi criado pela Igreja Católica Romana. A palavra “Pessoas” quando usada para a Divindade, violenta a absoluta unicidade de Deus. Dividindo-se Deus em três pessoas, fazendo três deuses, o que seria Tri-teismo, não importando de como se poderia argumentar em contrário. Deus é “Três em Um” e não “Um em Três”. A doutrina da trindade leva a muita confusão e contradição.

3.      Eloim é uma palavra hebraica, na forma plural, e que foi traduzida para “Deus” em nossas Bíblias. Os trinitarianos argumentarão que isto indica uma pluralidade de pessoas na Divindade. Para responder a este argumento, citaríamos o Dicionário da Bíblia, de Smith: “A forma plural de Elom deu margem a esta discussão. Esta idéia fantasiosa, que o nome se refere à Trindade de pessoas na Divindade, quase não encontra apoio, hoje em dia, entre os eruditos. Ou é o que os gramáticos chamam o plural de majestade, ou indica a totalidade de força divina, a soma dos poderes enfeixados em Deus.” Esta pergunta poderia ser feita. Por que os Judeus, sabendo que Eloim era plural, agarraram-se tão tenazmente à Unidade de Deus?

Nas escrituras, Eloim está aplicado a Cristo nos seguintes trechos:

Zac. 11:4, 12, 13 – Eloim foi vendido por trinta peças de prata.

Zac. 14:5 – Eloim voltará como Rei.

Zac. 12:10 – Eloim foi transpassado no Calvário.

O verdadeiro significado de Eloim é uma pluralidade de atributos e de poderes.

DEUS É ESPÍRITO

1.    DEUS É ESPÍRITO:

João 4:24 – “Deus é espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”

A mulher samaritana perguntou: “Onde está Deus para ser encontrado? No Monte Zion ou no Monte Gerizim?” A este pergunta, Jesus respondeu que Deus nunca se encontra a um único lugar.

Atos 4:48 – “Não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas, como diz o profeta. O céu é o Meu trono, que casa me edificais?

1 Reis 8:27 – “Eis que, os céus e até os céus dos céus te podem conter...”

Deus deve ser adorado em Espírito e não dependendo de lugares, formas e outras limitações físicas, e em verdade sem a interferência de falas concepções ou ensinamentos errôneos.

Estude cuidadosamente 1 Cor. 2:6-16 Não podemos compreender ou conhecer Deus a não ser com a orientação e ajuda do Seu Espírito.

2. DEUS É INVISÍVEL:

Afora Jesus Cristo, o Espírito Eterno não pode ser visto.

Êxodo 33:20 – “E acrescentou, “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá.”

João 1:18 – “Nenhum homem jamais viu Deus.”

Lucas 24:39 – “Pois um espírito não tem carne ou ossos, como vedes que eu tenho.”

Col. 1:15 – “Que é a imagem do Deus invisível.”

1 Tim. 1:17 – “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória por todos os séculos dos séculos.”

3. IMAGENS PROIBIDAS:

As imagens são proibidas por que:

I – ninguém viu Deus;

II – nada na Terra pode ser semelhante a Ele.

Referências: Deut. 4:15-23; Isaias 40:25; Êxodo 20:4.

Jesus cristo é a imagem expressa de sua pessoa. Hebreus 1:3. Como tal, Deus somente pode ser visto na face de Jesus Cristo.

Deus referiu-se ao fato de ter mãos, pés, braços, olhos e ouvidos. Ele vê, sente, anda, etc. Tais expressões ao Pai, o Espírito Eterno devem ser entendidas apenas como sendo usadas no sentido de expressões humanas, e usadas para que o infinito possa ser trazido á compreensão do finito. Apenas por meio de expressões humanas podemos compreender Deus.

Não obstante, temos tudo isto em Cristo. O homem é corpo, alma e espírito, mas é apenas um homem. Ainda que Deus se nos tenha manifestado como o Pai, e depois na carne do Filho. E agora no poder de seu Espírito. Não três Deuses, e nem três pessoas – este é um termo não encontrado na Escritura, e nunca deveria ser manifestação tripla.

Por conseguinte, Deus em cristo tem mãos, pés, braços, etc. e vê, sente, anda, etc. No entanto, isto é apenas verdadeiro de Deus em Cristo Jesus, Deus manifestado na carne.

4. SUMÁRIO DESTA VERDADE:

Aparte da pessoa do Senhor Jesus Cristo, Deus, o Espírito eterno, é:

(I)  Espírito                             (IV) Livre de todas as limitações

(II) Invisível                           (VII) Apreendido não pelos sentidos, mas pela alma

(III) Incorporado                    (VIII) Imperceptível fisicamente

(IV) Sem partes                      (IX) Não é um Ser material

(V)  Sem corpo

OS ATRIBUTOS DE DEUS

1.DEFINIÇÃO DE ATRIBUTOS:

Entendemos por atributos as características e qualidades de Deus. Assim como a água é molhada e o fogo é quente, assim deus é eterno, imutável, sagrado, etc. estes atributos podem ser classificados em duas classes: os naturais e os Morais. Como não é nossa intenção estendermo-nos em estudos mais profundos sobre os atributos divinos, simplesmente enumeraremos alguns atributos mais comuns, e não iremos classificá-los.

2.A ONISCIÊNCIA DE DEUS:

Isto quer dizer que Deus é perfeito em conhecimento; Ele sabe tudo. Ele está perfeitamente a par do que acontecerá à família humana e às nações. Daniel, capítulos 2, 8 e 12. Atos 15:18 – “Diz o Senhor que faz estas coisas conhecidas deste século.” Leia Isaias 46:9-10.

REFERÊNCIAS:            Jó 11:7-8                                 Isaias 40:26-27

                                   Jó 37:16                                  Mateus 10:29-30

                                   Salmos 139                             I João 3:20

                                   Provérbios 15:3                      Provérbios 5:21

3.A ONIPOTÊNCIA DE DEUS:

ISTO QUER DIZER QUE Deus é perfeito em poder. O poder Divino não conhece obstáculos ou limitações.

Jó 42:23 – “bem sei que tudo podes.” Gen. 18:14 – “Há algo difícil demais para o Senhor?” Satanás apenas tem poder sobre os filhos de Deus quando este o permite. Deus ergue um obstáculo contra Satanás do mesmo modo como ele dispõe um quebra mar contra as ondas do mar. Jó 1:12; 2:6; Lucas 22:31 e 32.

4.ONIPRESENÇA DE DEUS:

Isto quer dizer que Deus está em todas as partes sempre. Seu centro está em todo lugar e sua circunstância não se encontra em lugar algum. Jer. 23:23 e 24 – “Não sou Eu também Deus de perto e de longe?” fale com Ele pois, eis que Ele ouve: e espírito com espírito podem se encontrar. Ele está mais perto do que o hálito, e mais perto do que mãos e pés. Deus nunca está longe. Ele está dentro. Nosso espírito é sua morada que Ele mais presa. A onipresença de Deus não é apenas uma verdade delatora: é também protetora. (Delatora para o pecador, protetora para o santo).

REFERÊNCIAS:        Salmos 139:17-18

                             Gen. 16:13

                             2 Cron. 2:6

Agrupando os três atributos acima:

Salmos 139:1-6                      a existência de Deus.

Salmos 139:7-12                    a onipresença de Deus.

Salmos 139:13-19                  A onipotência de Deus.

Cristo tem estes atributos, que provam a sua Divindade:

Onipresença de Cristo – João 3:13 – na terra e no céu.

Onipotência de Cristo – Mat. 28:18 – Não há outro poder.

Onisciência de Cristo – João 16:30 e também João 21:17.

5.A SANTIDADE DE DEUS:

Este é o atributo com o qual Deus mais nos faria lembrá-lo. As visões divinas de Jó, Moisés e Isaias provam-no definitivamente. O profeta Isaias fala umas trinta vezes de Deus como “O Santo”.

É devido a este atributo, mais do que qualquer outro que deus não pode se confraternizar com pecadores. Não é a onipotência de deus ou as fraquezas do homem que se apõem a esta confraternização, nem o fato de que Deus seja perfeito em conhecimento e o homem só o seja limitadamente. Mas é principalmente devido á santidade de Deus e á pecaminosidade do homem. É por causa disto que Deus deseja que O lembremos por seu atributo de santidade.

A santidade de Deus exigiu que o sangue de milhões de carneiros, bodes, bezerros, pombas-rolas e etc., fosse derramado para que o homem pudesse aproximar-se de Deus por meio do sangue de Jesus cristo feito homem.

A construção do Tabernáculo com seus lugares santos e santíssimos, nos quais o Sumo Sacerdote entrava apenas uma vez por ano com sangue. Os Dez Mandamentos com todos os seus comandos morais. A lei dos animais limpos e dos impuros – tudo isto nos fala da santidade de Deus. Deus está completamente afastado de qualquer mal e não há absolutamente nada n’ele que não seja santo. 1 João 1:5 – “Deus é luz, e N’ele não há, absolutamente, escuridão.”

Deus odeia o pecado, e para ele o pecado é vil e detestável. A infinita distancia entre o pecador e Deusa é causada pelo pecado. O pecador e Deus estão nos pólos opostos do universo moral. Assim resta a necessidade de expiação, pela qual esta terrível distancia seria encurtada.

Teremos uma medida exata do pecado quando tivermos uma medida exata da santidade e Deus. A aproximação a um santo deve ser por meio dos méritos de Jesus Cristo, e no campo da honradez, que é o de Cristo, e que originalmente nós não possuímos. Fil. 3:9.

Referências:      Isaias 59:2       Atos 3:14

                       Isaias 41:14     1 Pedro 1:15

                       Isaias 6:3-5     Ver. 4:8

6.A IMUTABILIDADE DE JESUS:

Isto quer dizer que Deus não muda. O tempo e as mudanças são negativas de Deus. Não há passado, presente ou futuro com Deus. Todas as coisas são um grande e vivido presente. Não seria possível que Deus possuísse um atributo em certas ocasiões, e não o possuíssem em outras.

Tiago 1:17 – “O Pai das luzes, com o qual nada muda, nem a sombra do caminho.”

Malaquias 3:6 – “Eu sou o Senhor, Eu não mudo.”

7.A ETERNIDADE DE DEUS:

Este atributo está intimamente ligado ao da imutabilidade. Ele simplesmente quer dizer que Deus habita na eternidade e o tempo não o afeta. Com ele não há passado, nem futuro, mas sempre um eterno presente.

Salmos 90:2 – “De eternidade tu és Deus.”

Habacuque 1:12 – “Não és tu, desde a eternidade, ó santo meu Deus...?”

Êxodo – 3:14 – “Eu sou o que sou.”

O passado, presente e futuro estão contidos nestas palavras indicativas do título de Jeová. EU SOU O eternamente presente; o que existe por si próprio.

8.RELAÇÃO ENTRE A ONIPRESENÇA E A ETERNIDADE DE DEUS:

Há uma relação direta entre espaço e tempo. E isto pode Sr demonstrado cientificamente. Na verdade Ele não poderá ser onipotente se Ele não fosse o EU SOU. Impregnando o universo com a sua presença Ele vê o passado como se tudo acontecesse agora. Como deveríamos nos regozijar pelo fato de nosso passado ter sido redimido pelo sangue de Jesus! Se assim não fosse, nossos pecados apareceriam continuamente como se acontecessem agora perante os olhos de Deus.

9.DEUS ARREPENDE-SE?

Se Deus é imutável como pode Ele arrepender-se?

Genesis 6:6 – “E então arrependeu-se o Senhor de ter feito o home na terra, e isso pesou-lhe no coração. Na verdade Deus nunca muda a sua idéia. Não há necessidade disto, pois sua paciência lhe diz, com antecedência, de todos os atos praticados pelo homem. O caráter de Deus nunca muda, mas a sua atitude para com os homens sim, conforme eles mudam de pecado para santidade e de desobediência para obediência. Quando um homem está pedalando sua bicicleta contra o vento, vira-se e pedala a favor do vento, este parece haver mudado, embora esteja soprando do mesmo modo como estava antes. Foi o homem que mudou não o vento.

10.DEUS É AMOR:

1 João 4:16 – “Deus é amor, e aquele que permanece no amor, permanece n’ele, e Deus n’ele.” Poderia parecer que o amor é mais do que um atributo. Ele exprime a própria essência da natureza de Deus. Ele deve ser considerado ao lado das afirmativas “Deus é luz” em 1 João 1:5, e “Deus é Espírito” em João 4:24. Estas não são meras características, mas a verdadeira essência do Ser Divino. O amor de Deus pé maior do que a compreensão humana. Está além de medidas e de compreensão. O amor de Deus é de tal natureza que se esprai a todos os homens, e a tudo, a todo momento. Ele ama a todos os homens, independentemente de usa cor, nacionalidade ou cultura. Ele não ama os pecados e hábitos dos homens, mas ele ama a alma do homem e tem, constantemente, os problemas físicos e espirituais do homem em seu coração.

A Cruz do Calvário é a mais alta expressão do amor de Deus, pelos homens pecadores.

João 3:16 – “Pois Deus tanto amou o mundo que deu seu único e amado Filho, a todo aquele que crer nele não perecerá, mas terá vida eterna.”

Romanos 5:8 – “Mas Deus prova o seu próprio amor por nós, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.

REFERENCIAS:    Isaias 37:17                Isaias 63:9

                        Isaias 49:16-16           1 João 4:9-10

11. DEUS ODEIA?

Provérbios 6:16 – “Seis coisas o Senhor odeia: e, a sétima a sua alma abomina.”

A natureza do amor demanda aversão por aquilo que injurie ou destrua o objeto daquele amor. Deus ama ao pecador, mas odeia o pecado. E aqui não há nada inconsistente. Deus preferia não amar o pecador se Ele, ao mesmo tempo, não odiasse o que está ferindo o pecador. Esta aversão conjunta com a ira de Deus, não é uma emoção carnal e humana, mas, pelo contrário, a reação de um Deus Santo para com o pecado em termos que o home pode compreender. A natureza de Deus não é de índole vingativa, mas defensiva.

12.  DEUS É EQUITATIVO E JUSTO:

Estes atributos são outras expressões da santidade de Deus. No fato de ser Equitativo vemos o seu amor pela santidade; no fato dele ser justo vemos a sua aversão pelo pecado. Porque Deus é equitativo há uma distinta equidade em suas leis e exigência para com seus filhos. Porque Deus é justo, há uma execução de penalidades, ligadas a estas leis. Deus sempre faz aquilo que é certo, e sua justiça é livre de toda paixão e vingança. São estes atributos que pedem propiciações pelo pecado, antes que o pecador possa ser perdoado.

REFERENCIAS: salmos 116:5; salmos 145-17; Esdras 9:15; Jeremias 12,1.

DEUS É CRIADOR

1. DEUS É O SENHOR DO UNIVERSO E DO HOMEM:

Genesis 1:1 – “no começo deus criou o céu e a terra.”

Genesis 1:27 – “Então deus criou o homem á sua imagem.”

João 1:3 – “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”

O universo não existia da eternidade, e nem foi feito do que já existia. Ele não procedia de uma imanação do infinito, mas passou a existir por determinação de Deus. A verdadeira história da criação está escrita no primeiro capítulo de Genesis. A evolução como é ensinada em nossas escolas é uma teoria falsa, que não pode ser provada, e quem tem por finalidade a destruição da fé na Palavra de Deus. Deus disse que o mundo veio a existir, e que foi criado, a partir do nada. Hebreus 11:3 – “Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.”

2. DEUS MANTEM CERTAS RELAÇÕES COM O UNIVERSO E O HOMEM:

Hebreus 1:3 – “... sustentando todas as coisas pela palavra de seu poder...”

Col. 1:17 – “... nele tudo subsiste.”

Salmos 104:27-30 – “... que lhes de comer a seu tempo.”

Salmos 75:6-7 – “Pois o auxílio não vem do Oriente, nem do Ocidente...”

a) Todas as coisas se mantém unidas por ação dele. Se assim não fosse, este velho mundo ter-se-ia desmembrado em pedaços rapidamente. Não uma circunstância fortuita, mas um Deus pessoal está no leme.

b) Todos os suprimentos físicos das criaturas de Deus estão em suas mãos: Ele os alimenta a todos.

c) Deus tem a história em suas mãos, associando e dando formas aos negócios das nações.

d) Os cuidados de Deus são descritos com grandes detalhes: os pardais, os lírios, os cabelos da cabeça, as lágrimas de seus filhos.

3. O HOMEM CRIADO À SUA IMAGEM:

Genesis 1:26-27 – “E Deus disse, façamos o homem á nossa imagem, conforme a nossa semelhança.”... Genesis 2:7 – “Então formou deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida...”

Estudaremos este assunto novamente, e então, o trataremos com mais detalhes.

Indubitavelmente, tendo o homem sido criado á imagem de seu criador tem mais a ver com a natureza intelectual e de retidão de Deus do que com uma semelhança física. No entanto Deus tinha um corpo no qual Ele ia se manifestar, um corpo que existia apenas em sua mente e em deus planos, até que foi concebido no seio da virgem Maria quando a Palavra se fez carne. Em outras palavras, se há qualquer referencia a uma semelhança física então esta seria em relação ao Filho de Deus, o homem Jesus Cristo.

4. O SIGNIFICADO DOS PRONOMES “NOS” E “NOSSOS”:

Na verdade, o verso vinte e sete torna este significado muito claro. Os pronomes pessoais singular, “Dele” e “Ele”, afirmam claramente que a criação foi trabalho de UMA Pessoa Divina. Também nos versos três e um do primeiro capítulo do Evangelho de João, esclarece este ponto.

“O mundo foi feito por Ele” (Jesus)

O significado de “nós” e “nossos” aqui devem ter a mesma explicação como em Gen. 3:23-24 e Isaias 6:1-8. Nestes versos os pronomes pessoais referem-se claramente a Deus e ao querubim, e a Deus e aos serafins. Em cada caso o plural referia-se a Deus e aos anjos. Ele não consultou os anjos, no sentido de pedir instruções, (Isaias 40:12-14). No entanto, Ele consultou-os. A criação não foi feita em segredo.

DEUS MANIFESTADO

DEUS É UMA SÓ PESSOA

1. UMA PESSOA:

Há uma diferença na compreensão da palavra “pessoa”. Alguns entendem que pessoa significa o corpo ou a aparência, a expressão visível. Se aceitamos este conceito, então, naturalmente Deus, o Pai, não é uma pessoa, eis que Ele é Espírito.

Por outro lado, outros compreendem “pessoa” como estando associada á personalidade, individualidade, á própria consciência, á própria determinação, etc. se aceitamos esta definição, então Deus, o pai, é uma pessoa. Não obstante este raciocínio ainda não demonstra a existência de três pessoas na Divindade. Há apenas um Deus, e apenas uma personalidade da Deidade. Esta personalidade é a mesma e uma só, quer seja vista como Jeová, no Velho Testamento, ou Jesus no Novo Testamento.

2. PERSONALIDADE DE DEUS:

Deus manifestou na carne do filho Jesus e não em carne, pois isso ao meu entender da ênfase para reencarnação.

Deus não morreu, foi Jesus na cruz que morreu. Isso é sua humanidade, como um cordeiro santo e Puro adequado para o sacrifício.

3. O HOMEM É CORPO, ALMA E ESPÍRITO, MAS UMA ÚNICA PESSOA:

Os títulos Pai, Filho e Espírito Santo são livremente usados nas Escrituras, mas este fato não indica três pessoas ou três deuses. A BÍBLIA DECLARA QUE O Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma só pessoa.

1 João 5:7 – “Pois há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estes três são um.”

Para compreender-se esta verdade consideramos o homem como referencia. Ele é espírito, alma e corpo; mas é uma pessoa, e leva apenas um nome. Os três títulos não fazem três pessoas, do mesmo modo que corpo, alma e espírito fazem, não três, mas uma única pessoa. Em Col. 1:3 lemos estas palavras: “Damos graças a Deus, e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo...” Por favor, observe: “Deus e Pai”. Indica isto duas pessoas?

4. DEUS MANIFESTADO:

1 Timóteo 3:16 – “E sem dúvida, grande é o ministério da piedade: Deus foi manifestado na carne...”

O novo Testamento amplificado diz: “Ele (Deus) fez-se visível na carne humana”. Este é um dos versos chave que apenas pode ser entendido por revelação e, não obstante, deve ser entendido se desejarmos compreender a Divindade. No passado manifestou-se de várias maneiras. Na criação, no Monte Sinai, nas Teofanias, no tabernáculo, etc. Deus manifestou-se ao homem sob um certo padrão, e o homem foi capaz de ter um certo conhecimento de Deus. Não obstante na Escritura que fala de Deus jamais dado, pois na encarnação Cristo está a imagem expressa do Deus invisível. (Hebreus 1:3)

Neste raciocínio permita-me citar a nota sobre João 17:6 de Adam Clarke, em seu comentário: “Algo da natureza Divina fez-se conhecido nos trabalhos da criação; um pouco mais ficou conhecido pela revelação Mosaica; mas a completa manifestação de Deus, sua natureza e seus atributos, veio apenas por meio da revelação de Cristo.” – Adam Clarke.

5. O MINISTÉRIO DA DIVINDADE:

O mistério da divindade é Deus manifestando-se na carne. O mistério da iniquidade é a carne manifestando-se com Deus. Estes dois pontos estão contrastados nas Escrituras, e o homem pode fazer a sua escolha. Se ele não aceita o mistério da divindade, ele será compelido a aceitar o mistério da iniquidade.

6. LOGOS:

João 1:1 – “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”

“Palavra” (ou verbo) é a tradução para a palavra grega “logos”. Esta palavra grega significa não apenas a expressão de um pensamento íntimo, mas também o pensamento propriamente. Esta palavra bem que poderia ser deixada sem tradução, mas para que se compreenda melhor o seu sentido, poderíamos tentar defini-la. Poderíamos dizer que o significado de LOGOS é A DIVINDADE EXPRESSA. Em outras palavras, “Logos” é a expressão do Deus invisível. A Bíblia Schofield diz, “Divindade contada”.

Assim como o pensamento de um homem, e a expressão deste pensamento, não podem ser separados do homem propriamente, e é, em essência, parte de seu ser, e não de outra pessoa, o mesmo acontece com Deus. A escritura escrita pelo apóstolo sob inspiração, para salvaguardar-se contra os erros de outra pessoa, afirma claramente, O VERBO (palavra) ERA DEUS.

7. A DUPLA NATUREZA DE JESUS CRISTO:

Jesus Cristo na encarnação possuía uma dupla natureza: divindade e humanidade. Observe bem que Jesus Cristo não era duas pessoas, e nem possuía Ele duas personalidades. Mas ele era Deus-Homem, o Verbo encarnado e Deus manifestado na carne. Como um ser humano ele era o Filho. Como Deus ele era o Pai. Como o Filho ele muitas vezes falou e agiu como um homem; como o Pai ele muitas vezes falou e agiu como Deus. Uma vez que se compreenda esta verdade, então ter-se-á aberto uma ampla porta para a compreensão de que realmente Jesus é: O DEUS TODO-PODEROSO: JEOVÁ SALVADOR.

8. JESUS CRISTO NÃO É O FILHO ETERNO:

A teoria do “Filho Eterno” não se encontra nas Escrituras. Ele apareceu como resultado da teoria Trinitariana, e ensina uma segunda pessoa na Divindade. Jesus Cristo na carne era o Filho gerado (João 3:16).

As palavras “gerado” e “eterno” significam exatamente apostos, e se contradizem mutuamente. Vamos citar Adam Clarke, em seu Comentário, sobre a nota a respeito de Atos 13:33 – “A natureza humana do nosso abençoado Senhor foi gerada pela energia do espírito Santo, no seio da abençoada Virgem. Quanto a sua natureza divina, que lhe permite ser Deus, não podia ser nem criada, nem gerada... a doutrina da eterna Filialdade de Cristo é absolutamente irreconciliável com a razão, e contraditória a si mesma. Eternidade é aquilo que não teve começo, e que não tem nenhuma conexão ao tempo: Filho implica em tempo, geração e pai. E o tempo, também, que antecede tal geração: portanto, a conjunção racional destes dois termos, Filho e Eternidade, é absolutamente impossível, pois implicam em duas ideias absolutamente opostas e diferentes.” – Adam Clarke.

A ENCARNAÇÃO

1.  ENCARNAÇÃO:

João 1:14 – “E o verbo se fez carne, e habitou entre nós.” Novo Testamento amplificado.

O sentido do dicionário. De “encarnar”, é “tomar corpo, com carne”. Na encarnação o “Logos” tornou-se carne (João 1:14) e Deus foi manifestado na carne (Tim 3:16_. Esta é a correta linguagem das Escrituras. Deus não poderia ter nascido de Maria, mas ele manifestou-se na carne que nasceu de Maria. A carne que nasceu era o Verbo (logos) encarnado. E isto não indica duas pessoas, pois o Verbo (logos) era Deus. Podemos dizer com Charles Wesley:

     “velado na carne, a Divindade vê” salve, a Deidade Encarnada!”

2.CITAÇÕES TIRADAS DOS ESCRITOS DO IRMÃO ANDREW URSHAM:

O pensamento da encarnação pode ser claramente explicado citando-se um parágrafo escrito por nosso amado Irmão Andrew Urshan:

“Nosso Senhor existia antes que ele se encarnasse na carne; Ele eternamente existia como “Deus-e-Verbo”. Observe: Ele não era apenas o Verbo (logos) de Deus, mas também o próprio Deus, exatamente como o seu amado apóstolo disse: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deis, e o Verbo era Deus.” Aqui se declara que o Nosso Senhor era ao mesmo tempo Deus e o VERBO. O leitor deve também notar que Deus não se tornou carne, mas Deus se manifestou naquela carne. Assim diz-se “Deus encarnou” o que não é correto, pois Deus não podia ser gerado, nem podia Ele ter nascido de uma mulher. Mas dizer-se que o Verbo encarnou-se, e que Deus estava naquele verbo personificado, reconciliando o mundo para consigo mesmo, e não obstante permanecendo em sua morada dos céus, sem qualquer modificação quer seja em seu glorioso e onipotente ser, quer seja qualquer outra, então isto tudo é ensinamento de acordo com as Escrituras. Uma vez que Jesus Cristo não era apenas aquela limitada personalidade humana. Ele era tudo aquilo como o Filho, (o Verbo) e infinitamente mais; ele era “O Deus todo poderosos e ao mesmo tempo o Pai Eterno.” Veja Isaias 9:6, João 1:1, etc. aqui está o grande mistério da Divindade. “Deus manifestou-se não pela carne, mas na carne, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregou aos gentílicos, crido no mundo todo, e recebido NA GLÓRIA.” A testemunha de Deus, Dezembro de 1958.

3.ONDE?

Miquéias 5:2 – “E tu Belém Efrata... da eternidade.” Belém é uma das cidades mais antigas da Palestina, e enquanto o gentílico a controlava, era chamada de Efrata. Notamos que “Belém” e “Efrata” estão ligadas para a “encarnação”. Isto mostra que ambos os judeus e os gentílicos, são aproximados no plano da redenção.

Belém está a aproximadamente seis milhas de Jerusalém. No momento presente está sob jurisdição árabe, no Reino da Jordânia. Esta é a cidade onde nasceu Davi, e a história de Rute aconteceu neste lugar. Benjamin aqui nasceu e Raquel aqui morreu.

4.QUANDO?

Gálatas 4:4 - "'Vindo porém a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher nascido sob a lei."

Romanos 5:6 - "... morreu a seu tempo pelos ímpios.''

Mateus 1:17 - A décima quarta geração do terceiro ciclo.

O primeiro advento de Nosso Senhor estava bem a tempo no programa de Deus. Isto nos indica que o seu segundo advento também será a tempo.

5. POR QUE?

João 10:10 - "... Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.''

1 Timóteo 1:15 - "... que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores.'' A finalidade da encarnação foi a de prover uma Ovelha de sacrifício para a expiação ' Cristo nasceu para que morresse no Calvário.

A PERFEITA NATUREZA HUMANA DE CRISTO

1. A PERFEITA NATUREZA HUMANA:

Jesus Cristo era Deus-homem: verdadeiro Deus e perfeito homem. Não usamos a palavra "perfeito" para a Deidade, pois não há graus de perfeição quando se trata de Deus, mas há graus de perfeição quando se trata do homem, portanto dizemos pelo mesmo raciocínio, que Jesus era muito Verdadeiro Deus e um homem perfeito. Jesus era um homem perfeito, mas tais afirmativas como: "Maria era a mãe do Todo Poderoso'', e "O Sangue do Calvário era o Sangue de Deus'' são incorretas. Há algo de verdadeiro nestas afirmativas, pois Deus havia Se manifestado na carne, que foi nascida, e que morreu, e o Verbo-Encarnado era Deus. Não obstante, o Deus Poderoso não poderia ter sido gerado e não podia ter morrido. Não há nada nas Escrituras para provar que a carne de Jesus não era igual à nossa, a não ser na verdade declarada de que era livre do pecado. As Escrituras afirmam claramente que o Senhor tomou a carne e o sangue, como as crianças. (Heb. 2:14) Esta passagem prova que o Pai, Deus, manifestou-se na carne a fim de salvar os Seus filhos.

2.ELE É CHAMADO HOMEM:

Nada menos do que oitenta vezes nos Evangelhos, Jesus chama a Si próprio "O Filho do Homem". Referências são feitas a — 1. A Semente de Abraão, 2. A Semente de Davi, 3. A Linguagem de Davi, 4. A Semente da Mulher. Algumas outras referências:

1 Timóteo 2:5— "Há apenas um Deus, e um mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo." Filip. 2:8 — "E sendo encontrado na forma de um homem..."

Mat. 2:11 — "... viram o menino com Maria, sua mãe.

3.ELE TINHA A APARÊNCIA DE UM HOMEM:

João 4:9 — "Como, sendo tu judeu?...”

Lucas 24:18 — "És tu somente um estranho em Jerusalém? ... "

João 20:15 — "Supondo ela que Ele fosse um jardineiro... "

ELE EXPERIMENTOU TODAS AS ENFERMIDADES DOS HOMENS, EXCETO O PECADO:

Hebreus 4:15 — "... foi tentado de todas as maneiras, mas sem pecar."

Mateus 26:38 — "A minha alma está profundamente triste até a morte:..."

Mateus 4:2 — "... e depois teve fome."

Mateus 8:24 — "... mas Ele dormia."

João 4:6 — "... cansado da viagem..."

João 1 1:35 — "Jesus chorou."

João 19:28 — "Jesus ... disse: Tenho sêde!"

4. COMO UM HOMEM ELE ERA O FILHO:

Filiação denota começo, e também uma relação a tempo e lugar. Apenas quando Ele tornou-Se um homem foi-Lhe possível tornar-Se o único Filho gerado.

(João 3:16) Não um eterno Filho, nem um Filho criado, mas um Filho que foi concebido no seio de Maria. Como um filho Ele cresceu e desenvolveu-Se e devia obediência a Seu Pai. Como Filho Ele sofreu todas as nossas enfermidades e fraquezas, e foi tentado de todas as formas.

6. FINALIDADES DE SUA NATUREZA HUMANA E DE SUA FILIAÇÃO:

A finalidade da Filiação era a seguinte:

a) Para que Ele pudesse tornar-se nosso Redentor. A necessidade da expiação demandava que houvesse um sacrifício livre de pecado, oferecido em nosso benefício. Apenas Deus poderia prover tal sacrifício. Hebreus 2:14.

b) Para que Ele pudesse tornar-se nosso mediador. Nosso mediador conhece as nossas fraquezas por intermédio de sua onisciência, e também por meio de Sua própria experiência. Hebreus 4:15.

c)   Para que Ele pudesse tornar-se nosso Rei. Para que tivesse um Reinado, haveria de existir um Rei. Ele reina agora em nossos corações, mas breve Ele virá para reinar sobre esta terra. Mateus 26:64.

d)  Para que Ele fosse o nosso Juiz. Atos 17:31.

A DEIDADE DE JESUS CRISTO

1.ELE ERA CHAMADO DEUS:

João 1:1 — “... e o Verbo era Deus."

Hebreus 1:8 — "Mas acerca do Filho disse: O Teu trono, ó Deus é para todo o sempre."

João 20:28 — "Meu Deus e meu Senhor." A absoluta Deidade está aqui atribuída a Cristo. Esta não é uma expressão de espanto, mas uma confissão de fé. Jesus aceita esta confissão e adoração de Tomás.

Romanos 9:5 — "Deus bendito para todo o sempre."

Tito 2:13 — "O grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo."

1 João 5:20 — "Este é o verdadeiro Deus, e a eterna vida." Este verso nos revelado: Deus em Cristo, reconciliando o mundo para Consigo mesmo, e Cristo em vós, a esperança, da glória. Col. 1:27.

2.ELE ERA CHAMADO O FILHO DE DEUS:

Mat. 16:16 — "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Foi sobre esta revelação, esta verdade, que se referia à Sua Deidade, que Jesus afirmou que construiria a Sua Igreja.

Mat. 8:29 — "... ó Filho de Deus!" Isto mostra que os demônios sabiam que Ele era.

Mat. 14:33 — "Verdadeiramente és Filho de Deus!" 22:70— "Então disseram todos: Logo tu és o Filho de Deus? E Ele lhes respondeu: E exatamente como dizeis; Eu sou." — Novo Testamento Ampliado.

3.ELE ERA CHAMADO O PRIMEIRO E O ÚLTIMO:

Este título Trinitariana afirma que Jesus é a segunda pessoa da Divindade. A Bíblia claramente refuta este feto, afirmando que Jesus é, ao mesmo tempo, o primeiro e o último, mostrando que Ele e o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Isaías 48:12 — "Eu sou o primeiro, e também sou o último."

Isaías 41:4 —"O Senhor, o primeiro, e com os últimos eu mesmo.”

Isaias 44:6 — "Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e além de mim não há Deus."

Apoc. 1:8—"Eu sou Alfa e Omega, o começo e o fim, disse o Senhor, que foi, é e será o Todo Poderoso."

Apoc. 1:17 — "Eu sou o primeiro e o último."

Apoc. 22:13 — "Eu sou Alfa e Omega, o princípio e o fim, o primeiro e o último."

4.JESUS É O "EU SOU":

João 8:58 — "Antes que Abraão existisse, eu sou." Isto é, Abraão dependia de Jesus, e não Jesus dele, quanto à Sua existência. Abraão veio a existir num certo ponto do tempo, mas Jesus é O Ser Eternamente Presente. É o existente por Sua própria graça, habitando no presente eterno. Este título, "EU SOU" é a prova definitiva e incontestável de que o Jeová do VeIho Testamento está em Jesus Cristo no Novo Testamento.

5.PRÉ-EXISTÊNCIA DE JESUS CRISTO:

João 1:1 — "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus,"

Hebreus 7:3 — "... não teve principio de dias, nem fim de existência." Observe que era a Sua Divindade, e não a Sua natureza humana, que pré-existia.  Antes de Maria ser tomada pelo Espírito Santo, o Filho só existia na mente e nos planos de Deus. Não há, absolutamente, nas Escrituras, fundamentos, para a teoria da Filiação Eterna.

6.ATRIBUTOS DIVINOS POSSUIDOS POR JESUS CRISTO:

Os atributos divinos de Onipotência, Onisciência e Onipresença são possuídos por Jesus Cristo. Há dois seres onipotentes? Há duas pessoas na Deidade que sejam oniscientes e onipresentes? Sabemos que isto é impossível. Jesus Cristo não pode possuir estes atributos de Deidade, a menos que Ele seja a Deidade.

a) ONIPOTÊNCIA:

Mateus 28:18 "Todo o poder me foi dado, no céu e na terra. "

PODER            sobre as moléstias                 ... Lucas 4:38-4

Sôbre a morte  João 11

sobre a natureza                    ... João 2

sobre a tempestade               ... Mateus 8:23-27

sobre os demônios                 ... Lucas 4:35, 36,41

sobre todas as coisas             ... Hebreus 2:8

b) ONISCIÊNCIA:

João 2:24-25 — "Ele conhecia a todos os homens... pois Ele sabia o que era a natureza humana."

João 16:30 — "Agora vemos que sabeis todas as coisas... "

Colossenses 2:3 — "Em que todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento."

c) ONIPRESENÇA:

Mateus 18:20 —"Porque onde houver dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles."

7.AS PRERROGATIVAS DIVINAS POSSUIDAS POR JESUS CRISTO:

Há três prerrogativas divinas possuídas por Jesus Cristo e que mencionaremos: 1. O direito de ser adorado. 2. O direito de perdoar pecados. 3. O poder e o direito de criar: se Jesus Cristo possui estas prerrogativas, então Ele é Deus. Não há, na verdade, necessidade de nos alongarmos neste estudo. Asse fato de per si, é prova conclusiva da Unicidade da Divindade, apesar de todos os argumentos, dos céticos e dos descrentes, em favor de uma idéia contrária. Jesus Cristo possui estas prerrogativas? As notas seguintes provarão que sim:

a)JESUS CRISTO ACEITOU A SUA ADORAÇÃO E TAMBÉM ENCORAJOU-A:

Mateus 14:33 — "Então eles... adoraram-no."

Mateus 15:25 — "Então veio ela e adorou-o"

Lucas 24:52 — "E eles adoraram-no."

Não há a menor relutância da parte de Cristo para aceitar a Sua adoração. Por apenas a Deus, e ele não tinha de tomar o lugar de Deus, se ele não fosse Deus. Até os anjos foram mandados adorarem-No. (Hebreus 1:6, Filip. 2:10).

b) JESUS CRISTÃO PERDOAVA O PECADO:

Todo o pecado é contra Deus e, portanto, apenas Deus pode perdoar o pecado. Foi por esta razão que os fariseus acusaram Jesus de blasfêmia. Se Jesus pode perdoar o pecado, então é evidente que Ele é Deus. Gênesis 39:9, "Como posso eu então... pecar contra Deus?"

Salmo 51:4 — "Contra ti, e apenas contra ti, eu pequei..."

Lucas 7:41-42 — "Jesus mostra que os pecados são cometidos contra Si mesmo." Lucas 7:48 — "E ele disse a ela, Teus pecados estão perdoados."

c) JESUS CRISTO É 0 CRIADOR:

Jesus Cristo mostrou que é o Grande Criador quando:

1. Transformou água em vinho                     ...... João 2:1-11

2. Alimentou cinco mil                                  ...... João 6:1-13

3. Andou sobre a água                                 ...... João 6:19

4. Acalmou a tempestade                             ...... Marcos 4:39

João 1:3 "Todas as coisas foram feitas por Ele.” Há, então, dois Criadores? Há apenas um — Jesus Cristo.

Referencias: Salmo 104; Prov. 30:4; Col. 1:1~17; Hebreus 2:10.

O DEUS TODO PODEROSO EM CRISTO JESUS

1. O DEUS TODO PODEROSO EM CRISTO JESUS:

2 Coríntios 5:19 — "A saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo.”

Uma vez que possamos compreender a verdade contida nesta Escritura, a revelação da Unicidade da Divindade e da Deidade de Jesus Cristo, torna-se clara. Vemos Jesus Cristo tanto como Deus como um homem. Deus manifestando-se na carne, e Deus naquele templo humano para reconciliar o mundo Consigo. Há duas pessoas que estão nos reconciliando consigo? Não, certamente que não. "Todas as coisas são de Deus, que nos reconciliou CONSIGO por Jesus Cristo."

2.  A TOTALIDADE DA DIVINDADE HABITA EM CRISTO:

Col. 2:9 — "Porquanto nele habita corporalmente toda a Plenitude da Divindade." Vamos citar duas outras versões desta Escritura:

"Pois n’ele a totalidade da Deidade (da Divindade) continua a habitar em forma corpórea".—Novo Testamento Amplificado.

"Pois é em Cristo que a completa existência da Divindade habita, corporalmente."— Nova Bíblia em Inglês. Na verdade não precisamos nenhuma Escritura afora a Col. 2:9 para provar, conclusivamente, a verdade da Unicidade. Qualquer um que apresente argumentos em favor da teoria da Trindade, deve primeiro eliminar esta Escrita de sua Bíblia.

Vamos examinar esta Escritura fazendo a nós mesmos algumas perguntas:

1. Está a Divindade em Jesus ou está Jesus na Divindade. Os Trinitarianos dizem que Jesus está na Divindade. A Bíblia diz que a Divindade está em Jesus. A quem deveremos crer?              

2. Há três plenitudes da Divindade? Certamente que não. Há apenas uma plenitude da Divindade, que mora em Jesus Cristo.

3. Há apenas uma parte da totalidade da Divindade em Jesus? A Bíblia diz: TODA A PLENITUDE (TOTALIDADE) e não apenas uma parte daquela.

4. O que é que esta Escritura nos conta? Conta-nos que todas as funções e manifestações de Deus, Seus atributos e a essência seu próprio ser, está tudo e estão todos em Jesus Cristo. Nos diz ainda que o único lugar onde podemos encontrar o Pai, é em Jesus Cristo. Do mesmo modo, o único onde podemos encontrar o Filho e o Espírito Santo é em Jesus Cristo.

3. A UNICIDADE DO PAI E JESUS CRISTO:

João 10:30 — "Eu e meu Pai somos um.”

João 14:9 — "Aquele que me tenha visto, terá visto o Pai."

17.22 — "...para que sejam um, como nós o somos." Os judeus compreenderam Jesus muito melhor do que muitos compreendem hoje em dia. Eles compreenderam que ele reivindicava a Unicidade com o Pai, e foi por esta razão que eles O apedrejaram. Jesus disse a Filipe que quando nós O vemos, nós vemos o Pai. Devemos, então, ver o Pai aparte de Jesus Cristo? Não, NUNCA!

4. JESUS CRISTO É JEOVÁ:

a) SAULO DE TARSO VIU JESUS COMO JEOVÁ:

Atos 9:5 — "Ele perguntou: Quem és tu, Senhor (Jeová)? E o Senhor (Jeová) respondeu: Eu sou Jesus a quem tu persegues."

Aqui Jesus afirma que Ele é Jeová, do Velho Testamento.

b) ESTEVÃO VIU JESUS COMO DEUS:

Atos 7:59 — "E eles apedrejaram Estevão, chamando por Deus, e dizendo Senhor Jesus, receba meu espírito." A quantos viu Estevão? Certamente a apenas um. A que Estevão viu? Jesus Cristo. Que nome Estevão deu a Deus? Senhor Jesus. Muitos estão inclinados a crer que esta Escritura indica uma trindade. Mas, no entanto mostra exclusivamente a verdade da Unicidade.

A VERDADE MONOTEISTA RESPONDE A TODAS AS PERGUNTAS

1.O ERRO DA DOUTRINA DA TRINDADE PROVOCA CONFUSAO:

O errôneo ensinamento dó que há três pessoas distintas na Divindade, deixa muitas perguntas sem resposta. Há confusão e contradições nesta doutrina criada pelo homem, e que foi formulada nos primórdios da Igreja Católica Romana. A razão para isto, naturalmente, é que não é baseada nas Escrituras, mas em raciocínios naturais do homem. Mencionaremos apenas algumas perguntas que o Trinitarismo não responde:

1.      Quem era o pai do menino na manjedoura de Belém? O Pai ou o Espírito Santo? Teve o Cristo criança dois pais?

2.      Como pode o Pai ser maior do que o Filho se ambos são iguais? João 14:23 — "Meu Pai é maior da que eu."

3.      Deus ora? Como pode Ele ser Deus e ter que orar?

4.      Pode Deus morrer? Se o Filho era um Deus, como poderia ele ter morrido?

5.      É Maria a mãe de Deus? O que então poderia estar errado no terreno "O Sangue de Deus"?

6.      Se já há três pessoas na Divindade, o que poderia estar errado em se adicionar uma quarta? Por que não deificar Maria?

7.      A quem devemos adorar?

8.      A quem devemos orar?

9.      Quantos veremos no céu? Quantos tronos há lá?

10.  Por que Jesus não sabe quando Ele retornará? (Marcos 13:32)

11.  Como pode file ser o Filho e não ter começo?

12.  Há três espíritos habitando no coração do cristão pleno do Espírito.

Estas perguntas poderiam se multiplicar indefinidamente, mas seria tolice fazê-lo. As respostas carretas, e também as explicações, para todas as perguntas acima, provam a Unicidade. A tentativa da parte do Trinitarianos para responder ao que está acima, simplesmente leva á confusão e contradição.

2. A VERDADE DA UNICIDADE RESPONDE A TODAS AS PERGUNTAS:

Por ser a Verdade da Unicidade baseada na Palavra de Deus, respostas a todas as perguntas são claras e facilmente compreendidas e estão em harmonia com as Escrituras. Vamos examinar algumas das perguntas que poderiam ser feitas:

a)  NÃO HAVIAM TRÊS NO BATISMO DE JESUS?

Era necessário que Jesus fosse balizado para que pudesse satisfazer a tudo corretamente. Ele certamente não foi balizado pelos Seus pecados, mas para que pudesse cumprir as Escrituras do Velho Testamento e, também dar um exemplo à Sua igreja. Do mesmo modo era necessário que Ele fosse ungido como os sacerdotes e reis o eram, no Velho Testamento. Não obstante, lembre-se que Jesus Cristo era o Verbo Encarnado, resultante da concepção no seio de Maria. A unção tinha a mesa finalidade do batismo — o cumprimento das Escrituras. Lembremo-nos que estas manifestações (audível e visível) existiram para o benefício de João Batista (João 1:33). É duvidoso que outra pessoa tenha, ou não, ouvido a voz ou visto o símbolo. No dia de Pentecostes houve duas manifestações na Sala Superior (audível e visível), línguas de fogo e a fala de idiomas. Poderíamos dizer que havia duas pessoas lá? Se haviam, qual era as línguas de fogo e qual falava em idiomas? Uma manifestação audível e visível, que aconteceu ao mesmo tempo, não indica mais duas pessoas do que a fumaça de um exaustor e o som de uma máquina indicam presença de dois motores. Em Getsemane, Jesus foi, ao mesmo tempo o sacerdote e o sacrifício. O que impediria a Deidade de Se manifestar em duas ou três maneiras diferentes ao mesmo tempo? Não, havia apenas UM no batismo de Jesus.

b) COMO PODE JESUS CRISTO ESTAR À MÃO DIREITA DE DEUS?

Deus é espírito e invisível. Afora Jesus Cristo não há corpo físico e, portanto, não há mão direita ou esquerda na Deidade. Afora Jesus Cristo, Deus não pode ser visto, eis que Jesus Cristo é a IMAGEM EXPRESSA do Deus invisível. (Col. 1:15; Hebreus 1:3) Portanto, está claro que as Escrituras que se referem a Jesus Cristo sentado, ou de pé, à mão direita de Deus não querem significar uma mão direita física.

O que é que quer dizer "a mão direita de Deus"? As Escrituras referem-se à mão direita de Deus, como o poder e a glória de Deus. Isto é o que se quer dizer com este termo. Jesus Cristo senta-Se no lugar do poder e da glória. (Êxodo 15:6; Marcos 16:19; Hebreus 1:3 e 8:1).

Há apenas um trono no céu. (Apocalipse 4:2). E há apenas UM que se senta sobre este trono.

c) COMO PODE JESUS CRISTO ORAR?

Jesus Cristo é homem e é Deus. Como homem Ele ora. É fácil responder-se a este suposto problema. A humanidade ora à Deidade. Se a teoria da Trindade estivesse carreta, então teríamos um Deus orando a outro Deus. Se um Deus tem que orar, então Ele não é mais Deus. Pode a Deidade, em qualquer tempo, ter necessidade de orar? E também, se a segunda pessoa na Divindade ora a primeira pessoa na Divindade, Deus é divisível e nós temos, no mínimo, dois Deuses. A explicação é muito clara: Jesus Cristo orava como homem.

d) NÃO FOI JESUS ABANDONADO POR DEUS NO CALVÁRlO?

Novamente foi a carne, a natureza humana de Cristo, que gritou, "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?". Podemos ver a razão para isto quando lemos 2 Coríntios 5:21 — " ... Ele o fez pecado por nós, àquele que não conheceu pecado." Ele tomou sobre Si a iniquidade de todos nós. Ele tornou-Se nosso bode expiatório, levando o horrível fardo do pecado, e pagando o preço deste. A natureza humana de Cristo tinha que provar esta terrível provação em sua totalidade. O pecado afasta de um Deus santo. Jesus                  Cristo teve que provar esta terrível sensação de separação de Deus. Foi a carne que sofreu e morreu; foi a carne que gritou. Na verdade. Deus estava lá o tempo todo, pois a verdadeira natureza de Cristo nunca mudou. Em outras palavras, não houve nem um                  momento em que Jesus Cristo não fosse Deus manifestado na carne.

Referindo-nos, novamente, ao argumento trinitariano, se uma pessoa na Divindade pode abandonar uma outra pessoa, então Deus é, certamente, divisível, e há, pelo menos, dois Deuses. Sabemos que isto não pode ser.

e) QUAL ERA A GLÓRIA QUE TINHA CRISTO ANTES DO MUNDO EXISTIR?

João 17:5 — "E agora, glorificai-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.”

Aqui Jesus está orando por glorificação que ainda é futura, tanto quanto o tempo é levado em consideração, mas que já estava nos planos e na mente de Deus, desde o começo. Lembre-se que quando Jesus orava era Sua natureza humana orando ao Divino — humanidade à Deidade. Assim como Jesus era uma ovelha predestinada desde a fundação do mundo, também era Jesus glorificado desde a fundação do mundo. Esta escritura não mostra um Filho Eterno, pois filiação refere-se a tempo. Deus habita na Eternidade.

3.CHAVE RELATIVA A TODAS AS QUESTÕES RELATIVAS À DIVINDADE:

A chave é simplesmente isto: Jesus Cristo possui uma natureza dupla — humana e Divina. Ele era, e é, verdadeiramente Deus e homem perfeito. Como Deus Ele habita na eternidade, como homem mora no tempo. A Filiação limitada ao elemento tempo, é para a FINALIDADE TRIPLA: (I) Redenção; (II) Mediação; (III) Reino e julgamento milenar.

DEUS EM EMANAÇÃO

O ESPÍRITO SANTO

1.O ESPIRITO SANTO:

O Espírito Santo não é a terceira pessoa na Divindade. Deus é Espírito e há apenas um Espírito. (Efés. 4:43). O título Espírito Santo é usado para indicar uma outra manifestação de Deus, outra função, quando ele atua e Se movimenta nos corações e nas vidas dos homens e mulheres.

O homem possui um espírito e por este veículo é capaz de se comunicar com Deus. Do mesmo modo, Deu comunga com o homem, por meio do Espírito Santo. Em nenhum dos casos há duas pessoas.

2.DEUS EM EMANAÇÃO:

A palavra "emanar" significa "disseminar de", "proceder de". O autor deve confessar que ele não está completamente satisfeito com a palavra aqui usada, mas usa-a por sentir a falta de uma melhor. O Espírito Santo é Deus disseminando-Se em bênção, salvação e poder. O Espírito Santo é mencionado como caindo sobre os crentes (Atos 10:44) e sendo derramado de Si. (Atos 2:17). Na verdade, O Espírito Santo já está presente em toda parte, e estes termos são usados para mostrar que o Espírito de Deus está avançando por dentro dos corações dos crentes.

Efésios 4:4 — "Há só um corpo e um só Espírito...”

3.UM Só ESPÍRITO:

Os crentes plenos do Espírito estão plenos de Deus, Cristo e do Espírito Santo. Há três Espíritos que enchem os corações dos crentes? Certamente que não. Há apenas um só Espírito.

Efésios 3:19 — "... para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus."

Col. 1:27 — "... Cristo em vós, esperança da glória."

Atos 2:4 — "E todos ficaram cheios do Espírito Santo..."

4.PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO:

Isto é Jesus Cristo morando dentro de nós no poder de Sua vida da Ressurreição. Col. 1:27 — "Cristo em vós, esperança da glória."

O pronome pessoal "Ele" é muitas vezes usado para referir-se ao Espírito Santo, e não como uma "pessoa" adicional ou "Deus", mas como uma outra manifestação do Único Deus Verdadeiro, "O SANTO". Isto está na fórmula batismal: Pai, Filho e Espírito Santo se nos é manifestado em Nosso Senhor Jesus Cristo.

5.UNIDADE DO ESPÍRITO COM JESUS CRISTO:

João 4:24 — "Deus é um Espírito."

2 Cor. 3:17 — "Agora o Senhor é aquele Espírito."

João 15:18 — "Eu virei ter a vós."

Romanos 8:9 — "Mas se alguém não tem o Espírito de Cristo..."

Col. 1:27 — "Cristo em vós, esperança da glória."

Provas extras da unidade do Espírito Santo e de Jesus Cristo podem ser encontradas quando examinamos a criação.

Jó 33:4 — "O Espírito de Deus me fez."

Gênesis 1:2 — "...e o Espírito de Deus pairava sobre as águas"

Co1. 1: 16— "Pois por Ele foram todas as coisas criadas... todas as coisas foram criadas por Ele, e para Ele. "São Estas Escrituras contraditórias? NÃO! NUNCA!

6.O ESPIRITO SANTO É O AUTOR E O INTÉRPRETE DAS ESCRITURAS:

Esta é uma prova a mais da Unicidade da Divindade. Estude cuidadosamente as seguintes Escrituras:

2 Pedro 1:20-21                                 2 Timóteo 3:16

João 16:13                                          1  Coríntios 2:9-14

7. CONFIGURADO NO VELHO TESTAMENTO:

a) Na nuvem — Êxodo 13:21 e 14:19. 2 Crôn. 5:14.

b) A descida de fogo sobre, o sacrifício de Elias — Reis 18:29.

Elias é o profeta do fogo e o seu oposto é João, o Batista — Mat. 11:14.

Mat. 17:13 — "Então os discípulos entenderam que lhes falará a respeito de João Batista."

8. SÍMBOLOS USADOS AO SE FALAR DO ESPÍRITO SANTO:

1. Fogo — Mateus 3:11; Atos 2:3.

2. Óleo — Mateus 25:1-13; Lucas 10:34.

3. Vinho — Mateus 9:17; Lucas 10:34.

4. Água — João 4:14; João 7:38.

5. Pomba — Mateus .:16

6. Vento — Atos 2:2.

7. Selo — Efésios 1:13-14 e 4:30.

9.TERMOS E TÍTULOS USADOS PARA O ESPÍRITO SANTO:

Lucas 11:13 — Espírito Santo.

Mateus 3:11 — Espírito Santo.

Hebreus 10:29 — Espírito da Graça.

João 14:17 e 15:26 e 16:13 — Espírito da Verdade.

Romanos 8:2 — Espírito da Vida.

Efésios 1:13 — Espírito da Promessa.

Mateus 3:11-12 — Espírito do fogo.

1 Pedro 4:14 — Espírito da Glória.

1 Sor. 3:16. Rom. 8:9 — Espírito de Deus.

Rom. 8:9 — Espírito de Cristo.

Isaias 11:2 — Espírito da Sabedoria e do Conhecimento.

1 João 2:20 — Unção.

João 14:16 — Consolador.

Consolador significa aquele que você chama para o seu lado como um cliente chama um advogado. A mesma palavra é usada em 1 João 2:1 — "advogado".

10.O ESPÍRITO SANTO PROMETIDO:

a) A Profecia do Velho Testamento:

Joel 2:28 — "E acontecerá depois que eu derrame meu Espírito sobre toda a carne."

Pedro cita esta profecia no segundo capitulo dos Atos, mostrando que a Experiência Pentecostal era a confirmação desta profecia. "Sobre toda a carne" foi literalmente cumprido quando Deus batizou, com Seu Espírito, milhões de homens e mulheres de todas as raças, cores e credos.

b) Profetizado por João, o Batista:

Mateus 3:11— "Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.

c) Prometido por amua Cristo:

João 14:15-26 - "Eu orarei ao Pai, e Ele vos enviará um outro Consolador..."

Observe no verso 16 o uso da palavra "outro" e também no verso 23 o uso da palavra "nós". O pronome "nós", naturalmente, refere-se às funções e ministérios do Pai e do Filho. As palavras "um outro" não se refere a uma outra pessoa, ou Deus, mas a um outro ministério ou função. O Espírito Santo estava fazendo algo diferente, ao vir como o Consolador, para batizar os crentes e ficar em seus corações. Isto é claramente visto quando comparamos João o Batista como crente pleno do Espírito. João estava cheio do Espírito Santo, desde o ventre de sua mães, (Lucas 1:15), e, no entanto, o mais humilde do reino é maior do que ele. (Mateus 11:11). Tinha João um Espírito diferente habitando em si? Havia dois Espíritos, um para João Batista e um para a igreja? Certamente que não! O mesmo Espírito morava em João Batista e na igreja, mas com uma função e um ministério diferentes.

CAPITULO 30

MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO

1.CONVENCE O PECADOR:

João 16:8-13 — "... ele convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo."

Este é o primeiro passo para que um pecador seja salvo. O Espírito Santo unge a Palavra que esta sendo pregada, apressa-a para que penetre o coração e a cone ciência do ouvinte, desperta este para a evidência dá sua condição perdida, e faz com que ele se sinta como um pecador que é. Ele nunca pode se arrepender ate que sinta a convicção do pecado, que lhes pode ser proporcionada pelo Espírito Santo. A Salvação é o trabalho do Espírito Santo no coração de um homem, desde o principio até o fim.

2.REGENERA:

João 3:5 — "A menos que um homem nasça da água e do Espírito, ele não poderá ingressar no Reino de Deus."

Tito 3:5 — "... pelo lavar regenerador e salvador do Espírito Santo."

O trabalho de regeneração é a mudança de um pecado em um santo, fazendo com que um homem se transforme numa nova criação em Cristo Jesus. E isto apenas conseguido por meio do poder do Espírito Santo, ao entrar na vida de um homem.

3.ELE HABITA NO FILHO DE DEUS:

Romanos 8:9 — "... e se de fato o Espírito de Deus habita em vós."

O Espírito Santo enche o templo e lá se instala para habitar e permanecer.

4.SÊLOS:

Efésios 1:13 — "... tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa."

Efésios 4:30 — "E não entristeçais o Espírito de Deus no qual fostes selados..."

—Ser selado — tem os seguintes significados:

1. Propriedade — O filho de Deus agora pertence Jesus Cristo.

2. Segurança — O filho de Deus está seguro e garantido, desde que o Espírito Santo lá habite, e que o selo não seja rompido.

3. Aprovação — O selo apõe a aprovação de Deus sobre a vida.

4. Tarefa terminada — O Batismo do Espírito Santo é o ultimo ato no trabalho de regeneração na vida crente. Não obstante, o trabalho de desenvolvimento e santificação, continua.

5.PROPORCIONA PODER:

Atos 1:8 — "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo...

Esta palavra "poder" vem da mesma raiz etimológico deu a palavra "dinamite". Ela é, na verdade, o poder de Deus entrando na vida de um indivíduo, dando-lhe poder para vencer e viver vitoriosamente no que concerne o pecado, e poder para testemunhar às almas a graça salvadora de Jesus.

6.BATIZA NO CORPO DE CRISTO:

1 Coríntios 12:13 — "Pois em um só Espírito, todos nós fomos balizados em um corpo."

O Filho de Deus é colocado no corpo de Cristo, e ao Istmo tempo, Cristo vem ter a ele. Este fato pode ser ilustrado colocando-se um copo vazio dentro de um jarro com água. O copo estará na água, e esta também estará naquele.

7.GUIA O FILHO DE DEUS:

O Espírito Santo guia o filho de Deus para uma compreensão das Escrituras, e para o desejo de Deus. Seja falando, seja vigiando, Ele conduz todos os detalhes de nossas vidas.

Referências: João 16:13; Romanos 8:14; Atos 13:2-4; Atos 16:6-7.

PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO

1.RESISTINDO AO ESPIRITO SANTO:

Atos 7:15 — "... vós sempre resistis ao Espírito Santo, assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis." Este é o pecado da rejeição, e é cometido pelo pecador quando o Espírito Santo habita nele. O pecador pode rejeitar o Espírito Santo até que Ele não mais more em si. E quando isto acontecer, então não restará mais nenhuma esperança de salvação para o pecador. O Espírito de Deus não contenderá sempre com o homem. (Gênesis 6:13).

2.DESPREZANDO O ESPÍRITO SANTO:

Hebreus 10:29 — "... e ultrajou o Espírito da Graça?".

Um estudo do contexto indica claramente que esse pecado é cometido pelo apóstata. Ele despreza o que Deus fez por ele. Este pecado pode ser ilustrado por aquele cometido por Esaú. Ele desdenhou o seu direito de primogenitura e, portanto, não achou lugar de arrependimento (Hebreus 12:17). O apóstata que tenha cometido este pecado talvez nunca tenha uma oportunidade de reabilitar-se.

3.BLASFEMANDO CONTRA O ESPÍRITO SANTO:

Mateus 12:31-42 — "Todos os pecados e blasfêmias serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada."

Este é o "Pecado Imperdoável". Ele é cometido por palavra falada, mas devemos ler o verso 34, pois aqui Cristo deixa claro que da abundância da terra, falou a boca. (Mateus 12:34). Poderia parecer que este pecado deveria ser cometido por palavra falada, originada em um coração que despreza o Espírito Santo. (Veja Parágrafo dois, acima). Na realidade este pecado está atribuindo a Satanás os méritos e as manifestações do Espírito Santo. Todo o contexto o deixa muito claro. Neste há uma advertência solene dirigida a todos os homens para que sejam cuidadosos quando julgarem as manifestações do Espírito Santo. É muito evidente de como este pecado se torna o pecado imperdoável, pois a salvação depende inteiramente do Espírito de Deus. Quando um homem blasfema contra o Espírito, e quando Este se afasta de sua vida, então de que moda pode este homem se salvar? Não há nenhum.

Indubitavelmente, este é o "pecado para a morte”, e para o qual não devemos orar. (1 João 5:16). É inútil orar por ele, pois não pode ser respondido.

Frequentemente levanta-se a questão se um pecador pode ou não cometer o pecado imperdoável. Isto é duvidoso, mas poderia haver uma possibilidade se, antes de mais nada, o pecador tivesse um claro conhecimento das ações e das manifestações do Espírito Santo.

Antes de sua conversão, o Apóstolo Paulo era um blasfemo, mas não cometeu o pecado imperdoável, pois blasfemava por ignorância e descrença. (1 Timóteo 1:13)

4.OFENDENDO O ESPÍRITO SANTO:

Efésios 4:3 — "E não ofenda o Santo Espírito de Deus..."

Isto está relacionado à conduta e à santidade da vida que se leva. O Espírito Santo é facilmente ofendido por qualquer moda de vida descuidado e mundano.

Quando o Espírito Santo é ofendido, Ele se torna triste e magoado

5.APAGANDO O ESPÍRITO SANTO:

1 Tess. 5:19 — "Não apagueis o Espírito."

Isto se refere às operações das dádivas do Espírito, com Seus ministérios e Seus serviços. "Apagar" significa apagar o fogo. E isto acontece ao se recusar a permitir que o Espírito Santo haja a Seu modo no ministério, no testemunho, nas dádivas do Espírito, etc..

6.MENTINDO AO ESPÍRITO SAGRADO:

Atos 5:3-4 — "... porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo...?".

O fato se refere à consagração e à rendição. É declarar uma consagração a qual sabemos que não está sendo feita. Ananias morreu não por reter parte do preço, mas por dizer que tinha trazido toda a importância quando, na verdade, tinha guardado parte dela. Isto também é considerado como provocação ao Espírito Santo (Atos 5:9).

A VERDADE DO ESPIRITO

1.      O FRUTO DO ESPÍRITO:

Gálatas 5:22-23 — "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, gentileza, bondade, fé, humildade, temperança. Contra isto não há leis."

Efésios 5:9 — "Porque o fruto do espírito consiste em toda a bondade, e justiça e verdade."

Devemos, antes de tudo, notar dois fatos importantes:

1. A palavra "fruto" está no singular. Não há nove frutos todos separados um do outro, mas apenas UM FRUTO. Assim como um cacho de uvas é apenas um só fruto, assim o é também este conjunto de graças. Se uma destas graças se implanta numa vida, todas as outras podem também aparecer.

2.Este é o fruto DO ESPÍRITO. Este não é o fruto cristão, mas o fruto que nasceu pelo Espírito. Isto não é aquilo que Jesus se referia a João 15:8. O verdadeiro fruto lá é a alma vencendo, e isto é o fruto cristão.

2. TRÊS GRUPOS:

Apesar de ser um lindo conjunto de graças, UM SEM FRUTO, para que melhor possamos estudar este ponto, poderíamos dividi-lo em três grupos:

a) Em relação a Deus—amor, alegria e paz.

b) Em relação ao nosso semelhante, o homem — paciência, gentileza e bondade.

c) Em relação a nós mesmos — fé, humildade e temperança.

Schofield os divide deste modo:

I—Caráter, como um estado íntimo—amor, alegria e paz.

II—Caráter das expressões para com os homens— paciência, gentileza, bondade.

III—Caráter das expressões para com Deus — fé; humildade e temperança.

3. PRINCÍPIOS PARA SEREM LEMBRADOS:

O Espírito Santo, habitante do coração de um cristão, lá está para cumprir sua missão definida, e satisfazer uma necessidade também definida. Quando nos lembramos disto, será mais fácil compreender os seguintes princípios:

I —   Apesar do fruto do Espírito adornar a vida de um santo, ele não está lá apenas para ser exibido ou mostrado.

II —   Apesar do fruto do Espírito trazer alegria ao coração do santo, não é um brinquedo com o qual se brinca e do qual se tira algum prazer.

III — Um fruto nasce em função de um pedido. Quando uma necessidade específica se manifesta, o Espírito Santo fará, fielmente, com que o fruto satisfaça aquela necessidade. Quando tivermos sido feridos por alguém, o Espírito Santo fará com que nasça o fruto do amor para com aquela pessoa. Quando há mágoa e desespero, o Espírito Santo fará nascer o fruto da alegria e da paz. Lembre-se que não estamos falando de graças naturais na vida de um individuo, mas dos frutos gerados pelo Espírito Santo. Por ser o fruto do Espírito, este pode frutificar em suas nove manifestações quando se tornar necessário.

4. COMPARAÇÃO COM OS DONS DO ESPÍRlTO:

a)             Similaridades:

I           —        Ambos são nove, em número.

II          —        Ambos são do Espírito Santo.

III         —        Nenhum dos dons são para se exibir, para que se brinque com eles, ou para serem mostrados, ou para revelar a espiritualidade de um santo, etc..

IV         —        Ambos nascem em função de uma necessidade, para satisfazê-la, necessidade esta do ministro da igreja ou de um indivíduo.

b) Diferenças:

I           —        O fruto do Espírito é coletivo — UM FRUTO. Os dons do Espírito são separados e individuais.

II          —        O fruto do Espírito frutifica na vida de cada santo pleno do Espírito.  Os dons do Espírito estão no corpo (igreja) e são distribuídas aos membros individuais, de acordo com o desejo de Deus.

III         —        As formas do fruto são o trabalho interno do Espírito. A operação dos dons é o trabalho externo do Espírito.

OS DONS DO ESPÍRITO / ENUMERAÇÃO DOS DONS:

1 Coríntios 12:8-10:

I          —        a palavra da sabedoria (note: não sabedoria, mas a palavra daquela).

II          —        a palavra do conhecimento.

III         —        fé.

IV         —        dons de curar (nota o plural "dons").

V          —        operação de milagres.

VI         —        profecia.

VII        —        discernimento de espíritos.

VII        —        uma variedade de línguas.

IX         —        capacidade de interpretar línguas.

Estas nove dádivas são diversas, proporcionadas a cada homem separadamente conforme os desejos de Deus, dadas para serem gozadas ao mesmo tempo. (Versos 7 e 11).

DEMONSTRAÇÃO E MANIFESTAÇAO:

Um indivíduo pode demonstrar por bênção de Deu ele pode gritar, rir, cantar, aplaudir, dançar, saltar e correr devido à bênção. A maneira pela qual ele reage à bênção de Deus sabre si, dependerá grandemente de sua própria disposição emocional, e do modo como ele foi educado. A reação à bênção de Deus é diferente em diferentes partes do país e também entre diferentes nacionalidades. É a mesma bênção, o mesmo Espírito de Deus agindo, mas reação é humana. No entanto, as manifestações são as operações das dádivas do Espírito como um resultado direto do exercício das dádivas espirituais.

SIGNIFICADO DA PALAVRA "DÁDIVA”:

A palavra dom no Novo Testamento é uma tradução de quatro palavras diferentes do texto original.

I    — Prêmio  ou  doação  a  um pobre, usadas quando se mencionam os dons da salvação.  (João   

    4:10.  Atos 2:38).

II   — Presente ou oferta.  (Ef.2:8) A fé de crer é  dom de Deus,  que nos é  dada do mesmo modo que um presente.

III  — Distribuições. A igreja, que é o Seu corpo, tem muitos membros, e afim de que as manifestações  do  Espírito de Cristo  estejam no corpo, o Senhor distribuiu  os múltiplos trabalhos dos dons por todo corpo. (Efésios 4:7).

IY  — Doação de faculdade miraculosa. Esta é a expressão usada para o dom da profecia, e o dom da cura,  permitindo aquele que  as tenha recebido  que as exerça com a aprovação divina.  (Romanos 12:6-8; Pedro 4:10-11).

    Este fato é uma confirmação da profecia de Joel (Atos 2:18).

REUNIDO OS DONS EM TRÊS GRUPOS

a) Dons do conhecimento (saber):

palavra da sabedoria

palavra do conhecimento

discernimento dos Espíritos

b) Dons do poder (agir):

feitura de milagres

dons de curar

c) Dons de eloquência (falar):

profecia

diversas espécies de línguas

interpretação das línguas

REUNINDO OS DONS DE ACORDO COM

1 CORÍNTIOS 12:4-7:

a)   Diversidade das dádivas: dons de curar profecia diversas espécies de línguas interpretação das línguas

b)   Diferenças das administrações: palavra da sabedoria palavra do conhecimento discernimento dos espíritos

c)     Diversidade das operações: fé feitura de milagres

O DOM DA PROFECIA

Esta grande missão foi dada aos discípulos, pelo seu líder Cristo, para que evangelizassem o mundo. Mateus 28:19; Marcos 16 :15; Atos 1 :8. O dom da profecia foi outorgada aos apóstolos e pregadores daqueles tempos. Com ela eles pregaram a palavra, seguida de sinais.

As Profecias do Novo Testamento são pregações das verdades das Escrituras, mantidas, estritamente, dentro dos ensinamentos da Bíblia. Este dom de profecia tem uma manifestação com três aspectos:

a) O falar-se com línguas.

b) Interpretação das línguas.

c) Profecia.

O primeiro é uma eloquência sobrenatural, falando o Espírito por meio dos crentes em outras línguas, e afim de que a mensagem possa ser entendida, o mesmo Espírito dó ao que a ouve a capacidade de compreendê-la. Há também a profecia, ou a fala sob inspiração, em sua língua materna. As boas e seguras pregações, abençoadas pelo Espírito, tornaram-se profecias do Novo Testamento juntamente com os testemunhos abençoados do estado secular.

FALANDO EM LÍNGUAS: Poderia ser chamado o milagre vocal. 1 Cor. 14:2 diz que ninguém o entende, verso 14 diz "... mas a minha mente fica infrutífera,..." Pelo menos três modos diferentes pelos quais o falar em línguas é usado, são encontrados nas Escrituras:

a) Quando recebendo o Batismo do Espírito Santo. Atos 2:4, 10:44-46.

b) Falando a Deus em adoração, ou oração, ou em canto.   1 Cor. 14:2, 1-15.

c) Falando à igreja ao mesmo tempo que se interpreta. 1 Cor. 14:13-27.

Falando em línguas à vontade não quer dizer que tenhamos o dom das línguas. Alguém pode receber a habilidade de falar línguas ao mesmo tempo que ele recebe o batismo, mas o uso apropriado das mesmas é sempre motivado pelo Espírito, quer ele receba o dom, quer file apenas fale a Deus. 1 Cor. 14:2, 14.

Esta dádiva está ligada ao dom da profecia, ao mesmo tempo que à interpretação das línguas, e deveria ser exercida em estrita ligação com a interpretação. Leia 1 Cor. 14:27,28. A interpretação das línguas é possível por iluminação Divina. O cristão que é usado para realizar este trabalho não compreende a língua do idioma que interpreta.

Originalmente, a interpretação das palavras não quer dizer tradução, mas explicação.   1 Cor. 12:10, 30 14:13, 26. Aquele que recebe este dom então explica o significado da mensagem em línguas, nada sendo capaz de produzir sem a ajuda do Espírito Santo, no que concerne a transmissão da mensagem.

O DOM DE REALIZAR CURAS:

Em Cor. 12:9 isto está mencionado no plural. E a razão para isto é, provavelmente, porque há muitas causas de doenças, e as diferentes fases da dádiva pelas quais alguns devem ser tratados.

Alguns males causados pelas atividades do demônio podem ser por opressão, obsessão ou possessão. Isto pede discernimento de Espíritos e derrota do demônio, antes da oração para os males. Talvez a doença seja orgânica, talvez o fato peça correção dos hábitos de vida, antes que o Senhor cure, etc.. Em Marcos 16 a cura dos doentes se fazia em se impondo as mãos.

DIFERENÇAS DE ADMINISTRAÇÕES:

Esta é a segunda divisão entre os dons, e se relaciona com o ministério administrativo do Espírito Santo. Há muita oposição ao nosso culto a Deus, e por esta razão o Espírito Santo colocou na igreja estas diferenças de administração.

1.A palavra de Sabedoria: — iluminando com a palavra do conhecimento, ou iluminando com o discernimento dos espíritos.

Note-se que não se disse sabedoria, mas a palavra da sabedoria — um exemplo deste fato pode ser tirado da experiência de Cristo. Marcos 12:15 — Os Fariseus tentaram apanhar Jesus na armadilha de Suas palavras. Mas a Sua palavra os confundiu, eis que era a palavra da sabedoria. Ele prometeu a Seus discípulos a mesma espécie de ajuda. Mat. 10:19-20.

2.A Palavra do Conhecimento: — não um profundo conhecimento da palavra, pois alguns o têm sem ter o dom de manifestação. Exemplos desta dádiva em ação podem ser encontrados nas Escrituras. Pré-compreensão vem nesta mesma categoria. Pedro sabia que três homens de Cornélio queriam vê-Lo, (Atos 10:19) e este era o conhecimento dado a Pedro pelo Espírito. Paulo deu informações sobre os efeitos do naufrágio na Ilha de Malta. Deus aconselha aos Seus por meio do Espírito, pela palavra da Sabedoria e ilumina-os com a palavra do conhecimento, fornecendo-lhes uma armadura contra os conselhos dos homens e do demônio. Frequentemente Deus provoca uma necessidade de ir ou ficar, falar ou calar. E isto demonstra que O Espírito é um administrador.

3.Discernimento de Espíritos: — Sábios como serpentes e inofensivos como pombas. Satanás tem um exército de demônios sempre alertas para desorganizar a igreja e o Cristão, individualmente. Para equilibrar este fato, o Espírito Santo dá ao corpo o discernimento dos Espíritos, por meio do qual tomamos conhecimento da presença e da natureza dos espíritos demoníacos, dando-nos conhecimento de como lidar com estes poderes e libertar aqueles que estão cativos. Atos 16:16-18. Na comissão de Marcos 16 Cristo disse: "eles expulsarão os demônios". Somente o Espírito de Deus pode realmente provar que alguém está possuído pelo demônio, e, em sua capacidade administrativa, dá capacidade de discernimento de Espíritos à Igreja, para que ela esteja em condições de verificar qualquer oposição em relação a este problema.

DIVERSIDADES DE OPERAÇÕES:

Esta é a terceira divisão das nove manifestações.

Fé — Um dom sobrenatural concedido pelo Espírito e pela qual algum trabalho especial é realizado. Em Efésios 2:8 lemos sobre a fé salvadora, "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé..." — Fé tomada como fruto do Espírito. Gal. 5:22. A fé se desenvolve e aumenta até que se torne evidente aos outros. Atos 3:16 nós dá um quadro de um exercício especial da fé. Pedro invocando a nome de Jesus para o homem coxo. Esta é uma operação especial do Espírito e dá o ministério da fé ao crente. Atos 4:29-30 é um exemplo de uma oração para esta consecução

A FEITURA DE MILAGRES — Nas mentes de muitos, isto está associada à cura de corpos — mas este não é o caso. O significado de milagre é um ato sobrenatural, no plano natural. Deus pondo de lado as leis da Natureza. Exemplos: Cristo transformando água em vinho, andando sobre a água, alimentando cinco mil, a transladação de Filipe do deserto para Azôto (15 milhas), Pedro andando para fora da prisão, Paulo e Silas tendo as portas da prisão abertas e as algemas retiradas. Tudo feito pela operação do Espírito. Tudo realizado pelo mesmo e próprio espírito de acordo com sua vontade. Aspiremos, encarecidamente, a estas dádivas.

O NOME DE DEUS

1.O NOME DE DEUS ERA UM SEGREDO NO VELHO TESTAMENTO:

Juízes 13:17 - "E Manoá perguntou ao Anjo do Senhor: Qual é o teu nome...?”

Gênesis 32:29 — "E Jacó perguntou a ele. Diga-me teu nome."

Êxodo 3:13 - "Eles me dirão, Qual é o seu nome?"

Provérbios 39:4 — “Qual é o seu nome e qual é nome de seu filho...?"

Isaías 52:' - "Por isso meu povo saberá meu nome.” A razão para vermos esta constante indagação sobre o nome da Deidade, no Velho Testamento, é que Seu nome foi oculto para ser revelado nesta dispensação.

2.PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO NÃO SÃO O NOME DA DEIDADE

Há muitos títulos de nosso Deus, sendo que todos retratam funções ou características de nosso Deus. Entre eles estão os títulos Pai, Filho e Espírito Santo. Do mesmo modo, um nome é corpo, alma e espírito, e, no entanto, este não é o seu nome.

Descontaria um banco um cheque que tivesse a assinatura, "Corpo, alma, e espírito?" Certamente que não. O cheque deve trazer sua assinatura, com o seu nome. Durante um certo tempo o autor destas notas foi o professor e o pastor de seu filho. Para o seu filho ele era "Pai, Pastor e Professor". Estes eram três títulos, mas nenhum seu nome. Do mesmo modo Pai, Filho e Espírito Santo não são nomes.

3.O VERDADEIRO NOME REVELADO NO NOVO TESTAMENTO:

Mateus 1:12 "... e Lhe porás o nome de Jesus: por que ele salvará o seu povo dos pecados deles."

Aqui encontramos o Seu verdadeiro nome que é JESUS. JESUS significa JEOVÁ-SALVAIDOR. JESUS é o nome de SALVAÇÃO de nosso Deus.

4.JESUS VEIO EM NOME DE SEU PAI:

João 5:43 - "Eu vim em nome de meu Pai."

João 10:25 - "As obras que eu faço em nome de meu Pai."

Atos 9:5 - "Quem és tu (Jeová) Senhor? E (Jeová) o Senhor disse, Eu sou Jesus."

Atos 9:17 - "O Senhor, o próprio Jesus, enviou."

Atos 7:59 - "Estevão, invocando Deus... dizia: Senhor Jesus,..."

Hebreus 4:8 — "Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso..." — Este verso refere-se ao Deus Todo Poderoso e aos Israelitas.

Apocalipse 22:16 - "Eu Jesus mandei o meu anjo para lhes testemunhar."

Esta evidência Escritural é conclusiva para se mostrar que o nome do Pai é Jesus.

5.JESUS É O NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO:

Mateus 28:19 - "Batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo."

Devemos notar, com muito cuidado, que está dito "NOME" e não "NOMES". A palavra está no singular. UM NOME. Qual é o "NOME"? O único modo de respondermos é procurar nas Escrituras, e acharmos sob que nome os Apóstolos batizavam. Não pode haver contradições nas Escrituras. Lucas 24:47 - "Arrependimento e remissão dos pecados devem ser pregadas em Seu nome entre todas as nações, a começar-se por Jerusalém.”

Jerusalém: Atos 2:38, "batizando... em nome de Jesus Cristo."

Samaria: Atos 8:12, “pregando... nome de Jesus Cristo."

Atos 8:16, "batizando... em nome de Senhor Jesus."

Paulo: Atos 22:16, "batizado... em Nome do nosso Senhor."

Cesáres: Atos 10:48. "batiza em Nome do Senhor"

Efésios: Atos 19:1-6, Aqui eles foram batizados em nome do Senhor Jesus.

Coríntios: 1 Cor. 1:13 - Em nome de quem foram eles batizados?

Novamente a evidência Escriturar e conclusiva, mostrando que o NOME do Pai, do Filho e do Espírito Santo é Jesus.

OS TÍTULOS DA DEIDADE NO VELHO TESTAMENTO

1.ELOIM, PLURAL DE ELOA:

A palavra inglesa “GOD" é o correspondente da em pressão hebraica "ELOHIM". Esta palavra é aplicada a todos os deuses pagãos assim como ao nosso Eloim (Deus). A forma plural expressa uma pluralidade de magestade, poderes, e atributos. Veja a nota sobre esta palavra sob as notas da Unidade Duas.

El, (significando força):

Ei Shadai — Deus Todo Poderoso (Força).

2.YHAWEH-JEOVÁ:

Esta palavra é derivada de quatro letras:

JHVH ... "O nome de quatro letras"; "o grande e terrível nome; "o nome especial"; "o nome separado".

Este era o nome impronunciável de Deus. Os rabinos ao lerem as Escrituras, substituiram-no do ADONAI (Senhor) e do qual obtivemos o nosso "Senhor", em nossas versões.

Jeová — êxodo 6:3. Salmo 83:18; Isaias 12:2; Isaías 26:4.

Jah - Esta era uma forma abreviada. Salmo 68:4.

O significado deste título é, inquestionavelmente, dado em revelação de Deus, e de Si próprio, a Moisés, pela frase "Eu sou o que Eu sou". Ela exprime "Ser" essencial, eterno, imutável de Jeová. O significado primeiro do nome Senhor (Jeová) é "O existente por Si mesmo". Literalmente, "Aquele que é o que é, portanto o eterno Eu Sou". Ele é "o existente por Si mesmo, que Se revela a Si mesmo".

É significativo que a primeira aparição do nome Jeová, nas Escrituras, siga a criação do homem. Jeová é, distintamente, o nome de redenção da Deidade no Velho Testamento. Quando surgiu o pecado e a redenção se fez necessária, foi Yahweh-Jeová  Elohim que os procurou, (Gênesis 3:9-13). E os vestiu com roupagens de peles, uma linda forma de retidão proporcionada pelo Senhor Deus por meio do sacrifício. A primeira revelação de Si mesmo, pelo nome Jeová, estava ligada com a redenção do povo da Aliança para fora do Egito.

3.TITULOS COMPOSTOS:

Yahweh-Jeová-Jireh — O Senhor proverá—Gên. 22:14.

Yahweh-Jeová-Rafi - O Senhor que cura— Êxodo 15:26.

Yahweh-Jeová-Nissi — O Senhor é nossa bandeira —Êxodo 17:8-15.

Yahweh-Jeová-Shalon — O Senhor é nossa paz—Êxodo 6:24.

Yahweh-Jeová-Ra-ah — O Senhor é nosso pastor — Salmo 23:1.

Yahweh-Jeová-Tsidkenu— O Senhor é nossa retidão— Jer. 23:6.

Yahweh-Jeová-Shammah — O Senhor está presente — Ezequiel 48:35.

4.A REVELAÇÃO DO NOME DO JESUS PROMETIDO:

Isaias 52:6 — "Por isso o meu povo saberá o meu nome."

Esta profecia promete definitivamente que o nome de Jesus será revelado e conhecido. Como deveríamos nos rejubilar que neste dia Seu Nome não é um segredo e não está oculto, mas sim conhecido. O Nome de Jesus está acima de qualquer outro nome. (Fl. 2:9).

No Velho Testamento todos os tipos e nuances apontavam para Jesus Cristo. Do mesmo modo, todos os títulos apontavam para o Seu Nome "JESUS", que estava para ser revelado.

5.UM NOME DA DEIDADE:

O profeta afirmou que há apenas um Senhor e que Seu nome é único. (Zac. 14:9). Se acreditarmos que há três pessoas na Divindade (três Deuses) então nós devemos ter três nomes.

Uma pessoa é identificada por seu nome. Não obstante o profeta afirma que o seu nome é ÚNICO. Em Mateus 28:19 o nome está no singular. Qual é este nome único? Encontramos a resposta em Atos 4:12. Não há outro nome: uma prova conclusiva que só há um Senhor, e que o Ele é Jesus.

OS TÍTULOS DE JESUS

Um título não é um nome, no entanto, um título evidencia certos atributos característicos e aspectos de Jesus. Cada um tem um significado.

Maravilhoso                 - Isaias 9:6

Conselheiro                -  Isaias 9:6

O Deus Todo Poderoso    Isaias 9:6

O Pai Eterno               -Isaias 9:6

Emanuel                     - Isaias 7:14

Filho de Deus               -Lucas 1:35

Messias                       -João 4:25

O Verbo                        -João 1:1

O Verbo de Deus          - Apoc. 19:13

Rei dos Reis                   -Apoc 19:16

Senhor dos Senhores     -Apoc 19:16

O Grande Deus e Salvador  - Tito 2:13

Pai                                   -Mateus 28:19

Filho                                -Mateus 28:19

Espírito Santo                  - Mateus 28:19

Jeová                              -Isaias 40:3

O Senhor Jeová             -Isaias 40:10

Eu Sou                            -Ex. 3:14; João 8:24

Ressurreição e Vida         -  João 11:25

Todo poderoso, que é, que era, e que vira  - Apoc. 1:8

Alfa e Ômega                          -Apoc. 1:8

Primeiro e Último                            - Apoc. 1:17

Princípio e Fim                                 -Apoc. 1:8

Vida Eterna                                       -1 João 5:20

Origem da Mulher                            -  Gen. 3:15

Cordeiro dá Deus                            -  João 1:29

O Noivo                                          - Mat. 9: 15; Rev. 21:9

Homem de Dores                           -Isaias 53:3

Um Nazareno                                 - Mat. 2:23

Luz do Mundo                                  -João 8:12

Luz para Iluminar os Gentios           - Lucas 2:32

Sol Nascente das Alturas                 -Lucas 1:78

Sol da Justiça                                   - Mal. 4:2

Brilhante Estrela Matutina              - Apc. 22:16

Pão da Vida                                     -   João 6:35

Pão Vivo                                           -  João 6:51

A Verdadeira Vinha                          -João 15:1

Raiz e Geração de Devi                  -Apoc. 22:16

O Caminho                                       -João 14:6

A Porta                                             - João 10:7

O Bom Pastor                                  -João 10:11

O Supremo Pastor                        -    1 Pedro 5:4

O primogênito de entre os Mortos   - Col. 1:18

Primícias dos que Dormem              - 1 Cor. 15:20

O Último Adão                                    - 1 Cor. 15:45

A Cabeça do Corpo                          -  Col. 1:18

Príncipe do Exército do Senhor        -Jos. 5:14

Príncipe da Salvação                            -  Heb. 2:10

Autor e Consumador da Fé                  — Heb. 12:2

Leão da Tribo de Judá                       — Apoc. 5:5

O Mais Distinguido entre 10.000          — Cant. de Salomão 5:10

Shiloh                                              — Gên. 49:10

Verdade                                           — João 14:6

Sumo Sacerdote                                   — Heb. 3:1

Mediador                                            — 1 Tim. 2:5

Arbitro                                               — Jó 9:33

Advogado                                           — João 2:1

Refúgio contra a Tempestade               — Isaias 32:2

Rocha Eterna (marginal)                       — Isaias 26:4

Construtor                                            — Heb. 3:3

Fundação Segura                            — Isaias 28:16

Pedra cortada sem as mãos         — Dan. 2:34

Castelo Forte                            — Salmo 31:2

Rei de Salém                              — Heb. 7:2

Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque    — Heb. 5:6

Rosa de Sharon, Lírio de Vale                               — Cant. de Salomão 2:1

Amigo mais chegado do que um irmão              — Prov. 18:24

Sombra de Grande Rocha em terra sedenta      — Isaias 32:2

Ancião de Dias                                               — Dan. 7:21

 Sol Nascente (aurora)                                 — Lucas 1:78

Juiz Cristo é tudo em todos                           — Col. 3:11

Mateus 28:19

 "Ide portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em NOME do PAI e do FILHO e do ESPÍRITO SANTO."

NOME                   — Singular

PAI                        — Título                (JESUS)

FILHO                    — Título

ESPÍRITO SANTO  — Título            

Jesus não disse a Seus discípulos para batizar, repetindo as palavras Pai, Filho e Espírito Santo. Ele lhes disse para batizar em NOME do Pai, Filho e Espírito Santo. As palavras Pai, Filho e Espírito Santo não são nomes, mas títulos que indicam UMA PESSOA, que tem UM NOME. E este nome é JESUS.

Devemos obedecer ao comando de Jesus ou claramente repetir Suas palavras?

IMPORTÂNCIA DO NOME DE JESUS

1. A BÍBLIA DA MUITA IMPORTÂNCIA A NOMES:

Todos os nomes na Bíblia tinham significados e, por isto, eram muito importantes. E isto está esclarecido na mudança de:

1. Abrão para Abraão

2. Jacó para Israel

3. Saul de Tarso para Paulo.

O mesmo podemos ver nas nomeações de João o Batista e de nosso Senhor Jesus.

2.O NOME DE JESUS ACIMA DE QUALQUER OUTRO NOME:

Filipenses 2:9—"Pelo que Deus também o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome.”

Jesus é o nome da Deidade. Por conseguinte, Seu nome está acima de:

1. o maior rei que jamais tenha reinado.

2. o maior general que jamais tenha ganho uma guerra.

3. o maior cientista, inventor ou arquiteto.

4. o maior pintor, músico ou poeta.

5. o maior legislador, médico ou pregador.

3.SALVAÇÃO NO NOME DE JESUS:

Atos 4:12 — "E não há salvação em nenhum outro: porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual sejamos salvos."

Lucas 24:47 — "O arrependimento e perdão dos pecados devem ser pregados em Seu nome."

Mateus 1:21 — "... e lhe porás o nome de Jesus: porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”

4.CURANDO EM NOME DE JESUS:

Atos 3:66 — "Em nome de Jesus Cristo de Nazaré ergue-te e caminha."

Atos 3:16 — "Pela fé no nome de Jesus, esse mesmo nome fortaleceu a este homem..."

5.PODER EM NOME DE JESUS:

Lucas 10:17 — "Até os demônios se nos submetem pelo Teu nome."

Marcos 16:17 — "... em meu nome expulsarão demônios."

6.ABENÇOANDO EM NOME DE JESUS:

Malaquias 3:16 — "Um memorial foi escrito... para os que se lembram do seu nome."

7.PROTEÇAO EM NOME DE JESUS:

Provérbios 18:10 — "Torre forte é o nome do Senhor à qual o justo se acolhe e está seguro."

8.ORAÇÕES ATENDIDAS EM NOME DE JESUS:

João 14:14 — "Se qualquer coisa for pedida em meu nome, eu a farei."

9.BATISMO PELA ÁGUA EM NOME DE JESUS:

Atos 2:38 — "... cada um de vós seja balizado em nome de Jesus Cristo para a remissão dos vossos pecados...”

10.O ESPÍRITO SANTO DADO EM NOME DE JESUS:

João 14:26 — "Mas o Consolador... a quem o Pai mandará em meu nome."

Como podemos contestar a importância dos nomes de Jesus, quando estudamos as Escrituras? Haverá aqueles que esclarecerão esta importante verdade e dirão que "Jesus" não era mais do que qualquer outro nome. É evidente que estes ainda estão nas trevas no que tange esta gloriosa verdade. Não há nome que possamos pronunciar nas orações ou cantar em louvor e que possa proporcionar maiores bênçãos e poder do que o nome de Jesus nosso Senhor. Quando tivermos esta revelação, podemos cantar no Espírito: Ó dulcíssima melodia da música dos serafins, Dulcíssimo nome que se pode jamais pronunciar, Dulcíssima melodia jamais cantada, Jesus, ó abençoado Jesus.

A GRANDE COMISSÃO

1. A GRANDE COMISSÃO:

A grande comissão é uma ordem — uma irrevogável ordem à igreja que não deve ser posta em dúvida, mas deve ser completamente obedecida. A Grande Comissão foi mencionada pelo nosso Senhor ao menos em três ocasiões, aos Seus discípulos, durante os quarenta dias que decorreram entre a Sua ressurreição e a Sua Ascenção. Está registrada em todos os quatro Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos. As três oportunidades em que Jesus deu esta comissão foram:

1) Quando os Discípulos estavam sentados para a ceia em Jerusalém. (Marcos 16:14-18; João 20:22-23).

2) Na montanha na Galiléia (Mateus 28:18-20).

3) No Monte das Oliveiras, um pouco antes de Sua Ascenção.   (Lucas 24:45-51); Atos 1:6-9).

Se Jesus repetiu esta comissão pelo menos três vezes, e tem sido tão cuidadosamente "Registrada" em cada um dos Evangelhos, então pode-se verdadeiramente compreender que a importância desta missão é, realmente, muito grande.

2. O QUE ORDENOU JESUS?

Jesus ordenou aos Seus discípulos:

1) Ide pelo mundo todo - Marcos 16:15.

2) Pregue o Evangelho a todas as criaturas— Marcos 16:15.

3) Ensinem a todas as nações — Mateus 28:19.

4) Batizem-nos em NOME — Mateus 28:19.

5) Observem tudo o que Eu lhes tenha ordenado— Mateus 28:20.

Devemos notar aqui que além de ir, pregar, ensinar, fomos mandados BATIZAR. E isto não é algo que possamos deixar ao nosso arbítrio ou desejo, mas é algo que pede estrita obediência. Para que se obedeça a esta ordem, é necessário que batizemos exatamente como Jesus nos instruiu: "MEU NOME". Quando as palavras Pai, Filho e Espírito Santo são repetidas nos batismos pela água, aquela ordem não está sendo obedecida. Neste caso o ministro está apenas repetindo as palavras de Jesus e não obedecendo-as. A obediência exige o batismo pela água em NOME DE JESUS.

3.ARGUMENTOS EM FAVOR DO BATISMO PELA ÁGUA EM NOME DE JESUS:

O testemunho da Escritura é tão definitivo sobre este ponto, que parece tolice sequer pensar em começar uma polêmica. Não obstante, sabendo da oposição à VERDADE, daremos algumas razões pelas quais devemos batizar em nome de JESUS.

a) “JESUS" é o "NOME" (singular) do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

b) A Escritura nunca se contradiz. Aqueles que dizem que de preferência tomariam a palavra de Jesus em contraposição às palavras de Pedro, admitem que creem numa contradição da Bíblia. No entanto, em Mateus 28:18 e Atos 2:28 lê-se a verdade. Estes dois não se contradizem.

c)   Não há dois evangelhos. Nem há duas maneiras de se batizar. Aqueles que argumentassem que há apenas Judeus ou Prosélitos judaicos balizados no segundo capítulo dos Atos, estariam admitindo que creem em dois evangelhos - um para os judeus e outro para os gentios. Isto, naturalmente é ridículo. Não há senão UM evangelho.

d) Se aceitamos o literal cumprimento de Atos 2:4 no Batismo do Espírito Santo, é absolutamente necessário que também aceitemos o literal cumprimento de Atos 2:38.

e) Pedro acabara de ouvir as palavras de Mateus 28:19 ditas alguns dias antes. Ele acabara de receber o Espírito Santo que devia guiá-lo para toda verdade. Ele havia encarregado das chaves do Reino. Seria possível que ele tivesse feito um erro? Não! Nunca!

f)   Remissão de pecados é em Nome de Jesus. Lucas 24:47.

g) Não há outro nome pelo qual possamos ser salvos. Atos 4:12.

h)  O nome de família é Jesus. Se somos Seus filhos, tomamos Seu nome. (Ef. 3:15).

I)   A noiva sempre toma o nome do marido.

j)   O que quer que façamos em palavras ou ações, fazemo-las em nome de Jesus. O Batismo pela água é ambos, palavra e ação. Col. 3:17.

k) No batismo pela água nós nos identificamos na morte, sepultamento e ressurreição. Foram o Pai e o Espírito Santo crucificados e Sepultados?

CAPITULO 31

A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO

ANJOS

1.  A EXISTÊNCIA DE ANJOS:

A Bíblia ensina, claramente, a existência de anjos. Eles são os embaixadores de Deus, e pertencem à Sua corte celestial e ao Seu serviço. Eles são muitos e seus desejos são os de servirem perfeitamente a Deus. Eles têm a vantagem sobre os homens de serem hóspedes do céu e embaixadores de Deus. No entanto, quando os homens renascerem serão colocados acima dos anjos, e gozarão de seus ministérios e, finalmente, julgá-los-ão (Cor. 6:3).

2.  DESCRIÇÃO:

Hebreus 1:14 — "Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?".

Aqui está dito que são espíritos ministradores. Apesar de ter tido conhecimento que têm aparecido sob forma humana, os anjos são, no entanto, espíritos. Os anjos não têm asas com penas, como são representados por muitos pintores. Este fato é de origem Católica Romana. Evidentemente, os anjos não têm sexo muito embora as Escrituras se refiram a eles usando a forma masculina.

3.  VÁRIAS ORDENS DE ANJOS:

Nem todos os anjos têm o mesmo poder e a mesma autoridade, mas parece haver ordens e hierarquia entre eles. Isto pode ser observado quando lemos,

(1)    Arcanjos:    Miguel — Daniel 10:13.

Miguel — Daniel 8:16.

(2) Querubins: Genesis 3:24.

(3) Serafins:       Isaías 6:1.

4. O PODER DOS ANJOS:

Eles têm grande poder. — 2 Pedro 2:11. Salmo 104:20.

Um anjo matou todos os primogênitos nascidos no Egito.

Um anjo rolou a pedra que fechava o Sepulcro.

Um anjo matou 185.000 Assírios. — Isaías 37:36.

Um anjo tem poder para se apoderar de Satanás e prendê-lo por mil anos. — Apoc. 20:2-10.

5. OS ANJOS NO MINISTÉRIO DE JESUS CRISTO:

A vinda do menino Jesus foi anunciada, tanto à Virgem Maria como a José, por anjos. (Mateus 1:20; Lucas 1:26-27).

Os anjos estavam presentes ao seu nascimento, sua ressurreição e Sua Ascensão, e o acompanharão em sua volta gloriosa. (Mateus 24:31).

Pelo contrário, no ministério de Jesus, houve apenas duas aparições angélicas: na tentação e em Getsemane.

6. OS ANJOS NO MINISTÉRIO DA IGREJA:

a) Ministro para os herdeiros da Salvação. — Hebreus 1:14.

b) Rejubila-se quando um pecador, se arrepende — Lucas 15 :10.

c) Acampa-se ao redor daqueles que temem o Senhor — Salmo 34:7.

d) Dão ordens a respeito deles para que sejam guardados — Salmo 91:11.

7.  ANSEIOS CAÍDOS:

2 Pedro 2:4 — "Ora, se Deus não poupou os anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, e os entregou a abismos de trevas, reservando-os para julgamento..."

Judas — "E a anjos que não guardaram o seu estado original, mas abandonou o seu próprio domicílio, Ele os tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande dia."

O julgamento deles é certo. Para eles o lago de fogo foi especialmente preparado. (Mateus 25:11).

O DEMÔNIO

1.  UM DEMÔNIO PESSOAL:

A Bíblia nos ensina que há um demônio pessoal. Muitos ensinam que o demônio é uma força impessoal de influência, a tendência para o mal. Há um demônio pessoal vivente que é nosso maior adversário.

Seu poder e sua influência não deveriam nunca se subestimados. Apesar de nós não termos desejos de nos encontrarmos com Ele, deveríamos aprender a conhecer o nosso inimigo. O conhecimento de seus motivos e de suas táticas, nos ajudarão em nossa batalha contra o pecado e nos ajudarão, também, a conquistar a vitória.

Aparentemente, ele foi criado como um arcanjo de grande beleza, grande sabedoria e grande poder. Indubitavelmente foi-lhe dado grande autoridade, e provavelmente havia sido feito o regente de grande parte do universo de Jesus. Alguns crêem que ele foi o regente deste mundo antes da criação como está registrada no livro de Gênesis. Ele ensoberbou-se e tentou igualar-se a Deus. Cinco vezes ele declarou sua vontade, em rebelião contra Deus. Isaias 14:12-15. De seu orgulho e rebelião, o pecado veio a existir, e o demônio caiu, levando um grupo de anjos consigo. Ele revidou, ferindo a Deus ao causar a queda de muitos homens, e os tem usado como uma hipoteca, desde então, em sua batalha e rebelião contra Deus. Ele ainda tem acesso à presença de Deus, onde ele acusa todos os homens.

O demônio não é onipresente, mas sua presença localizada. Não obstante, ele pode aparecer em qualquer lugar, a qualquer tempo, e em sua ausência ele tem um grupo de demônios e de anjos caldos para executarem seu trabalho demoníaco, sob sua orientação.

2. SUAS CARACTERÍSTICAS:

a) Ladrão, aquele que arrebata — Mat. 1319.

b) Assassino — João 8:14.

c) Mentiroso — João 8:44.

d) Sutil — 2 Cor. 11:3.

3. SEUS TÍTULOS DISTINTOS:

a) Anjo de Luz — 2 Cor. 11:14.

b) Leão que ruge — 1 Pedro 5:8.

c) Príncipe do poder do ar — Efésios 2:2.

d) Poder das Trevas — Col. 1:13.

e) Príncipe deste mundo — João 14:30.

f) Grande Dragão (crueldade) — Apo. 12:9.

g) Serpente (sedutor) — Apoc. 12:9.

h) Demônio (tentador) — Apoc. 12:9

i) Satan, Satã (adversário) — Apoc. 12:9.

j) Apoliom (destruidor) — Apoc. 9:11.

k ) Rei do abismo — Apoc. 9:11.

l) Deus deste mundo (cabeça de sua religião) — 2 Cor 4:4.

4.  SUA OBRA:

a) a procura a quem possa devorar — 1 Pedro 5:8.

b) semear o joio (doutrina do mal, do vicio, etc.) — Mat. 13:25-39.

c) embotamento de mentes — 2 Cor. 4:4.

d) acusação dos homens — Apoc. 12:10.

e) peneirar como trigo — Lucas 22:21.

f) destruição da carne — 1 Cor. 5:5.

5. SEU PODER:

Ele tem muitos subordinados para a execução de sua vontade. Um grupo de anjos caídos e de demônios estão sob sua bandeira. Vemos sob o seu poder os potestades e principados, os dominadores das trevas deste mundo, e as forças espirituais do mal nas regiões celestes. (Efésios 6:12).

6. SEU DESTINO:

Ele será atirado para a terra, do Céu (Apoc. 12:7-9), onde ele instigará os homens contra Deus, sabendo que seu tempo é curto (Apoc. 12:12). Ele será encadeado por um anjo (Apoc. 20:1-3) e atirado no abismo durante o reinado de Cristo, que durará 1.000 anos sobre a terra. Será solto por uma pequena temporada e batalhará contra Deus. Então será atirado no lago de fogo para sempre. (Apoc. 20-7-10).

O PECADO

1.   O QUE É O PECADO:

1 João 3: — "O pecado é a transgressão da lei.”

1 João 5: — "Toda injustiça é pecado."

Romanos 14:23 — "Tudo o que não provem de fé é pecado."

Tiago 4:17 — “...sabe que deve fazer o bem e não o faz, está pecando."

João 16,9 — "Do pecado, porque não crêem em mim.”

Provérbios 21:4 — "Olhar altivo e coração orgulhoso, lâmpada dos perversos, são pecados."

Provérbios 24:9 — "Os desígnios dos insensatos são pecados."

Nestas Escrituras temos o pecado definido. A tendência moderna é dar pouca importância ao pecado. A maioria das pessoas adota uma atitude de complacência para com o pecado, e encara-o como uma coisa que se deva aceitar. Para eles o pecado é apenas ignorância, ou um complexo do caráter, o qual qualquer psiquiatra poderia curar. No entanto, este não é o caso real. O pecado está profundamente assentado no próprio coração da natureza decaída do homem.

Olhando para trás, para o começo do pecado, na que da de Satan e depois, mais tarde, na queda dos nossos primeiros pais, é possível sumarizar este início de pecada em três capítulos:

1)  Orgulho — Este foi, sem dúvida, o pecado original, eis que Satan exaltou-se, a si próprio, tentando divinizar-se. (Isaias 14:12-15).

2) Descrença — Este pecado teve que ser arraigado no coração de Eva antes que ela pudesse ser

enganada na transgressão. (Gênesis 3:1).

3)  Desobediência — Este foi o ato de rebelião, que se seguiu, como causa natural, aos outros dois pecados (Gênesis 3:16).

Muitas palavras hebraicas eram usadas no Velho Testamento para exprimir a ideia do pecado. Alguns conceitos de pecado, expressos por estas palavras são: uma omissão, perversidade, confusão, iniquidade, perversão, culpa, transgressão, rebelião, vaidades, mentira, dolo, maldade, erro, etc. As principais palavras gregas do Novo Testamento, para o pecado, expressam as seguintes ideias; uma omissão, injustiça, ilegalidade, depravação, desejo, luxúria, desobediência, etc..

Schofield ordena o pecado de um modo diferente:

1) Uma ação — a violação ou o desejo de desobedecer a revelada vontade de Deus.

2) Uma Natureza — oposição a Deus,

3) Um Estado — ausência de justiça.

Ao tentarmos definir o pecado, podemos apenas chegar a uma compreensão parcial de sua verdadeira natureza. A extrema infelicidade e o extremo horror do pecado nunca poderão ser compreendidos por nossa mente finita e nossa limitada compreensão.

2. DEUS ODEIA O PECADO:

O fato de que Deus é amor e é luz, exige que Deus odeie o pecado. É impossível a Deus amar a alma do pecador sem ao mesmo tempo odiar o pecado. A natureza absolutamente pura e sem mácula de Deus revolta-se à vista do pecado.

Todos os seus verdadeiros filho devem compartilhar deste ódio pelo que está errado. No momento que pudermos sorrir para a iniquidade estaremos longe de Deus. Queira Deus nos ajudar ver o pecado como extremamente pecaminoso — a olhar para o pecado como Ele o olha. Possamos nós vê-lo como aquilo que o pregou no lenho. Um pecado premeditadamente conhecido separa o homem de Deus impede que suas orações sejam respondidas e, finalmente, significará morte eterna. Nenhum pecado entrará no céu. Devem ser confessados, perdoados e abandonados.

1. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO:

a)  Separação de Deus:

Salmo 66:18 — "Se eu no coração contemplava a vaidade, o Senhor não me teria ouvido."

Isaías 59:2 — "Mas as vossas iniquidades fazer separação entre vós e o vosso Deus: e os vossos pecados o seu rosto de vós, para que vos não ouça."

b) Morte, Física e Espiritual:

Romanos 5:12 — "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também passou a morte a todos os homens, porque todos pecaram."

Romanos 6:23 — "Porque o salário do pecado é a morte. . . "

Todo pecado é, fundamentalmente, uma atitude e um ato de rebelião contra Deus. É um desafio à supremacia e ao domínio do Deus Todo poderoso. Isto está expresso na pergunta que José fez quando estava sob tentação: "...como, pois, cometeria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? " Genesis 39:9.

Deus deixaria de ser o Senhor se pudesse tolerar, desculpar e aceitar o pecado sob qualquer aspecto. Além de outras razões, eis aqui uma pela qual a alma que pecar, pela lei de Deus, seguramente morrerá. Em qualquer parte, a qualquer tempo, a consequência do pecado será a morte.

2. PODE O PECADO SER OCULTADO?

Gênesis 16:13 — "Teu Deus me vê."

Números 32:23 — "...e sabei que o vosso pecado vos há de achar."

Gálatas 6:7 — "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isto também ceifará."

O pecado sempre será descoberto, pela simples razão de que o pecado é contra Deus, e Ele vê não apenas o ato exterior, mas também o pensamento íntimo e o desejo. É impossível pecar e não ser descoberto.

3.  QUEM SÃO OS PECADORES?

Gálatas 3:22 — “Mas a Escritura encerrou tudo sobre o pecado..."

Romanos 3:10-23 — "Como está escrito, Não há justo, nem sequer um; Não há quem entenda... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus..."

Romanos 5:12 — "...assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram."

Todos os homens são pecadores, e precisam ser salvos. Se alguém, individualmente, pudesse se ter feito justo pelos feitos da lei e de suas obras, então todos os homens também poderiam se tornar justos. Como isto não podia se tornar realidade, foi necessário que Jesus proporcionasse a salvação dos homens.

4. PODEM OS PECADORES SEREM AGRUPADOS OU NOMEADOS?

O pecado apenas pode ser agrupado de uma maneira parcial, eis que o pecado é, realmente, uma condição do coração. A lista de pecados é grande demais para jamais ser completada. Podemos, no entanto, começá-la.

a)  Obras da carne (Gálatas 5:19): Adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, ódio,

discórdia, emulações, ira, rixa, sedições, heresia, inveja, assassínios, alcoolismo, bacanais, e outros semelhantes.

b)  Avareza, Mundanismo: Incontinência da carne, ir continência dos olhos, orgulho da vida, amor a

dinheiro, amor aos prazeres, etc...

c) Concupiscência: Orgulho, maldade, inveja, egoísmo, maledicência, mexericos, etc...

d)  Pecados de Omissão: Falta de oração, de frequência à igreja, etc...

e)  Presunção (Salmo 19:13).

E assim continua a lista a crescer, sem um fim aparente à vista.

O HOMEM

1.  O HOMEM CRIADO A IMAGEM DE DEUS:

Gênesis 1"27 — "E Deus criou o homem à sua própria imagem."

Gênesis 9:6 — "Porque Deus fez o homem segundo a sua imagem."

As Escrituras são muito específicas em relação à criação do homem. O Deus Senhor formou o homem do pó do chão, e soprou em suas narinas o hálito da vida. O homem foi o ápice da criação feita por Deus, e tinha a imagem e a semelhança dele.

2. A QUEM SE REFERE À EXPRESSÃO: "A IMAGEM DE DEUS"?

a)  A Natureza Moral do Homem:

Possivelmente a maneira mais elevada pela qual homem se pareça com o seu Criador é em sua natureza moral. O homem foi criado absolutamente sem pecado e na mais absoluta pureza. Na verdade, ele estava protegido pela retidão de seu Deus. E era por causa disto que ele tinha contato com Deus. E foi isto, também, que ele perdeu na sua queda, e fez com que compreendesse que estava nú.

b)  A Natureza Intelectual do Homem:

Os poderes intelectuais do homem provam, desde logo, que ele não descende de uma ordem inferior, mas foi criado à imagem de seu Criador. Foi-lhe dada inteligência necessária para que desse nome a todas as criaturas vivas, e para que tivesse domínio sobre a sua terra. Foi-lhe dado, também, o poder de raciocinar e de tomar decisões. Ele foi criado como um livre agente de vontade moral. E foi por causa disto que Deus concedeu a habilidade, a capacidade pela qual o homem foi capaz de tomar a decisão errada e pecar, na transgressão original.

c)  A Aparência Física do Homem:

Deus é Espírito e invisível, mas estava nos plano e intenções da Deidade manifestar-se na carne na encarnação. Se a "imagem de Deus" tem qualquer relação à aparência física do homem, esta está na semelhança do homem Jesus Cristo que deveria nascer em Belém. Lembremo-nos que no que concerne ao tempo, o advento de Cristo teve lugar num ponto determinado na história, mas no que concerne a Deus, ele habita a eternidade e tinha estes fatos planejados e visualizava-os desde o princípio.

d)   A Trindade do Homem:

I Tess. 5:23 — "E oro a Deus de todo o espírito e alma e corpo..."

O homem é corpo, alma, e espírito. Ordinariamente não introduziríamos esta idéia aqui. Assim o fazemos porque alguns usariam esta assertiva para tentar provar que o homem foi criado à imagem da trindade e que, portanto, seria mais uma prova de que há três pessoas na Deidade. Na verdade, é exatamente o oposto que se tem provado. Mesmo sendo o homem corpo, alma e espírito e, no entanto, um só indivíduo, com um só nome, assim também o é o Criador, Pai, Filho e Espírito Santo,mas, no entanto apenas uma pessoa, que tem um só nome, JESUS.

e)  As Ilimitadas Possibilidades do Homem:

Deus deu ao homem possibilidades ilimitadas. O homem pode elevar-se a grandes alturas e afundar se no maior abismo, mais fundo do que qualquer outra criatura de Deus. No Evangelho de Marcos, capitulo cinco, temos a história de um homem possuído por uma legião de demônios. Este homem era capaz de conter mais poder de demônios do que dois mil porcos o eram. Parece não haver limite para o quanto o homem ou a mulher podem cair. Do mesmo modo tem o homem o poder de comungar com Deus, tornando-se um ente pleno do Espírito de Deus. Parece não haver limite para as alturas às quais o homem pode ser elevado por Deus.

3.  A CONDIÇÃO ORIGINAL DO HOMEM:

Hebreus 2:6 — "Que é o homem... todas as coisas sujeitas sob os seus pés."

O homem foi coroado com glória e honra, e foi criado com méritos um pouco abaixo dos anjos. Não foi

criado como um ignorante ou um selvagem, mas com um ser de excelsos poderes intelectuais e uma alta natureza moral. A teoria de que o homem evoluiu de uma ordem inferior, tal como o macaco, é simplesmente imaginação, falsamente chamada Ciência, sem nem ao menos um fato para prová-la.

A QUEDA DO HOMEM

1.  FASES DA QUEDA:

a)      Desgraça: — Gênesis 3:1 — "...É assim que Deus disse:... "

Satanás era capaz de plantar a semente da descrença; no coração de Eva.

b)      Mudando a Palavra de Deus: — Gênesis 3:3 — "...não o toque para que não morras."

Eva tanto mudou como acrescentou algo à Palavra de Deus. Deus não havia dito nada em relação a

tocar o fruto ou que a morte seria certa.

c)       Desobediência: — Os passos que levam à desobediência são:

Gênesis 3:6 — 1. Viu; 2. Desejou. 3. Tomou; 4. Comeu

Compare com o pecado de Acã, em Josué 7:21:

1. Vi; 2. Cobicei; 3. Tomei; 4. Escondi.

2.  A TRIPLA TENTAÇÃO:

Tanto a tentação de Eva como a tentação de Cristo no deserto, podem ser resumidas sob "tudo que há no mundo" de l João 2:16:

         1 João 2:16

Concupiscência da carne.

Concupiscência dos olhos.

Soberba da vida.

Da Eva — (Gênesis 3:16)

Boa para se comer

Agradável aos olhos

Desejável para dar entendimento.

De Cristo — (Luc. 4:3-14)

De pedra para pão.

Reinos desta terra.

Atirar-se para baixo e anjos.

Na tentação, Satan disse: "Sereis como deuses, conhecendo o bem e o mal." Mas ele omitiu parte importante: que eles conheceriam o bem, mas não seriam capazes de praticá-lo, e que conheceriam o mal e não se riam capazes de evitá-lo.

Lembremo-nos de que a tensão em si não é pecado, mas render-se a tentação, isto sim e pecado. Foi

quando Eva rendeu-se e desobedeceu que o pecado entrou no coração humano. Cristo foi tentado mas, permaneceu puro, pois que venceu a tentação e não se rendeu a ela.

3.   CONSEQUÊNCIA DA QUEDA:

a)   Sobre a Natureza:

1. A terra foi maldita. Gênesis 3:17.

2. A terra deveria produzir cardos e abrolhos. Gênesis 3:18.

b)   Sobre toda a Raça Humana:

1. Todos foram encerrados sob o pecado. (Gal. 3:22. Rom. 5 :19).

2. O homem tornou-se o filho do diabo. João 8:44; 1 João 3:8.

3. O homem viverá de seu trabalho árduo. Gênesis 3:29.

4. A mulher dará à luz as crianças sob grandes sofrimentos. Gênesis 3:16.

5. Por causa da queda, o homem tornou-se sujeito a:

A — Morte Física: É a separação da alma do corpo, resultando dai a corrupção e a destruição da forma

material. Gênesis 3:19.

B — Morte Espiritual: É a separação do espírito de Deus, ou a alienação da vida de Deus chegamos a

este estado pelo nascimento natural. Efés. 4:18; 1 Tim. 5 :16; Apocalípse 3:1.

C — Morte Eterna: Essa é a "segunda morte", morte espiritual que continua após a morte física. Prolongada além da morte física, a morte espiritual torna-se morte eterna, ou um estado de eterna separação de Deus, num tormento consciente. Apoc. 20:14 e 21:8. Os resultados da queda estão todos ao nosso redor. Os hospitais, as prisões e os asilos estão cheios.

Miséria, crime e infelicidade nos encaram a cada volta, e são, todas as consequências da queda.

4.  DEFINIÇÕES DE VIDA E DE MORTE:

1. Vida Física: A união do espírito do homem com o seu corpo.

2. Morte Física: A separação do espírito do corpo.

3. Vida Espiritual: A união do espírito do homem com o Espírito de Deus.

4. Morte Espiritual: A separação do espírito do Homem do Espírito de Deus.

5. Vida Eterna: A união entre o espírito do homem com o Espírito de Deus e tornada eterna e sem fim.

6. Morte Etapa: A separação do espírito do homem do Espírito de Deus, eternamente e para sempre

A NECESSIDADE DO HOMEM DE SALVAÇÃO

1.  A CONDIÇÃO DO HOMEM FORA DE SALVAÇÃO:

1.  Ele é ímpio desde o seio materno.

Salmo 58:3 — "Desviam-se os ímpios desde a sua concepção. . . "

2.  São nascidos na iniqüidade.

Salmo 51:5 — "Eu nasci em iniquidade."

3. Seu coração é desesperadamente corrupto.

Jeremias 17:9 — :Enganoso e o coração... desesperadamente corrupto."

4.  Ele é controlado por Satan.

Efésios 2:2 — "...segundo o príncipe da potestade do ar."

5. As leis do pecado e da morte continuadamente atuam sobre eles.

Romanos 7:23 — "...me faz prisioneiro da lei do pecado... "

6.  Ele está sob uma maldição.

Gálatas 3:10 — "Tantos quanto são, pois, ...estão sob a maldição..."

7. Sua compreensão é obliterada.

Efésios 4:18 — "Tendo o entendimento obliterado..."

8.  Sua imaginação é sempre má.

Gênesis 5:5 — "E Deus viu que... era continuadamente mau todo o designo de seu coração."

9. Ele está todo tomado pela iniquidade.

Romanos 1:29 — "Estando cheios de toda a injustiça, malícia, avareza e maldade."

10. Ele é corrupto dos pés até a cabeça.

Isaías 1:6 — Da planta do pé até a sua cabeça...'

11.  Ele está morto em seus delitos e pecados.

Efésios 2:1 — "...estando vós mortos nos vossos delitos e pecados.”'

2.  A DESESPERANÇADA CONDIÇÃO DO HOMEM FORA DE CRISTO:

O homem, estando morto em pecados e delitos, não mais pode salvar-se, nem ao menos tem tão poucas oportunidades como Lázaro, preso em sua mortalha e enterrado há quatro dias. E no que concerne a Lázaro propriamente, suas condições eram sem nenhuma esperança. Este é o quadro do homem não regenerado sem ajuda e sem esperança e eternamente perdido. Se jamais o homem devesse ser salvo, o seria por uma Fonte exterior do seu próprio ser. E Jesus Cristo a única esperança de salvação que o homem tem.

3.  O SER TODO DO HOMEM NECESSITA DE SALVAÇÃO:

Uma vez que todo o ser do homem, corpo, alma e espírito, foi afetado pelo pecado original, o seu ser

 todo precisa de salvação.

O homem é:

1. Espírito: — Ele é capaz de ser consciente de Deus e de comungar com Deus.

2. Corpo: — Ele é capaz, por meio de seus sentidos de ter consciência do mundo.

É difícil separar-se alma e espírito, mas não obstante, eles são diferentes, como a Escritura nos demonstra. Hebreus 4:12.

Comparando as Escrituras de Marcos 8:36 e Lucas 9:25 fica claro que o significado de "alma" é "si mesmo".

4.  O PAPEL DE DEUS NA SALVAÇÃO:

Ao proporcionar a Salvação a muitos homens pecadores, há um número grande de coisas que Deus realiza, entre as quais:

1.  Encara o problema do pecado de um modo que seja coerente com sua justiça, e apaziguado para com a Sua ira.

2. Torna o homem santo, sem tirar dele a sua condição de livre vontade moral.

3.  Une o homem a Deus e restaura a perdida intimidade. Deus conseguiu fazer tudo isto no Calvário.

A EXPIAÇÃO

1. A EXPIAÇÃO

Hebreus 9:22 — "Sem derramamento de sangue não há remissão."

Toda a doutrina da Salvação está baseada na expiação, a qual é realizada na morte de sacrifício de Cristo. Se o homem pudesse ter sido salvo de qualquer outro modo, Cristo não teria nunca passado pela expiatória morte do Calvário. Na UNIDADE SETE estudaremos o que fez Deus para proporcionar a salvação aos homens decaídos. O relato do que Ele fez, a encarnação, o ministério de Cristo na terra, a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo, é encontrado nos quatro Evangelhos.

2. A ORIGEM DA EXPIAÇÃO:

a)   Ordenada no Céu:

Apocalipse 13:8 — "... do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo."

1 Pedro 1:19-20 — "...O sangue de Cristo... conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo." O Calvário estava na mente e nos planos de Deus desde o começo.

b) Instituído na Terra:

Gênesis 3:21 — "Fez o Senhor Deus vestimentas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu."

Quando Deus vestiu Adão e Eva, derramou-se sangue. Este fato foi o princípio do traço rubro de sacrifício que corre por toda a Bíblia.

3. A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO:

a) A Santidade de Deus e a Pecaminosidade do Homem:

A necessidade da expiação é baseada nos fatos da Santidade de Deus e da pecaminosidade do homem. A reação da Santidade de Deus contra a pecaminosidade do homem é conhecida como a Sua IRA, a qual pode ser aplacada pela expiação.

O pecado é violência praticada contra a constituição, por assim dizer, sob a qual o homem e Deus vivem, do mesmo modo que a infidelidade representa violência contra o convênio sob o qual marido e mulher vivem. O pecado é essencialmente um ataque à honra e santidade de Deus. É rebelião contra Deus, pois o homem que peca por sua inteira vontade escolhe a sua própria vontade em contraposição da de Deus, e enquanto isto perdurar, torna-se uma lei para si mesmo. Mas se Deus permitisse que Sua honra fosse atacada, então deixaria de ser Deus. Sua honra exige a destruição daquele que Lhe resiste; Sua justiça e retidão demanda uma satisfação pela lei violada. Sua santidade reage contra o pecado, reação esta chamada de IRA.

A ira de Deus é governada por considerações pessoais. Ele não está ansioso para destruir a obra de Suas mãos. Ele tem paciência com os homens; ele aguarda uma oportunidade para conceder graças. Ele atrasa o julgamento na esperança de que Sua bondade possa levar os homens para o arrependimento. No entanto, o homem interpreta erroneamente a temperança Divina, e zomba da ideia do julgamento.

A crucificação revelou a hodioniedade do pecado e configurou o terrível castigo para ele. A Cruz de Jesus declara que Ele nunca foi não é, e nunca poderá ser indiferente aos pecados do homem.

b)  A Separação de Deus:

Isaías 59:2 — "Suas iniquidades separaram no de seu Deus. "Deus é santo por natureza, o que quer dizer que Ele é justo em caráter e em conduta. Para que se mantenha comunhão com Deus é necessário que se seja puro. A EXPIAÇÃO restaura a comunhão com Deus.

c)  A Paga do Pecado é a Morte:

No sangue, e quando o sangue é derramado, a vida é dada. Isto explica a necessidade de derreamento de sangue para a remissão dos pecados.

Referências: Romanos 2:4; Gálatas 6:7; 2 Pedro 3:9; Romanos 3:25; Eclesiastes 8:11.

4. REDENÇÃO:

A palavra "remir" tanto no Velho como no Novo Testamento significa:

1. Comprar de volta em se pagando um certo preço.

2.  Desligar-se de uma escravidão em se pagando um certo preço.

3.  Comprar num mercado. e levar do mercado.

Jesus é o redentor e a sua obra de remissão é descrita como redenção. Um redentor deve ter as seguintes qualificações:

1.  Ele deve ser da mesma natureza que o homem.

2.  Ele deve estar desejoso de redimir, ou comprar de volta.

3.  Ele deve ter o preço.

Jesus Se enquadrava dentro destas três especificações.

1 Coríntios 1:18-19 — "...e que não sois de vós mesmos? Pois fostes comprados por preço."

Nós somos comprados com um preço. Qual foi o preço?

1 Pedro 1:18-19 — "...não foi mediante coisas corruptíveis que fostes resgatados... mas com o precioso sangue de Cristo... "

Referências: Lev. 25:47-44; Tito 2:14; Mat. 20:28; Apoc. 5:9; Gal. 3:13.

5. REGONCILIAÇAO:

Paulo não diz que Deus Se reconciliou com o homem, mas que Deus fez algo para reconciliar o homem Consigo. Este ato de reconciliarão é uma obra completa. É uma obra que foi feita no interesse dos homens, de tal modo que à vista de Deus o mundo inteiro já está reconciliado. Resta ao evangelista proclamá-lo e ao indivíduo, recebê-lo. A morte de Cristo fez possível a reconciliação de toda a humanidade. Cada indivíduo de per si deve fazê-la efetiva.

2 Coríntios 5:18-19 — "Ora, tudo provem de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo..."

Romanos 5:10 — "... fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho."

Colos. 1:21 — "E a vós outros também ... vos reconciliou... "

6.  A EFICÁCIA DA EXPIAÇÃO:

O significado da palavra "eficiente" é "produtora ou certa de produzir um resultado desejado". O que produz a expiação?

a)  Perdão das transgressões:

João 1:29. Efésios 1:7; Apocalipse 1:5; João 5:24; Hebreus 9:22-28.

b)  Libertação do pecado—não apenas a liberdade da culpa do pecado, mas também a libertação do poder do pecado.

Romanos 6:14 — "Porque o pecado não terá domínio sabre vós."

c)  Livramento da morte — A morte é o resultado do pecado.

Hebreus 2:9 — "... para que ele, pela graça de Deus, prove a morte por todos os homens."

João 11:26 — "E todo aquele que vive e crê tem mim, não morrerá, eternamente.”

d) O Dom da Vida Eterna.

João 3:14-16 — "...não perecerá, mas terá vida eterna..."; "...não perecerá, mas viverá para sempre... "

e)  Vida Vitoriosa.

Cristo subjugou Satanás para o nosso bem. Os Cristãos têm a VITÓRIA sobre o demônio enquanto eles tiverem o VITORIOSO sobre o demônio.

Referências: Lucas 10:17-20; Colossenses 2 :15; Hebreus 2:14-15; Apocalipse 12:11.

7.    A NATUREZA DA EXPIAÇÃO:

A palavra expiação em hebraico quer dizer, literalmente, "cobrir", e é traduzida em nossa Versão Autorizada pelas seguintes palavras: fazer a expiação, purgar, expelir por purgação, reconciliar, efetivar a reconciliação, pacificar, perdoar, ser misericordioso, relevar.

A expiação inclui a cobertura tanto do pecado como do pecador. Expiar pelo pecado é cobrí-lo da vista de Deus, para que o pecado perca seu poder de provocar a ira d'Ele.   (Salmo 78:38. Salmo 79:9; Lev. 5:18).

Quando o sangue foi aplicado no altar, pelo pastor, o Israelita teve certeza que a promessa feita a seus ancestrais se tornaria realidade para o seu benefício. "E quando eu vir o sangue passarei por vós..." Êxodo 12:13.

Quais foram os efeitos da expiação ou da cobertura?

1. Apagado (Jeremias 18:23; Isaias 43:25).

2. Removido (Isaías 6:7).

3. Coberto (Salmo 32:1).

4.  Atirado nas profundezas do mar. (Miquéias 7:19).

5. Atirado às costas de Deus (Isaias 38:17).

6. Perdoado (Salmo 78:38).

8.  A SUBSTITUIÇÃO:

Os sacrifícios no Velho Testamento eram substituíveis em natureza; era-lhes reconhecida a capacidade de fazer pelos Israelitas, no altar, o que ninguém podia fazer por si mesmo. Do mesmo modo Jesus fez na cruz por nós o que não poderíamos fazer por nós mesmos. Tendo tomado a natureza humana, pôde Ele identificar-se com a humanidade, e assim sofrer as penas desta. Ele morreu por nós, sofreu o castigo que era nosso, para que pudéssemos nos livrar deste. Aquele que era livre do pecado por natureza e que nunca cometera um pecado em Sua vida, (tomou o lugar do pecador). 2 Cor. 5:21 — "...ele o fez pecado por nós." 1 Pedro 2:24 — "Carregando ele mesmo, em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados...

Assim como o carneiro apanhado no serrado foi uma substituição de Isaque no Monte Moriá, assim também Cristo foi o nosso substituto. Assim corno Barrabás foi solto pela morte de Cristo. Do mesmo modo podemos ser libertados. Leia e estude cuidadosamente o capítulo cinquenta e três de Isaías.

1.  PROPICIAÇAO:

A palavra "propiciação" é tida como vinda do latir "prope" que quer dizer "próximo". Um sacrifício de propiciação coloca os homens perto de Deus, reconcilia-os com Deus, expiando suas transgressões e ganhando o favor e a graça Divinos. Propiciar é aplacar a justa ira de um Deus santo, ao se oferecer um sacrifício expiatório. Cristo é descrito como tal propiciação. (Romanos 3:25; 1 João 2:2; 4:10).   O pecado mantém o homem afastado de Deus, mas Cristo tem lidado com o pecado de tal modo que o homem agora pode aproximar-se de Deus "em Seu nome".

A palavra "propiciação" em Romanos 3:25 é a mesma palavra grega usada para traduzir a expressão "propiciatório". Tanto em grego como em hebraico, a palavra é adequada para a ideia de um sacrifício expiatório.

O ponto de vista consistente da Bíblia é que o pecado dos homens acirra a ira de Deus. Esta ira só é aplacada pelas oferendas expiatórias de Cristo. Deste ponto de partida o Seu trabalho de salvação é apropriadamente chamado propiciação.

Todo pecado deve ser julgado e é aqui que todos os pecados dos homens foram julgados. Cristo pagou

pena por completo, pena de toda a humanidade. Se nossos pecados não forem julgados aqui, serão no Julgamento do Grande Trono Branco. (Apocalipse 20:11-15)

EXTRAS SOBRE A EXPIAÇÃO

1.A IMPORTANCIA DA EXPIAÇÃO:

A encarnação foi efetivada em função da expiação. Jesus tomou para Si a carne e o sangue para que pudesse morrer.

Ele foi manifestado para que nos livrássemos de nossos pecados. 1 João 3:5. Hebreus 2:14.

Cristo veio ao mundo para pagar com sua vida um resgate para muitos. Mat. 20:28.

A fé da expiação pressupõe a fé da encarnação. Esta é certamente, uma declaração da intenção de Jesus de salvar o mundo, mas como poderia o mundo ser salvo se não fosse pela encarnação?

A expiação é o cordão vermelho correndo por todas as páginas da Bíblia. Corte a Bíblia em qualquer lugar e ela sangrará. De cada quarenta e quatro versos do Novo Testamento, um fala da expiação e da morte de Cristo, sendo esta mencionada mil e setenta e cinco vezes.

Moisés e Elias estavam interessados na morte de Cristo. Lucas 9:30 31.

O Velho Testamento nos mostra seus profetas pesquisando profundamente este assunto. 1 Pedro 1:11.

O tema da canção celestial é a morte de Cristo. Apoc. 5:8-12.

2.PONTOS DE VISTA FORA DAS ESCRITURAS SOBRE A MORTE DE CRISTO:

Para alguns a morte de Cristo foi apenas a morte de um mártir.

Para outros a morte de Cristo foi uma exibição de grande amor Divino por um mundo pecador. Para outros, ainda, Ele foi apenas um "Exemplo". Há também os que pensam que sendo Deus Santo, julgou necessário mostrar ao mundo Sua ira pelo pecado, e assim a Sua ira caiu sobre o Cristo do Calvário. As ideias atuais sobre o problema não vêem a necessidade de Jesus ter morrido pelo pecado de toda a raça, presente, passada e futura.

Estevão morreu como um mártir, e Saul de Tarso viu-o morrer, mas Paulo não pregava o perdão dos pecados por intermédio da morte de Estevão. Atos 13:38.

As ideias e os pontos de vista errôneos provem da idéias e dos pontos de vista errôneos sobre o pecado. Se encararmos os pecados simplesmente como uma ofensa contra os homens, como uma fraqueza da natureza humana, ou como uma mera doença, não veremos claro a necessidade da expiação. Devemos encara o pecado como a Bíblia o mostra, em sua imensa iniquidade, que deve ser punida, que é culpa que necessita de expiação, e então, e não antes, poderemos compreender a razão para a Cruz de Cristo.

3.EFEITOS SOBRE O UNIVERSO DA MORTE DE CRISTO:

Assim como o mundo todo foi afetado pela queda do homem, o universo inteiro foi afetado pela morte de Cristo.

(Romanos 8:19-23) Jesus Cristo é o centro de um universo que gravita ao Seu redor e que agora está reconciliado pela Sua morte.

Colossenses 1:20 — "E que havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, que nos céus."

A propiciação alcança as mais longínquas fronteiras do universo e tão longe quanto o pecado possa atingir. Em outras palavras, o remédio é tão grande quanto à moléstia. Pela morte de Cristo, o poder de Satanás foi neutralizado, (para ser tornado sem efeito algum). O erguimento de Cristo na cruz significou a queda de Satanás. O homem não mais precisa ser escravo do pecado. O Calvário traz aos necessitados uma remissão do passado, do presente e do futuro no que se refere aos seus pecados. Agora não é tanto uma questão de o que eu farei com os meus Recados, mas o que fé rei com Jesus que é chamado Cristo? Colossenses 2:14 — "Tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz. "

Referências:  João 12:31-32; Romanos 3:25-26; Hebreus 9:26.

CAPITULO 32

A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

1.  A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO:

A ressurreição de Cristo é essencial para a nossa salvação. A Cristandade é a única religião que baseia as suas convicções na ressurreição de seu fundador. No capítulo 15 de 1 Coríntios o apóstolo Paulo faz a Cristandade responder por sua vida pela verdade completa da ressurreição de Jesus Cristo.

1 Coríntios 13:13-19 — "...é vã a nossa pregação, e vã é a vossa fé... ", " ... e ainda permaneceis em vossos pecados... e somos os mais infelizes de todos os homens."

Tudo é em vão, se o corpo de Cristo não foi elevado da morte. Remova a ressurreição do Evangelho de Paulo, e sua mensagem não tem significado. A igreja dos primeiros tempos sempre reafirmava a ressurreição. Os apóstolos pregavam-na bem na face da mais dura oposição.

A ressurreição é mencionada mais de 100 vezes no Novo Testamento.

Se Jesus Cristo tivesse permanecido morto no sepulcro, a história de Sua vida e de Sua morte teria permanecido enterrada com Ele. O Novo Testamento é uma resultante da ressurreição de Cristo. A ressurreição não nasce da história de Sua vida, mas a maravilhosa história da vida de Cristo nasce do fato de ter havido Sua ressurreição. O Novo Testamento é o livro da ressurreição.

Em outras palavras, a ressurreição do corpo de Cristo do sepulcro prova a Deidade de Jesus, e a eficácia da expiação para a salvação dos pecadores.

Referencias: Atos 2:4;  10:40; 17:31. 3:15; 1 Pedro 1:21-23; 1 Cor. 15; Atos 4:10. 13:30-34; Fil. 3:21.

2. PROVA DA RESSURREIÇÃO:

O número de testemunhos da ressurreição são muitos. O peso de seus testemunhos é absolutamente conclusivo. Tanto amigos como inimigos testemunham a ressurreição de Cristo: as mulheres, os discípulos, os anjos e os guardas romanos.

Os soldados foram subornados para testemunharem que Ele havia sido roubado do sepulcro. (Mat. 28:11-15). Observe o verso 13. Se eles estavam dormindo, como poderiam saber o que havia acontecido?

Temos o testemunho dos anjos que Jesus havia Se erguido, como fora predito. (Mat. 28:8, Marcos 16:6). O apóstolo Paulo enumera um número de testemunhas da ressurreição, no capítulo 15 de 1 Coríntios:

Pedro, os doze, aproximadamente quinhentos irmãos Tiago, os apóstolos e finalmente o próprio Paulo na Estrada de Damasco.

 

3.  PROVA PESSOAL DA RESSURREIÇÃO:

A única prova que nós precisamos, da ressurreição de Jesus, é o fato que Ele salva os pecadores, cura os doentes e mora nos corações daqueles que são puros Ele não apenas apareceu para Saul de Tarso, na estrada de Damasco, mas o Seu sangue levou os Seus filhos em cada uma das suas respectivas estradas. A realidade de Sua ressurreição é provada pela realidade de Sua vivida presença hoje em dia. Podemos contar com as palavras do Rev. Ackley: "Vós me perguntai como sei que Ele vive? Ele mora dentro do meu coração. possível experimentar-se o poder de Sua ressurreição, em nossas vidas. Na verdade, devemos experimentá-lo se desejamos ser membros de Sua igreja e de Seu Reino. A ressurreição de Cristo tornou o poder da expiação efetivo. Ele tomou Sua morte, Se sepultamento e Sua ressurreição para nos proporcionar a salvação. Do mesmo modo, é preciso morte, sepultamento e ressurreição de nossa parte para nos tornarmos os recipientes da SALVAÇÃO que nos é ofertada.

4. AS APARIÇÕES DE CRISTO APÓS A RESSURREIÇÃO:

É necessário que se leia a narração da ressurreição nos quatro evangelhos para que se saiba como aconteceu. Sem dúvida alguma, as Suas aparições foram como se segue:

1.As mulheres no sepulcro veem os anjos.

2.As mulheres apressam-se a contar aos discípulos. Pedro e João moravam bem perto. Os outros discípulos estavam a uma maior distancia do sepulcro.

3.Pedro e João correm à sepultura. João, sendo mais jovem, corre mais rápido do que Pedro.

4.Maria continua voltando ao sepulcro e permanece lá, e vê Jesus.

5. Jesus aparece aos discípulos no caminho de Emaús.

6. Jesus aparece a Pedro.

7.Jesus aparece aos dez discípulos, estando Tomé ausente.

8. Jesus aparece aos apóstolos, com Tomé presente.

9. Jesus aparece aos apóstolos e a uma multidão no monte.

10. Jesus aparece aos apóstolos nas praias do Lago da Galileia.

11. Jesus aparece a Tiago.

12. Jesus aparece aos apóstolos na ascenção.

13.  Jesus aparece a Paulo na estrada para Damasco.

5. A MENSAGEM DO SEPÚLCRO VAZIO:

Uma das maiores mensagens do sepulcro vazio foi aquela simbolizada pelos lençóis e pelo lenço. (João 20:6-7). Na ressurreição de Lázaro, ele saiu da sepultura atado com as ataduras mortuárias, nos pé e mãos. Foi necessário que se lhe desenrolassem esta ataduras mortuárias. (João 11:44). O que foi tão surpreendente para Pedro e João na ressurreição de Jesus Cristo foi o fato de que os lençóis e o lenço estavam em seus lugares, e intocados, que eram os mesmos de quando o corpo estava lá, mas este já se tinha ido. Na foi necessário se desenrolar nenhuma atadura para que Jesus Se levantasse. Ele simplesmente saiu de dentro delas. Do mesmo modo, não foi necessário que a pedra fosse rolada para trás para que Jesus Se levantasse. A pedra não foi rolada para que a ressurreição se fizesse possível, mas, antes, foi rolada para mostra ao mundo o sepulcro vazio.

6.  A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO:

1. Cristo literalmente levantou-Se da sepultura, e foi o mesmo corpo que havia sido colocado no sepulcro.  (João 20:27; Lucas 24:37-39).

2. Cristo ergueu-Se com um corpo real, não um espírito ou fantasma. Era um corpo composto de carne e ossos.  (Lucas 24:36-43). Seu corpo podia ser tocado. (João 20:20).

3. Seu corpo trazia as marcas de Sua paixão. (João 20:24-29).

4.  Cristo comeu e bebeu na presença de Seus discípulos.

5.  Ele podia passar por portas trancadas e desaparecer. (João 20:19).

6.  O corpo de Cristo não pode mais morrer. (Romanos 6:9-10).

7. Cristo era as primícias da ressurreição. (1 Cor 15:20).

7.  O SIGNIFICADO DA RESSURREIÇÃO DE JUSTIFICAÇÃO:

1.   A ressurreição traz segurança de justificação.

Romanos 4:25 — "O qual foi entregue por causa das nossas transgressões. e ressuscitou por causa da nossa justificação."

O povo esperava do lado de fora do templo pelo sumo-sacerdote, Esperando que este saísse do lugar sagrado, pois eles sabiam que todos os seus pecados tinham sido perdoados. Nosso sumo-sacerdote saiu de Sua sepultura e por isto sabemos que nossos pecados foram expiados.

2.  A ressurreição de Cristo traz a certeza de nossa ressurreição.

3.  A ressurreição de Cristo torna o futuro julgamento certo.

4.  A ressurreição torna a vida eterna certa. (João 14:19).

A DUPLA CURA

1. A CURA DIVINA PROPICIADA NA EXPIAÇÃO:

a)    Definição da Cura Divina:

A cura divina é a cura do corpo sem qualquer remédio. O poder de Deus manifestado em um milagre de cura. É o Espírito de Deus apressando os nossos corpos mortais.

b)  A Dupla Cura:

Quando Jesus morre, Ele nos tira não apenas a nossas iniquidades, mas também as nossas moléstias. A expiação é salvação para a nossa alma cura para o nosso corpo. Isto é conhecido como dupla cura: salvação e cura. Mateus 8:17 — “Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou nossas doenças."

Um bonito exemplo disto é visto em Mará. (Êxodo 15:23-26). A árvore que foi atirada nas águas amargas é um tipo igual à cruz do Calvário. As águas amargas são um tipo de pecado. Pelo adoçamento das águas, foi dada uma promessa de saúde e de cura. Êxodo 15:26 — "...pois Eu sou o Senhor que te sara.”

2. A CAUSA DAS DOENÇAS:

a)   A Causas Primárias:

No princípio Deus criou Adão e Eva em perfeita saúde. Doenças e morte eram desconhecidas, e obediência às ordens de Deus teria garantido a permanência desta abençoada condição. Como resultado à desobediência, a morte chegou para a raça humana, e com ela as doenças. Aqui está a causa original das doenças.

b)   As Causas Secundárias:

1. As doenças são algo que é trazido para um indivíduo, por meio do pecado. Em Deut. 28-58-61     temos mencionados os pecados que recairiam sobre Israel se Eles desobedecessem aos Seus mandamentos.

2. As doenças também podem ser tidas como da responsabilidade das ações de Satanás. (Jó).  Lucas 13:16 — "...a que Satanás trazia presa há dezoito anos?".

3.As doenças são permitidas para que as obras de Deus se possam manifestar. João 9:3 – “...para que se manifeste nele as obras de Deus."

3. A FUNDAMENTAÇÃO ESTRUTURAL PARA A CURA DIVINA:

1)  Êxodo 15:25-26 — "...nenhuma enfermidade vir sobre ti, das que enviei sobre os egípcios, pois eu sou o Senhor que te sara."

2)  Jó. Aqui temos a fonte das doenças e a sequencia e ações que propicia a cura.

3)  Salmo 103:2-3 — "Bendize, ó minha alma, ao Senhor e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as suas iniquidades e sara todas as suas enfermidades."

4) Isaias 53:4-5 — "Certamente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e levou as nossas dores... e pelas Suas pisaduras fomos sarados."

5)  Mateus 8:16-17 — "...tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças."

6) Marcos 16:15-18 — "estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem... se impuseram as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados."

7) Tiago 5:14 — "Está alguém entre vós doente?... e a oração da fé salvará o enfermo."

4.  JESUS CRISTO, SEMPRE O MESMO:

Hebreus 13:8 — "Jesus Cristo o mesmo ontem, e hoje e para sempre."

O fato de que Jesus Cristo nunca muda, é uma das maiores provas de que precisamos para provar que Ele Cura ainda hoje. Durante o Seu ministério sobre a terra, Jesus curou a todos que lhe foram trazidos. (Mateus 8:16). Se Ele tomou as nossas próprias dores sobre o Seu próprio corpo na cruz, certamente Ele fará por Seus filhos hoje tanto quanto quando Ele estava sobre a terra. A Escritura em Hebreus 13:18 é prova suficiente para que todos nós o aceitemos como o Grande Médico. Quando assim procedermos, então estaremos prontos para receber a nossa cura.

A SALVAÇÃO RECEBIDA

SALVAÇÃO

1.   SALVAÇÃO

Esta grande palavra, "SALVAÇÃO", é o tema de toda a Bíblia, e o tema de cada sermão dos evangelhos. Os grandes hinos da igreja cantam a grande salvação trazida por Jesus Cristo.

Gostaríamos de citar Schofield, em sua nota sobre Romanos 1:16 — "As palavras gregas e hebraicas para a salvação implica nas idéias de libertação, segurança, preservação, cura e retidão. Salvação e a grande palavra inclusive dos evangelhos, centralizando em si todos os atos e processos redentores, tais como justificação, redenção, graça, propiciação, imputação, perdão, santificação e glorificação."

2. SALVAÇÃO RECEBIDA:

Na ultima unidade estudamos o papel de Deus na propiciação da salvação. Nesta unidade vamos estudar o papel do homem em receber a salvação. O que Deus fez pelo homem ao proporcionar-lhe a salvação está contido nos quatro evangelhos. O que o homem tem que fazer para recebê-la está contido no livro dos Atos. Foi preciso a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo para que a Salvação fosse proporcionada, assim o homem tem que ser identificado com Cristo na morte, no sepultamento e na ressurreição para que entre na completa salvação.

3. A SALVAÇÃO É DE JESUS CRISTO APENAS:

1) Assim que o homem pecou, Deus anunciou o Seu grande plano de salvação.

2) Jesus veio à procura e para a salvação dos perdidos. (Lucas 19:10; Genesis 3:15).

3) É dádiva de Deus. (Romanos 6:23).

4) Não há salvação em nenhum outro. (Atos 4:12)

4. A SALVAÇÃO É OBTIDA POR GRAÇA E NÃO POR OBRAS:

1)   Não por lei. (Romanos 10:2-4).

2)  Não por obras. (Efésios. 2:8-10).

5. A SALVAÇÃO É PARA O HOMEM TODO:

Não e apenas o perdão dos pecados e justificação, mas inclui a purificação, manutenção, regeneração, cura do corpo, futura ressurreição e glorificação. A salvação inclui o seguinte:

1) Jesus tomou as nossas enfermidades. (Mateus 8:17).

2) Redenção do corpo. (Romanos 8:19-23).

3) A maldição foi retirada da terra (Isaias 11:6-9).

6. A SALVAÇÃO EM TRÊS TEMPOS—PASSADO, PRESENTE E FUTURO:

1)  Fomos salvos da culpa e das penas do pecado.

Efésios 1:17 — "No qual temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza de sua graça."

Efésios 2:8 — "Porque pela graça sois salvos mediante a fé..."

Tito 3:5 — "... mas segundo a sua misericórdia Ele nos salvou..."

2) Estamos sendo salvos do habito, do poder e do domínio do pecado. Romanos 6:4—"O pecado não terá domínio sobre vos.”

Fil. 2:12-13 — "... desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor."

2 Cor. 3:18 — "... somos transformados de gloria em gloria em sua própria imagem..."

3)  Temos que ser salvos das consequências do pecado. Romanos 13:11 — "Agora esta nossa salvação mais perto de que pensávamos."

1 Pedro 1:5 — "... para salvação preparada para revelar-se no ultimo tempo."

Fil. 3:20-21 — "O qual transformara o nosso vil corpo...”

Os santos podem olhar para trás, para o passado, para uma obra definida de graça em seus corações e em suas vidas. Eles estão, ao mesmo tempo experimentando uma obra de graça em suas vidas diárias, e estão à procura da extasiante alegria. A salvação como e experimentada na vida do homem, e um ato, um processo e uma consumação. Fomos salvos, estamos sendo salvos e seremos salvos. Na verdade, ninguém está completamente salvo até a ressurreição e a glorificação.

7. ESTAGIOS NO RECEBIMENTO DA SALVAÇÃO:

A completa Salvação do Novo Testamento abrange todos os seguintes estágios, e nenhum deles pode ser deliberada e voluntariamente omitido:

1. Ouvir a palavra da vida, o Evangelho.

2. Estar convicto do pecado, compreender a necessidade da salvação;

3. Crer em Jesus Cristo, Fe.            

4. Arrepender-se dos pecados, confissão, restituição, etc..

5. Ser batizado por imersão em Nome de Jesus.

6. Receber o Espírito Santo.

7. Viver uma Vida Santa, Santidade.

8. Ressurreição e êxtase Espiritual.

Quando somos salvos? Podemos compreender a resposta a esta pergunta olhando para os filhos de Israel. Quando foram eles salvos? Foram salvos quando o sangue foi aplicado ás portas de suas casas, e não obstante, não estavam salvos ainda Foram salvos quando cruzaram o Mar Vermelho, e não obstante, não estavam salvos ainda. Quando compreendemos o verdadeiro significado da salvação, a extensão e imensidão dela, assim como o escopo desta grande experiência, não faremos o erro de concentrarmos em um pequeno detalhe, em uma simples experiência.

8.TRÊS ASPECTOS DA SALVAÇÃO:

1)   Justificação : Este é um termo jurídico, que traz as nossas mentes uma cena de tribunal. O homem, culpado e condenado perante Deus, e absolvido e declarado justo — isto e, justificado.

2)  Regeneração e adoção: Isto sugere uma cena doméstica. A alma, morta em transgressões e em pecados, necessita de uma nova vida, que e concedida por um Divino Ato de regeneração. A pessoa, então, torna-se um filho de Deus e um membro de Sua família.

3) Santificação: Isto sugere uma cena do templo, pois que a palavra está ligada, primeiramente, com adoração de Deus. Tornada justa em relação à Lei de Deus, e nascido para uma nova vida, a pessoa é, daqui por diante, dedicada ao serviço de Deus. Comprada por um preço, ela não mais se pertence.

Ela não se separa do templo (falando-se figurativamente), mas serve a Deus dia e noite (Lucas 2:37). A pessoa é santificada por Deus, dá-se a si própria a Deus.

Todos estes três termos descrevem a mesma experiência de salvação, e todos começam com a audição do Evangelho. Eles não falam, necessariamente, de experiências diferentes, mas, pelo contrario, nos dão aspectos diferentes da mesma grande experiência de ser salvo. Todas estas três bênçãos de graça foram ocasionadas pela morte expiatória de Cristo e comunicadas ao homem pelo Espírito Santo. Nós tratamos com os dois primeiros aspectos nesta unidade de estudo, e tratamos da santificação na unidade seguinte:

Pela justificação — o homem e declarado justo.

Pela regeneração — o homem torna-se um filho de Deus, um membro do corpo de Cristo, um membro do Reino de Deus.

Pela santificação — o homem torna-se um santo.

Tudo isto e necessário para uma Salvação Completa do Novo Testamento.

9.  A SALVAÇÃO: NEGLIGENCIADA POR UM PREÇO TERRÍVEL:

Ha apenas um plano de Salvação que nos foi dado pela morte, enterro e ressurreição de Jesus Cristo.

A descrença e a rejeição de Jesus Cristo significam a perda eterna da alma do homem, no fogo do inferno preparado pelo demônio e seus anjos.

Referencias: Hebreus 2:1-4; Hebreus 10:28-29; João 5:10; João 3:18-21.

10. TRÊS ELEMENTOS NA SALVAÇÃO:

1 João 5:8 — "Pois ha três que dão testemunho na terra: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes em um só propósito."

Ha três elementos na salvação: Sangue, água e Espírito. Estes três elementos são associados, incontáveis vezes, nas Escrituras. Eles não apresentam nenhum conflito entre si, mas, pelo contrario, concordam e agrupam-se em Um. No plano da salvação eles estão em Jesus Cristo e foram postos a disposição do pecador em Nome de Jesus.

A importância destes três elementos será compreendida quando virmos com que frequência eles estão em estreita associação.

Na Criação

No Dilúvio

Páscoa

Monte Carmelo

Tabernáculo

Para Nicodemos

No Calvário

Na Pentecostes

ÁGUA

Gên. 1:2

Inundação

Mar Vermelho

12 barris

Águas

Água

João 19:34

Batismo

SANGUE

Apoc. 13:8

Altar Construído

Sangue aplicado

Sacrifício

Altar

João 3:14

João 19:34

Atos 2:36

ESPÍITO

Gên. 1:2

Pomba (símbolo)

Nuvem

Fogo

Lugar Santo

Espírito

Desistiu do Espírito

Espírito Santo

Podemos dizer que qualquer um destes elementos não e essencial? Certamente que não. Se isto fosse verdade, então cada um deles e importante e executa um trabalho especifico na salvação. Não digamos que cada um deles poderia ser deixado de lado. Também não digamos que alguém não tenha recebido nada quando tenha andado apenas parte do caminho, e quando tenha experimentado apenas um destes elementos. Lembremo-nos que há três, e que eles concordam em uma única obra de salvação.

11.  A ORDEM NAS ESCRITURAS:

Frequentemente esta pergunta é feita: Quando é o sangue aplicado? Em resposta a isto, devemos nos ater às Escrituras. Qual foi a ordem na Páscoa? No Tabernáculo? No Monte Carmelo? Em cada caso foi sangue, água e espírito. Naturalmente o sangue não pode ser literalmente aplicado. É uma questão de fé na expiação. É uma FÉ PARA A OBEDIÊNCIA que recebe e adapta a virtude expiatória do derramamento do sangue. É a opinião do autor que isto se torna uma experiência no Nascimento da Palavra. Que pode ser comparada a concepção no nascimento natural. Lembre-se que o Sangue, a água e o Espírito são todos em Nome de Jesus.

12.SALVAÇÃO NA IGREJA APOSTÓLICA:

1)  Dia de Pentecostes — Atos 2 — Arrependimento. Batismo em Nome de Jesus Cristo, Dádiva do Espírito Santo.

2)  Samaritano — Atos 8 — Creram no Evangelho, Batizaram em Nome do Senhor Jesus, Espírito Santo.

3) Saul de Tarso — Atos 9 — Olhos Abertos, batizaram em Nome do Senhor, Espírito Santo.

4) A Casa de Cornélio — Atos 10 — Creu, Dádiva do Espírito Santo, Batizado em Nome do Senhor.

5)  Lídia —Atos 16— Coração aberto, Batizada.

6) O Carcereiro Filipense — Atos 16 — Creu no Senhor Jesus Cristo, Batizado.

7) Efésios — Atos 19 — Arrependimento, Batismo em Nome do Senhor Jesus Cristo, Espírito Santo.

Não tentamos apresentar aqui um estudo detalhado do assunto, mas nos encareceríamos a todos os estudantes da Bíblia para que examinassem cuidadosamente como a Igreja Apostólica recebeu a Salvação. A experiência da Igreja Apostólica e a experiência da completa Salvação do Novo Testamento.

CAPITULO 33

1. DEFINIÇÃO DE FÉ:

O que é a fé salvadora? É1 a fé do coração. Fé quer dizer crença e confiança. É o assentimento da vontade. A fé intelectual não e suficiente. (Tiago 2:19; Atos 8:13, 21). Uma pessoa poderá dar seu assentimento intelectual ao evangelho sem dedicar a sua vida a ele. Crença no coração é essencial. (Romanos 10:9). Por fé intelectual entendemos um reconhecimento de que os fatos do evangelho são verdadeiros; a fé do coração significa a dedicação de uma vida às obrigações, que estes fatos contem. A fé como confiança também envolve um elemento emocional. Deste modo a fé salvadora e um ato da personalidade toda, incluindo o intelecto, a emoção e a vontade.

A Fé que SALVA é uma fé VIVA que ATUA. Não é apenas um assentimento mental. É uma Fé de OBEDIÊNCIA. Sem arrependimento é impossível que um homem creia na salvação de sua alma. Do mesmo modo, sem obediência é impossível crer.

Fé, ARREPENDIMENTO, OBEDIÊNCIA são todos necessários e essenciais, e não é possível ter-se dos deles sem se ter também o terceiro. Esta verdade explica claramente muitas coisas que não poderiam ser entendidas se assim não fosse. E a historia da conversão do carcereiro Filipense ilustra bem este fato.

2.  CONHECIMENTO:

A Fé repousa sobre a melhor das provas, isto é, a Palavra de Deus. A Fé não é um ato cego da alma; não é um salto para dentro da escuridão. A idéia de se crer com o coração sem usar-se a cabeça, está fora de cogitação. Um homem pode crer com sua mente sem crer com seu coração, mas não poderia crer com seu coração sem crer com sua mente, também, Salmo 9:10; Romanos 10:17; Romanos 10:14.

3.  ASSENTIMENTO:

Deve haver um assentimento no coração para a Palavra de Deus. Marcos 12:32.

4. PROPRIAÇÃO:

Um homem pode reconhecer Cristo como Divino, e, no entanto rejeitá-lo como Salvador. A Fé é o consentimento da vontade para com o assentimento da compreensão. A Fé sempre tem consigo a ideia de ação — movimento para o seu objetivo. É a alma saltando para frente, para abraçar e apropria-se de Cristo, em Quem ela crê. A Fé liga a GRAÇA de DEUS com o PECADOR. A Fé é a MÃO que apanha o que DEUS OFERECE.

João 1:12 — "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de..." Efésios 2:8-9 — "Porque pela graça sois salvos."

5.   AS FONTES DA FÉ:

1) Divina: Fé é uma dádiva de Sua graça. Deus deseja implantar a fé em todos os homens não resistir ao Espírito Santo. Somo responsáveis não tanto pela falta de fé como pela resistência ao Espírito que criará fé em nossos corações. Romanos 12:3; Hebreus 12:2; Gálatas 5:22.

2)  Humana:

a)    Ouvindo a Palavra — Rom. 10:17; Atos 4:4.

Gal. 3:5; Rom. 4:19.

b)   Oração — Lucas 22:32; Lucas 17:5.

c)    A Fé cresce pela execução da Fé. — Mat. 25:29. 1 Pedro 1:7.

6. RESULTADO DA FÉ:

A salvação com todos os seus aspectos e fases é o resultado da Fé. A nossa completa salvação com os seus frutos estão na dependência da Fé.

7 FATO, FÉ e SENTIMENTO — está é ordem certa de Deus. Satanás  inverteria esta ordem certa. Alimente a FÉ com FATOS, não com SENTIMENTOS. O vapor é de grande importância não para soar o apito, mas para mover as rodas.

Se houver uma falta de vapor, nada adiantará soar o apito, mas precisamos mais água e mais fogo para produzir o vapor. O mesmo acontece com a Fé.

ARREPENDIMENTO

1. DEFINIFIÇÃO DE:

Arrependimento é "o pesar, por Deus, pelo pecado”. No entanto, o pesar apenas não é arrependimento, apesar de poder provocar o arrependimento. (2 Cor. 7:9-11). O arrependimento não é apenas o sentir-se pesaroso, mas é uma morte para o pecado, uma meia-volta em sentido contrário. Um garotinho disse: "Estar-se pesaroso o suficiente para não mais fazê-lo".

2. IMPORTÂNCIA:

João Batista o pregava — Mat. 3:1-2.

Jesus o pregava — Mat. 4.17.

Jesus ordenou que os doze o pregassem — Lucas 24:4;

Jesus ordenou que os setenta o pregassem — Lucas 10:9.

Pedro o pregava — Atos 2:38.

Paulo o pregava — Atos 20:21.

Deus ordenou-o a todos os homens em todas as partes — Atos 17:30; 2 Pedro 3:9.

A menos que o homem se arrependa; ele perecera — Lucas 13:3.

3. A NATUREZA DO ARREPENDIMENTO:

1)  Como que tocando o intelecto — é uma mudança de ideia (Mat. 21:29)

2)  Como que tocando as emoções — é um pesar em Deus (2 Cor. 7:7-11).

Lucas 18:13 — Os publicanos bateram no peito indicando pesar.

Deve haver uma certa quantidade de pesar do coração, mesmo que haja pouca evidencia disto, exteriormente. Não é apenas um coração partido por causa de se ter pecado, mas um coração partido pelo pecado.      

3)   Como se tocando a vontade — é uma decisão.

É uma conversão do pecado para Jesus. O pródigo não apenas sentia-se pesaroso, mas levantou-se e voltou sobre seus passos, retornando ao lar. O homem deve abandonar aqui o que ele queira que Deus perdoe.                                             

a)  Confissão do pecado — Salmo 38:18; Lucas 18:13; Lucas 15:21.

b) Perdão do pecado — Isaias 55:7. Provérbios 28:13; Mat. 3:8-10.

c)  Voltando-se a Deus — Atos 26:18; 1 Tes. 1:9.

4) É uma verdadeira morte para o pecado, para si mesmo e para o mundo.   1 Cor. 15:36; Romanos 6:3-4.

4. COMO O ARREPENDIMENTO É PRODUZIDO:

1) O arrependimento é uma dádiva divina. Ele não se origina dentro do homem, mas vem de Jesus.

Atos 11:18 — "Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida."

2 Timóteo 2:25 — "Se Deus talvez lhe conceda arrependimento..."

Atos 5:30-31 — "Para dar arrependimento a Israel e perdão de..."

2) É executado por certos meios. A pregação dos evangelhos o produz — não qualquer pregação, mas a pregação do verdadeiro evangelho, no poder do Espírito Santo (Jonas 3:5-10); (1 Tes. 1:5-10).

A vontade de Deus — Romanos 2:-4. 2 Pedro 3:9. O castigo de Deus — Apoc. 3:19; Hebreus 12:6, 10,11.

Exprobração Cristã — 2 Timóteo 2:24-25.

5. OS RESULTADOS DO ARREPENDIMENTO:

1)   Os céus se alegram — Lucas 15:7-10.

2) Traz perdão e remissão dos pecados. O arrependimento não condiciona a absolvição, ou remissão, dos pecados, mas e uma condição para isto acontecer. O arrependimento dá ao homem condições para o perdão, mas não lhe dá o direito a ele. Isaias 55:7; Atos 3:19.

3)  Habilita para a regeneração — pelo batismo com água e a dádiva do Espírito Santo. Atos 2:38.

6.  RESTITUIÇÃO:

Até que ponto a restituição entra no arrependimento? Princípios morais e de honra pedem tanta restituição quanto possível. O Senhor não fará nada por nós que nós mesmos possamos fazer.

Lucas 19:110 — o arrependimento de Zaqueu também incluiu restituição. Mat. 5:24 — "... vai primeiro reconciliar-te com teu irmão..."

JUSTIFICAÇÃO

1.    DEFINIÇÃO DE:

Justificação é uma mudança das relações ou de atitude de um homem para com Deus, Ela diz respeito às relações que foram perturbadas pelo pecado, relações estas que são pessoais. De acordo com Deut. 25:1 tem a finalidade de declarar, ou de dar pretexto a aparecer o inocente ou o culpado. É uma questão de relações justas com Deus. Falando com exatidão justificação é o ato judicial de Deus, pelo qual aqueles que têm fé em Cristo são declarados justos, e declarados livres de culpa e de punição.

Salmo 32:2 — "... a quem o Senhor não atribui iniqüidade... "Romanos 4:2-8 — "reconhecido justo.”

2. DO QUE ELA CONSISTE:

1) Perdão do Pecado e Remoção de Sua Culpa:

Isto quer dizer que nossos pecados são perdoados - e a culpa e a punição removidas. A justificação e mais do que uma mera absolvição. É o trato de toda a questão do pecado. Justificação — "Como-se-eu-nunca-tivesse-pecado."

Referências: Miquéias 7:1-19; Salmo 130:34; Atos 13:38-39; Romanos 8:1. Números 23-23; Romanos 8:33-34.

2) Atribuição da Retidão de Cristo ao Pecado:

No Velho Testamento a retidão é apenas atribuída: no Novo Testamento a retidão e tanto atribuição como concedida.

Na justificação ela é atribuída; na regeneração ela é concedida pelo Espírito Santo. Referências: Romanos 3:22 e 5:17-21; I Cor. 1:30.

3. COMO SOMOS NÓS JUSTIFICADOS?

1)  Não Por Ações:

Romanos: 3:20 — "Visto que ninguém será justificado diante dele por obra da lei."

Romanos 3:28 — "... um homem e justificado pela fé, independentemente das obras da lei."

Efésios 2:9 — "Não de obras, para que ninguém se glorie."

O primeiro passo, portanto, na justificação e desesperançar-se das obras. Boas obras seguem, mas não precedem a justificação. O trabalhador não é justificado, mas o justificado é o trabalhador.

2)  Fé:

Romanos 5:1 — "Justificados, pois, mediante a fé..."

Romanos 4:5 — "Mas ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça."

Gálatas 2:16 — "Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também nós temos crido em Cristo Jesus, para que fossemos justificados pela fé em Cristo..."

Muitas outras escrituras poderiam ser dadas para mostras que a Fé é a principal condição que se deve ter para a justificação. Abraão creu em Deus, e isto lhe foi creditado para a justiça. (Romanos 4:3). A condição que Abraão atingiu e a condição que o homem deve atingir hoje em dia. No entanto, lembremo-nos sempre que Abraão obedecia a Deus, Abraão tinha associação Com Deus e era tão dedicado que estava disposto a oferecer a Isaque, o filho prometido, no altar dos sacrifícios. A fé não pode ser separada do arrependimento e da obediência. O homem que CRÊ em Deus, também OBEDECERÁ inteiramente aos Evangelhos e andara em todas as luzes que ele tiver.

 

4. A EVIDÊNCIA DA JUSTIFICAÇÃO:

As obras devem seguir a nossa fé como evidencia dela. Se a fé lá está, todo o evangelho será, de todo o coração, obedecido. Haverá arrependimento, batismo pela água em Nome de Jesus e o batismo do Espírito Santo, seguido por uma vida pura. É impossível um homem crer em Deus para a salvação a rebelar-se contra o ser batizado em Nome de Jesus ou falando em línguas.

REGENERAÇÃO, OU NASCIMENTO

1.   DEFINIÇÃO DE:

Pela Regeneração nós somos admitidos no Reino de Deus. Não há outra maneira de se tornar um filho de Deus a não ser com o nascimento que nos vem de cima. A Regeneração não é um passo adiante natural na evolução, mas a comunicação de uma nova vida. É uma revolução — uma mudança de direção resultante daquela vida.

1)  Uma Vivificação Espiritual, um Novo Nascimento:

A Regeneração é a comunicação de uma vida nova e divina. Uma nova criação, a produção de uma coisa nova. É o Genesis 1:26 repetido. Não é a antiga natureza repetida, reformada ou revigorada, mas um novo nascimento que nos vem de cima. Por sua natureza, o homem está morto em pecado (Efésios 2:1). O novo nascimento comunica-lhe uma nova vida, a vida de Deus, para que dali para diante o homem seja igual àqueles que estão vivos da morte: ele passou da morte para a vida.   João 3:3-7.  João 5:21, 24 Efésios 2:10; 2 Coríntios 5:17.

2) A Comunicação de uma Nova Natureza:

2 Pedro 1:4 — "Que por elas vos tornei co-participante da natureza divina."

Efésios 4:24 — "... e vos revistais do novo homem... criado segundo Deus em justiça e retidão. Referências: Colossenses 3:10; Gálatas 2:20; I João 3:9; Atos 16:24; Ezequiel 36:25-27. 1 João 3-6-9.

2.  A NECESSIDADE DO RENASCIMENTO

1) A Necessidade é Universal:

A necessidade do renascimento deve alcançar tão longe quando o pecado e a raça humana. Nenhuma idade, sexo, posição, condição exime quem quer que seja desta necessidade. Não renascer exclui da igreja.

Qualquer um, inteiramente, do Reino de Deus e João 3:3 — "A menos que um homem renasça, ele não poderá ver o Reino de Deus."

Gálatas 6:15 — "Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircunciso, mas o ser uma nova criatura."

2) A Condição pecadora do homem a Exige:

O coração é enganador e não recebe com prazer a Deus. Nós temos que ser puros de coração para receber a Deus. Nem a educação, nem a cultura podem propiciar esta mudança. Somente Deus pode fazê-la.

João 3:6 — "O que é nascido da carne, é carne...

Jeremias 13:23 — "Pode o etíope mudar sua pele ou o leopardo as suas manchas? Então podereis fazer o bem estando acostumados a fazer o mal?

Romanos 8:8 — "Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus."

Romanos 7:18 — "... na minha carne não habita bem nenhum."

3) A Santidade de Deus a Exige:

Se sem santidade nenhum homem verá a Deus (Hebreus 12:14) e se a santidade não é obtida por meio de qualquer desenvolvimento natural ou de próprio esforço, então a regeneração de nossa natureza é absolutamente necessária.

3  COMO PODERÍAMOS ENTENDER ESTE RENASCIMENTO?

Jesus comparou o renascimento ao nascimento natural quando Ele disse a Nicodemos que ele tinha que nascer novamente. Jesus usou as expressões "nascer da água" e “nascer do espírito". Nas Epistolas encontramos Escrituras que falam de nascer-se do "Verbo”.

É a firme convicção do autor que o melhor modo de se ter uma compreensão clara do Novo Nascimento é comparar-se este nascimento ao nascimento natural, do mesmo modo como o fez Jesus.

Nascimento Natural

a)  Concepção — plantação da semente.

b)  Nascimento físico — nascimento da água.

c)  A respiração e a vida entram no recém-nascido.

Nascimento Espiritual

Ouvir-se a crer-se nos Evangelhos.

Batismo da água em Nome de Jesus.

Batismo do Espírito Santo.

O RENASCIMENTO (cont.)

4. OS MEIOS DA REGENERAÇÃO:

a) Uma Obra Divina:

João 1:13 — "Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus."

João 3:5 — "Quem não nascer... do Espírito.”

Tiago 1:18 — "... segundo o seu querer ele nos gerou..."

Tito 3:5 — "... e renovador do Espírito Santo"

b)  A Parte do Homem:

Deve haver uma aceitação pessoal de Jesus Cristo. Um homem morto não pode fazer coisa algum na hora de sua ressurreição, mas pode obedecer ao mandamento de Deus — "Saia!".

João 1:12 — “tantos quantos o receberam..."

c) Nascido do Verbo:

Em se ouvindo os Evangelhos, o Verbo da Vida, a Semente geradora da Vida é plantada no coração. Se o solo for bom e as condições apropriadas, semente germinará e crescerá. Isto pode ser comparado a Tiago 1:8 — “pela palavra da verdade".

1 Pedro 1:23 — "nascido novamente, de semente incorruptível, mediante a palavra de Deus."

1 Coríntios 4:15 — "gerado pelo Evangelho."

d) Nascido da Água:

Isto é o batismo de água em Nome de Jesus Cristo. Muitos argumentos tem havido contra esta verdade. No entanto, o testemunho da Escritura prova concludentemente que o nascimento da água é o batismo da água. Isto pode ser comparado com o nascimento natural, quando uma criança entra no mundo.

Tito 3:5 — "pelo lavar regenerador..."

João 3:5 — "Quem não nascer da água..."

1 Pedro 3:21 — "... o batismo agora também vos salva..."

Hebreus 10:22 — "... e lavado o corpo com água pura"

Marcos 16:16 — "Aquele que crê e que é batizada será salvo.”

e)  Nascido do Espírito:

Este é o batismo do Espírito Santo. Não é apena a comunicação de uma vida eterna, vida divina para o crente, mas a reeleição do coração e da vida com o Espírito Santo. É a adoção do crente como um filho, e a sua colocação no corpo (igreja) e a confirmação para o dia da redenção. A evidência desta experiência é falar-se com línguas.

Romanos 8:9 — "E se alguém não tem o Espírito de Cristo, este alguém não é dele."

Romanos 8:16 — "O próprio Espírito testifica como nosso espírito que somos filhos de Deus."

1 Cor. 6:9 — "... o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que esta em vós...”

1 Cor. 12:13 — "Pois em um só Espírito nós fomos batizados em um corpo... beber de um só Espírito." Efésios 1 13 — “... fostes selados com o Santo Espírito da promessa."

Colossenses 1:27 — "Cristo em vos, esperança da Gloria."

5. ADOÇÃO:

Adoção significa a admissão de um filho. É uma palavra latina, pois a adoção quase não era conhecida entre os judeus. A palavra é de Paulo. É usada quando as questões de privilégios e de herança estão envolvidas.

a) Toma lugar no Novo Testamento — João 1:12; Gálatas 3:26; 1 João 3:2.

b) Completada na Expectativa — Rom. 8:19. Rom. 8:23; 1 João 3:1-3.

c)  As bênçãos da Adoção — Amor de Deus; Cuidados paternais; Nome de Família; Retidão da Família. Amor da Família; Correção; Herança.

A CURA RECEBIDA

Esta unidade de estudo trata da parte do homem ao receber, de Deus, a salvação que já lhe foi proporcionada. A cura do corpo também já foi proporcionada na expiação. Assim como há condições que devem ser satisfeitas para que se receba a salvação, assim também há condições que devam ser satisfeitas para que se receba a cura. Vamos estudar algumas destas condições, e passos que podemos dar, para que recebamos a cura.

1. ORAÇÃO:

Tiago 5:13 — "Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração."

Devemos nos perguntar se desejamos a cura. "Pergunte, e isto lhe será dado". A oração é essencial para que recebamos algo de Deus, e que tenhamos as nossas necessidades satisfeitas.

2. CHAME OS MAIS VELHOS (PRESBÍTEROS) DA IGREJA:

Tiago 5:14 — "Está alguém entre vós doente? Chamem os presbíteros da igreja."

Isto certamente não quer dizer que se deva viajar centenas de quilômetros ao encontro de um líder conhecido. Os mais velhos da igreja estarão em sua própria assembleia — seu pastor, e aqueles que o assistem em seu ministério. São as orações de seu pastor que Deus aqui honrara, pois foi assim que Ele instruiu a você.

3. CONFESSE AS SUAS FALTAS:

Tiago 5:16 — "(Confessai, pois, vossos pecados... para serdes curados..."

O pecado ocultado porá obstáculos à sua cura. Muitos devem examinar os seus corações, e se purificarem de suas faltas secretas. (Salmo 19:12).

4. SEJA UNGIDO COM ÓLEO EM NOME DO SENHOR:

Tiago 5:14 — "... ungindo-o com óleo em nome dc Senhor."

Este é o ministério do mais velho que ora. Este é o símbolo do Espírito Santo. A unção é feito em nome de Jesus, eis que Ele é o Grande Médico, o que cura. Há cura em nome de Jesus. Atos 3:14 —"Pela fé em o nome de Jesus fortaleceu a este homem..."

5. IMPONHAM AS MÃOS:

Marcos 16:18 — "Se impuserem as mãos aos enfermos, eles ficarão curados."

Novamente este é o ministério dos mais velhos (seu pastores) que oram. Este sinal está arrolado entre aqueles outros sinais que seguem os que creem. Deu honra o ministério da imposição das mãos, e por meio deste ato há uma comunicação definitiva do poder de Deus.

6.  LEIA A PALAVRA DE DEUS PARA CONSTRUIÇÃO A SUA FÉ:

Romanos 10:17 — "E assim, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo."

A Palavra de Deus é o maior construtor de fé. Obtenha uma promessa do Senhor e a fé põe-no em união com Ele.

7.TENHA FÉ EM DEUS:

Marcos 11:24 — "... o que quer que em oração pedirdes crede que recebereis, e que as tereis."

Sem fé é impossível agradar a Deus. Tudo e possível se somente crermos. A fé á a Mao que vai buscar aquilo que você precisar d'Ele.

 

8. PERDOA ÀQUELES QUE LHE TENHAM FEITO MAL:

Marcos 11:25 — "E quando estiverdes orando... perdoai."

Um espírito sem perdão torna-o inabilitado para acercar de um Deus misericordioso.

9. MEDITE SOBRE OS SOFRIMENTOS DE CRISTO PARA O SEU CORPO:

Mateus 8:17 — "Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças."

É necessário que se entenda claramente que o preço já foi pago pelas nossas curas, e que nós devemos, apenas, recebê-las. Nos foi mandado que discerníssemos o corpo do Senhor no Serviço da Comunhão. 1 Cor. 11,29.

10. RESISTA AO DEMÔNIO:

Tiago 4:7 — "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. "O demônio usará de velhas artimanhas e tentará derrotar a sua fé. É necessário resistir a ele.

CAPITULO 34

SANTIDADE

SANTIFICAÇÃO

1.SANTIFICAÇÃO:

1 Tessalonicenses 4:3 — "Pois esta é a vontade de Deus, a nossa santificação: que vos abstenhais da formicação."

A santificação significa o divorcio com o mal e dedicação a Deus e ao Seu serviço, As Escrituras fazem bem claro que a Santificação e o voltar-se as costas a tudo o que seja pecaminoso e tudo aquilo que seja corrupção tanto do corpo como da alma. No entanto, isto significa que a separação deva ser não apenas "de", mas também uma separação "para". Isto quer dizer que para que uma pessoa se santifique ela deve se afastar não apenas do pecado, mas também separar-se para dentro da santidade. O que quer que seja apartado do profano para uma aplicação sagrada, o que quer que seja devotado, exclusivamente ao serviço de Deus, e santificado.

Referencias: 2 Cron. 29:5, 15-18; Êxodo 19:20-22; Lev. 27:14-16, Números 8:17; Ezequiel 36:23; Hebreus 9:3.

2. PASSADO, PRESENTE E FUTURO:

Santificação pode ser vista como passado, presente e futuro, ou podemos falar de SANTIFICAÇAO INSTANTÂNEA, PROGRESSIVA e COMPLETA.

1 Coríntios 6:11 — "Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, em o Nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus." Hebreus 10:14 — "Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. "Nestas Escrituras lemos da Santificação como já sendo o passado. Observe que na primeira destas Escrituras, Paulo nomeia a Santificação antes da Justificação. Por conseguinte, há, definitivamente, uma obra de Santificação que acontece prematuramente na experiência e no processo da Salvação. Alguns canonizam as pessoas depois delas estarem mortas, mas o Novo Testamento as canoniza enquanto elas estão vivas. Todos os crentes verdadeiros são santos e estão postos de lado (santificados) para o serviço de Deus, pois, do contrário, eles não seriam Cristãos.

3. SANTIFICAÇÃO PROGRESSIVA:

Assim a Justificação difere da Santificação:

A Justificação é um ato instantâneo, sem progressão. enquanto a Santificação é uma crise (ponto decisivo) em relação a um processo, e um ato que e instantâneo, mas que leva em si uma idéia de progresso para uma completação.

2 Pedro 3:18 — "Antes, crescei na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo."

2 Coríntios 3:18 — "E todos nós... somos transformados de glória em gloria, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito."

É interessante o tempo de verbo, aqui. Estamos sendo mudados de um grau de caráter, ou gloria, para outro. Sendo a Santificação progressiva, somos exortados a:

1 — crescer e aumentar no amor (1 Tessalonicenses 3:12).

2 — progredir cada vez mais (1 Tessalonicenses 4:10);

3 — aperfeiçoar a nossa santidade no temor de Deus (2 Cor. 7:1).

4. COMO SOMOS NÓS SANTIFICADOS?

Tanto Deus como o homem contribuem e cooperam para a consecução do fito desejado. Devemos abandonar o pecado e dedicarmo-nos a Deus, mas e, na verdade, Deus que processa a Santificação. É como se fosse um homem com frio, que se achegasse ao fogo, para se aquecer.

Efésios 5:25-26 — "... Cristo também amou a igreja. e entregou-se por ela; Para que a santificasse e purificasse..."

Hebreus 14:10 — "Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas."

SANTIDADE

1. DEUS É SANTO:

A santidade de Deus significa a Sua absoluta pureza moral. Ele não pode nem pecar, nem tolerar o pecado. O significado da palavra "santo" é "separado" ou "apartado". Em que sentido é Deus separado? Ele é moralmente perfeito, o homem e pecador. Deus é Divino, homem é humano. Ele e moralmente perfeito, o homem é pecador. Vemos então que a santidade é atributo que mantém a diferença entre Deus e as criaturas. Este atributo não denota simplesmente uma característica de Deus, mas a natureza Divina, propriamente. É o atributo de Deus, que ele faz com que seja lembrado por nós. É mais do que qualquer outro porque é a grande separação entre Deus e o homem, qual impede que haja filiação entre este e Aquele. Quando Deus Se revela de uma maneira que impressione o homem com Sua Deidade, diz-se que Ele se santificou, isto é, Ele Se revela como O Único. Diz-se que os homens santificam Deus quando eles O reverenciam e honram como divino. Quando eles O desonram pela violação de Seus mandamentos, diz-se que os homens O estão profanando.

Referencias: Êxodo 15:11; Lev. 11:44-45; Lev. 20:2 - Sam. 2:2; Salmo 5:4; Salmo 111:9. Isaias 6:3; Isaias 43:14; Jer. 23:9; Tiago 1:13. 1 Pedro 1:15-16; Ver. 4:8; Números 20:12; Lev. 10:3. Isaias 8:13.

2. APENAS DEUS É SANTO EM SI MESMO:

Os santos, os edifícios santos e os objetos santos são assim chamados porque Deus os fez santos, ou santificou-os. A palavra "santo" aplicada a pessoas ou objetos e um termo que exprime uma relação com Jesus Cristo — o fato de ser apartado. Tendo sido se parados, os objetos devem ser limpos, e as pessoas de vem se dedicar a viver de acordo com a Lei da Santidade.

O pecado perturba as relações entre Deus e o homem, e no fim o pecador impenitente e, eternamente, afastado da presença de Deus. Esta é a "Segunda Morte". Em muitos casos, esta relação foi reafirmada, aumentada e interpretada sob um acordo conhecido como uma aliança. Manter-se a aliança e estar-se em relações diretas com Deus, pois Ele é retidão, e pode apenas ter relações com aqueles que são retos. E estar-se em relação com Deus significa vida. Do começo ao fim, a Escritura declara esta verdade, que obediência e vida estão juntas.

Amós 3:3 — "Andarão dois juntos, se entre eles não houver acordo."

Apoc. 22:14 — "Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras, para que lhes assista o direito à árvore da vida."

Qual é a resposta para estas perguntas?

Êxodo 3:5 — O que fez a terra santa?

Êxodo 26:33-34 4 — Por que foi o santuário chamado mais santo dos lugares?

1 Cor. 3:17 — O que faz o templo santo? Como pode a igreja ser santa?

3. SIGNIFICADO DA PALAVRA "SANTO":

Esta palavra é a tradução da palavra hebraica "quodesh" que quer dizer "separar de Deus". A palavra traduzida para "santo, consagrado, santificado". Esta é sempre a idéia fundamental de santo, consagrado, separado ou santificado que se aplica a pessoa ou coisa — alguma coisa separada, posta aparte por Deus.

4. A BELEZA DA SANTIDADE:

Salmo 29:2 — "Adorai o Senhor na beleza da Santidade.

Não há beleza que possa se comparar a beleza da santidade. O mundo é muito consciente da beleza, mas quanto mais afastado o mundo se encontra de um verdadeiro conceito da verdadeira santidade, mais distorcido se torna o seu conceito de beleza. Isto pode ser visto claramente na assim chamada "arte moderna'. A igreja apenas é bonita quando se torna uma igreja santa, santificada pela presença de Jesus Cristo. Do mesmo modo, uma pessoa realmente bonita é aquela que é santa, plena do Espírito de Deus. A beleza da santidade vem de dentro, e irradia a presença de Deus.

5.   COMO SE TORNA O HOMEM SANTO?

Para se trazer a santidade para a vida do homem há duas fontes: a Divina, ou a presença do Espírito Santo, e a humana.

a) A Fonte Divina:

João 17:17 — "Santificai-os pela tua verdade."

2 Cor. 3:18 — "... somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Espírito do Senhor."

Efésios 5:26 — "Para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra."

1 Tess. 5:23 — "O mesmo Deus da Paz os santifique em tudo..."

Assim como foi necessário a presença de Deus nas moitas ardentes para que se tornassem as areias do deserto uma "terra santa", do mesmo modo é necessária a presença de Deus na vida de um homem para fazê-lo santo. A obra da santificação em sua vida começa com a mensagem das pregações do evangelho, pois a Palavra de Deus tem uma influência purificadora sobre os corações dos ouvintes. Esta obra de santificação continua pelos degraus da Fe, arrependimento e batismo da água em Nome de Jesus. No entanto, a obra da santificação é principalmente realizada por ocasião do Batismo do Espírito Santo. Quando o Espírito de Deus entra numa vida, Sua presença faz a vida santa, e esta obra continua até que o depositário desta vida seja levado deste mundo.

O homem justo, sob a lei, tornou-se justo fazendo tudo com retidão; sob a graça, ele age com retidão, pois foi tornado justo. No Velho Testamento a retidão foi imputada; no Novo Testamento a retidão da igreja foi tanto imputada como diretamente comunicada pelo poder do santo Espírito. No que se refere à sua salvação, o homem é perfeito assim que ele é nascido do Espírito, porque tudo o que Jesus faz é perfeito.

b) A Fonte Humana:

Esta ideia pode ser dividida em dois pensamentos:

1) Aproximando-se de Jesus: Pela renuncia, consagração, separação do mundo e a dedicação de si mesmo, o homem coloca-se sob a santificante influência do Espírito Santo. Ilustração: O homem que está com frio, aproxima-se do calor e se aquece. Do mesmo modo, um homem que não seja santo aproxima-se de Jesus, e torna-se santo. Depois, pela renúncia, consagração e fé ele mantem-se sob o santificante poder do Espírito Santo. ISTO DIZ RESPEITO A SUA SALVAÇÃO. Ao fazer isto, o homem apenas fez algo razoável, mas nada de notável, que lhe possa dar mérito, louvor, recompensa ou distinção.

2) A Via Santa, Fidelidade e Servidão: Este é um assunto inteiramente diferente. Dentro deste aspecto o homem é um bebê na ocasião de sua conversão, e que precisa crescer em graça. Ele é imperfeito em sua fé e em sua vida, e precisa aperfeiçoar a santidade em temor a Deus. Em sua caminhada e fidelidade, ele ganha méritos, louvor, recomendação, promoção e recompensa. O seu lugar no reino de penderá dele e disto. Este fato não o qualifica para um lugar no corpo, mas, na realidade, determina lugar que ele deve tomar no corpo.

Referências: Apocalipse, Capítulos 2 e 3 — Mateus 25:14-30. Lucas 19:11-27; Mateus 10:42; 1 Cor. 9:24-25; 2 Tim. 4:6-8 e Apocalipse 22:12.

6.   O TRIBUNAL DE CRISTO: —2 Coríntios 5:10

Este é um julgamento de OBRAS dos santos e não dos PECADOS. Todos os seus pecados já foram julgados no Calvário, e estão sob o sangue. Se há um PECADO CONHECIDO E INCONFESSO no coração e na vida do filho de Deus, este sofrerá uma pena e perderá o seu lugar, pois que nenhum pecado poderá entrar. Este julgamento acontece quando Jesus vem recompensar os seus servos, um pouco antes d'ele assentar o Seu Reino sobre a terra. Devido a motivo errados e falta de compreensão, é possível que se destruam obras, mas o indivíduo será salvo. Novamente isto não se refere ao PECADO. 1 Cor. 3:11-15.

PERFEIÇÃO CRISTÃ

1.  DUAS ESPÉCIES DE PERFEIÇÃO:

1) Absoluta: A perfeição absoluta não pode ser aperfeiçoada. Esta espécie de perfeição pertence apenas a Deus.

2) Relativa: A perfeição relativa preenche a finalidade para a qual ela foi criada. É possível ao homem atingi-la.

2.  A PERFEIÇÃO DO VELHO TESTAMENTO:

Genesis 6:9 — "Noé era um homem justo e integro entre os seus contemporâneos." Jo 1:1 — "Aquele homem era integro e reto."

A idéia é o desejo, saído do coração, e a determinação de executar a vontade de Deus. Independentemente dos pecados que mancham a sua historia, Davi pode ser verdadeiramente chamado de um homem perfeito ou um "homem moldado do próprio coração de Deus" porque a suprema meta de sua vida foi a execução da vontade de Deus.

3. A PERFEIÇÃO DO NOVO TESTAMENTO:

Varias palavras gregas são usadas para exprimir a idéia de perfeição:

1) Uma palavra significa ser completo no sentido de ser se apto para executar uma determinada tarefa ou fim, aptidão está que gozaria de todos os requisitos necessários para a execução da tarefa ou do fim. 2 Timóteo 3:17.

2)  Uma outra palavra indica um certo fim alcançado por meio do crescimento.  Mateus 5:48 e 19:21; Colos. 1:28 e 4:12; Hebreus 11:40.

3) Em 2 Coríntios 13:9; Efésios 4:12 e Hebreus 13:21 a palavra significa aperfeiçoamento.

4)  A palavra em 2 Cor. 7:1 significa "completar, terminar."

5)  A palavra em Apocalipse 3:2 significa "satisfazer, fartar, nivelar, ir ao encontro das necessidades de."

4.  O SIGNIFICADO DA PERFEIÇÃO:

A ideia de perfeição tem vários significados. É possível ser-se perfeito de uma maneira e imperfeito de outra. Alguns dos significados de perfeição são assim expressos:

1) A situação de perfeição em Cristo — o resultado da obra de Cristo em nosso benefício. Hebreus 10:14.

2) Maturidade Espiritual e compreensão, opostos à Infância espiritual. 1 Cor. 2:6, 14:20.; 2 Cor. 13:11; Filip 3:15; 2 Tim. 3:17.

3) Perfeição progressiva. Ga1. 3:3.

4) Perfeição em certos particulares: a vontade de Deus, o amor aos homens, o serviço, etc. Col. 4:12; Mat. 5:48; Hebreus 13:21.

5) A derradeira perfeição do indivíduo no céu. Col. 1:28; Fil. 3:12. 1 Pedro 5:10.

6) A derradeira perfeição da igreja ou do grupo de santos. Efésios 4:13; João 17:23.

5. DOIS ASPECTOS GERAIS DA PERFEIÇÃO:

1) Um dom de graça que é um estado ou uma posição perfeita, Uma pessoa ou é ou não é salva. Se esta pessoa é nascida novamente, ela não poderá ser mais nascida novamente. Seu estado em Cristo perfeito.

2)  A perfeição e, verdadeiramente, contida no caráter do santo. Isto envolve crescimento e maturidade. Um cristão pode estar andando em toda a luz e ter todo o conhecimento que ele possa ter e, no entanto, ser imperfeito em muitos aspectos. Ele pode se irrepreensível e, ao mesmo tempo, não ser perfeito.

NOTA: O Novo Testamento contém um alto padrão de santidade prática, e afirma a possibilidade da libertação do poder do pecado. É dever do cristão perseguir a perfeição.

Filipenses 3:12 — "...ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar..."

Hebreus 6:1 — "... deixemo-nos levar para o que perfeito...".

SANTIDADE PRÁTICA

1. SANTIDADE PRÁTICA:

Esta lição está relacionada ao procedimento do cristão. Alguns pensam que a santidade e o ser-se angélico, algo espiritual e místico, e completamente afastado das coisas deste mundo. Mas, não e este o caso. O procedimento da santidade é uma vitoria prática, comum, e uma experiência de cada hora, assim como de uma vida superior. Esta vida prática de santidade é necessária se desejamos estar prontos para a vinda de Jesus. Hebreus 12:14 — "Segui a paz com todos, e a santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor."

2.  ALGUNS PONTOS DE VISTA ERRÔNEOS:

1) Desarraigamento: Aqueles que crêem nesta possibilidade, isto é, que pensam que a natureza pecadora seja erradicada, arrancada com raízes e galhada, pensam também que, depois daquilo, é impossível o santo pecar. Na verdade, isto e completamente falso. Depois de ser salvo, um homem ainda pode pecar e, assim procedendo, perder a sua alma.

2) Asceticismo: Esta é crença que afirma haver mérito e recompensa na punição do corpo, de alguma forma. A Bíblia determina um lugar certo para a forma correta de asceticismos pervertidos, tais como o celibato e a penitência.

3)  Legalismo: Isto é o fato de se trazer algo para a submissão da lei. O filho de Deus obedece a Palavra de Deus porque ele e o filho de Deus. Ele vive num plano que está acima da lei e não está obrigado a ela. Em nosso zelo pela santidade, e facilmente possível tornarmo-nos sujeitos as leis no que se refere às nossas atitudes, embora não esteja nas Escrituras.

3. ALGUMAS REGRAS PRÁTICAS PARA SE VIVER SANTAMENTE:

1)  Receba o Espírito Santo em sua vida e viva uma vida plena do Espírito Santo.

2)  Ore muito. Uma vida cheia de preces é, geralmente uma vida santa.

3)  Leia muito a Bíblia, e frequente os estudos da Bíblia. O Verbo de Deus tem uma influência santificante sobre as vidas dos cristãos.

4)  A vontade revelada de Deus começa com o Seu Verbo. Obedeça o Verbo de Deus, sem hesitação.

5) Dedique-se completamente ao Seu serviço, e à Sua vontade.

6) Lembre-se que você pode viver santamente; uma vida de santidade é muito possível.

7)  Lembre-se que você tem que reclamar a vitória apenas uma vez por dia.

8)  Afaste os seus olhos das falhas dos outros e olhe para Jesus.

9)  Afaste os seus olhos das suas próprias fraquezas, e olhe para Jesus.

10)   Afirme: testemunhe em todas as oportunidades. (Apoc. 12:11).

11)  Discuta os seus problemas livremente com o seu pastor.

12)  Quando em dúvida em relação a uma determinada pratica, faça as seguintes perguntas:

a) A Bíblia a condena?

b) Posso eu orar e pedir a Jesus para abençoá-la?

c)  Posso ter Jesus comigo enquanto a estiver fazendo?

d) Será isto uma bênção para os outros?

e) Será isto uma pedra no caminho de alguém?

f ) Oporá esta prática qualquer obstáculo ao meu serviço a Jesus?

4. AS RECOMPENSAS DE UMA VIDA DE SANTIDADE:

As recompensas de uma vida santa são muitas, quer seja nesta vida, quer seja na vida futura. Exemplos das pagas de uma vida santa são vistos nas vidas de Jose e Daniel. Ambos estes jovens tinham fortes convicções sobre o que era certo e errado. Eles recusavam-se a pecar. Como resultante, vemos Deus recompensando-os com bênçãos, promoção, honras e revelação. Os dividendos por servir a Cristo fielmente, são muitos. O homem que está vivendo uma vida santa tem melhor saúde, um lar mais feliz, maior prosperidade material e um coração que está em permanente descanso e paz. As recompensas da santidade na eternidade serão estudadas numa lição posterior. Basta que digamos aqui que elas são inúmeras, e que o Senhor é um pagador liberal.

CAPITULO 35

SEGURANÇA ETERNA

1. O SIGNIFICADO DE ETERNA SEGURANÇA:

Entende-se por "Eterna Segurança" a crença de uma vez que um homem seja salvo, ele não pode mais perder-se. Algumas vezes e citada como: "uma vez um filho, sempre um filho". Apesar do fato desta ideia ter sido a fonte de muitas controvérsias pelos anos afora, na igreja professante, a Bíblia é bem clara a respeito deste assunto, e não precisamos ficar em dúvida sobre o que quer dizer os ensinamentos Escriturais sobre a segurança de nossa salvação. É necessário que se faça uma diferenciação entre Segurança Eterna "Incondicional" e Segurança Eterna "Condicional". É também necessário entender-se o ensinamento bíblico sobre "Predestinação e Eleição". Uma vez que o compreendamos claramente, o problema da Segurança Eterna não oferece problema.

2.         PRESCIÊNCIA E PREDESTINAÇÃO:

Uma vez que Deus é O onisciente e o Grande Eu Sou que mora na eternidade, Ele pode ver, desde o começo qualquer ação ou acontecimento. Nada O surpreende. Ele tudo sabe com antecedência. No entanto, este fato não tira a responsabilidade das ações dos homens: a responsabilidade das decisões, ainda assim, pertence a eles. O homem ainda e um livre agente moral, apesar de Deus conhecer com antecedência as decisões dos homens, assim com as suas ações. A predestinação de Deus está limitada pela presciência d'Ele. Em outras palavras, Ele predetermina o que Ele sabe com antecedência. Isto explica claramente a Escritura Romanos 8:29-30. — "Porque aos que de antemão conheceu, também os predestinou..."

3.  ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO:

1 Pedro 1:2 — "Eleitos segundo a presciência de Deus Pai..."

Efésios 1:4-5 — "Assim como nos escolheu nele antes..., ... nos predestinou para ele, para a adoção de filhos..."

"Eleição" quer dizer "ser escolhido". Quando a Bíblia fala sobre o ser eleito, ela quer dizer "escolhido por Deus". Os membros individuais da igreja são eleitos ou escolhidos por Deus, de acordo com a Sua presciência, que, por sua vez pode ver todas as ações e as próprias e voluntarias decisões dos homens, com antecedência. Do mesmo modo, a responsabilidade da eleição de Deus está diretamente colocada sobre a própria decisão individual de cada um.

Enquanto os membros individuais da igreja são eleitos, a igreja, ou o corpo, e predestinada. O desígnio de Deus será satisfeito em ter-se um povo levando o Seu nome. Haverá uma igreja esperando o seu Senhor quando Jesus retornar, apesar de todos os poderes do inferno. (Mateus 16:18).

4.  A SOBERANIA DE DEUS:

Deus é soberano. Nenhuma força ou poder pode evitar que os desígnios de Deus sejam satisfeitos. No entanto, foi por um Seu próprio e soberano ato que ele limitou-Se a atuação da livre vontade moral dos homens. É desejo de Deus que as Suas criaturas venerem-no por suas livres vontades. Deus deseja a amizade e a comunhão dos homens. Isto seria impossível se o homem não tivesse livre escolha. Por tanto, Deus não permitiu que Sua soberania interferisse com a livre escolha e poder de decisão do homem.

5.  CALVINISMO:

A doutrina do Calvinismo vem do reformador John Calvino, que foi quem a introduziu. E de seus ensinamentos que temos a noção de "Incondicional e Eterna Segurança" do crente, ou "uma vez em graça, ou ainda, "uma vez o filho, sempre um filho".

A doutrina do Calvinismo pode ser resumida como Se segue:

1) A salvação depende inteiramente de Deus.

2) Deus predestinou certos indivíduos para a salvação;

3) Cristo morreu pelos "eleitos"; 4) O filho de Deus e guardado pela graça de Deus, que e irresistível, e não pode nunca ser perdido;

5) Uma vez um filho, sempre um filho.

Algumas das Escrituras usadas para provar o Calvinismo são: João 10:28; João 17:6. Romanos 8:35; Romanos 11:29; 1 Cor. 3:10; 2 Cor. 5:10; Fil. 1:16. 1 Pedro 1:5.

6.   ANTINOMIANISMO:

Esta palavra vem do grego "anti", contra, e "nomos", lei. O significado da palavra quer dizer "oposição a lei".

O verdadeiro Calvinismo ensina um procedimento e um padrão de vida cristão, apesar do erro da Eterna Segurança. O verdadeiro Calvinista crê que ele não poderá nunca ser perdido, se ele estiver salvo. No entanto, ele não sabe se está salvo ou não até a eternidade, o que faz com que ele viva sem mácula. Não obstante, há aqueles que crêem na segurança da salvação agora combinada com a crença de "Graça Extrema" que, por sua vez, conduz, inevitavelmente, a uma vida mundana descuidada. Aqueles que assim creem, tomam uma posição de muitos aspectos contra a legalidade. E isto é conhecido como o "Antinomianismo"

7. PORQUE A SEGURANÇA ETERNA E INCONDICIONAL É UM ERRO:

1) Este ensinamento é a primeira mentira. Isto é exatamente o que Satanás disse a Eva. Gênesis 3.4 "... É certo que não morrereis."

2) Isto indica que Deus faria a acepção das pessoas. No entanto, a Bíblia afirma que Deus não o faz. (Atos 10:34).

3) Faria de Deus um mentiroso. O evangelho não seria para "TODO O QUE" como disse Jesus, (João 3:16), mas pelo contrário, para alguns poucos escolhidos.

4)  Não seria a vontade de Deus pregar a todas as criaturas, apesar do fato d'ele nos ordenar que assim façamos. (Marcos 16:15).

5) Se homem não é um agente de livre vontade moral, então Deus e tornado responsável pelo pecado. E isto não é possível.

6) Tornaria Deus um cruel e desarrazoado tirano, que condenaria milhões de vítimas inocentes a inferno do demônio, sem qualquer chance de escolha.

7)  Faria Deus inconsistente, condenando o pecado na vida do descrente, mas perdoando o pecado na vida do crente.

8) A vida Eterna está apenas em Jesus Cristo. Se Jesus está abrigado em seu coração, então a vida Eterna também está lá. Mas se ele se retira de uma morada impura, vai-se também a vida Eterna.

9) A filiação, quando relacionada à salvação é um termo legal que indica adoção — Cristo é o "unigênito" do Pal. De acordo com o termo, "uma vez o filho, sempre o filho", então isto aqui na se aplica.

10)   Finalmente, o testemunho das Escrituras é visceralmente contra esta doutrina.

8.  ARMINIANISMO:

Esta doutrina foi introduzida por Jacob Hermann, um teólogo holandês, em Arminius. Seus ensinamentos podem ser assim resumidos:

1) O desejo de Deus e que todos os homens sejam salvos porque Cristo morreu por eles todos.

2) Deus oferece a Sua graça a todos aqueles que possam resistir à perda eterna.

3) Deus elege na base da Fe prevista ou da descrença.

4) É possível para uma pessoa verdadeiramente regenerada perder-se, quando ela retorna a uma vida de desobediência e pecado.

Algumas das Escrituras que provam o Arminianismo são:

1 Timóteo 2:4-6; Hebreus 2:9, 2 Cor. 5:14; Tito 2:1-12; João 6:40 á Hebreus 6:416; 10:26-30; 2 Pedro 1:10.

9. A VERDADE DAS ESCRITURAS:

O ponto de vista Arminiano está de acordo com as Escrituras, desde que não nos apoiemos em legalidades extremas. Um apostata é uma alma perdida. Devemos andar com Deus, se desejamos ser salvos. Ao mesmo tempo, devemos encarar a graça de Deus como suficiente para manter a alma.

Um viajante compra uma passagem, e embarca num trem. Toma o seu lugar e confia no chefe do trem e no maquinista, certo de que o trem o levará ao seu destino. E assim fará o trem, desde que o passageiro fique no trem. A responsabilidade do passageiro é de ficar no trem. Se ele descer, naturalmente o trem não o levará ao seu destino. O mesmo acontece com a nossa salvação.

CAPITULO 36

A IGREJA

1. DEFINIÇÃO:

A palavra grega do Novo Testamento para "igreja" é "eclesia" que significa "uma assembleia dos chamados para fora". O termo é aplicado a:

1) O conjunto todo dos Cristãos em uma cidade. Atos 11:22 e 13:1.

2) Uma congregação. 1 Cor. 14:19,35. Romanos 16:5.

3) O corpo todo, na terra. Efésios 5:32.

A palavra inglesa "church" (igreja) é derivada da palavra grega "kuriake" que quer dizer "aquela que pertence ao Senhor".

2. PALAVRAS RELACIONADAS AOS MEMBROS:

1)    Irmãos – A igreja é uma irmandade espiritual, na qual todas as divisões que separam a humanidade são abolidas.

2)    Crentes – a doutrina – característica é a fé em Jesus.

3)    Santos – (os santos) – apartados do mundo e dedicados a Deus.

4)    O Eleito – ou Escolhido – escolhido por Deus.

5)    Discípulos – estudantes ou seguidores – ensinados por Jesus.

6)    Cristão – a religião se concentra ao redor de Jesus Cristo.

7)    Alguns do Caminho – (Atos 9:2) – um modo especial de viver.

3.  DIFERENTES TERMOS EXPLICADOS:

1) Igreja - o verdadeiro corpo, composto de santos verdadeiramente nascidos de novo.

2) Cristandade - Cristãos professos de todas as denominações.

3) Militante da Igreja - enquanto na terra.

4) Triunfante da Igreja - a igreja no céu.

4 FUNDAÇÃO DA IGREJA:

a) Preditos por Cristo:

Mateus 16:18 – ,'Também eu te digo que tu és Pe¬dro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela."

A igreja ainda era futura. Cristo estava aqui sobre a terra, e tinha seguidores e discípulos, mas Ele ainda não havia edificado a Sua igreja. Devemos notar o seguinte sobre os Seus discípulos enquanto ele ainda estava na terra, antes de Sua morte:

1) Eles eram discípulos. (seguidores, aprendizes).

2) Seus nomes já estavam escritos no céu.

Lucas 10:20 – "Rejubilem-se, porque seus nomes estão escritos no céu."

3) Eles ainda não, estavam convertidos.

Lucas 22:32 – " ...Tu, pois, quando te converteres, fortalece os seus irmãos."

4) Eles ainda não eram membros da igreja, pois a igreja era ainda futura.

Devemos também notar qual era a pedra fundamental sobre a qual Jesus disse que edificaria a Sua igreja. NÃO ERA Pedro, mas a confissão de Pedro, a revelação que ele tinha recebido do Pai. A rocha era a verdade da "DEIDADE DE JESUS".

b) Fundada Historicamente:

Atos 2 - O Dia de Pentecostes é o dia natalício da igreja.

A igreja do Novo Testamento passou a existir. Nesta ocasião, organizou-se um organismo espiritual. Os crentes foram batizados para o corpo e Jesus Cristo, no Espírito, veio para ocupar o Seu templo. Isto foi a fundação da igreja,

5. AFILIAÇÃO À IGREJA:

Os membros da igreja são batizados para o corpo e renascidos. Todos os que nasceram de novo, e que vivem uma vida santa, são membros da igreja.

1 Cor. 12 :13 – "Pois em um só espírito, todos nós fomos batizados em um corpo."

Um estudo de João 3:3-6 – e Atos 2:38 nos revelará as condições necessárias de serem satisfeitas, para que sejamos membros da igreja.

O corpo físico de Cristo passou pelas experiências da morte, sepultamento e ressurreição para que se tive-se a salvação. Do mesmo modo o corpo místico de Cristo, (a igreja), deve passar por morte (arrependimento), sepultamento (batismo da água em Nome de Jesus), e ressurreição (Espírito Santo) para receber a salvação. Os membros da igreja são batizados para o corpo por um batismo de dois elementos de água e de espírito.

6.  ILUSTRAÇÕES DA IGREJA:

Há alguns aspectos da igreja, bem definidos, sob os quais a igreja é revelada para revelar a igreja. Estes são aspectos da igreja para dar diferentes imagens da Igreja.

a)  O Corpo Místico da Igreja:

A igreja é um organismo vivo, não uma organização. Há uma vital relação entre Cristo e a igreja, do mesmo modo como há entre a cabeça e o corpo físico. Não podemos nos ligar à igreja do mesmo modo como nos ligamos a uma loja maçônica ou qualquer outra organização meramente humana. Devemos tomar parte ativa na vida de Cristo, antes que possamos nos tornar membros de Sua Igreja. O corpo humano é um único, mas é, no entanto, formado por milhões de células vivas. Do mesmo modo, o corpo de Cristo é um só, embora composto de milhões de almas renascidas. Como o corpo humano é vitalizado pela alma, o corpo de Cristo vitalizado pelo Espírito Santo. Pulsando nas veias e artérias da igreja está a própria vida e presença de Jesus. Como seu chefe, Jesus é:

O Guardião e Diretor da igreja. – Efes. 5:23-24;

A Fonte da vida da igreja. – Efes. 1 :23;

O centro da sua unidade e a causa de seu crescimento. – Efes. 4 :15; Col. 2:19.

Todos os seus membros são importantes. Estude 1 Cor. 12, Romanos 12, João 15. Não tal coisa como um membro da igreja que seja sem importância, insignificante, ou não essencial.

b) O Templo de Deus:

Um templo é um lugar no qual Deus, que habita em toda parte, Se localiza especificamente, e onde o Seu povo pode achá-lo "em casa". Assim como Deus habitou no Tabernáculo e no Templo, assim agora ele vive, por Seu Espírito, na igreja. Neste templo espiritual, Os Cristãos, como pastores, oferecem sacrifícios espirituais – sacrifícios de orações, louvor e boas obras.

1 Pedro 2:5-6. Ex. 25:8; 1 Reis 8:27; Efes. 2:21,22 e 1 Cor. 3:16-17.

c)  A Noiva de Cristo:

O próprio Jesus é o noivo e a Igreja a noiva eleita. A igreja, agora, está se preparando para se tornar a esposa do Cordeiro, e não se separará jamais do seu Senhor.

2 Cor. 11:2; Efésios 5:25-27; Apocalipse 18:7; 22:17. 21:2.

João 3:29; Mateus 25:6; 1 Tessalonicenses 4:17.

Nota: A igreja é o corpo (Efésios 1:23) é também a noiva. (Efésios 5:32). Um membro de um será também o mesmo de outra.

7. A OBRA DA IGREJA:

a)  Pregar a Salvação: Cristo tornou a salvação possível, provendo. A igreja deve torna-la efetiva, proclamando-a. Mat. 28:19-20.

b)   Prover um meio de Culto: A igreja deve ser uma casa de oração, onde Jesus é honrado em adoração, oração e testemunho.

c)  Prover o Companheirismo: O homem é uma criatura social. Ele ânsia por companheirismo e por uma troca de amizade. A igreja provê um companheirismo, no qual todas as distinções terrenas são abolidas.

d)  Pregar a Santidade: A igreja deve ensinar ao homem como viver, assim como morrer. Contra as más tendências da sociedade, ela deve erguer uma voz de alerta, e em cada lugar perigoso deve plan¬tar um farol de orientação.

e) Administrar as Ordenações da Igreja:

I) Batismo

lI) A Ceia do Senhor

llI) O Lava pés

 

O REINO DE DEUS

1.  DEFINIÇÃO:

O “Reino de Deus" significa, primeiramente, a lei de Deus, a divina e real autoridade. Não há diferença entre o "Reino de Deus" e o "Reino dos Céus". Estes termos são variações linguísticas da mesma idéia. Há um reino hostil, o reino deste mundo, que está sob o controle do demônio. A finalidade do reino de Cristo é destruir todas as forças hostis e submetê-las todas às regras da Divina Soberania. O último inimigo a ser destruído será a morte. Quando tudo houver sido submetido às regras e ao demônio do Pai, cessará a função da Filiação, pois, então, ela terá cumprido a sua finalidade.

2. IMPORTÂCIA:

O Reino de Deus é mencionado quatro vezes em Mateus, 14 vezes em Marcos, 32 vezes em Lucas, 2 vezes em Atos e 8 vezes na Epístola de Paulo. É mencionado muito mais vezes sob os nomes de "Reino dos Céus", etc. A esperança de Israel era que o Messias viesse e expulsasse os seus inimigos. Vemos a importância disto no modo como os discípulos ansiosamente indagavam do reino. (Atos 1:6).

3. DOIS REQUISITOS PARA UM REINO:

1) Deve haver um Rei, um Monarca reinante.

2) Deve haver um reino, com súditos sobre os quais Ele reine.

Jesus é o nosso Rei. Se nós somos os membros do Reino de Deus, Jesus reina dentro dos nossos corações. Não podemos dizer que estamos no Reino de Deus, se não O coroamos Rei de nossas vidas.

4. DESCRIÇÃO DO REINO:

Lucas 17:20 – "Não vem o Reino de Deus com visível aparência... porque o reino de Deus está dentro em vós."

João 18:36 – "O meu reino não é deste mundo."

Romanos 14:17 – "Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça e paz, e alegria no Espírito Santo.

1 Coríntios 4:20  – “Porque o reino de Deus consiste, não em palavra, mas em poderá”

Aqui vemos que o Reino de Deus não é um reino material. É um reino espiritual dentro de nós. Não é visto sob qualquer evidência física visível, tal como comida ou bebida, mas sob os frutos do respeito Santo, justiça, paz e alegria. De acordo com a promessa do nosso Senhor, que receberíamos poder quando fôssemos batizados com o Espírito Santo, é um reino de poder. (Atos 1:8. Lucas 24:49).

O reino de Deus é Jesus reinando nos corações e nas vidas dos santos plenos do Espírito. Os membros do Reino de Deus são membros do Seu corpo, de Sua igreja e da Sua noiva eleita. Ele trará com Ele para reinar, todos aqueles que são, no moimento, membros do Reino. (Apoc. 20:6).

5. INGRESSO NO REINO:

João 3:5 — "Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino dos Céus!"

Mateus 11:12: – "O reino dos céus é tomado por esforço, e os que s esforçam se apoderam dele."

Lucas 16:16 – “...Desde este tempo vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele."

Colossenses 1:13 – “...e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.''

É evidente que o ingresso no reino de Deus é feito por meio do novo nascimento, pela obra de regeneração, pelo ato de ser completamente mudado, e transportado de um reino para outro. Podemos compreender os requisitos do ingresso quando estudamos a mensagem do evangelho pregado pelo Apóstolo Pedro, a quem foram dadas as chaves do reino. (Mateus 16:19) Pedro pregava: 1 — Arrependimento; 2— Batismo da água em Nome de Jesus; 3 — Batismo do Espírito Santo (Atos 2:38).

O EVANGELHO DO REINO

1. A IGREJA COMISSIONADA:

Mateus 24:14 – "E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim.”

A importância da Grande Comissão quase não pode ser exagerada, de tão grande que é ela. Jesus afirmou que o Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, como testemunho a todas as nações. A delegação, "Ide a todo o mundo, e pregai o evangelho a todas as criaturas.", é uma ordem e uma autorização. A igreja não tem outra escolha sendo obedecer.

2. MÃE DE TODOS NOS:

Gálatas 4:26 — “Mas a Jerusalém lá de cima é livre. a qual é nossa mãe."

Isaías 66:8 — "Pois Sião, antes que lhe viessem às dores, deu à luz seus filhos"

A comissão de pregar o Evangelho para todo o mundo foi dada não apenas aos apóstolos, nem apenas ao ministério dos dias presentes, mas a toda a igreja, ao corpo. É uma responsabilidade de todos os membros da igreja.

Por Que o Senhor escolheu a igreja? Em primeiro lugar, a igreja é a mais qualificada, pois os anjos jamais gozaram da alegria de ter os pecados perdoados, nem foram temidos pelo sangue do Cordeiro. Além disso, a igreja que tem o Senhor propriamente como morador permanente é depositária deste poder e conduzida diretamente pelo Senhor neste importantíssimo ministério. Ninguém mais poderia estar melhor qualificado.

Cristo ama a igreja, que é sua noiva, e que reinará com Ele em Seu Reino. Do mesmo modo como Ele fez uma companheira para Adão (Gênesis 2:18), Ele também deseja que Sua noiva compartilhe Consigo a visão e o encargo das almas perdidos, no necessário sacrifício e sofrimento, e que compreenda inteiramente o preço pago pelas almas.  A igreja não deve apenas pregar o Evangelho do Reino, mas, por meio de oração de intercessão, por meio das fadigas da alma, propiciar o nascimento de novas crianças espirituais nascidas em seus altares.

3. EVANGELHO DO REINO:

O Evangelho do Reino é a mensagem que proclama o Reino de Deus, e os meios necessários para o ingresso no Reino. Pode ser facilmente identificado e definido em se comparando Mateus 24:14 e Lucas 24:47. A mensagem que deveria ser pregada a todas as nações era: 1) Arrependimento, 2) Remissão dos pecados, e deveria ser pregada em Nome de Jesus. Ao Apóstolo Pedro foram dadas as chaves do Reino (Mateus 16:19). Ele usava estas chaves quando abria a porta do Reino ao pregar o Evangelho aos Judeus (Atos 2:38), aos Samaritanos (Atos 8:14-17) e aos Gentios (Atos 10:43-48). Quais eram as chaves que Pedro usava? I) Arrependimento, II) Batismo de Água em Nome de Jesus, III) Batismo do Espírito Santo, com evidência inicial de falar em línguas. Este, então, deve ser o Evangelho do Reino, e os requerimentos para o ingresso no Reino de Deus.

4. RESULTANTES DO FATO DE NÃO SE ESTAR NO REINO:

O que acontece àqueles que não entram no Reino? João Batista não era um membro do Reino, embora ninguém fosse maior do que ele dentre os que haviam nascidos de mulheres. Mateus 11:11. Onde aparecem os justos? E aqueles que tiveram uma experiência de arrependimento, que nasceram da Palavra, por meio da fé? Indubitavelmente, eles aparecerão no Trono do Julgamento (Apoc. 20:12-5). Lembre-se de que os nomes dos discípulos estavam no Livro da Vida (Lucas 10:20) antes que entrassem no Reino, e renasceram como membros. Isto não forma um segundo evangelho? Certamente que não. Só há um evangelho para se proclamar - O Evangelho do Reino. Isto não oferece uma segunda chance? Certamente que não. Isto simplesmente quer dizer que devemos pregar a VERDADE, e deixá-los nas mãos de um juiz justo.

SACRIFÍCIOS ESPIRITUAIS

1.  SACRIFÍCIOS ESPIRITUAIS:

1 Pedro 2:5 — "...um sacerdócio santo, afim de ofereceres sacrifícios espirituais..."

O Apóstolo Pedro escreve sobre a igreja como sendo um sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais. Nesta lição estudaremos alguns dos sacrifícios espirituais que a igreja oferece ao Senhor.

2. ORAÇÃO:

a) Importância: Não se pode dar toda a verdadeira importância que tem a oração. Em Apocalipse vemos as orações dos santos como incenso sobre o altar dourado diante do trono. (Apoc. 5:8 e 8:3). O maior pecado da igreja é o estado de falta de oração. Isto conduz à frieza, indiferença e descrença. A oração é a mais eficiente arma com que conta a igreja. Move Deus em direção aos homens, e estes em direção a Deus. Deus não abençoa maquinário ou métodos, mas abençoa uma igreja que ora.

b) A igreja é ordenada que ore.

1 Tess. 5 :17 — "Orai sem cessar." Manda-se que a igreja sempre ore. (Lucas 18:1). Lucas 21:36; 1 Timóteo 2:1-3.

c)  O que é a Oração: A oração é uma comunhão com Deus. É o falar-se ao Senhor, e ouvir-se o Senhor falar. Ela consiste em comunhão intercessão, súplica, fadigas da alma, que permitem ao Espírito Santo orar pelo santo, com gemidos que não podem ser entendidos. Romanos 8:26).

d)  Modos de orar: Não há um modo ou um tempo definido para se orar. A Bíblia dá exemplos de todas as posturas do corpo, enquanto se ora: de pé, ajoelhado, deitado e prostrado. Não há tempo ou lugar especiais para se orar. Devemos estar numa atitude de oração permanentemente, e devemos estar prontos para orar a qualquer momento. Faz pouca diferença se oramos audivelmente ou silenciosamente, desde que oremos do coração, e com fé.

e) O poder da Oração em Conjunto: Se oramos em uníssono e concordamos em, por exemplo, tocar qualquer coisa na terra, Jesus prometeu que nossas orações seriam respondidas. (Mateus 18:19). É nesta ideia que está o poder da oração em conjunto.

3.  JEJUM:

a) O que é o jejum? — O jejum é a abstenção de comida e a continência conjugal, (1 Coríntios 7:5), por um período definido de tempo, para que se ore e procure Deus.

b)  É a igreja ordenada que jejue? - Não. A igreja é ordenada que ore, mas não é comandada que jejue. No entanto, Cristo disse que jejuaria, (Mateus 9:15), e a igreja em seus primeiros tempos jejuava. (Atos 13:2 e 14:23). Pelo Novo Testamento todo há a inferência de que a igreja jejuaria.

c)  Quais são os benefícios do jejum? Os benefícios do jejum são que nós podemos orar mais eficazmente. A oração acompanhada de jejum é mais eficaz e poderosa do que aquela efetivada sem a ajuda do jejum. Cristo disse que certos demônios somente poderiam ser expulsos por meio da oração e do jejum. (Marcos 9:29).

4.  ADORAÇÃO:

a)  O que é a adoração? - É um ato definido da alma que se curva perante Deus, em profunda adoração e absorvida contemplação da majestade e da glória de Deus. Nas orações estamos ocupados com as nossas necessidades, ao darmos graças estamos ocupados com as nossas bênçãos, na adoração estamos perdidos para nós mesmos e absortos em Cristo. Assim como o dar-se graças é um degrau mais alto em nosso sacrifício espiritual do que a oração, mesmo assim a adoração é o estágio mais alto. É com isto que mais agradamos ao Senhor.

b) Como devemos adorar? -

João 4:24 - "Deus é espírito, e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade."

Aqui estão dois elementos da verdadeira adoração: Espírito e Verdade. Para adorá-lo em VERDADE devemos ter uma revelação da verdadeira identidade de Deus. Para adorá-lo em ESPÍRITO devemos estar plenos do Espírito Santo. Apenas os santos plenos do Espírito podem verdadeiramente adorá-lo em Espírito, e os crentes da Unicidade adorá-lo na Verdade.

5. AÇÕES DE GRAÇA:

Filipenses 4:6 "...em tudo, porem, pela oração e pela súplica, com ações de graça, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus."

1 Tess 5:18 — "Em tudo, dai graças." A ingratidão é uma condição dos últimos dias. (2 Timóteo 3:2). (Rom. 1:21). Apenas um dos leprosos retornou para agradecer ao Senhor pela sua cura; nove foram embora sem agradecer.

O dar-se graças está estreitamento ligado com a oração e a adoração. É o elo na corrente que une a oração e a adoração. Tudo o que somos ou temos, tudo que gozamos na vida, vem de Sua mão provedora. Deve fluir do coração da igreja uma constante correnteza de agradecimentos.

6. COMPARECIMENTO À IGREJA:

Hebreus 10:25 — "Não abandonemos a nossa própria pregação, como é o costume de alguns..." É intenção do Senhor que a igreja se reúna toda ela, para adorar como uma única unidade. Cada seu membro precisa da ajuda, do encorajamento e das bênçãos que podem advir da entidade inteira. Assim como cada membro de nosso corpo físico tem que estar ligado ao todo, para que se goze saúde e vida, assim todos os membros da igreja precisam estar espiritualmente ligados ao corpo.

O comparecimento regular à igreja torna-se uma parte vital da vida do santo. Ele deve comparecer a tantos serviços, quantos lhe forem possível, por semana.

Antes de se transferir para outra cidade, o cristão deve sempre indagar sobre a nova igreja que deva frequentar. Se não houver uma igreja naquela localidade, ele deve ou negar-se a mudar, ou providenciar para que forme uma nova assembleia assim que chegar ao novo local. Por motivo algum deve Ele estar afastado dos serviços públicos de culto, ou do convívio dos outros irmãos.

7. TESTEMUNHANDO:

Atos 1:8 - "...sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e em Samaria, e até os confins da terra."

A palavra "testemunha" vem da palavra grega "martys" da qual recebemos a palavra "mártir". O significado de ser-se uma testemunha é dar-se testemunho de nossa fé até o ponto de sofrer e morrer por ela. O ato de testemunhar não foi restrito aos apóstolos, mas todos os crentes eram testemunhas. Todos os membros da igreja, independentemente da idade ou da posição na vida, são testemunhas. Devemos testemunhar o ministério de Jesus Cristo (Atos 10:39-41) e o Seu poder salvador. (Atos 10:43). Devemos estar preparados para testemunhar à verdade das Escrituras, e a uma experiência pessoal com Deus. (1 Pedro 3:15).

8. VIVENDO SANTAMENTE:

Salmo 29:2 — "Adorai o Senhor na beleza da santidade."

A verdadeira igreja é uma igreja gloriosa, sem mácula e sem ruga, (Efésios 5:27). A igreja é uma igreja linda, mas sua beleza não é uma demonstração externa de beleza física. É uma beleza interna de verdadeira santidade.

A igreja apóstata está envolta em uma custosa exibição de ornatos exteriores, que são ordinários e fantasiosos aos olhos de Deus. (Apocalipse 17) O mundo tem uma falsa concepção de beleza e por meio de tintas e ornatos exteriores, tenta camuflar a verdadeira aparência.

A salvação embeleza os humildes (Salmo 149:4) e a noiva que espera a vinda de seu Senhor é uma igreja de santidade, e que é linda aos olhos de Jesus Cristo. (Cânticos de Salomão 6:4)

ORDENAÇÕES DA IGREJA

1. DEFINIÇÃO DE ORDENAÇÃO:

Uma ordenação é um regulamento que prescreve um ritual definido na igreja, que foi instituído para um fim espiritual definido. Uma ordenação usa símbolos da terra que trazem as bênçãos dos céus.

2.  A CEIA DO SENHOR:

A ceia do Senhor foi instituída pelo Senhor propriamente, na noite em que foi traído, depois que Ele tinha feito a refeição da Páscoa com Seus discípulos. (Lucas 22:19-20).

a) Nomes Dados a Esta Ordenação:

1) A Ceia do Senhor — Foi instituída pelo Senhor e é uma comemoração a Ele. É "ceia" no sentido de que é a última refeição nesta dispensação — a próxima será com Ele em Seu Reino.

2) Eucaristia - isto quer dizer "dar graças".

3) Comunhão - isto quer dizer uma "partilhar”, uma “participação conjunta.".

4) Sacramento - Esta palavra vem do latim "sacramentum" e quer dizer um “pacto de lealdade”.

Dos termos empregados temos o significado desta ordenação: comemoração, ação de graças, comunhão e compromisso.

b) Elementos usados:

I) Pão sem fermento - simbólico de Seu corpo partido.

II) Fruto da Vinha - simbólico de Seu sangue derramado.

c) Com que frequência deve-se exercer este serviço Não fomos informados. Foi apenas dito "tão frequentemente" (1 Cor. 11:26). Não deve ser exercido tão frequentemente que seu significado espiritual seja perdido por sua repetição. Por outro lado há uma bênção neste serviço, e deve ser mantido razoavelmente frequente. Uma vez por mês parece ser a frequência mais acertada.

d) Significado Espiritual: — A Ceia do Senhor é uma recordação do Calvário, e uma mirada para a futura Vinda do Senhor. Pela fé, o corpo do Senhor é caracterizado. Isto apenas pode acontecer se não houver condenação no coração do crente.

e) Preparado para a Participação: -

1 Cor.  11:28 — "Examine-se o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice."

O exame de si próprio e a confissão do pecado (se houver) devem acontecer em preparação da participação da comunhão. Se houver pecado no coração, não poderá haver fé e o corpo do Senhor não pode ser discernido. Muitos estão doentes e até morrem por que a tomam indignamente.

f) Bênção de — 1) Perdão dos pecados e purificação do corpo, quando voltamos nossas vistas para o Calvário. 2) Força para a jornada e encorajamento para a almas quando voltamos nossas vistas para a futura segunda Vinda.

3. BATISMO DE ÁGUA:

a)      Um Batismo — Efésios 4:5 — "Um Senhor, uma fé, um batismo."

Há um batismo que tem dois elementos, água e espírito. A igreja batiza os convertidos na água, Jesus Cristo batiza o crente com o Espírito Santo. Ambas as fases ou elementos são necessários para ser batizado no corpo.

b) Significado do batismo: Vem do grego "baptizo" que quer dizer "molhar, mergulhar, imergir". O batismo só pode ter significação quando for imersão. No batismo somos identificados com Cristo na morte e no sepultamento. Romanos 6:3-4.

c) Preparação para o Batismo: — Arrependimento é o único requisito necessário para o batismo. O batismo de água não deveria nunca ser administrado até que o candidato estivesse completamente arrependido. Atos 2:38.

d) Quando pode o batismo ser administração? — No momento que alguém se arrepende, ele se torna um candidato para o batismo de água, que não deve ser postergado. Atos 10:48; 16:33 e 9:18.

e) Fórmula para o batismo: — O batismo de água é administrado em Nome de Jesus. Os Apóstolos sempre batizavam em Nome de Jesus, para a remissão dos pecados. Para ser balizado em água o candidato deve ser imerso em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

CAPITULO 37

O PLANO FINANCEIRO DE DEUS

O dízimo do Velho Testamento, versus o dadivar do Novo Testamento

Introdução

A ideia de que todo crente é obrigado a dizimar (dar 10% da sua renda para a obra do Senhor) é largamente difundida nas igrejas evangélicas de hoje.  Já bem cedo na vida espiritual, praticamente todo crente é ensinado que tem que dizimar. Algumas igrejas creem tão fortemente em dizimar que seus membros regularmente recitam o Credo do Dizimista -- "O dízimo é do Senhor. Em a verdade, o aprendemos. Em a fé, o cremos. Em a alegria, o damos. O dízimo!"  Outros [muitos] pregadores têm clamado que qualquer crente que não dá o dízimo para o trabalho do Senhor está roubando Deus e está sob maldição, de acordo com Malaquias 3:8-10.

Neste livrinho, examinaremos o que a [própria] Bíblia ensina sobre o assunto do dízimo, sendo nosso propósito entendermos [somente pela Bíblia]  qual a [real] relevância que o dízimo tem para os crentes no Senhor Jesus Cristo, vivendo sob o Novo Pacto. Faremos isto examinando o que a [própria] Bíblia tem a dizer sobre o dízimo: 1) antes da Lei ser dada; 2) sob a Lei Mosaica; 3) nas Escrituras do Novo Testamento. [0]

1 - O dízimo, antes da Lei

Há duas passagens Bíblicas que falam de um dízimo sendo dado antes que a Lei fosse instituída no Sinai. As passagens envolvem Abraão e Jacó, dois dos patriarcas de Israel.

Gênesis 14:17-20: "E o rei de Sodoma saiu-lhe ao encontro (depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) até ao Vale de Savé, que é o vale do rei. 18 E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. 19 E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; 20 E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. [Todas as citações são da Almeida Corrigida Fiel]"

Nesta passagem, somos ditos que Abraão deu um dízimo a Melquisedeque, presumivelmente como uma expressão de gratidão a Deus por capacitar-lhe e conceder-lhe resgatar seu sobrinho Ló, que tinha sido levado cativo. Aqueles que crêem que o dízimo é mandatório para os crentes do Novo Testamento argumentam que, uma vez que o dízimo foi praticado antes que a Lei Mosaica fosse dada, ele forçosamente também tem que ser praticado depois da Lei Mosaica (que tem sido feita obsoleta pelo estabelecimento do Novo Pacto, através do sacrifício de Cristo) (He 8:13). No entanto, antes que cheguemos a qualquer decisão dura e apressada,  olhemos de mais perto o texto [acima] e façamos algumas observações pertinentes.

- Não há nenhuma evidência neste texto de que dizimar foi ordenado por Deus. De fato, tudo no texto nos leva a crer que dar o dízimo foi, completamente, uma decisão e [livre] escolha de Abraão. Como tal, foi completamente voluntária. Como veremos pouco depois em nosso estudo, o dízimo, na Lei, de modo algum era voluntário, mas sim obrigatório a todo o povo de Deus.

- Ademais, este é o único dízimo que as Escrituras mencionam que Abraão deu [em toda a sua vida]. Não temos nenhuma evidência de que dizimar era sua prática geral [habitual, constante].

- Ainda mais, este dízimo proveio do despojo da vitória que Abraão adquiriu por poderio militar. Como notaremos depois em nosso estudo, o dízimo exigido sob a Lei Mosaica era sobre o lucro da colheita, dos frutos e dos rebanhos, e para ser dado em uma base anual -- não o despojo de uma vitória militar!

Gênesis 28:20-22: E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; 21 E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus; 22 E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.

Jacó, nesta passagem, está fazendo um voto em resposta a uma visitação que recebeu de Deus, em um sonho. Neste sonho, Jacó viu uma escada alcançando o céu, com os anjos de Deus subindo e descendo por ela. No sonho, Deus estava de pé, acima da escada, e disse a Jacó "... Eu sou o SENHOR Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; 14 E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra; 15 E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado."  (v. 13-15). Em resposta, Jacó fez o voto que, se Deus guardasse Sua promessa, ele, por sua vez, daria a Deus um dízimo. Novamente, em semelhança ao exemplo de Abraão, parece que este dízimo foi voluntário da parte de Jacó. Se ele de fato começou a dizimar [a Bíblia não o registra] depois que Deus cumpriu a promessa que lhe fez, Jacó ainda adiou o dizimar por 20 anos! [até depois da volta a Canaã.]

Estes dois são os únicos exemplos de dizimar que podem ser encontrados no Velho Testamento antes da Lei ser dada. Ambos são exemplos de algo voluntário, e nenhum desses dois dízimos foi pedido por Deus. Em nenhum dos personagens [Abraão e Jacó, que deram estes dois dízimos,] vemos um exemplo de dizimar como uma prática geral [habitual, constante] das suas vidas. De fato, na vida de Abraão, parece que temos um dízimo como algo que ele só deu uma única vez em sua vida, e foi [um dízimo] dos despojos de uma vitória militar, dado a um sacerdote de Deus [1]. Se nossa única evidência para obrigar crentes sob o Novo Pacto a dizimarem se apóia nestas duas passagens de Gênesis, parece-me que estamos nos apoiando em um fundamento muitíssimo inseguro!

2 - Dizimando, sob a Lei Mosaica

Que ensina a Bíblia sobre o dízimo sob a Lei Mosaica? Nesta seção do nosso estudo, examinaremos todas as passagens significantes que descrevam o dízimo sob a Lei, nas Escrituras.

Levítico 27:30-33: "Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR. 31 Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. 32 No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR. 33 Não se investigará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas, se de alguma maneira o trocar, tanto um como o outro será santo; não serão resgatados."

Note que, nesta passagem, o dízimo é descrito como sendo parte do produto da terra, da semente do campo, do fruto das árvores, do gado, e do rebanho. O dízimo não era o dar dinheiro. Em local algum das Escrituras você encontrará que dizimar era o dar dinheiro para Deus. Ademais, o dízimo era provavelmente dado em uma base anual. Cada ano, depois que a terra tinha sido colhida, as pessoas traziam para os sacerdotes as décimas partes de suas colheitas e do aumento na manada e no rebanho [2]. Daí, penso que podemos imediatamente ver que nossa contribuição  semanal (ou mensal) de dez por cento de nossa renda monetária difere muito da prática do dízimo que encontramos na Bíblia.

Números 18:21-24 ["O Dízimo para os Levitas"]: E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam, o ministério da tenda da congregação. 22 E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram. 23 Mas os levitas executarão o ministério da tenda da congregação, e eles levarão sobre si a sua iniquidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão, 24 Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao SENHOR em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão”.

Note, neste texto, que o dízimo foi planejado para ser o sustento dos levitas. Uma vez que estes não tinham nenhuma herança [terra para atividade agropastoril na Terra Prometida, tal como a tinham as outras tribos, Deus fez provisão para o sustento deles através do dízimo das outras famílias de Israel. De fato, em Números 18:31 somos ditos "E o comereis em todo o lugar, vós e as vossas famílias, porque vosso galardão é pelo vosso ministério na tenda da congregação." O dízimo foi o pagamento- recompensa que Deus supriu para os levitas, pelos seus serviços sacerdotais. Isto é similar ao sustento que os funcionários do governo recebem hoje no nosso país, através dos impostos e taxas pagos pelo trabalhador comum.

Deuteronômio 14:22-27 ["O Dízimo para o Festival"]: Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo. 23 E, perante o SENHOR teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao SENHOR teu Deus todos os dias. 24 E quando o caminho te for tão comprido que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o SENHOR teu Deus para ali pôr o seu nome, quando o SENHOR teu Deus te tiver abençoado; 25 Então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o SENHOR teu Deus; 26 E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa; 27 Porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo”.

Este texto fala de um dízimo sendo usado para prover as festas e festivais religiosos de Israel. Números 18:21 nos diz que Deus deu todo o dízimo em Israel para ser a herança para os Levitas. Se todo o dízimo foi dado aos Levitas, então como é que este dízimo (em Dt 14) é dito para ser usado para as festas e festivais religiosos de Israel? A resposta tem que ser que este é um segundo dízimo. O primeiro era usado para o sustento dos Levitas e o segundo para prover para os festivais religiosos, tanto assim que chegou a ser referido como "O  Dízimo para o Festival". O povo de Israel devia usar este dízimo para comer na presença do Senhor, em Jerusalém (o local que Ele escolheu para estabelecer seu nome). Se fosse demasiadamente incômodo para as pessoas de longe trazerem seus dízimos todo o caminho até Jerusalém, seria permitido que elas o vendessem  e trouxessem o dinheiro [apurado] até Jerusalém, onde poderiam comprar aquilo de necessidade para os festivais. Deus expressamente encoraja as pessoas a gastarem o dinheiro deles em "tudo o que deseja a tua alma," incluindo bebida forte! ! [3] O propósito era que o povo de Israel  pudesse  aprender [ambas as coisas:] a temer o Senhor e a regozijar ante Ele. Note que ter um sentimento de temor do Senhor, e regozijar ante Ele, não são mutuamente exclusivos, mas, na realidade, são complementares, deveriam  acompanhar um ao outro! Este "Dízimo Para o Festival"  tornou possível ao povo de Israel ter toda a comida e bebida necessárias para que  pudesse usufruir prazerosamente das festas religiosas de Israel, e adorar ante o Senhor.

Deuteronômio 14:28-29 ["O Dízimo para os Pobres"]: Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas; 29 Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem”.

Aqui, somos ensinados a respeito de um terceiro dízimo que é coletado a cada terceiro ano. Os comentaristas Bíblicos estão divididos quanto a se este é realmente um terceiro dízimo, em separado, ou apenas é o segundo dízimo usado de um modo diferente, no terceiro ano. O historiador judeu Josephus apóia o ponto de vista de que este foi um terceiro dízimo, em separado. Outros antigos comentaristas judeus têm escrito em apoio a que é [apenas] o segundo [tipo de] dízimo que, a cada três anos, era coletado e usado com outro fim. É impossível se determinar com absoluta certeza quem está certo. De qualquer modo, o povo judeu tinha sido ordenado a dar pelo menos [10 + 10  =] 20 por cento das suas colheitas e rebanhos, e talvez tanto quanto  [10 + 10 + 10/3] = 23.3 por cento! Este dízimo particular bem poderia ser chamado "O Dízimo para os Pobres". Não devia ser ajuntado em Jerusalém, mas nas aldeias. As pessoas de cada aldeia deviam trazer uma décima parte de suas colheitas e rebanhos e ajuntar tudo, para prover os pobres da aldeia, incluindo os estrangeiros, os órfãos, e as viúvas.

Em muitos aspectos, parece que o dízimo exigido sob a Lei é hoje similar à taxação que o  governo impõe sobre nós. Israel era governado por uma teocracia. Sob ela, o povo era responsável por prover para os trabalhadores do governo (os sacerdotes e os levitas em geral), para os dias santificados (festas de alegria ao Senhor), e para os pobres (estrangeiros, viúvas e órfãos).

Neemias 12:44: “Também no mesmo dia se nomearam homens sobre as câmaras, dos tesouros, das ofertas alçadas, das primícias, dos dízimos, para ajuntarem nelas, dos campos das cidades, as partes da lei para os sacerdotes e para os levitas;” porque Judá estava alegre por causa dos sacerdotes e dos levitas que assistiam ali. Note que o texto diz que os dízimos eram exigências "da Lei".

Estes dízimos não eram voluntários como o foi nas vidas de Abraão e Jacó. Similarmente, lemos em Hebreus 7:5 "E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão." [Indiscutivelmente] o dízimo nunca foi voluntário, sob a Lei de Moisés. Note, aqui, que, nos dias de Neemias, homens eram indicados para ajuntarem as ofertas e os dízimos em câmaras designadas para aquele propósito particular. Estas câmaras eram para os bens armazenados, e depois se tornaram conhecidas como "casas do tesouro". Isto se tornará importante quando olharmos para o nosso próximo texto, em Malaquias 3.

Malaquias 3:8-12: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. 9 Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. 10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. 11 E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. 12 E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos”.

 Examinemos esta passagem verso por verso, para que dela possamos extrair algumas importantes verdades.

3:8 Este verso nos diz que quando um homem retém seus dízimos ele está roubando, na realidade, a Deus. Isto porque ele está retendo algo que não lhe pertence, antes é propriedade de Deus. [4]  Sob o Velho Pacto, o dízimo era mandatório, portanto retê-lo era se tornar um ladrão. Note também que Deus diz que o povo o estava roubando em dízimoS. Ele não disse no "dízimo", mas sim nos "dízimoS" (plural). Estes "dízimos"  têm que se referir aos diferentes dízimos requeridos do povo de Deus (o Dízimo para o Levita, o Dízimo para as Festas ao Senhor, e o Dízimo para os Pobres). Adicionalmente, observe que Deus não está condenando o reter apenas dos dízimos, mas também das ofertas. Estas, sem dúvida, referem-se às ofertas especificadas em Levíticos 1-5, tais como a oferta queimada [holocausto], a oferta dos manjares, a oferta de paz, a oferta pelos pecados, e a oferta pelas culpas. Todas estas ofertas eram constituídas, principalmente, de sacrifícios de animais. O suprimento de comida e mantimento para os Levitas era provido, em grande parte, através destes sacrifícios de animais, dos quais os Levitas eram permitidos participar [comendo-os], em certos casos. Uma importante pergunta emerge a este ponto. Por que é que reconhecemos que o sacrifício de animais não é coisa para o Novo Pacto, mas dizemos que o dízimo o é? Se estivéssemos sob a obrigação de pagar dízimos hoje, então, certamente, ainda estaríamos obrigados a oferecer sacrifícios de animais. Deus amarrou um ao outro (os dízimos e os sacrifícios), e disse que Seu povo O estava roubando por reter a ambos. Não podemos decidir "pegar e escolher" qual dos dois ofereceremos a Deus, hoje. Das duas uma: [a] estamos sob a obrigação de oferecer ambos, tanto dízimos como ofertas de animais (sacrifícios), ou [b] ambos [dízimo e sacrifício] têm sido abolidos pela ab-rogação da Lei Mosaica.

3:9 Aqui, somos ditos que, como o povo de Israel estava retendo os dízimos e ofertas, consequentemente estava amaldiçoado com uma maldição. Note que o verso não diz "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda a humanidade." Ao contrário, diz "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação." Se dizimar fosse um mandamento moral e eterno para todos os povos de todos os tempos, então todos estes estariam sob maldição. Mas nosso texto somente diz que é toda nação de Israel que estava sob a maldição. Agora, o que é interessante sobre esta "maldição" é que, em Deuteronômio 28, somos ditos que se Israel, sob a Lei Judaica, desobedecesse os mandamentos de Deus, então a nação seria amaldiçoada. Note os seguintes textos: Deuteronômio 28:18 "Maldito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e as crias das tuas vacas, e das tuas ovelhas. 23 E os teus céus, que estão sobre a cabeça, serão de bronze; e a terra que está debaixo de ti, será de ferro. 24 O SENHOR dará por chuva sobre a tua terra, pó e poeira; dos céus descerá sobre ti, até que pereças. 38 Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o gafanhoto a consumirá. 39 Plantarás vinhas, e cultivarás; porém não beberás vinho, nem colherás as uvas; porque o bicho as colherá. 40 Em todos os termos terás oliveiras; porém não te ungirás com azeite; porque a azeitona cairá da tua oliveira. E todas estas maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão, até que sejas destruído; porquanto não ouviste à voz do SENHOR teu Deus, para guardares os seus mandamentos, e os seus estatutos, que te tem ordenado;"(Dt 28:18, 23-24, 38-40, 45). Nestes versos, Deus adverte que, se o Seu povo desobedecesse os Seus mandamentos e estatutos, então as ceifas dele falhariam, as chuvas não viriam, as colheitas seriam pequenas, a locusta [tipo de grilos ou gafanhotos] consumiria a comida, e o fruto das árvores falharia.

3:10 Nesta passagem, Deus fala da "casa do tesouro". Com base em Neemias 12:44, sabemos que isto se refere às câmaras no Templo, postas à parte e designadas para guardar os dízimos dados pelo povo para o sustento dos sacerdotes [e a todos os demais levitas]. Não existe sequer um fiapo de evidência de que devemos associar estas "casas do tesouro"  aos prédios das igrejas para os quais os crentes do Novo Pacto devem trazer seus dinheiros. Ademais, a razão pela qual Israel devia trazer todos os dízimos para dentro da casa do tesouro era que houvesse [bastante] alimento na casa de Deus. Deus estava interessado em que os levitas tivessem comida para comer. Este era o propósito daqueles dízimos que eram trazidos para o Templo de Deus. Somos ditos, também, que se o povo de Deus fosse fiel em trazer seus dízimos para a casa do tesouro, Deus abriria as janelas do céu e derramaria para eles uma bênção até que transbordasse. Isto sem dúvidas refere-se à promessa de Deus de trazer abundantes chuvas para produzir a bênção de uma transbordante ceifa.

3:11 Neste verso, Deus promete que se Israel trouxer os dízimos (e as ofertas), Ele repreenderá o devorador para que não destrua o fruto da terra. Sem dúvidas, o "devorador" é uma referência às locustas que Deus adverte que virão sobre os campos de Israel se o povo falhar em trazer o dízimo (Dt 28:38; vide acima).

3:12 Neste verso, Deus graciosamente promete que, se Israel for obediente no dar os seus dízimos  e ofertas, todas as nações a chamarão abençoada. É interessante que Deus não apenas advertiu Israel de que seria amaldiçoada se desobedecesse a Lei Mosaica, mas também prometeu que seria abençoada se a obedecesse. Note estes textos, "1 E será que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o SENHOR teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. 2 E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do SENHOR teu Deus;”(Dt 28:1-2). 4 Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais; e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas. 8 O SENHOR mandará que a bênção [esteja] contigo nos teus celeiros, e em tudo o que puseres a tua mão; e te abençoará na terra que te der o SENHOR teu Deus. 11 E o SENHOR te dará abundância de bens no fruto do teu ventre, e no fruto dos teus animais, e no fruto do teu solo, sobre a terra que o SENHOR jurou a teus pais te dar. 12 O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo, e para abençoar toda a obra das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado." (Dt 28:1-2, 4, 8, 11-12). Aqui, Deus prometeu abençoar Israel materialmente, se ela fosse obediente. A promessa inclui abundantes colheitas, copiosas chuvas, e grandes aumentos nas manadas e nos rebanhos.

Portanto, é minha convicção que as bênçãos e maldições escritas em Malaquias 3:8-12 referem-se às bênçãos materiais que Deus prometeu a Israel, se ela obedecesse seus mandamentos e estatutos. Dizimar foi um destes mandamentos.

Portanto, que podemos concluir sobre o dízimo, sob a Lei Mosaica? Penso que, com segurança, podemos concluir que o dízimo não tinha nada a ver com o dar dinheiro regularmente, numa base semanal ou mensal, mas, ao contrário, tinha a ver com a adoração a Deus conforme ordenada no tempo do Velho Pacto. O mandamento para dizimar, tal como os mandamentos para não comer camarão nem ostras, tornou-se obsoleto e foi colocado de lado, pela inauguração do Novo Pacto, na morte de Cristo. O dízimo foi o sistema de impostos e taxas ordenado por Deus sob o sistema teocrático do Velho Testamento.

Se alguém deseja dizimar realmente [literalmente] de acordo com as Escrituras, teria que fazer o seguinte:

1) Deixar seu trabalho e comprar uma terrinha, de modo que possa criar seu gado e plantar e colher [grãos, verduras e frutas].

2) Encontrar algum descendente de Leví, para sustentá-lo [e este a um descendente do levita Arão (que realmente seja sacerdote, no Templo, em Jerusalém)].

3) Usar suas colheitas para observar as festas religiosos do Velho Testamento (tais como Páscoa, Pães Asmos, Pentecostes, Tabernáculos) [quando, como e onde Deus ordenou. Literalmente];

 4) Começar por dar pelo menos 20 por cento de todas as suas colheitas e rebanhos a Deus; e

5) Esperar que [com toda certeza] Deus amaldiçoe sua nação [em oposição ao próprio crente] com [grande] insuficiência material, se ela for infiel, ou a abençoe com [grande] abundância material, se for fiel.

Penso que todos nós concluiríamos que isto é completamente absurdo! Todos reconhecemos que Cristo tem abolido o sacerdócio levítico, os sacrifícios de animais, e as festas religiosas, em Cristo. Bem, se isto é verdade, por que estamos tentando segurar [i.é  manter] o dízimo, que foi parte e parcela de todas essas ordenanças do Velho Testamento?

3 - Dizimando, no Novo Testamento

A coisa mais interessante sobre o conceito de dizimar, debaixo do Novo Testamento, é que é quase que virtualmente ausente. No NT há [somente] quatro diferentes passagens  que fazem alguma menção ao dízimo. [Examinemo-las.]

Mateus 23:23: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas."

Esta passagem em Mateus é também repetida de uma forma similar em Lc 11:42. Em ambos os casos é importante notar que o dízimo tinha a ver com ervas que serviam de condimentos e eram cultivadas no quintal (o produto do campo), ao invés de ter a ver com dinheiro. Adicionalmente, Jesus falou estas palavras aos fariseus, que eram muito religiosos e guardadores da Lei, e o fez enquanto a Lei ainda estava em vigor. Dizer que, uma vez que Jesus falou a estes fariseus que deviam dizimar, isto força que também nós devemos dizimar, ignora o fato que aqueles fariseus viviam sob pacto e leis diferentes daqueles de um salvo do Novo Testamento. Cristo, através da sua morte, inaugurou o Novo Pacto, assim efetivando uma mudança na Lei (Lc 22:20; He 7:12) [Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós. (Lucas 22:20) Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. (Hebreus 7:12)]. Finalmente, notemos que o dízimo aqui mencionado não foi voluntário em nenhum sentido da palavra. Jesus lhes diz que "deveis" [tendes o dever de] dizimar. [O dízimo] era mandamento, ordem para todos os judeus e, assim, era obrigatório.

Lucas 18:12: "Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo."

Jesus, nesta passagem, está ensinando a parábola acerca do fariseu e do cobrador de impostos. Cristo põe estas palavras na boca do fariseu que se via a si mesmo como justo: "dou os dízimos de tudo quanto possuo." Cristo está enfatizando [não o dever do crente neo-testamentário pagar o dízimo mosaico aos levitas, mas] que o homem se vê a si mesmo como justo, confia em suas obras para ser aceitável ante Deus, todavia, a despeito do melhor que faça, não é justificado ao olhos de Deus. Repetimos: Cristo está falando acerca de um fariseu que dá o dízimo, ao tempo em que vivia sob a Lei Mosaica, não de um crente [da Dispensação da Igreja] dizimando sob o Novo Pacto.

Hebreus 7:1-10: "1 Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; 2 A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; 3 Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. 4 Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. 5 E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. 6 Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. 7 Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. 8 E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. 9 E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. 10 Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro."

Nesta longa passagem, o objetivo do autor é mostrar a superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o sacerdócio levítico e, portanto, exortar seus leitores para não retornarem às suas formas judaicas de adorar, repletas com seus sacerdócio, Templo e sacrifícios. O autor menciona o relato de Abraão pagando dízimos a Melquisedeque, [somente para o autor] mostrar que, desde que Levi estava nos lombos do patriarca Abraão, na realidade Levi pagou dízimos a Melquisedeque e foi abençoado por ele. Uma vez que é óbvio que o menor é sempre abençoado pelo maior, Melquisedeque e seu sacerdócio são maiores que os levitas e o sacerdócio deles. Aqui, o autor de Hebreus não está mais que reafirmando o fato que Abraão pagou dízimos a Melquisedeque, um fato que já temos analisado [acima]. Esta passagem não está exortando os crentes [neo testamentários] a darem [o dízimo] como Abraão o fez [mesmo que só do despojo de guerra e só uma vez na vida]. Ao contrário, está instruindo os crentes a perceberem a excelência de Cristo, o qual ministra como um sacerdote muitíssimo superior aos levitas. Portanto, esta passagem não pode ser usada para forçar o dízimo sobre os cristãos. Simplesmente, ela não foi escrita para tratar deste assunto. Ela não tem nada a ver com cristãos dadivando das suas rendas para Deus e sua obra, mas, ao contrário, tem tudo a ver com a superioridade de Cristo.

Bem, aí você tem a totalidade do ensino do Novo Testamento sobre o dízimo. Não há nem sequer uma, uma só palavra em todo o Novo Testamento que ordene ou mesmo sugira que se espera que crentes, dentro do Novo Pacto, dizimem. Mas, enquanto o Novo Testamento fica em total silêncio sobre o dever dos cristãos dizimarem, não o fica sobre o assunto de dadivar, sobre isto o NT fala muito e muito alto.

O Novo Testamento nunca estipula um certo valor percentual como um padrão obrigatório e exigido para nossas contribuições. Ao contrário, as Escrituras declaram: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." (2Cor 9:7). O dízimo do Velho Testamento foi exigência legal. Os judeus estavam sob obrigação de dá-lo. O ensino do Novo Testamento sobre o contribuir focaliza o seu caráter voluntário "Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente." (2Co 8:3). Esta contribuição voluntária é exatamente o que Abraão e Jacó estavam praticando antes da instituição da Lei, e é o que todos os cristãos devem estar praticando hoje. Os crentes de hoje têm a liberdade de dadivar tanto quanto decidam. Se quiserem dar dez por cento como Abraão e Jacó o fizeram [já vimos a ocasião e através de quem o fizeram], eles estão perfeitamente livres para tal. No entanto, se decidirem dar 9 por cento ou 11 por cento ou 20 por cento ou 50 por cento, então podem muito bem fazê-lo. O padrão de suas contribuições não é uma percentagem fixa, mas o exemplo de um maravilhoso Salvador  -- "Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis." (2Co 8:9). Nosso [exemplo-] padrão de contribuir é o próprio Cristo, o qual não deu 10 por cento nem 20 por cento nem mesmo 50 por cento, mas 100 por cento! Ele deu tudo que tinha, inclusive sua própria vida, para redimir homens e mulheres pecadores como eu e como você!

Algumas vezes aqueles que são ricos sentem que, se pagarem apenas seus dez por cento, Deus estará alegre com eles. No entanto, um rico que dá [apenas] dez por cento de seus rendimentos pode na verdade desagradar a Deus, se estiver vivendo uma vida de luxo extravagante enquanto dá [talvez mesmo de má vontade] uma mera "ração de fome" para a obra de Deus e para as necessidades dos outros. A vontade de Deus em relação a este homem pode ser que dadive de 50 a 80 por cento de seus rendimentos, ao invés de 10 por cento. Cada pessoa deve buscar a Deus sobre o [quanto e o] como ela deve dadivar.

Ademais, aqueles que são pobres não devem se sentir culpados se não forem capazes de dar dez por cento de seus rendimentos. É verdade que Deus honrará o homem que dá sacrificialmente, mas se uma pessoa decide que não pode dar dez por cento dos seus rendimentos e ainda assim satisfazer as necessidades mais básicas [suas e de sua família], nós temos que permiti-lo aquela liberdade, sem julgá-lo. Afinal, em lugar nenhum Deus falou aos cristãos que é dever deles dar qualquer percentagem fixa.

Que o efeito deste estudo seja libertar-nos dos grilhões das tradições dos homens que não possam ser substanciadas pela Palavra de Deus (Mar 7:1-13) [... 7 Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. 8 Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; ... 9 E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição. ... 13 Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. ...]. Olhai para Jesus como o padrão e exemplo do vosso contribuir. Procurai a Deus diligentemente, sede generosos e prontos a compartilhar, para que entesoureis para vós mesmos o tesouro de uma boa fundação para o futuro, de modo que alcanceis aquela que é a verdadeira vida! (1 Tim 6:18-19) [18 Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; 19 Que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar  a vida eterna].

4 - Dadivando, no Novo Testamento

Se é verdade que dizimar foi parte da adoração de Israel no Velho Testamento, e que não tem nenhuma injunção prática sobre os crentes do Novo Testamento, então vem à tona, naturalmente, a pergunta "Que é que o Novo Testamento realmente ensina sobre o dar das nossas rendas [a Deus]?" Seguramente, o local de partida para os crentes do Novo Pacto começarem a entender qual é a revelada vontade de Deus para o dadivar deles, está nas Escrituras do Novo Testamento. É exatamente para lá que eu gostaria de lhe levar, para juntos examinarmos a vontade de Deus para o dadivar do [verdadeiro] cristão.

4.1 - o quanto do nosso dadivar

Uma vez que já temos estabelecido que o dízimo não é o padrão para crentes na Nova Aliança, como então determinarmos quanto os [verdadeiros] cristãos devem contribuir? Examinemos três diferentes textos, para colhermos, com esforço e cuidado, algum [real e profundo] entendimento sobre este importante assunto.

1 Coríntios 16:1-2: "1 Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia.

2 No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar."

Em nosso texto, o apóstolo Paulo dá direções à igreja de Corinto: é em proporção ao quanto [cada um] tem prosperado que eles devem dar na coleta para os santos em Jerusalém, [os quais estão] em grande pobreza [e passando por enormes aflições]. Embora não exista nenhuma menção dos santos em Corinto darem um dízimo [ou qualquer outra percentagem imposta], eles são instruídos a darem proporcionalmente à sua prosperidade. O ponto em foco é simples -- aqueles com mais dinheiro dêem mais, aqueles com menos dinheiro, podem dar menos. Nada mais claro nem mais simples.

Atos 11:27-30: "... 29 E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. ..."

Note, na narrativa, que foi proporcionalmente aos seus meios que os irmãos em Antioquia dadivaram para os irmãos que sofriam na Judéia. Em outras palavras, deram de acordo com suas capacidades. Aqueles com mais dinheiro deram mais, aqueles com menos dinheiro deram menos. Nada mais claro nem mais simples.

2 Coríntios 9:7: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."

Aqui, Paulo dá direções à igreja, para que dêem aquilo que têm proposto em seus corações. Note que o apóstolo não lhes diz quanto dar, nem lhes impõe uma percentagem fixa como padrão. Ele simplesmente lhes diz que, o que quer que tenham decidido dadivar, devem ir em frente e [efetivarem o] dadivar. Muitas vezes, no instante em que vemos uma necessidade, determinamo-nos a dar uma certa quantia, mas depois, quando o tempo de dar nos alcança, somos tentados a voltar atrás [ou ficar aquém]. Paulo ensina que devemos ser fiéis em fazer o bem segundo o que já tínhamos proposto em nosso coração. Mas note igualmente que o apóstolo Paulo deixa o valor a critério dos Coríntios. Não devemos permitir que outras pessoas [indevidamente] nos manipulem ou nos intimidem [psicologicamente ou de qualquer outra forma, levando-nos] a dar por um sentimento de culpa ou de pressão. Tem que não haver nenhuma compulsão [externa] em nosso dar; o valor tem que ser nossa própria decisão.

Estes textos do Novo Testamento nos ensinam que Deus deixa a nós o decidirmos sobre o valor das nossas contribuições. [Sim,] devemos dar em proporção aos nossos meios e a como Deus nos tem prosperado; ...  mas, ao final, somos livres para darmos aquilo que temos o desejo de dar. Quão libertador isto é, quando consideramos as táticas manipulativas de arrancar dinheiro que muitas igrejas de hoje tão frequentemente usam. Tenho estado em igrejas onde os líderes são induzidos a tomar empréstimos de mil ou dois mil dólares [22 a 44 salários mínimos brasileiros] [cada líder,] [para dar oferta extra à igreja, em certas campanhas]. Foram ditos que, se não derem [o estipulado], a obra de Deus fracassará. Os membros da congregação são pressionados a escrever e telefonar para parentes, pedindo dinheiro. Há campanhas pressionando para promessas [assinaturas de carnês, notas promissórias e outros documentos morais e legais]  e para o fundo de construção, com grandes gráficos coloridos. À medida que o tempo passa, [todos] são pressionados a dar mais e mais. Permita-me submeter-lhe que tudo isto corre em direção contrária aos ensinos do Apóstolo em 2Co 9:7 [ver acima]. A vontade de Deus é que, quando vemos uma necessidade, oremos ferventemente por direção sobre como podemos satisfazer aquela necessidade. Então, com base na nossa situação financeira, dadivamos com um coração prazeroso e alegre.

4.2 - o propósito do nosso dadivar

A quais tipos de necessidades devemos usar nosso dinheiro para satisfazer? Será que o Novo Testamento nos dá alguma luz sobre este importante assunto? Creio que as Escrituras são muito claras nesta área. O Novo Testamento ensina que há três propósitos para nosso dadivar:

 1. Satisfazer as necessidades dos santos:

Este tema é como um fio que vai através de [toda] a Escritura. Consideremos alguns textos:

Atos.2:44-45 "44 E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. 45 E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister." O espírito de amor e generosidade era tão grande, na igreja primitiva, que os crentes, de própria vontade e  alegremente, abriram mão de suas próprias propriedades e possessões, para ministrarem às necessidades dos outros santos. Eles chegaram mesmo ao ponto de vender suas terras e casas para tomarem conta um do outro” (Atos.4:34).

 1 João.3:17 "Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?"

Gálatas 6:9-10 "9 E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. 10 Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé." Embora o "façamos bem"  não seja claramente definido, seguramente incluiria o dadivar para satisfazer as necessidades dos domésticos da fé.

Em adição a estes claros textos, lemos também, em Mt.25:31-40, que, quando Cristo voltar, separará as ovelhas dos bodes. As ovelhas são descritas como aqueles que alimentaram Cristo quando ele estava faminto, deram-lhe de beber quando estava sedento, vestiram-no quando estava nu. Quando as ovelhas replicam: "Senhor, quando ... e te demos de comer?  ... e te demos de beber? 38 ... e te hospedamos?  ... e te vestimos? 39  ... e fomos ver-te?"  Cristo responde " Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." Aqui, Jesus nos diz claramente que quando usamos nosso dinheiro para vestir e alimentar os irmãos de Cristo (crentes, de acordo com Mt 12:50 ["... qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe."]), estamos ministrando a ele. Ademais, 1Tm 5:16 ["... para que se possam sustentar as que deveras são viúvas."] dá instruções sobre como a igreja deve sustentar viúvas desvalidas. Ainda mais, temos visto, nos textos já citados, as muitas exortações do apóstolo Paulo para dadivar aos santos pobres em Jerusalém. Portanto, é bastante claro que uma das prioridades do dadivar no Novo Testamento é satisfazer as necessidades dos santos.

2. Satisfazer as necessidades dos obreiros cristãos:

Além de usarmos nosso dinheiro para satisfazer as necessidades dos nossos irmãos e irmãs em Cristo, as Escrituras também nos levam a usar nosso dinheiro para sustentar os que trabalham na obra do Senhor. Consideremos as seguintes passagens:

1 Timóteo 5:17-18: "17  Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; 18 Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário."

Neste texto, "honra" tem que significar mais que [meras] estima e respeito, pois, no verso 3 do mesmo capítulo, Paulo manda a Timóteo "Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas." Honrar estas viúvas é prover para elas (v. 8) e assisti-las (v. 16). Portanto, quando Paulo menciona "honrar" os anciãos que trabalham duramente na pregação e ensino [da Palavra], imediatamente depois que ele mencionou honrar as viúvas, Paulo tem que ter a mesma coisa em mente -- prover e assistir aos anciãos financeiramente, de modo que possam se dedicar ao trabalho de labutarem na Palavra. Um ancião ensinador é como um boi que deve ser permitido comer enquanto está debulhando. Em outras palavras, deve ser sustentado e cuidado enquanto está trabalhando com todo esforço. Ele também é como um operário, o qual é digno de seu salário. A uniforme prática apostólica do Novo Testamento foi a de apontar anciãos para superintenderem as igrejas que os apóstolos plantavam. Paulo simplesmente está dirigindo as igrejas a proverem e assistirem financeiramente estes anciãos, de modo que possam dar seu tempo à tarefa de ministrarem ao rebanho.

1 Coríntios 9:6-14 "6 Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? 7 Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do gado? 8 Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo? 9 Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? 10 Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante. 11 Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais? 12 Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. 13 Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? 14 Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho."

Nesta passagem Paulo está clamando que os apóstolos tinham todo o direito de abster-se de [viverem de] trabalhos seculares e todo o direito de receberem o sustento material daqueles a quem serviam. De fato, Paulo assevera que o Senhor mandou àqueles que proclamam o evangelho que obtenham seu viver do evangelho.

Filipenses 4:15-18 "15 E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente; 16 Porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalónica. 17 Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta. 18 Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus."

Neste texto o apóstolo declara expressamente que a dádiva que os filipenses lhe haviam enviado foi um fragrante aroma, um sacrifício aceitável, e foi agradável a Deus. O próprio Deus nos tem dado sua aprovação para usarmos nosso dinheiro para sustento de fiéis obreiros cristãos. Portanto, é importante que o povo de Deus utilize seus recursos financeiros para sustentar obreiros cristãos, quer sejam anciãos de uma igreja local, ou evangelistas itinerantes, ou missionários.

3. Satisfazer as necessidades dos pobres: 

Em adição ao uso do nosso dinheiro para satisfazer às necessidades dos santos e dos obreiros cristãos, as Escrituras também nos mandam usar nosso dinheiro na satisfação das necessidades dos pobres. Considere os seguintes textos:

Lucas 12:33-34 "33 Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. 34 Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração."

Efésios 4:28 "Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade."

Aqui a pessoa que sofre a necessidade não é identificada como crente, mas presumivelmente pode ser qualquer um padecendo privação.

Tiago 1:27 "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo."

Visitar órfãos e viúvas em suas necessidades tem que significar mais que fazer-lhes uma mera visitinha social. Está implícita, na declaração, a ideia de ajudar estes órfãos e viúvas, o que, sem dúvidas, requereria dadivar sacrificalmente.

Como temos visto, podemos desta maneira sumariar o ensino do Novo Testamento sobre o propósito do dadivar –

[a] satisfazer as necessidades dos santos,

[b] satisfazer as necessidades dos obreiros cristãos, e

[c] satisfazer as necessidades dos pobres.

Note que o dadivar, no Novo Testamento, é sempre para satisfazer as necessidades das pessoas. É interessante que aquela coisa na qual a igreja na América gasta a maior parte do seu dinheiro, depois de pagar o salário do seu pessoal, não é de modo algum mencionada [no Novo Testamento] -- prédios da igreja! A Bíblia simplesmente não fala de [nenhuma] igreja entrando em débito para comprar [ou construir] caros prédios, pela simples razão de que a igreja primitiva não se reunia em prédios especiais. Eles se reuniam em casas. Assim, não havia despesa "não estrita e diretamente com o evangelho e com pessoas" [tal despesa], só faria drenar a energia e as finanças da igreja. Desta maneira, todas as dádivas do povo de Deus podiam ir diretamente para satisfazer as necessidades de pessoas.

Incidentalmente, não há nas Escrituras nada de que eu tenha conhecimento e que exija que todo nosso dadivar ao Senhor tem que ser primeiramente entregue aos líderes da igreja, e depois distribuídos por eles [conforme eles o prefiram]. De fato, creio que algumas das nossas dádivas devem ser feitas diretamente de pessoa para pessoa, para preservarmos o anonimato (Mt 6:1-4). É, razoável, portanto, colocar de lado (em casa ou numa conta bancária separada e especial) uma parte da sua dádiva total, de modo que, quando uma necessidade especial ou uma emergência surgir, tenhamos alguns recursos financeiros de que possamos sacar para satisfazer aquela necessidade.

4.3 - o modo do nosso dadivar

Além de nos iluminar sobre o valor total e sobre o propósito do nosso dadivar, as Escrituras nos ensinam diversas coisas sobre como devemos dadivar.

 1. Devemos dadivar anonimamente:

Em Mateus 6:1-4 [1  Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. 2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; 4 Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.

Jesus nos ensina a dadivar em segredo, para que aquele que vê em segredo nos recompense. Este tipo de dadivar é preferível pois protege o dadivador de orgulho espiritual. Quando você quiser dar uma dádiva a alguém, procure maneiras de satisfazer a necessidade que você percebeu, sem que o beneficiário jamais saiba quem deu o dinheiro [5].

2. Devemos dadivar voluntariamente (por nossa vontade, com amor):

2 Coríntios 8:3-4 diz "3 Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente. 4 Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos."

Somos aqui ensinados que as igrejas da Macedônia deram de suas próprias vontades. Ninguém os estava manipulando [emocional e psicologicamente], nem lhes torcendo o braço [obrigando-os]. Em 2Cor 9:7 Paulo diz "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."  Se não devemos dadivar  com tristeza ou sob compulsão [externa], então devemos dadivar voluntariamente [de ânimo pronto, com prazer e alegria]. Deus quer que nosso dadivar provenha do nosso coração. Ele quer que dadivemos porque temos todo o desejo de fazê-lo.

3. Devemos dadivar expectativamente:

Quando dadivamos, devemos esperar que Deus nos abençoe nesta presente vida. Consideremos os ensinos do apóstolo Paulo.

2 Coríntios 9:6 "E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará."

Quando alguém semeia por girar seu braço e espalhando abundantemente as sementes com a mão aberta, parece que está apenas jogando fora bom grão. Mas, se ele firmemente prendesse as sementes na sua mão [não deixando nenhuma escapar], ou se apenas jogasse uma ou duas sementes, teria uma ceifa muito pequena. Assim também com o dadivar do crente. Se não dermos nada ou se dermos muito pouco, só podemos esperar muito poucas bênçãos. Mas, se dermos com uma mão aberta e generosa, podemos esperar que colhamos abundantemente. John Bunyan disse uma certa vez: "Um santo nunca dizia 'esta moeda é minha', e, quanto mais ele dadivava, mais ele tinha." Muitos têm torcido 2Cor 9:9 como se ensinasse que Deus quer que dadivemos tendo, dentro de nós mesmos, o objetivo de recebermos. Este tipo de ensino apela para a carne, e faz crescer um espírito de avareza e cobiça nos crentes. Mas, ao contrário disto, Paulo nesta passagem está ensinando que devemos dadivar com o objetivo de recebermos mais para podermos dadivar [ainda] mais. Vejamos como Paulo expressa isto, nos versos 8-11: "8 E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, A FIM DE QUE, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; 9 Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre. 10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; 11 Para que em tudo enriqueçais PARA toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus." Notemos, nesta passagem, que Paulo está asseverando que Deus abençoará o dadivador generoso fazendo toda a graça abundar sobre ele, para que, em consequência, este tenha uma abundância para toda boa obra. Ademais, Deus promete multiplicar a semente do dadivador para semear e [promete] aumentar a colheita de sua retidão. Estas passagens sem dúvida alguma apontam para o fato de que Deus abençoa aqueles que dadivam, de modo que possam dar ainda mais. Uma vez que Deus é o maior dadivador de todos, devemos nos esforçar para sermos na semelhança dele. E a única maneira de podermos ser maiores dadivadores no futuro é começarmos a dar generosamente agora! É muito interessante que isto seja exatamente o que os Provérbios de Salomão nos ensinam, embora tenham sido escritos centenas de anos antes.

Provérbios 19:17 "Ao SENHOR empresta o que se compadece do pobre, Ele lhe pagará o seu benefício."

Provérbios 11:24-25 "24.  Ao que distribui mais se lhe acrescenta, e ao que retém mais do que é justo, é para a sua perda. 25 ¶ A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido."

Em adição, também devemos esperar que Deus nos abençoará na vida futura. Se há uma coisa que a Bíblia deixa muito clara é que, quando dadivamos, estamos entesourando para nós mesmos tesouros no céu. Note a ênfase nos tesouros celestiais, futuros, nas seguintes passagens:

Mateus 6:19-21 "19. Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 20 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. 21 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração."

Lucas 12:33 "Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói."

1 Timóteo 6:18-19 "18 Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; 19 Que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna."

Em todas estas passagens (quer dirigidas aos discípulos, ao rico jovem proprietário, ou aos opulentos crentes de Éfeso) a mensagem é a mesma -- o generoso dadivar será recompensado por tesouros celestiais. Preferirias tu ter o teu tesouro na terra, onde perecerá, ou no céu, onde o gozarás eternamente? Tua resposta a esta pergunta terá muito a ver com o como verás e usarás tuas riquezas.

4. Devemos dadivar animadamente (com ânimo, alegria):

Em 2Coríntios 9:7 nós aprendemos qual espírito devemos ter ao dadivarmos "Cada um contribua segundo propós no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."

Se cada crente soubesse quão grande chuva de bênçãos gozaríamos através do dadivar, seríamos como os crentes da Macedônia, que imploraram a Paulo para terem a oportunidade de dadivar (2Cor 8:3-4)! Dadivar deveria ser visto como um grande privilégio, não como uma pesada carga ou um doloroso dever. Deus não deseja que seu povo dadive movido por um sentimento de compulsão [ser empurrado à força e contra a vontade], mas sim movido por uma atitude de alegria e animação. A suprema e definitiva passagem no NT que declara a atitude com a qual devemos dadivar, descreve-a como "com alegria". Que Deus nos ajude a dadivar em um espírito que O honre!

5. Devemos dadivar sacrificialmente:

Nas Escrituras temos vários exemplos onde Deus olha com aprovação para o nosso dadivar sacrificial:

2 Coríntios 8:1-5 "1  Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedónia; 2 Como em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. 3 Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente. 4 Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos. 5 E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus."

Logo de partida, notemos que os crentes macedônicos tinham pouquíssimos dinheiro e bens. São descritos como estando suportando muita aflição e experimentando profunda pobreza. Apesar de tudo, também é dito que tinham dadivado além das suas possibilidades! Que Deus nos habilite a os imitarmos em nossas próprias vidas!

Marcos 12:41-44 "41  E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito. 42 Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo. 43 E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; 44 Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento."

Jesus escolheu esta mulher para servir aos seus discípulos de maravilhoso exemplo do dadivar. Quando Cristo viu o espírito sacrificial dela [amoroso e de vontade livre e boa], Ele chamou os Seus discípulos para se aproximarem, observarem, e aprenderem uma lição, através da vida dela. Que também aprendamos, e saiamos, e façamos semelhantemente!

Podes tu afirmar que teu dadivar é caracterizado por um espírito de sacrifício [com felicidade]? Teu dadivar realmente te é custoso? [Realmente representa um sacrifício?] Na realidade, não é quanto dadivamos que é tão importante, mas sim quanto [é que resta e] guardamos para nós mesmos, depois de dadivarmos. Que nosso grande e glorioso Deus nos habilite a praticarmos um gozoso e sacrificial dadivar!

4.4 - a motivação do nosso dadivar

Agora que já temos visto os que as Escrituras nos ensinam com referência ao total, ao propósito, e à maneira de dadivarmos, voltemo-nos para examinar o que a Bíblia nos ensina sobre qual deve ser a motivação do nosso dadivar.

1. O exemplo de Cristo:

Justo na metade da mais extensa exposição do Novo Testamento sobre o dadivar  (2Cor 8-9), o apóstolo Paulo lança mão do exemplo de Jesus Cristo para estabelecer qual deve ser nossa maior motivação. Considere as palavras de Paulo em 2Cor 8:9, "Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis." Cristo era infinitamente rico em sua existência pré-encarnação, no céu. Era incessantemente adorado por uma grande hoste de seres angelicais. Sendo Deus, exercia onipotência, onisciência e onipotência. Juntamente com o Pai e o Espírito Santo, reinava sobre todo o universo que tinham criado. Todavia, Cristo de livre vontade escolheu se tornar pobre. Jogou no chão seu direito ao exercício independente de seus atributos. Nasceu em um estábulo e foi criado por pais muito pobres. Viveu uma vida obscura e simples.  Dependeu do [Deus-] Pai para toda a sua sobrevivência. Nunca acumulou possessões durante [todo o] tempo de sua vida; na verdade, parece que as únicas possessões que ele podia chamar de suas foram as roupas sobre suas costas. Ao final de sua vida, [pela própria vontade] ele entregou a única coisa que ainda lhe restava, sua própria vida. Ao depor sua vida Jesus estava dando tudo, para nos livrar dos nossos pecados. Embora fosse rico, tornou-se pobre. E qual foi o propósito deste grande ato de sacrifício? Foi que, através de sua pobreza, nós nos tornássemos ricos. Nós, aqueles que cremos nele, temos herdado grandes riquezas: perdão, adoção, justificação, Deus o Espírito Santo habitando em nós, paz com Deus, acesso a Deus, santificação, e a glória eterna que em breve virá! Note que Cristo não nos deu apenas dez por cento dos seus recursos ao nos comprar e presentear tamanhos tesouros! Ele deu 100%! Um discípulo naturalmente deseja ser como seu senhor. Portanto, empenhemo-nos esforçadamente para imitar nosso Senhor. Não nos contentemos em dar uma pequena fração de nossa renda. Oremos que Deus nos habilite a dar mais e mais, para ajudar pessoas sofrendo e para expandir o reino de Deus através do mundo!

2. A ordem de Cristo:

Não apenas temos o exemplo de Cristo para nos motivar, como também temos sua ordem. Jesus expressou-se muito claramente em João 15:12-13, "12 O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. 13 Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." Jesus, nesta passagem, está ordenando aos seus seguidores que amem um ao outro de modo idêntico àquele com que Ele os amou -- a saber, sendo totalmente dedicado a eles. Este tipo de dedicação tem que, pela própria natureza do caso, incluir a vontade de darmos dos nossos recursos para ajudarmos um ao outro. Jesus deu tudo, inclusive sua própria vida, por nós. É deste modo que somos ordenados amar um ao outro. Saberemos se realmente amamos nossos irmãos e irmãs quando estivermos desejosos de abrir nossa carteiras ou talões de cheque e dar para satisfazer suas [reais] necessidades. Que Deus nos habilite a seguirmos seu Filho em obediência!

5 - Conclusão

As Escrituras não ensinam que o dízimo é obrigatório sobre os crentes durante [a dispensação de] o Novo Testamento. No entanto, as mesmas Escrituras [decididamente] ensinam que os crentes devem ser dadivadores generosos, sacrificiais, expectantes, e prazerosamente animados! Será que isto descreve você? É minha sincera oração que o Espírito Santo use este escrito para o desafiar a repensar os seus padrões de dadivar, e para verificar se eles se alinham com a vontade de Deus, conforme expressa no Novo Testamento. Se não estiverem, vá ao Senhor em oração e peça-lhe o poder e a graça para lhe obedecer plenamente em todas as coisas.

RESPOSTA A DUAS IMPORTANTES PERGUNTAS

1. GUARDANDO O DIA DE DOMINGO:

a)  Uma Impossibilidade: O sétimo dia deveria ser guardado desde o pôr-do-sol até o pôr-do-sol. (Lev. 23:32). Seria impossível que isso fosse feito pelo mundo afora. Nas zonas Árticas o sol nunca se põe por dias a fio, cada ano. Também há o problema de se cruzar a Linha Internacional das Datas. Alguém poderá ter dois domingos ou nenhum. A guarda do sétimo dia era uma Lei de Cerimonial que foi dada à nação de Israel na Palestina. Nunca teve a intenção de ser universal.

b)  O Novo Testamento silencia quanto a guarda do sétimo dia:

A Igreja está mencionada no Novo Testamento como se segue:

Adoração de Deus .......................................................................        50 vezes

Idolatria proibida .........................................................................        12 vezes

Profanidade proibida ..................................................................         4 vezes

Honra ao pai e à Mãe ..................................................................         6 vezes

Adultério proibido .......................................................................        12 vezes

Roubo proibido ...........................................................................        6 vezes

Falso testemunho proibido .........................................................         4 vezes

Cobiça proibida ...........................................................................         9 vezes

Mas a guarda do Sábado, nem ao menos UMA VEZ

c) O Dia do Senhor não foi escolhido para tomar o lugar do Sábado, pois este foi abolido, e, portanto não precisava de substituição. O primeiro dia da semana era o dia em que se deveria celebrar a ressurreição do Senhor. No dia do Senhor:

— Jesus ergueu a Cabeça de uma nova Criação.

— Apareceu a Seus discípulos.

— O Espírito Santo foi dado.

— O dia natalício da igreja.

— A porta do Reino foi destrancada.

Atos 20:7 — os discípulos se reuniram para quebrar o pão em Sua memória.

1 Cor. 16:2 — os discípulos trouxeram as suas dízimas e oferendas.

Apoc. 11 — O Dia do Senhor.

d)  O Sábado era um símbolo. Jesus é anti-símbolo.

O Sábado era uma sombra; Jesus é o corpo (Col. 2:16:17).

Hebreus 4:9 — "Portanto, resta um repouso para o povo de Deus".

Jesus é o Sábado para a igreja do Novo Testamento, o resto está agora no Espírito Santo Isaias 28:11-12, Cristo em você, a esperança da glória.

2. CASAMENTO E DIVÓRCIO:

a)   O Casamento foi ordenado por Deus, Mateus 19:4-9.

É importante que reconheçamos a santidade do casamento, e que esta união é por toda a vida. Nestes dias de decadência moral, é essencial que os padrões da Bíblia sejam mantidos. O voto do casamento é sagrado e por toda a vida.

b) A escolha de um conselheiro é importante: Devido ao fato da união ser para toda a vida, deve-se procurar a vontade de Deus e permitir que Deus escolha. Casar-se com uma descrente é expressamente proibido. (2 Cor. 6:14)

c) Quando é o divórcio permissível? — Há, na Bíblia, apenas uma instância em que o divórcio é permissível: — adultério.

1) Lev. 20:10 — Punível com a morte.

2) O adultério torna-se morte. Mat. 19:4-9.

3) A morte separa. 1 Cor. 7:39.

d) Quando está o cônjuge inocente livre?

1)Quando sob nenhuma instância tenha contribuído para a infidelidade do outro cônjuge.

2) Quando tenha feito até o impossível para salvar o seu casamento.

3)Quando tenha um tempo adequado para o luto.

4)Quando tenha mantido completa separação do cônjuge infiel. (1 Cor. 6:15-16)

CAPITULO 38

A ESPERANÇA DA IGREJA

A SEGUNDA VINDA DE JESUS CRISTO

1. A ESPERANÇA DA IGREJA:

A esperança da igreja é a volta de Jesus Cristo para receber para Si a Sua noiva que é a Sua igreja. (Efésios 5:27). A doutrina da Segunda Vinda é uma das mais importantes no Novo Testamento. Ela é mencionada mais de 300 vezes no Novo Testamento. Diz-se que a Segunda Vinda é mencionada de 6 a 8 vezes mais frequentemente na Bíblia do que a Primeira Vinda. Paulo refere-se a ela pelo menos 50 vezes, em suas epístolas. Livros e capítulos inteiros são dedicados a esta doutrina.

a) É uma Esperança Abençoada:

Tito 2:13 - "Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo."

b) É uma Esperança Confortadora:

1 Tessalonicenses 4:18 - "Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras."

c)  É uma Esperança Viva:

1 Pedro 1:3 - "...nos regenerou para uma viva esperança..."

d) É uma Esperança Purificadora:

1  João 3:3 - "E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esperança, assim como ele é puro."

2. AS MANEIRAS DA VINDA DE CRISTO:

a)   Será uma Vinda Pessoal:

João 14:3; Atos 1:10, 11; Tess. 4:16; Apoc. 1:17 e 22:7.

b)  Será uma Volta Literal:

Atos 1:10; 1 Tess. 4:16-17; Apocalipse 1:7; Zacarias 14:4.

c)  Será uma Volta Visível:

Hebreus 9:20; Filipenses 3:20; Zacarias 12:10.

d)  Será uma Volta Gloriosa:

Mateus 16:27; 2 Tess. 1:7-9; Colossenses 3:4; Mateus 25:31.

3. QUAL É O SIGNIFICADO DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO?

a) A Segunda Vinda Não Quer Dizer morte:

1) A Sua Primeira vinda não queria dizer morte para os Judeus, e a Sua Segunda vinda não quer dizer morte para os santos, tão pouco.

2) A morte é uma inimiga, e na vinda de Cristo seremos levantados da morte e cantaremos vitória sobre ela. (1 Cor. 15:55).

3) O Cristão não antevê a morte, mas procura ver a Vinda de Jesus, que é a esperança da igreja.

(2 Cor. 5:4). Não ansiamos sermos despidos, mas sim vestidos.

4) As seguintes Escrituras não têm sentido se "morte" for substituída por "segunda vinda" ¬ João 21:22; Mateus 16:28; Filip. 3:20.

b) A Segunda Vinda Não Significa a Vinda do Espírito Santo:

1)  Filipenses 3:21; 2 Timóteo 4:8; 1 Tess. 4:16. 15:51. Muitas promessas da Segunda Vinda foram depois de Pentecostes.

2)  Cristo não nos recebe para Si, mas vem a nós na Pentecostes.

3)  Os acontecimentos de 1 Tessalonicenses 4:16, 17 não ocorreram no Dia de Pentecostes, não quando nós recebemos o Espírito Santo.

c)  A Segunda Vinda não se Refere à Destruição de Jerusalém:

1)  Os acontecimentos de 1 Tess. 4:16-17 não tiveram lugar naquele tempo.

2)João 21:21-23 e Apocalipse 22:30 foram escritos depois da destruição de Jerusalém.

d) A Segunda Vinda Significa uma Volta literal para a Sua Igreja:

Na segunda Vinda, Jesus voltará nas nuvens, os santos mortos serão ressuscitados, e as santos vivos serão empolgados e apanhados para encontrar o Senhor no ar. Esta é a esperança da igreja.

PROFECIAS A SEREM LITERALMENTE CONCRETIZADAS

1) AS SEGUINTES PROFECIAS SERÃO LITERALMENTE CONCRETIZADAS:

1 Tessalonicenses 4:16

João 5:28

1 Tessalonicenses 4: 17

João 14:3

Atos 1:11

Zacarias 14:4

2 Tessalonicenses

1 Tessalonicenses

Mateus 24:30; 1 Pedra 1:7

Jó 19:25

Apocalipse 1:7

Mateus 25:31; Apocalipse 5:13

- Que ele Próprio virá

- Que ele gritará.

- Que os mortos ouvirão Sua voz.

- Que os santos mortos serão ressuscitados.

- Que os santos vivos serão empolgados.

- Que eles encontrarão Jesus no ar.

- Que ele os receberá a Si.

- Que ele virá à terra novamente.

- Que ele vira ao Monte das Oliveiras.

- Que ele virá em fogo flamejante.

- Que ele virá no poder e em grande glória.

- Que ele ficará de pé sobre a terra.

- Que seus santos virão com ele.

- Que todos os olhos o verão.

- Que ele destruirá o Anticristo.

- Que ele sentará em Seu trono.

Mateus 25:32

Lucas 1:32

Jeremias 23:5-6

Daniel 7:13-14

Daniel 7:18-22.27. Apocalipse 5: 10

Gênesis 49:10

Isaías 45:23

Zacarias 14:16; Salmo 86:9

Jeremias 3:17

Mateus 19:28; Lucas 28:30

Ezequiel, cap. 40-48

Isaías 32:15

Isaías 35: 1-2

- e muitas outras.

- Que todas as nações serão julgadas.

- Que ele terá o trono de Davi.

- Que será sobre a terra.

- Que ele terá um reino.

- Que ele reinará com Seus santos.

- Que os povos se reunirão a ele.

- Que todos os joelhos se curvarão para ele.

- Que eles virão e adorarão o Rei.

- Que o Seu trono será em Jerusalém.

- Que os Apóstolos sentar-se-ão sobre tronos e julgarão as doze tribos de Israel.

- Que o Templo será reconstruído em Jerusalém.

- Que os desertos tornar-se-ão campos que darão colheitas.

- Que o deserto florirá como a rosa.

2. ACONTECIMENTOS COMPREENDIDOS NA SEGUNDA VINDA:

a) Primeiro Advento:

O PRIMEIRO ADVENTO de Cristo cobriu um período de tempo de mais de trinta anos. Muitos acontecimentos tornaram lugar neste período de tempo:

1) Nascimento de Cristo

2) Batismo de Cristo

3)  Ministério de Cristo

4)  Crucificação de Cristo

5)  Ressurreição e Ascensão de Cristo, etc.

b)  Segundo Advento:

Do mesmo modo, o SEGUNDO ADVENTO de Cristo cobrirá um certo período de tempo. Haverá muitos acontecimentos que tomarão lugar durante este período de tempo:

1)  Arrebatamento da Igreja

2)   A grande Tribulação

3)  A Revelação de Cristo

4)  A batalha de Armagedon

5)  O milênio, etc.

ORDEM DOS ACONTECIMENTOS

1. Calvário.

2. O Sepultamento de Cristo.

3.  A Ressurreição de Cristo (Primeiros Frutos 1 Cor. 15:23; Mateus 27:52).

4. Ascensão de Cristo.

5. Cenáculo; Pentecostes. O Nascimento da Igreja.

6. A igreja - Corpo Místico de Cristo, Efésios 1:22-23; Noiva de Cristo, Efésios 5:21-23; o Reino de Deus ¬ Cristo Reinando por Seu Espírito no coração de Seus santos.

7. Ressurreição dos mortos em Cristo, 1 Tess. 4: 16.

8. Arrebatamento - Transladação dos santos vivos, 1 Tess. 4:17.

9.  O Encontro no Ar; Casamento do Cordeiro, Apoc. 19:7-8.

10. A Grande Tribulação, Daniel 12:1. Mateus 24:21; Lucas 21:25-26.

11. A Ressurreição dos Santos da Tribulação, Apocalipse 20:4-6.

12. A Revelação de Cristo e Seus santos, 1 Tess. 3:13, em fogo flamejante, 2 Tess. 1:3-10; para executar o julgamento, Judas 14-15.

13.  Armagedon; Julgamento das Nações.

14.  O Milênio; O Reinado glorioso de Cristo sobre a terra, por 1.000 anos.

15. Satanãs é solto por algum tempo.

16. A Ressurreição de Julgamento, Apoc. 20:12-15; Daniel 12:2.

17. O Julgamento do Trono Branco, Apocalipse 20:11-15.

18. O Novo Céu.

A Nova Terra.

19. O Lago de Fogo.

20. A Eternidade, As Eras Futuras.

O ANTICRISTO

1. O Anticristo, absolutamente oposto a Jesus haverá de vir. 1 João 2:18.

2. O Espírito do Anticristo já está aqui. 1 João 4:3. 2 Tess. 2:7.

3. O Anticristo nega Jesus. 1 João 2:22.

4. Ele será um indivíduo. - "homem de pecado", "filho da perdição", "o homem da iniquidade". 2 Tess. 2.

5. Ele será recebido pelos Judeus. João 5:43.

6. Os Judeus farão uma aliança com ele. Isaías 28:14-18.

7.  Ele é a besta da Apocalipse 13:11-18.

8.  Seu número é 666. Ele substitui a marca da besta.

9. Ele será destruído pelo Senhor "com' o esplendor de Sua vinda". Tess. 2:8.

10.  Forte fraude - homem sem lei, etc.

A SEGUNDA VINDA É PRÉ-MILENIAL

1. POST-MILENIALISMO:

Lá pelo ano de 1700 um engano chamado "Pos-milenialismo" infiltrou-se na igreja professante, tendo sido instituído por Daniel Whitby. Este erro ensina que a igreja prosperará e se estendera até que o mundo seja convertido, e que este triunfo da igreja constituiria o Milênio, e que Jesus viria depois deste Milênio. Este erro tem sido aceito pela grande maioria das igrejas.

2. AMILENIALISMO:

Este erro ensina que não haverá o Milênio. Ele espiritualiza as Escrituras em Apocalipse 20 que falam de um mil anos. Ensina que o segundo advento de Cristo destruirá este mundo mau. A ressurreição geral e o julgamento terão lugar nesta ocasião.

 

 

3. PRÉ-MILENIALISMO:

Ambos os erros acima não deixam uma oportunidade para a vinda de Jesus, para ser a abençoada esperança da igreja. As Escrituras são bem claras em seus ensinamentos, que dizem que o segundo advento do nosso Senhor será antes do milênio, e que este será literalmente um reino glorioso de Cristo sobre a terra, e que a volta do Senhor é a viva e abençoada esperança da igreja.

4. ARGUMENTOS PRÉ-MILENIAIS:

1) O Anticristo, que é pré-milenial, deve ser destruído pelo esplendor da vinda de Cristo. (2 Tessalonicenses 2:8).

2) A tribulação é pré-milenial, e Jesus virá para assentar o Seu Reino "imediatamente depois" (Mateus 24:29-31).

3)  A verdadeira igreja é uma entidade perseguida, sofredora e que carrega sua cruz até que Jesus venha. (2 Timóteo 3:12; 1 Tess. 3:3; João 15:19-21).

4)  O Joio e o trigo crescerão juntos até os fins das eras. (Mateus 13:24-30).

5) O Milênio é literalmente um Reino de Jesus. (Lucas 1:32; Isaías 32: 1; Jeremias 3:17 e 23:5-6. Zacarias 14:16).

5.  O ARREBATAMENTO DA IGREJA E A REVELAÇÃO DE CRISTO:

É necessário ver-se a diferença entre a Vinda do Senhor POR seus santos e a Sua Vinda COM os Seus santos, sendo ambas pré-mileniais.

a) Arrebatamento da Igreja:

1) "Parausia" (nascimento) - É a chegada de Cristo para tomar posse.

2) A igreja é apanhada para encontrar-se com Cristo no ar. (1 Tesse. 4:14).

3) Cristo vem no ar, para os Seus Santos.

4) Ele vem como um noivo.

5) Ele vem apenas no ar.

6) A igreja é retirada do mundo.

7) O começo da Tribulação. (Lucas 21:28).

8) O arrebatamento pode Ocorrer a qualquer momento.

b) A Revelação de Cristo:

1) "Apokalupsia" - É o favorecimento da revelação de Cristo.

2) Cristo vem com os Seus santos.

3) Cristo vem para executar o julgamento.

4) Ele vem Com Sua noiva para reinar.

5) Ele vem para o Monte das Oliveiras. (Zacarias 14:4).

6) O Reino Milenial começa.

7) A Tribulação é passada. (Lucas 21:33).

8) Ela não pode ocorrer até depois que o Anticristo venha.

Nota:    A mesma palavra grega é usada em 1 Tess. 4:17 e em Atos 28:15. (encontrar) - "um aparecimento para voltar com."

PASSARÁ A IGREJA PELA TRIBULAÇÃO?

Não desejamos ser dogmáticos sobre este assunto. No entanto, depois de examinar todas as Escrituras referentes ao assunto parece bastante claro que a igreja será arrebatada no principio da Tribulação.

O importante a ser lembrado aqui é que não é tão importante a ordem dos acontecimentos, apenas, mas, mais importante ainda é a atitude de nossos corações. A mensagem da Vinda de Jesus traz uma gloriosa esperança para o filho de Deus. Devemos aguardar e estar prontos a qualquer momento. Devemos ser capazes de dizer, a qualquer instante, "Mesmo assim, vindo, Senhor Jesus." Apoc. 22:20. É esta expectativa iminente que torna a esperança de Sua volta tão santificante e purificante.

É a firme opinião do autor de que é muito perigoso colocar-se acontecimentos entre o momento presente e a Sua volta para a igreja. O atrasar-se a Sua volta (Mateus 24:28; Lucas 12:45) faz com que se tornem descuidados. A esperança da igreja não é nem estar procurando pelo Anticristo nem a Tribulação, mas a expectativa da Vinda de Jesus. O ponto importante é estar-se pronto para qualquer coisa que o Demo possa atirar contra a igreja, mesmo o martírio, se formos chamados para testemunhar a Tribulação.

Aqui estão algumas das razões escriturais em favor desta crença:

1.  PROGNOSTICADO NO VELHO TESTAMENTO: (Lucas 17:26-30).

Enoque (Gênesis 5:24; Judas 14:15) é um símbolo da igreja para ser arrebatado. Ele chamou o seu filho "Matusalém" que queria dizer "Quando estiver morto, aquilo virá. Matusalém morreu com a idade de 969 anos e então a tormenta se rompeu. Noé é um símbolo de Israel para passar pelo julgamento.

Ló também é um símbolo para o julgamento, e não pôde vira Sodoma até que ele tivesse escapado. (Gênesis 19:22).

2. SETENTA SEMANAS DE PROFECIA DE DANIEL: (Daniel 9:24-27)

Estas setenta semanas referiam-se à nação de Israel, sobre a qual Daniel estava averiguando. A 70ª semanas é o tempo para a angústia para João" (Jeremias 30:7). A igreja, no concernente à sua idade, está entre a 69ª e a 70ª semanas.

3.  A ÉPOCA DA IGREJA GETÍLICA DEVE CHEGAR A UM FIM:

Lucas 21:24 - "Jerusalém será pisada por eles, até que os tempos dos gentios se completem."

Romanos 11:25 - "Até que haja entrado a plenitude dos gentios."

4. A FORÇA DE OPOSIÇÃO DEVE SER REMOVIDA: (2 Tess. 2:7-10)

Esta forma de restrição é, indubitavelmente, a presença do Espírito Santo na igreja.

5.  NOSSA ESPERANÇA COMEÇARÀ NAS TRIBULAÇÕES: (Lucas 21:28)

Devemos olhar para cima (e não para baixo ou a.o redor) quando estas coisas começarem a acontecer.

6. A PROMESSA DE ESCAPAR A TRIBULAÇÃO:

Lucas 21:36 - "... para que possais escapar de todas estas coisas..."

A mesma palavra grega "ekphugein" é usada em 2 Cor. 11:32-33.

Apocalipse 3:10 - "... eu também te guardarei da hora da provação que há de vir. Apocalipse 3:10", “...eu também te guardei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro..."

7.  RESPOSTAS AS OBJEÇÕES:

a) Mateus 24:29-31 - A palavra "Eleito" significa "escolhido" e pode tanto referir-se à igreja como à nação de Israel. Nesta Escritura ela refere-se a Israel. Os anjos não têm nada a ver com o arrebatamento da igreja. É o Espírito Santo que vivifica os santos. Estas Escrituras referem-se à reunião de Israel. (Isaías 17:33).

b) 1 Coríntios 15:52 e Apocalipse 11: 15.

A última trombeta em 1 Cor. 15 não é a mesma trombeta de Apoc. 10:7, e 11:15. Paulo, indubitavelmente, estava fazendo referência à tradição judia, para dar ênfase à ressurreição. A trombeta que temos aqui é de vitória gloriosa. a trombeta no Apocalipse é de julgamento. Devemos saber que há uma outra trombeta no fim da tribulação. (Mateus 24:3-1).

QUEM SERÁ ARREBATADOR?

Esta é uma pergunta extremamente importante, e que nos afeta a todos. A única maneira pela qual poderíamos responder a esta pergunta é deixar as Escrituras fazê-Io. Estude cada referência cuidadosamente:

1. UMA GLORIOSA IGREJA, SEM MÁCULA OU RUGA:

Efésios 5:27 - "Para apresentar a si mesma igreja gloriosa, sem mácula nem ruga; nem coisa semelhante..."

Nesta Escritura vemos que será uma igreja sem mácula ou ruga.

2. AQUELES QUE ESTÃO "EM CRISTO":

1 Tessalonicenses 4:16 - "...e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro."

Devemos estar "em Cristo" para estarmos prontos para o arrebatamento.

3.  BATIZADOS EM SEU CORPO:

1 Coríntios 12:13 - "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo."

É o Espírito Santo que nos coloca no corpo, que é a Sua igreja. Isto nos coloca "em Cristo"

4.  O ESPÍRITO SANTO VIVIFICARA NOSSOS CORPOS:

Romanos 8:11 - "Mas se o Espírito ...vivificará também os vossos corpos mortais, por meio do Seu Espírito que em vós habita."

Nesta Escritura lemos que é o Espírito Santo que vivificará nossos corpos no arrebatamento. Sem o Espírito Santo, portanto, não podemos ter esperanças do Arrebatamento.

 

5.  ÓLEO EM NOSSAS LAMPADAS:

Mateus 25:1-13 - Parábola das Dez Virgens.

Esta parábola também nos ensina claramente que necessitamos do Espírito Santo para estarmos prontos para o Arrebatamento.

6. O NOME DE JESUS É NECESSÁRIO:

Atos 15: 14 - "... a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome."

Jesus está tomando uma noiva gentílica para que ela adote o Seu Nome. Qual é o Seu Nome? JESUS! Isto significa, portanto, que devemos ser batizados no Nome de Jesus. A família toda toma aquele nome. (Efésios 3:15). O que aconteceria se uma noiva recusasse adotar o nome de seu marido? O plano de salvação inclui o batismo de água em Nome de Jesus. (Atos 2:38).

7. A SANTIDADE É ESSENCIAL:

Hebreus 12:14 - "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor."

Mateus 5:8 - "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus."

Apenas quem for santo pode ter esta abençoada esperança.

8.  DEVEMOS ESTAR AGUARDANDO A SUA VOLTA:

Hebreus 9:28 - "... aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação."   Apenas aqueles que estiverem prontos estarão realmente aguardando, e, claro, apenas aqueles que estiverem aguardando, estarão prontos.

9.  DEVEMOS ANDAR COM O SENHOR:

Gênesis 5:24 - "E andou com Deus, e já não era, porque Deus o tomou para Si." Enoque, um símbolo da igreja, andou com Deus. Isto nos diz que devemos andar com Deus, também.

10. "PRONTOS" OU "QUASE PRONTOS":

Jesus voltará para aqueles que estiverem prontos, e não para aqueles que estão se aprontando. A esperança da volta de Cristo santifica e purifica os santos, e ajuda-os a estarem prontos. A atitude de coração correta do santo do Novo Testamento, de acordo com as Escrituras, é que: 1) Jesus pode vir AGORA; 2) Eu estou pronto para ir AGORA. Ele está sempre PRONTO. Assim, a esperança o santifica.

1 João 3:3 - "E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro;"

A QUE HORA NA CRONOLOGIA DE DEUS?

Nas palavras do autor do hino, poderíamos perguntar:

Ó Senhor Jesus, por quanto tempo?

Por quanto tempo devemos (esperar) para cantar a canção feliz? Esta é a pergunta que está na mente das pessoas de Deus. Por quanto tempo? Quando? A que hora na cronologia de Deus? Não sabemos, eis que nenhum homem sabe o dia e a hora de Sua volta. No entanto, podemos ter uma ideia deste tempo porque a Bíblia tem muito a dizer no que tange com este problema.

Não apenas compreende a igreja que estamos nos fins dos tempos, mas também todos os estudantes dos acontecimentos mundiais. No fim da Segunda Grande Guerra, o Dr. Adolph Keller disse: "São cinco para as doze, na história do mundo." O falecido presidente Kennedy disse:

"Eu falo "hoje numa crise nacional... A maré dos acontecimentos tem se esvaziado e o tempo não tem sido nosso aliado."

Jesus pode vir a qualquer momento. Não há nenhuma Escritura profética relativa à Sua volta à igreja que espera esta concretização. O que é mais surpreendente e impressionante é que mais profecias se realizaram em nossa geração do que nos dezenove séculos ocorridos desde o Primeiro Advento de Cristo. Certamente que isto deve convencer de que está soando a hora. Vamos enumerar alguns fatos, sinais dos tempos:

1.    A SEMANA DE DEUS AO TRATAR COM O HOMEM:

2 Pedro 3:8 - "... Que um dia é com o Senhor como mil anos."

Estamos nos aproximando do sexto milênio, na sua última parte, desde Adão, e estamos, também, nos aproximando do fim do sexto dia na semana de Deus. O sétimo será o dia do literal reinado de Cristo sobre a terra. Estamos nas névoas da agonia da morte de uma velha dispensação e nas dores do parto do nascimento de uma nova. (Romanos 8:22).

2.  A CHEGADA DA SERODIA

Tiago 5:7 - "... até que ele receba as primeiras e as últimas chuvas".

É significativo que no primeiro dia do Século Vinte, 1º de janeiro de 1901, o Senhor tenha batizado uma irmã, com o Espírito Santo, em Topeka, Kansas, Estados Unidos. Desde então ele tem batizado milhões com o Espírito Santo, restaurou a Verdade Apostólica para a igreja, e reconduziu a igreja de volta à Doutrina e à Experiência Apostólicas. O fato de termos uma igreja Pentecostal é prova de estarmos próximos da Vinda de Jesus.

3.  A IGREJA LAODICIANA E A APOSTASIA:

O segundo e terceiro capítulos de Apocalipse não dão Apocalipse 3:16 - "E assim, porque és morno ..." um sumário da história da igreja. lndubitavelmente a igreja em Filadélfia representa a Noiva de Cristo. (Apoc. 3:8 - "... entretanto guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome."). Do mesmo modo, a igreja Laodiciana, a igreja morna, com Jesus batendo no lado de fora da porta, é o apóstata, a igreja professante apóstata dos tempos, do fim da história da igreja.

Há muitas Escrituras que descrevem esta apostasia dos últimos dias:

2 Tess. 2:3; 1 Timóteo 4:1; Timóteo 4:3-4; 2 Tim. 3:1-5,7; Mateus 24:24; Judas 4. 2 Pedro 2:1-2.

As áreas da apostasia se centralizam em:

1) Inspiração das Escrituras. 2) Pessoa de Jesus Cristo. 3) Obra de Jesus Cristo. 4) Ressurreição de Jesus Cristo e 5) Segunda Vinda de Jesus Cristo.

4. AUMENTO DE CRIMES: IMORALIDADE E DELINQUÊNCIA JUVENIL:

Como resultado de um afastamento de Deus, o crime tem aumentado quatro vezes mais depressa do que a população. (Nota do tradutor: dados para os Estados Unidos, apenas.) Nossas nações estão alagadas em imundícies e pornografia, e a delinquência juvenil está aterrando na nação toda. Tudo isto está claramente predito na Bíblia, quando trata destes últimos dias. Lucas 17:26-30; 2 Timóteo 3:1-7.

A QUE HORA NA CRONOLOGIA DE DEUS?

1. AUMENTO DO DESASSOSSEGO E AUMENTO DAS VIAGENS:

Daniel 12:4 - "Muitos o esquadrinharão..."

Uns cinco milhões de americanos mudam-se de um Estado para outro, cada ano. Milhões congestionam as estradas e as vias aéreas. Pode-se, agora, viajar de Nova Iorque a Los Angeles em 4 horas e meia, em aviões comerciais.

Há uns 80.000 adivinhadores do futuro, que trabalham em tempo integral, nos Estados Unidos, e os americanos gastam 200.000 de dólares, por ano, para conhecerem seus futuros.

2.  AUMENTO DO CONHECIMENTO:

Daniel 12:4 - "O saber se multiplicará."

O conhecimento do homem está crescendo na mesma proporção da explosão da população. Nos últimos poucos anos, o conhecimento humano dobrou. Mencionaremos apenas algumas realizações do homem que estavam profetizadas na Bíblia.

1. Aviões - Isaías 31:5

2. Automóveis - Naúm 2:3-4

3. Televisão e Rádio - Apocalipse 11:9 e 13:15

4. Mísseis - Apocalipse 6:13.

Alcançará o homem a lua? É bem possível, devido aos conhecimentos que o homem adquiriu. No entanto, isto é um claro sinal do fim desta era. Quando quer que as criaturas de Deus se elevem mais alto e acima de Deus e de Seu plano organizado, Deus implantou uma nova ordem p. ex., Satan, Adão, Babilônia, etc.

3. AS ERAS ATÔMICA E ESPACIAL:

Em 1905, Albert Einstein escreveu uma equação matemática, E-MC2, que transformou o mundo. Pelo processo da fissão, é possível, hoje em dia, gerar-se tanta energia de uma polegada cúbica de urânio como de 250.000 galões de óleo combustível. A Rússia explodiu uma bomba de 60 megatons, que é equivalente à quantidade de dinamite colocada numa vala de 30 pés x 9 pés que se estendesse de Filadélfia a Los Angeles. Uma imagem da bomba atômica está contida em Apocalipse 6: 12-17.

4. PROBLEMAS POLÍTICOS E SOCIAIS:

Lucas 21:25-26 - "Sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade... haverá homens desmaiando de terror..."

1)  Problemas Trabalhistas - Tiago 5:1-6.

2) Comunismo - Em 1917, Lenin estabeleceu o Bolchevismo, com 71 seguidores. No mesmo ano, ele tomou a Rússia com 40.000 partidários. Em uma geração o Comunismo conquistou mais de um terço da população do globo.

3) Nacionalismo, Racismo, etc.

5.  CONFEDERAÇÃO DAS NAÇÕES NORTISTAS:

A Rússia e seus confederados são retratados em Ezequiel 38 & 39.

Consolidação dos Poderes Ocidentais:

O Mercado Comum e as Alianças Ocidentais são uma concretização de certas partes das profecias de Daniel

6.  UMA IGREJA MUNDIAL ÚNICA:

Os movimentos Ecumênicos, tanto Católico Romano como o Conselho Mundial de Igrejas, estão preparando o caminho para uma igreja mundial, como concretização das profecias contidas em Apocalipse.

7.  ISRAEL:

Diz-se que os Judeus são o relógio de Deus. O fato da nação de Israel ter sido formada em 1948 é prova suficiente do fim dos tempos.

Referência: Lucas 21:29-31; Zacarias 12:10. Zacarias 13:9; Romanos 11:25; Amós 9:15; Zacarias 3:9. Poderíamos escrever. Somente enumeramos alguns dos mais importantes. Porque são esses concretizados em nossa geração? Só pode haver uma resposta.

ETERNIDADE

1.  DEFINIÇÃO DE MORTE:

A morte física é a separação da alma e do espírito do corpo. Ela conduz o homem à ETERNIDADE e ao mundo ainda não visto.

2.  DESCRIÇÃO DE MORTE:

A BÍBLIA FALA DA MORTE NOS SEGUINTES TERMOS:

1. Sono — Deut. 31:16. João 11:11.

2. Lar terreno sendo dissolvido — 2 Cor. 5:1.

3. Deixar este tabernáculo — 2 Pedro 1:14.

4. Deus convocando a alma — Lucas 12:20.

5. Seguir o caminho que não tem volta - Jó 16:22

6. Ser reunido ao seu povo — Gênesis 49:33

7. Expirar — Gênesis 49:44; Atos 5:10.

8.  Descer para o silêncio — Salmo 115:17.

9.  Voltar ao pó — Genesis 3:19.

10. Ser cortado — Jó 14:2.

11.  Partir — Filipenses 1:23.

3.   A MORTE CONQUISTADA:

Romanos 5:12-21 — "... reinou para a morte... reinasse a graça para a justiça, mediante Jesus Cristo..." 1 Cor. 15:26 — "O Último inimigo a ser destruído será a morte.

2 Timóteo 1:10 — "O qual Jesus Cristo não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho."

A morte é o primeiro sinal externo e visível do pecado e será o último efeito do pecado do qual seremos salvos. Jesus aboliu a morte, e nele poderemos ter vida eterna e imortalidade.

4.  A MORTE FÍSICA É CERTA PARA TODOS OS HOMENS:

Hebreus 9:27 — "E assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o julgamento."

As únicas pessoas que escaparão da morte física são aqueles que estiverem vivendo santamente na hora da Vinda de Jesus. Estes serão transladados, mas todos os outros morrerão. Apesar da redenção do corpo ter sido provida e comprada no Calvário, não obstante apenas na Primeira Ressurreição seremos capazes de entrar nesta completa redenção física.

5.  DEPOIS DA MORTE, O QUE?

1)  O Estado Intermediário: Os justos não entram em recompensa final nem os maus na sua punição, até que cheguem às suas respectivas ressurreições. Os justos estão em cônscio descanso no Paraíso, mas os injustos estão em tormentas no Hades.

2)  A Ressurreição: A alma e o espírito do morto são unidos com o corpo ressuscitado.

3)  Os Julgamentos: Assim como não é possível escapar-se da morte, também não será possível escapar-se do julgamento que a segue. (Heb. 8:27). Os justos recebem as suas recompensas, e os que não são justos recebem as suas punições.

4)  Eternidade: Só há dois destinos finais para o homem: um céu para ganhar, e um inferno para evitar. Qual será?

6. A LOCALIZAÇÃO DO PARAÍSO E DO INFERNO:

Antes da ressurreição de Jesus Cristo, estes dois lugares eram compartimentos separados do Hades. Eram localizados um ao lado do outro, com um grande abismo mo entre eles. (Lucas 16:26). Por isso, quando Jesus morreu, Ele visitou ambos os lugares. (Lucas 23:43, Atos 2:31). Isto explica a 1 Pedro 3:19-20. Quando Jesus Se levantou, Ele esvaziou um compartimento e mudou o local do Paraíso para o terceiro céu. (2 Cor. 78-8). O que a médium de En-dor era capaz de fazer com o espírito de Samuel (1 Sam. 28-14) não poderia jamais ser feito com os espíritos dos redimidos, eis que a ressurreição de Jesus marcou o fim das localizações adjacentes do Paraíso e do Hades. Jesus levou cativo o cativeiro. (Efésios 4:8).

FALSOS ENSINAMENTOS

1.  EM RELAÇÃO AO ESTADO INTERMEDIÁRIO:

a) Purgatório: Isto nos ensina que mesmo os fiéis necessitam de um processo de purificação, antes de se tornarem capazes de entrar na presença de Deus.

As Escrituras ensinam que há a imediata felicidade dos mortos em Cristo. Há apenas os salvos e os não salvos, e o destino de cada um é determinado nesta vida. A morte fecha o período de prova, e, depois, vem o julgamento. (Lucas 16:22; Lucas 23:43; 2 Cor. 5:6-10. Hebreus 9:27).

b) Espiritismo: O espiritismo ensina que podemos nos comunicar com um espírito que já tenha partido, por intermédio de um "médium”.

A Bíblia proíbe expressamente a consulta a tais espíritas, proibição esta que diz, também, que há mal e perigo nesta prática. Em Lucas 16, a narrativa do homem rico e de Lázaro prova que os que se foram não têm permissão para se comunicarem com os vivos. (Lev. 19:31); (Lev. 20:6; Isaias 8:19).

c) O Sono da Alma: Isto nos ensina que a alma está inconsciente até a ressurreição. As Escrituras ensinam que há um descanso imediato no Paraíso, para os que se salvarem, e um tormento consciente no Inferno para os perdidos. Tanto Lázaro como o homem rico eram consciente. Porque Jesus visitou o Paraíso e o Hades, se as almas estavam inconscientes? Este fato deve explicar esse erro, de uma vez por todas. (Compare: Isaías 14:9-11; Salmo 16:10. Lucas 23:43; 2 Cor. 5:8; Fil. 1:23; Apoc. 6:9-10.

2.  EM RELAÇÃO AO ESTADO FINAL:

a) Universalismo: Isto nos ensina que todos serão finalmente salvos, e que Deus é misericordioso demais para deixar alguém fora do céu.

Este erro é reputado pelas Escrituras. É na realidade uma caridade que Deus exclua os pecadores do Céu, pois que o Céu seria para aqueles um inferno e suas presenças no céu, sedo, fariam com que o Céu se tornasse um inferno para os redimidos. Provérbios 29:1); (João 3:36; Romanos 6:23; Lucas 16:19-31).

b) Restauracionismo: Isto ensina que o inferno não é eterno, mas uma experiência temporária, que tem a finalidade de purificar o pecador, e assim, torná-lo merecedor do céu.

Se isto fosse verdade, então os fogos do inferno teriam mais poder do que o sangue de Cristo. A experiência ensina que a punição em si não é regenerativa: ela pode moderar, mas não transformar. Aqueles que creem neste erro afirmam que a palavra "eterno", no grego, significa "duração de uma vida" e não durado sem fim.

De acordo com Mateus 25:41-46, se a punição dos maus tiver um fim, então também terá um fim a glória dos justos. Deus não mais forçaria um homem a se salvar no futuro e não tanto quanto o faz no presente.

3.  O SEGUNDO PROBACIONISMO:

Isto é muito similar ao que está acima. Ensina que o homem terá uma outra chance, ou oportunidade, para aceitar a salvação entre a morte e a ressurreição. As Escrituras ensinam que o destino após a morte de um homem está fixado. (Hebreus 9:27).

4.  DESTRUCIONISMO:

Este ponto de vista ensina que os maus serão destruídos.

Aqueles que creem neste erro, indicam Tessalonicenses 1:9, e outras passagens, que indicam que os maus serão destruídos. No entanto, aquilo não quer dizer destruição, mas ruína. Nestas Escrituras, se houvesse a destruição, então a palavra "Eterno" seria inútil. Estes mesmos apontam para a morte como o castigo pelo pecado. Deus, e não o cessamento da existência. A promessa divina da vida não quer dizer que a promessa da existência, pois todos os homens a têm. Portanto, o oposto é que e verdadeiro, morte como punição não significa apenas a mera perda da existência.

CAPITULO 39

A RESSURREIÇÃO

1. A RESSURREIÇÃO ENSINADA NAS ESCRITURAS:

a) Ensinada no Velho Testamento:

1) Pela Palavra – Jó 19:25-27. Salmo 16:9; Salmo 17:15; Daniel 12:1-3.

2) Pela Figura – Genesis 22:5; com Hebreus 11:19.

3) Pela Profecia – Isaias 26:18; Oséias 13:14.

4) Pela Realidade –2 Reis 4:32-35; 2 Reis 13:21.

b) Ensinada no Novo Testamento:

1)  Pela Palavra – Jesus – João 5:28-29. João 6:39-54; Lucas 14:13-14.

Pela Palavra – Paulo – Atos 24:15; 1 Cor. 15; 1 Tess. 4:14-16; Filip. 3:11.

Pela Palavra – João – Apocalipse 20:46, 13.

2)  Pela Realidade – Ressurreição de Lázaro João 11.

Pela Realidade – Ressurreição de — Mateus 27:52-53.           

Pela Realidade – Ressurreição de Jesus – Mateus 28.

2. A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO:

a) Redenção do Corpo:

A redenção do corpo está excluída em nossa completa redenção. Referencias: Romanos 8:11-23. 1 Cor. 6:23-20; João 6:39; Jó 19:25-27.

b) O Corpo Redimido Ressuscitado:

1)  Seremos como Cristo.

Fil. 3:21 – "O qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo de Sua glória e majestade.” O Novo Testamento Amplificado.

1 João 3:2 – “Quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele."

1 Cor. 15:49 – "E assim como trazemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial."

2) Qual era a natureza e a semelhança da ressurreição do corpo de Cristo, à qual a ressurreição de nosso corpo deve se assemelhar? Um corpo verdadeiro – Lucas 24:39.

Reconhecível - Lucas 24:31; João 20:16:

As características do corpo ressuscitado do crente estão delineadas em 1 Cor 15.

Incorruptível – verso 42 – sem decadência, doenças, dor.

Glorioso – verso 43 – Veja Mat. 17 e Apoc. 1:13-17.

Poderoso – verso 43 – sem canseira ou fraqueza.

Espiritual – verso 44.

Celestial – versos 47-49.

Corpo Real – versos 50-51. Veja Heb. 2:14; 2 Cor. 5:1-ó.

Relação ao velho – como o grão de trigo, versos 36-37.

O corpo ressuscitado terá grande agilidade. Terá a capacidade de viajar com a velocidade do relâmpago e de penetrar substâncias sólidas.

3. ORDEM DA RESSURREIÇÃO:

1 Cor. 15:23-24 – "Cada um, porém, com sua própria ordem: Cristo, o Messias, as principais, depois os que são de Cristo, na sua vinda. E então virá o fim... "Novo Testamento Amplificado. As Escrituras nos ensinam que nem todos serão ressuscitados ao mesmo tempo. Há uma ordem definida, que acontecerá em relação ao tempo da ressurreição.

a)  A Primeira Ressurreição: Esta é a ressurreição daqueles que estão no Reino de Deus, e que reinarão com Cristo durante o Milênio. (Apocalipse 20:5-6). Eles não aparecerão diante do Julgamento do Trono Branco. Há três fases distintas nesta ressurreição:

I)   Primeiros Frutos – Cristo.

II)  Colheita – No arrebatamento da Igreja.

III) Respigadura – Os Santos da Tribulação.

b)   A Segunda Ressurreição: Esta é a ressurreição daqueles que não estão no Reino de Deus.    Eles comparecerão diante do Trono Branco, no julgamento, e serão julgados de acordo com o fato de terem ou não os seus nomes no livro da vida. (Apocalipse 20:11-13).

 

O JULGAMENTO E AS RECOMPENSAS

1. OS JULGAMENTOS:

As escrituras ensinam que os julgamentos diferem quanto ao tempo, lugar, assuntos, finalidades, etc.

a)  Na Cruz:

2 Coríntios 5:21 – "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós."

1 Pedro 2:24 – "Carregando ele mesmo em seu corpo, sabre o madeiro, os nossos pesados..."

Todos os pecados terão de ser julgados. Os pecados dos redimidos foram julgados no Calvário. Cristo tomou o castigo por nossos pecados.

b) Um Julgamento Diário na Vida do Santo:

1 Coríntios 11:31-32 – "Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados;"

Há um permanente exame de si próprio, da parte do filho de Deus. Há também uma punição enquanto Deus lida com ele, em seu aperfeiçoamento.

c)  Um Julgamento Futuro dos Santos para Recompensas:

Apocalipse 22:12 – "E eis que venho sem demora, e comigo está a recompensa que tenho para dar a cada um segundo as suas obras."

O local do julgamento, quando Cristo nos julgar, não terá a finalidade de julgar os nossos pecados, eis que nenhum pecado lá poderá entrar. Será um julgamento de obras, por ocasião da distribuição de recompensas, que serão dadas de acordo com a fidelidade, os motivos, etc.

d)  Julgamento das Nações Vivas:

Mateus 25:31-46 – Este julgamento tomará lugar por ocasião da Vinda de Cristo com os Seus santos. Será um julgamento das nações vivas no concerto do Reino Milenial de Cristo sobre a terra.

e)  O Grande Trono Branco:

Apocalipse 20:11-15 – Este será o julgamento final, no fim do milênio. Todos aqueles que não estiverem na igreja (Reino de Deus) serão ressuscitados e julgados nas bases de terem ou não os seus nomes no livro da vida.

f)  Julgamento dos Anjos Caídos:

Pedro 2:4. Judas 6 – Os santos terão uma parte neste julgamento. (1 Cor. 6:3).

2.  A RECOMPENSA PARA OS FIÉIS:

As recompensas serão conferidas aos fiéis, principalmente na base da fidelidade. As parábolas dos talentos (Mateus 25:14-40), das minas (Lucas 19:11-28) e dos trabalhadores nas vinhas (Mateus 20:1-16) tornam este fato bem claro.

a) Coroas:

1) da Vida – Tiago 1:12; Apoc. 2:10.

2) da Glória – 1 Pedro 5:4; Heb. 2:9.

3) da Honradez – 2 Timóteo 4:8.

4) da Alegria – 1 Tess. 2:19.

5) de Ouro – Apocalipse 4:4.

6) Incorruptível – 1 Corintios 9:25.

7) Tua Coroa – Apocalipse 3:11.

b) Recompensas aos Vencedores: Apocalipse 2 e 3.

1) Alimento da Árvore da Vida.

2) Pedra com um Novo Nome Escrito.

3) Autoridade sobre as nações.

4) Não será ferido pela Segunda Morte.

5) Alimentado pelo Maná Escondido.

6) Paramentado com Paramentos Brancos.

7) Pilar no Templo de Deus.

8) Escrito sobre ele um Novo Nome.

9) Sentado com Ele em Seu trono.

O CÉU  (URÂNOS)

1.    A NATUREZA DO CÉU:

Os justos estão destinados à vida eterna, na presença de Jesus. Ele criou o homem para conhecê-lo, amá-lo e servi-lo neste mundo presente, e para gozá-lo para sempre, no mundo que há de vir.

a) Nomes que Descrevem o Céu:

1) Paraíso – (Apocalipse 2:7; 2 Coríntios 12:4).

O significado desta palavra é "jardim", que nos lembra de nossos primeiros pais quando eles andavam com Deus. Na verdade este é o lugar onde os espíritos e as almas esperam a Ressurreição.

2) A casa do PAI – (João 14:2). Este termo aplica-se à idéia de lar, descanso e camaradagem.

3) A Pátria Celeste – (Hebreu 11:13-16). Fala-se aqui de uma terra prometida, como Canaã para onde

  jornadearam os Israelitas.

4) Uma Cidade – (Hebreu 11:10). É sugerida idéia de uma sociedade organizada.

5) Nova Jerusalém – (Apocalipse 21:2). Este é o local da morada eterna da igreja.

b) Três Fases:

1) Estado intermediário de descanso no paraíso, onde se espera pela ressurreição.

2) Julgamento pela fidelidade e obras. (2 Cor. 5:10 e Apoc. 22:12).

3) Nova Jerusalém – o lar eterno da igreja. (Apocalipse).

2.  A NECESSIDADE DO CÉU:

A história do homem dá relevo ao fato de que o homem, por sua alma, instintivamente crê que haja um céu. Este instinto foi implantado em sua alma por Deus propriamente, o Criador dos instintos humanos.

BÊNÇÃOS DO CÉU:

1) Luz e Beleza: – Apocalipse 21:23. Apocalipse 22:5. A linguagem humana, mesmo no seu píncaro, não é suficiente para retratar as realidades da vida vindoura. Nos dois últimos capítulos de Apocalipse, a linguagem é usada de tal modo que tenhamos uma pálida concepção das belezas que estão contidas no mundo que há de vir. Um escritor usou a imagem de uma toupeira escavando o chalé sem ser capaz de compreender a vida de uma águia. O mesmo acontece com o homem.

2) A Plenitude do Conhecimento: – 1 Coríntios 13:12. O homem está rodeado de mistério e sede de saber. No céu esta sede será completamente satisfeita; os mistérios do universo serão esclarecidos e os problemas teológicos que hoje nos causam tanta perplexidade serão tão claros como o dia.

3) Descanso: – Apocalipse 14:13; Apocalipse 21:4.

O desgosto, a dor, a disputa, a aflição não poderão lá entrar.

4) O Serviço: – Apocalipse 7:15 Apocalipse 22:3.

Deus instruiu Adão para manter e viver no primeiro paraíso, e Ele não deixará o homem inativo no segundo paraíso.

5) A Alegria: Apocalipse 21:4.

A maior felicidade terrena, multiplicada um milhão de vezes, expressará, apenas palidamente, o gozo que está à espera dos filhos de Deus.

6) A Permanência: – A felicidade celestial será eterna. A permanência é necessária para completar a felicidade.

7) Alegrias Sociais: – Heb. 12:22-23; 1 Tess. 4:13-18. O homem, por sua própria natureza, é um ser sociável. Um homem solitário é um fato anormal e extraordinário. No céu não haverá mal-entendidos, não haverá disputas, e todos serão bons e bonitos.

8) A Companhia de Jesus: – João 14:3; 2 Cor. 5:8. Filip. 1:23.

Veremos Jesus face a face. Ele que, como um pastor, conduziu o Seu povo por este vale de lágrimas, também os conduzirá, no céu, de alegrias em alegrias, de glória em gloria, de revelação em revelação.

CAPITULO 40

O DESTINO DOS ÍMPIOS

1. O ESTÁGIO INTERMEDIÁRIO:

Apocalipse 20:14 – "Então a morte ao inferno foram lançados para dentro do lago do fogo. Esta é a segunda morte...”

Quando os ímpios morrerem, suas almas irão para o Hades, que é uma prisão e onde permanecerão, em tormento consciente, até a ressurreição final e o julgamento do Trono Branco. Uma imagem vivida do Hades nos é dada na história de Lázaro e do homem rico. (Lucas 16:19-31).

2. A SEGUNDA MORTE:

O destino dos ímpios será a eterna separação de Deus, e o eterno sofrimento de Sua ira, conhecida como a segunda morte. Devido à sua terrível natureza, é um assunto do qual, obviamente, procura-se fugir. No entanto, é um fato que deve ser encarado, pois que é uma verdade positiva da revelação Divina. O Cristo de bondade e de amor preveniu Os homens contra os sofrimentos do inferno.

Romanos 6:23 – "Porque o salário do pecado é a morte."

A morte aqui expressa não significa a cessação da existência, do mesmo modo que a vida eterna significa o começo da existência. A vida eterna não quer dizer vida para sempre, mas sim viver-se em um estado de bem-aventurança para sempre. A vida eterna não lida tanto com quantidade quanto com a qualidade da existência, E o mesmo acontece com a morte eterna. E uma qualidade de existência, não cessação desta. Mesmo nesta vida pode a morte co-existir com a vida. (Efésios 2:1; 1 Tim. 5:6). O que o homem chama de vida, é chamado de morte por Deus. Há duas coisas que o filho de Deus recebe: no novo nascimento, a vida eterna; na sua ressurreição, a imortalidade, quando já tinha a existência. Assim é no caso dos ímpios: a segunda morte não quer dizer cessação da existência, pois ele já está morto nesta vida. Quer dizer, isto sim eterno afastamento de Deus. (Apoc. 20:14-15; Apoc. 21:8).

3. NATUREZA DO LAGO DE FOGO:

A natureza do inferno é descrita pelas Escrituras que contam da existência tanto de Hades (a prisão) como de Geena (o lago de fogo). Não separaremos ambas as descrições porque são similares em suas naturezas.

1) Sofrimento Extremo – Apoc. 20:10 – Atormentado dia e noite.

2) Memória – Lucas 16:25 – "Filho, lembre-se...”

3) Desejo insatisfeito – Lucas 16:24.

4) Remorso – Lucas 16:27-28.

5) Vergonha e desprezo – Daniel 12:2.

6) O verme não morre – Marcos 9:46.

7) O fogo não se apaga – Marcos 9:46.

8) O abismo – Apoc. 20:3.

9) Trevas – Mateus 25:30.

10) Ausência de descanso – Apoc. 14:11.

Não haverá nem luz, nem visão, nem música, nem honras e nem esperança no inferno. Que espantoso, que terrível lugar!

4.    O INFERNO FOI PREPARADO PARA O DEMÓNIO E SEUS ANJOS:

Mateus 25:41 – “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno preparado para o diabo e seus anjos.”

O inferno nunca foi preparado para o homem. Deus o fez para o demônio e seus asseclas. Deus tem feito tudo que Lhe é possível para evitar que o homem vá para aquele medonho lugar. A Cruz do Calvário é uma barreira a impedir a queda do homem para dentro de uma eternidade perdida. Cristo morreu para impedir os homens e as mulheres de caírem lá. Na justiça de Deus, o inferno foi para o demônio. Se o homem conscientemente escolhe ser um seguidor de Satan, com toda a certeza passara toda a sua eternidade com o demônio.

5. O FOGO:

Na parábola do Joio (Mateus 13:36-43) Jesus explicou todas as palavras figurativas. Ele não explicou a palavra “fogo". Porque ficou esta palavra sem explicação? Só pode haver uma explicação: a palavra "Fogo" não era figurativa.

A  ETERNIDADE

1. A IDÉIA DA ETERNIDADE:

Para se ter uma ideia da eternidade, vamos compará-la com o espaço. O tempo e a distância tem uma conexão definida, assim como massa e energia. Do mesmo modo, a eternidade e o espaço têm uma conexão.

a)        Espaço: A luz viaja a uma velocidade de 300.000 quilômetros por segundo. Um ano-luz é aproximadamente 100.000.000.000.000.000 quilômetros. Agora tente medir estas distâncias com um metro. Vemos imediatamente que seria tolice tentar. Seria necessário termos uma unidade de medidas muito maior, que é o ano-luz.

b)        Eternidade: Assim como é tolice medir-se o espaço com um metro, também é tolice medir-se a eternidade com a unidade “anos”. Devemos ter uma unidade maior de medição, que é conhecida como um eon ou era.

2. EON OU ERA:

Esta palavra grega "aion" com o seu equivalente em inglês "eon" foi usada no Novo Testamento umas 124 vezes.

Foi traduzida como "mundo" 35 vezes. (Mateus 12:32; Mateus 13:39-40; Mateus 24:3; Marcos 10:30).

É usada para se referir ao passado – Col. 1:26.

É usada para se referir ao futuro – Efésios 2:7.

3. EON DOS EONS (TEMPOS DOS TEMPOS):

Efésios 3:21.

O período de tempo que a Bíblia e que no qual está registrado o contato de Deus com o homem, e que abrange aproximadamente 7.000 anos, é o EON DOS EONS.

1) Éden – eon da inocência.

2) Antidiluviano – eon da consciência – 1655 anos.

3) Post-diluviano – eon do governo humano – 431 anos.

4) Patriarcal – eon da promessa – 427 anos.

5) Mosáico – eon da lei – 1491 anos.

6) Igreja – eon do Espírito Santo – ? anos.

7) Milênio – eon de manifestação – 1000 anos.

Total EON dos EONS – Aproximadamente 7000 anos.

4. EONS DOS EONS:

A expressão "eon dos eons” pode ser pluralizada e usaremos a expressão "eons dos eons". Encontramos esta expressão em tais Escrituras como Apocalipse 19:3; Apocalipse 20:10 e Apocalipse 88:5.

A imagem que é sugerida por este termo, é traduzida como "por todos os séculos dos séculos", revela eras rolando sobre eras para todo o sempre. Elas não poderiam ser contadas, eis que são infinitas em número.

Este termo é usado tanto para o destino final dos justos como dos ímpios.

5. ETERNIDADE:

Muito pouco nos foi dito sabre a eternidade do passado e a eternidade do futuro. Nos foi dito que haverá um novo céu, e uma nova terra, e que há um lago de fogo onde os vermes não morrerão, e onde o fogo não se extinguirá. Marcos 9:46. Apocalipse 21:1; 2 Pedro 3:13). Esta vida é muito breve comparada à eternidade. Estamos aqui apenas o tempo suficiente para nos preparar para a eternidade. Há um Céu para ser ganho e um Inferno para ser evitados e ambos eternos (eons dos eons). ONDE VOCÊ PASSARA A SUA ETERNIDADE.

DOUTRINA

1. SIGNIFICADO DA DOUTRINA: A palavra “Doutrina” significa “ensino” ou “verdade”. É impossível ensinar a Bíblia sem ensinar-se doutrina. A doutrina é a espinha dorsal e esqueleto de sustentação de qualquer pregação e ensino. Dá força, forma e beleza á mensagem que transmitimos.

2. IMPORTÃNCIA DA DOUTRINA: A importância as Doutrina da Bíblia pode ser vista nas seguintes Escrituras:

Atos 2:42        – E perseveraram na doutrina dos apóstolos.

1 Tim 4:13      – ...aplica-te á leitura, á exortação e ao ensino.

1 Tim 4:16      – ... e da doutrina.

1 Tim 5:17      – ... os que se afadigam na palavra e no ensino.

2 Tim 3:16      – ... e útil para ensino.

2 Tim 4:2        – ... com toda a longanimidade e doutrina.

2 João 9          – ... a doutrina de Cristo.

3. PRINCÍPIOS A SEREM LEMBRADOS PARA COMPREENDER-SE A DOUTRINA:

a)  A verdade se manifesta por Revelação Divina.

Não há melhor mestre da Verdade Divina do que o Espírito Santo, o autor da Bíblia. Muitas verdades são mistérios que são ocultos das mentes não regeneradas r que apenas podem ser compreendidas quando o Espírito as faz mais claras.

João 16:13 – “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade...”

I Cor 2:14 – “Ora, o homem natural não aceita as cosias do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente.”

b) Depois do Espírito Santo, a Escritura é o melhor intérprete da Bíblia.

c) A verdade é uma concordância com todo o conteúdo da Escritura.

A doutrina nunca deveria se basear em apenas uma isolada passagem da Escritura a menos que aquela doutrina esteja ao mesmo tempo em harmonia com toda a Bíblia.

d) A verdade é sempre bem equilibrada e razoável. Pontos de vista extremados são mais

passíveis de estarem errados do que a crença moderada.

e) A verdade sempre exalta Cristo. Qualquer ensinamento que degrade Jesus está errado.

f) A verdade sempre tem uma ação santificadora na vida de um crente. O procedimento diário

de um homem indicará se ele é ou não um crente de doutrina verdadeira.

4. A IMUTABILIDADE DA DOUTRINA:

A palavra de Deus é imutável e é absolutamente eterna a não muda em sua natureza.

Salmos 117:2 – “... e a felicidade do Senhor su8bsiste para sempre.”

Isto que dizer que não há doutrina fora daquilo que é ensinado pelos apóstolos e há a grande necessidade de se continuar perseverante na doutrina dos apóstolos. Atos 2:42.

 

5.  A ATITUDE APROPRIADA PARA COM A DOUTRINA: A maneira correta de se estudar a Palavra de Deus é ter-se uma sadia sede de conhecer a VERDADE pelo bem da VERDADE apenas. Há muitos motivos para o estudo da Bíblia, mas acima de qualquer outro, este deve ser o mais importante.

BÍBLIA

1. NOMES E TÍTULOS DA BÍBLIA:

a)  A BÍBLIA – “Bíblia” é derivada da palavra grega “bíblia” e quer dizer “os livros”. Os livros antigos eram escritos sobre o biblus ou papírus, e deste costume nasceu a palavra grega que, finalmente, veio a ser aplicada aos livros sagrados.

Não é meramente um livro – mas é o livro que se coloca tão acima de todos os outros livros como o céu está acima da terra.

REFERÊNCIA: Marcos 12:26; Lucas 3:4; Lucas 20:42; Atos 1:20; Atos 7:42; Salmo 40:7; Hebreus 10:7.

b)  ESCRITURAS – É derivada do latim, e significa “as escritas”.

REFERENCIA: Mateus 22:29; Lucas 24:27; João 5:39; Atos 17:11; Rom. 1:2; 2 Tim 3:15; 2 Pedro 3:16.

c) A PALAVRA DE DEUS – Esta expressão é extremamente significativa e completa. Ela exprime o pensamento de que a Bíblia é Deus falando ao homem.

REFERENCIA: Marcos 7:13; Rom. 10:17; Heb. 4:12. Tanto a expressão “Palavra de Deus” como “Escrituras” eram títulos favoritos do nosso Senhor.

 

d) O NOVO E O VELHO TESTAMENTO – “Testamento” é sinônimo de “pacto”, que foi o termo que agradou a Deus para indicar a relação que existe entre Ele e o Seu povo.

Velho Testamento – é a história da nação Judaica.

Novo Testamento – é a história e a aplicação da redenção realizada pelo Senhor Jesus Cristo.

REFERENCIA: Lucas 22:20; 2 Cor 3:6; Heb. 9:15; Heb. 12:24.

2. OS SÍMBOLOS DA BÍBLIA:

a)  Um crítico ou aquele que discerne – Heb. 4:12.

Quem ousaria em ser um crítico da Bíblia quando ela é, na verdade nosso crítico?

b) Uma lâmpada ou luz – Salmos 119:105 e Prov. 6:23.

Como a Estrela D’Alva ela guiará qualquer indagador honesto até onde se encontra Jesus. Como o castiçal de sete velas do tabernáculo, ela brilha com uma luz perfeita sobre as coisas divinas. Como a colunas de fogo, ela ilumina todo o caminho dói filho de Deus, através de sua jornada pelo deserto.

2 Pedro 1:19 -  “... brilha em lugar tenebroso”.

c)  Um espelho – 2 Cor. 3:18;

d) Um lavabo – Efés. 5:26;

e) Os alimentos – Jó 23:12; Mat. 4.4.

I. O leite para os bebês – 1 Cor 3:2; Heb. 5:12-13.

II. O pão para os famintos – Deut. 8:3; Isaias 55:1-2.

III. Os alimentos sólidos para os adultos – 1 Cor. 3:2; Heb. 5:12-14.

IV. O mel – Salmos 19:10; 119:103.

f)  O ouro – Salmos 19:10.

g)  O fogo – Jer. 20:9 e 23:29.

h)  Um martelo – Jer. 23:29.

Os corações de alguns homens são tão empedernidos como uma rocha, e torna-se mistério o contínuo martelar da palavra para quebrá-los.

i)  Uma espada – Efés. 6:17.

j)  A semente – Lucas 8:11; Isaias 4:10; 1 Pedro 1:23.

I. Devemos semear em todos os instantes. Isaias 32:20.

II. Devemos semear a todos os instantes. Ecl. 11:6.

III. O solo deve ser preparado pelo amor e pela compaixão. Salmos 124:6.

IV. Chuva e neve – Isaias 55:10-11.

COMO FOI A BÍBLIA ESCRITA

1.   DEUS ESCREVEU TRÊS VEZES: - Temos registrado que a Divindade escreveu apenas três vezes.

a)  Os Dez mandamentos – sobre pedras em formas de tábuas – Ex. 31:18.

b)  Sobre a parede de Belsazar – Dan. 5:5.

c)  Sobre o chão do templo, por nosso Senhor – João 8:6.

Primeiro foi para dar a lei. – desrespeitada pelo homem. Por fim, foi um especial ato de graça. – pisoteada pelos pés do homem.

2. COMO FOI A BÍBLIA ESCRITA? – Por inspiração. 2 Tim 3:16 – Toda escritura é dada por inspiração de Deus; “dada por inspiração de Deus” vem de uma única palavra grega que significa “Deus-inspirava”. 2 Pedro 1:20,21 – Mas acima de tudo, lembre-se que nenhuma profecia nas Escrituras poderia ser chamada de inspirada pela própria improvisação do profeta, pois nenhuma profecia é o resultado da vontade humana, mas os enviados de Deus falavam como se fossem impelidos a fazê-lo pelo Espírito Santo.  (Weymouth).

3.  DEFINIÇÃO DE INSPIRAÇÃO: - “Inspirado” significa, literalmente, “Deus Inspirava”. Esta palavra vem da forma grega “theopneustos” ou Deus exalou. È o forte, consciente sopro de Deus para dentro dos homens, possibilitando-os a falar a verdade. É Deus falando por meio dos homens, e a Bíblia é, portanto, tanto a palavra de Deus como se Ele tivesse pronunciado cada simples palavra contida no livro, com os seus próprios lábios. As escrituras são o resultado da Inspiração Divina, do mesmo modo como a fala humana é resultante da exalação pela boca humana. “Homens santos de Deus, amparados pela infusão do sopro Divino, e lhes foram poupados todos os erros, quer revelassem verdade já previamente conhecidas e familiares, quer escrevessem sobre verdades ainda desconhecidas.” – Evans.

4. DEFINIÇÃO DE REVELAÇÃO: - “Revelação” é aquele ato de Deus pelo qual ele comunica a verdade diretamente, verdade esta ainda desconhecida pela mente humana. A Revelação descobre novas verdades, enquanto a Inspiração superintende a comunicação daquelas verdades. Nem tudo na Bíblia foi “revelado”, mas tudo foi “Inspirado”.

5. DEFINIÇÃO DE ILUMINAÇÃO: - “Iluminação” é a influência do Espírito Santo sobre as mentes dos homens, para que eles possam compreender as coisas espirituais. REFERÊNCIA: 1 Cor. 2:14; Mat. 16:17.

Revelação – uma divina manifestação da mente de Deus.

Iluminação – uma ação divina sobre a mente dos homens.

6. PORQUE CREMOS NA COMPLETA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA:

                                  I. Jesus deu ao Velho Testamento a sua completa aprovação. Mat. 5:18.

                                II. E o produto de uma mente superior. Apesar de conter 66 livros, escritos por 40 escritores durante um período de 1600 anos, tem UM ÚNICO AUTOR.

                              III. Os tipos, símbolos e cerimônias revelam que ela é divina. Por exemplo: Cristo no tabernáculo.

                              IV. As profecias da Bíblia asseguram que ela é divina. 1 Pedro 1:10,11.

                                V. Os padrões morais da Bíblia provam que ela é divina. 1 Pedro 1:16.

                              VI. O Criador do homem é o Autor da Bíblia – e revela o homem a si mesmo.

                            VII. Ela revela o único caminho para a Salvação – tão simplesmente, mas não obstante, tão profundamente. Rom. 11:33.

                          VIII.  Pelos seus frutos, sabemos que o livro é divino. Ele sempre promove o bem.

                              IX.  A Bíblia sobreviverá ao Universo. Salmos 119:89; Mat. 5:18.

                                X.  O mundo reconhece que ela é divina. Ela é “O Livro”. A Bíblia foi traduzida para outras mais línguas do que qualquer outro livro. Bibliotecas inteiras têm sido escritas para interpretá-la, e curvam-se diante dela os sábios.

INSPIRAÇÃO VERBAL

1. DEFINIÇÃO DE INSPIRAÇÃO VERBAL: - Inspiração Verbal significa que cada palavra dos escritos originais foi inspirada. Podem os tradutores terem feitos erros nas traduções, mas estes erros não estavam no original. Se a Bíblia foi, palavra por palavra, inspirada, então não pode haver – e não há – erros em seu texto: Deus não poderia fazer erros. Se, por outro lado, não foi palavra pó palavra inspirada, então conclui que algumas das partes da Bíblia são advinhas de Deus, enquanto outras são de origem puramente humana. Nestas últimas devemos, naturalmente, esperar encontrar alguns erros. Se apenas os pensamentos são inspirados, então a Bíblia contém a Palavra de Deus, mas não é a Palavra de Deus em sua essência. E isto, naturalmente, não é verdade. Nós cremos, absolutamente, na Inspiração Verbal.

2. RAZÕES PARA A INSPIRAÇÃO VERBAL:

a)  Os próprios escritores a afirmam:

Moisés – êxodo 20:1 – Deus disse estas palavras.

Êxodo 24:4 – Moisés escreveu todas as palavras do Senhor.

Êxodo 35:1 – Estas são as palavras comandadas pelo Senhor.

Davi – 2 Sam. 23:2 – sua palavra está em sua boca.

Isaias – Isa. 1:2 – o Senhor falou.

Jeremias – Jer. 1:4 – A Palavra de Deus veio ter a mim.

Jer. 1:9 – eu pus minhas palavras em tua boca. Ezequiel – Ezeq. 1:3 – A palavra de Deus veio expressamente a Ezequiel.

Amós – Amós 1:1 – as palavras que ouviram referentes à Israel.

João – Apoc. 1:1 – A Revelação de Jesus Cristo que lhe foi dada por Deus.

b)  Muitas vezes os escritores da Bíblia não compreendiam o que escreviam. Deus dava as palavras, mas não necessariamente os pensamentos.

1 Pedro 1:10-12 – os profetas perguntaram.......... Eles não estavam exercendo ministério sobre si mesmos, mas sobre nós.

Daniel 12:8-9 – Daniel não compreendia tudo o que ele havia escrito.

Salmos 22:18 e 22:16 – Davi compreendia a repartição de vestes e o transpasse das mães e dos pés.

c) A Bíblia seria incorreta se fosse inspirada de outro modo que não verbalmente.

                                                   I.A importância está cima de palavras simples.

Exemplo: Heb. 12:27.

                                                      II. A importância está cima Dops tempos de verbos.

Exemplo: Lucas 20:37 – “Eu sou”.

                                                    III. A importância está acima de uma simples letra.

Exemplo: Gal. 3:16 – o “S” – descendente e não descendente.

d)  A ciência da Bíblia é absolutamente correta, apesar de muitas das idéias populares da ocasião serem incorretas, i, é, a Terra é plana e chata, etc.

e)  O testemunho de Cristo prova que a Bíblia foi verbalmente inspirada.

Mateus 5:18 – “nem um i nem um til jamais passará da lei, até...”

Lucas 24:44 – Todas as coisas escritas devem se efetivar.

f)  Se parte da Bíblia é divina e parte é humana, quem poderia distinguir os limites de ambas?

COMO CONSEGUIMOS A NOSSA BÍBLIA

1. OS MANUSCRITOS: A Bíblia foi originalmente escrita sobre longas folhas de pergaminhos que, por sua vez, foram enroladas em rolos de madeira. Assim feitos, foram chamados – manuscritos -, o que quer dizer “escrito a mão”. Os homens que copiavam a Palavra de Deus nestes manuscritos eram chamados – escribas -. Estes manuscritos eram muito caros e tinham que ser lidos á congregação. O Velho Testamento foi escrito em hebreu e o novo testamento em grego.

2.  OS SETENTA: Em aproximadamente em 277 A.C. foi feita uma tradução grega do Velho Testamento, por setenta e dois intelectuais. Em Alexandria. Esta tradução foi largamente popularizada e foi seguida nas traduções subsequentes.

3.  A VULGATA: Esta é uma tradução latina da versão dos setenta e dois do Velho Testamento. E da versão original em grego do Novo Testamento. Quer dizer “saber comum ou público”. Foi feita no Norte da África e foi revisada no 4º século por são Jerônimo. Por mil anos esta foi a Bíblia padrão da igreja católica. as pessoas do pov0o não podiam ler latim. O líder lia para as pessoas. Durante a Idade Média, a Palavra de Deus estava trancada na língua latina.

4. PRIMEIRA TRADUÇÃO ANGLO-SAXÕNICA: O Venerável Bede traduziu os Salmos e os Evangelhos para o anglo-saxônico. Alfredo, o Grande, ordenou que toda Bíblia fosse traduzida, mas não viveu o suficiente para ver a tradução completa.

5. CAPÍTULOS: Em 1250 o Cardeal Hugo dividiu a Bíblia em capítulos para que se obtivesse uma concordância latina. Algumas divisões foram infelizes, mas, de qualquer modo, foram retidas nas traduções subseqüentes.

6. A PRIMEIRA TRADUÇÃO INGLESA: John Wycliffe foi o primeiro a traduzir a Bíblia para o inglês, partindo da Vulgata Latina. A tarefa levou-lhe 22 anos. Uma cópia custava 40 libras e levava 10 meses para ser escrita. Ele foi combatido por Católicos Romanos. Em 1383 ele morreu de paralisia. Quarenta anos mais tarde alguns Católicos Romanos desenterraram os seus ossos, queimaram-nos e espalharam as cinzas no Rio Swift.

7. A INVENÇÃO DA IMPRENSA: A imprensa foi inventada por Gutenberg em aproximadamente 1450. Foi introduzida na Inglaterra por Caxton em 1476.

8. WILLIAM TYNDALE: Em 1537 Tyndale, um dos reformadores protestantes, fez uma outra tradução para o inglês, e foi o primeiro a publicar uma impressão do Novo Testamento em inglês. Esta publicação teve que ser feita parte em Colônia, parte em Worms. Os Testamentos eram contrabandeados pára dentro da Inglaterra nos fardos de algodão, sacos de farinha, e etc. os católicos faziam todos os esforços para evitar que isto acontecesse, e queimavam milhares de cópias. Ele traduziu do grego, e sua tradução era acurada. Ele também traduziu o Pentateuco e Jonas para i inglês. Em 1535 ele publicou uma versão revisada do Novo Testamento, partindo do original grego. Em 1536 Tyndale foi estrangulado e queimado.

9.  AS BÍBLIAS IMPRESSAS EM INGLES: A Bíblia completa foi impressa em inglês pela primeira vez em 1535, por Miles Coverdale.

10. A PRIMEIRA VERSÃO AUTORIZADA DA BÍBLIA: Thomas Cromwell induziu a Henrique VIII a dar uma licença para que se editasse uma Bíblia em inglês. E isto foi feito por John Rogers, e ficou conhecida como a “Bíblia de Mateus”. Tornou-se esta edição impopular por ter comentários á margem contra a Igreja Católica Romana. Em 19539 Coverdale fez uma reimpressão juntamente com outros, sem os tais comentários. O Rei aprovou-a, tornando-a, assim, a primeira versão autorizada. Esta edição tornou-se conhecida como a Grande Bíblia, devido ao seu tamanho. Ordenou-se que houvesse uma cópia em todas as paróquias, e que fosse acorrentada ao público, onde as pessoas se reuniam para ouvir a leitura da Palavra de Deus.

11. A BÍBLIA DE GENEBRA: Em 1560 a Bíblia de Genebra apareceu, preparada por reformadores daquela cidade. Ela havia sido traduzida dos originais, grego e hebreu. Era menor em seu tamanho e tornou-se popular. Foi a bíblia usada por Shakespeare, Cromwell, John Bunyan, e foi trazida para os estados Unidos da América do Norte pelos Peregrinos. Esta Bíblia era importante pelas seguintes razões:

a)  Ela dividia o texto em versos.

b)  Ela usava os tipos romanos, que eram mais facilmente lidos.

c) Ela foi a primeira a usar as palavras em grifo, palavras estas acrescentadas para a maior clareza do idioma inglês.

12. A BÍBLIA DE DOUAY: Em 1582 os católicos Romanos traduziram o Novo Testamento em reims. Em 1610 traduziram o Velho Testamento, em Douay. Esta tradução incluía os Livros Apócrifos e foi traduzida da vulgata Latina e contém erros grosseiros. O que são Livros Apócrifos? São quatorze livros incluídos na Bíblia católica Romana e que não estão na Bíblia Protestante. A palavra “apócrifo” quer dizer escondido, ou secreto. Eles não são incluídos em nossa Bíblia porque:

a.  As Escrituras são autocontidas, absolutamente completas, sem nada que lhes falte.

b.  Não há referencia aos Apócrifos no Novo Testamento.

c.  Há três solenes advertências sobre adições á Bíblia:

1 Moisés – Deut. 4:2

2 Salomão – Prov. 30:6

3 João – Apoc. 22:18-19

d.  Os Apócrifos não são reconhecidos pelos Judeus Ortodoxos ou pela Igreja Cristã como sendo inspirados.

e.   Os livros Apócrifos contém um grande número de lendários disparates e alguns grosseiros erros históricos.

13.  A VERSÃO DO REI JAIME: Em 1611 apareceu a versão do Rei Jaime. Esta é a tradução agora em uso pela maioria dos povos, de língua inglesa. Quarenta e sete intelectuais, autorizados pelo Rei Jaime, fizeram um exaustivo estudo das antigas versões já existentes. Velhos textos hebreus e gregos foram

Estudados para que se obtivessem os melhores resultados. Esta versão tem mantido o primeiro lugar por trezentos e cinquenta anos.

14.  A EDIÇÃO REVISADA: Em 1881, cem intelectuais de várias denominações, da Inglaterra e dos Estados Unidos da América, reuniram-se e trabalharam durante dez anos. Usou-se, então, a versão do Rei Jaime e as mais antigas cópias das Escrituras.

15.  VERSÃO PADRÃO AMERICANA: 1905: Levou-se quinze anos para ser completada e dividiu a Bíblia em parágrafos.

16.  VERSÃO PADRÃO REVISADA: Em 1929 o copyright da Versão Padrão Americana foi transferido para Conselho internacional de Educação Religiosa, uma organização ligada a 40 denominações protestantes importantes. Este conselho nomeou um comitê de intelectuais de 20 seminários e universidades para que revissem a Versão Padrão. A Versão Padrão Revisada do Novo Testamento foi publicada em 1946, e a Bíblia completa em 1952. Esta versão reflete uma teologia liberal, que pode ser notada na tradução da palavra “virgem” e em outros pontos.

Há outras traduções para o inglês moderno. E que poderiam ser também adotadas: Moffatt, Weymouth, Amplified (Amplificada), etc. estas todas ajudam no estudo da Bíblia, e podem ser usadas como fonte de referencia. Não obstante, seria ACONSELHÁVEL MANTER-SE A VERSÃO DO Rei Jaime como o principal texto da palavra de Deus, pois que esta é a versão que Deus tem usado para a salvação de almas, mais do que qualquer outra.

SUPOSTAS CONTRADIÇÕES

A Bíblia quando corretamente interpretada nunca se contradiz. Vamos enumerar aqui algumas das supostas contradições, com as adequadas explicações. Esta é mais uma prova da infalibilidade da Bíblia.

1. GENEALOGIA DO NOSSO SENHOR:

a)      Mateus 1 – Volta-se para o lado de José para Abraão para mostrar Cristo como o legal herdeiro ao trono de Israel.

b)      Lucas 3, 23-38 – volta-se para o lado de Maria para Adão, dando-se ênfase á verdadeira humanidade de Cristo, e para mostrar Cristo como a prometida origem da mulher. Gen. 3:15.

2.  DOIS RELATOS DO SERMÃO DA MONTANHA:

Mateus 5:1 – Jesus subiu a montanha.

Lucas 6:17 – Ele desceu com eles.

Houve DOIS sermões – um pregado na montanha – o outro na planície. Um pregado aos discípulos – o outro á multidão. Mateus 9:9 – Mateus não estava no primeiro sermão. Lucas 6:15 – Mateus estava no segundo sermão.

3.  AS INSCRIÇÕES NA CRUZ:

Mat. Este é Jesus o Rei dos Judeus.

Marcos o Rei dos Judeus.

Lucas Este é o Rei dos Judeus.

João Jesus de Nazaré o Rei dos Judeus.

TOTAL: Este é Jesus de Nazaré o Rei dos Judeus.

Indubitavelmente, a inscrição total estava escrita, e apenas uma parte dela foi transcrita nos vários Evangelhos.

4. O SUPOSTO ERRO DE PAULO:

Números 25:9 – 24.444 morreram.

1 Cor. 10:8 – 23.000 morreram.

Paulo, escrevendo sob inspiração, declarou que 23.000 morreram em um dia

5.  O SUPOSTO ERRO DE MATEUS:

Mateus 27:9 – o que foi dito pelo profeta Jeremias... Zac. 11:12 e 13 – Mateus escrevendo sob inspiração escreveu que houve dito estas palavras. Não poderia isto ser tão correto como Judas 14 referente á profecia de Enoque, apesar duma profecia similar estar em Zacarias 14:5? Jeremias poderia tê-lo dito do mesmo modo que Zacarias.

6.  DAVI RECENSEADO O POVO:

2 Samuel 24:9 e 1 Cron. 21:5.

Samuel nos conta que os homens valentes que desembainharam a espada eram 800.000, enquanto as Crônicas dizem que todos em Israel eram 1.100.000.

7.  MATEUS 28:19 E ATOS 2:38:

Não há aqui nenhuma contradição. Jesus não disse a seus discípulos para batizar, usando as palavras do Pai, Filho e Espírito Santo. Ele disse-lhes que batizassem em NOME do Pai, do Filho e do Espírito Santo. As palavras Pai, Filho e Espírito Santo não são nomes, mas títulos que indicam UMA PESSOA, que tem UM NOME, e que é JESUS.

Há outras supostas contradições e erros, mas aqueles dados nesta lição são suficientes para provar que a Bíblia é absolutamente exata e inerrável. Como é importante que estudemos a Bíblia e compreendamos a mensagem nela contida. Não deveríamos jamais tentar mudar, ainda que ligeiramente, a Palavra de Deus. Três vezes fomos nós solenemente advertidos: Deut. 4:2 – “Nada acrescentarei á palavra que vos mando...” – Prov. 30:6 – “Nada acrescentes às suas palavras...”, e Apoc. 22:18-9 – “Se qualquer homem acrescentar...”.

UM DEUS ÚNICO

DEUS

1.  DEUS AFIRMA:

Deus não tenta provar as verdades da Bíblia, e nem discute com a família humana. ELE AFIRMA.

“No princípio Deus...” – Gên. 1:1. As palavras de abertura da bíblia anunciam a existência de Deus. As Escrituras não tentam provar a existência de Deus; elas asseveram, concluem e declaram que o conhecimento de Deus é universal. As Escrituras reconhecem que os homens não apenas sabem da existência de Deus, mas tem também uma certa compreensão de quem é Deus.

Romanos 1:19-20 “porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno poder como também a Sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas.”

2.  O PRINCÍPIO DA FÉ:

As pessoas em todas as partes Creem na existência de um Ser Supremo, perante o qual elas são moralmente responsáveis. Os gentios reconhecem a existência de um Ser Supremo. Esta crença é inata no homem e vem da sua intuição racional.

É este fato que Satanás desafia, e é neste ponto que encontramos a maior batalha do mundo, hoje em dia, a luta entre a Fé e a Descrença.

É aqui que a Fé do homem começa. Ele deve aceitar este inerente reconhecimento da Divindade, e deve declarar que isto pode se tornar uma força ativa em sua vida.

Hebreus 11:6 - "... porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que se torna galardoador dos que O buscam.”

3.  DEFONIÇÃO DE TERMOS:

a)      INFIÉL – Aquele que descrê de alguma religião, especialmente do cristianismo.

b)      CÉPTICO – Aquele que adota uma atitude de dúvida para com a religião.

c)      AGNÓSTICO – Aquele quem nem nega nem afirma a existência de Deus.

d)      ATEU – Aquele que nega a existência de Deus.

e)      PANTEISTA – Aquele que identifica o universo com Deus, negando a sua personalidade.

 

 

4. A DESCRIÇÃO BÍBLICA DE UM ATEU:

Em Salmos 14:1 – “Diz o insensato em seu coração, não há Deus.” Eis aqui a descrição bíblica de um ateu confesso. Ninguém, a não ser um insensato, negaria a certeza de Deus. Se na verdade há verdadeira raiz da natureza do homem é uma força. E Deus insistiu nesta verdade de Si mesmo existente no verdadeiro âmago de toda natureza humana.

5. A RESULTANTE DA NEGAÇÃO DE DEUS:

O conhecimento de Deus enobrece, purifica e santifica o homem. Quanto maior for a revelação que o homem tiver de Deus, o mais santificado ele será. E o contrário também é verdade. Quando o homem rejeita o conhecimento de Deus, ele abre, aos pares, as comportas que receberão uma enchente de imoralidade e impurezas. Vemos este fato ocorrendo na América, hoje em dia. Com a remoção de Deus de nossas escolas, vemos uma geração de agnósticos e cépticos ser criada, tendo como resultado uma completa quebra dos padrões e da moral. Romanos, capítulo um, mostra este fato claramente.

ARGUMENTOS RELACIONADOS À EXISTÊNCIA DE DEUS

1.  UNIVERSALIDADE DA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS:

O fato de que em todas as partes do universo os homens creem em Deus é um forte argumento em favor desta verdade. Esta crença universal advém do fato de que o homem nasce com esta crença.

2. ARGUMENTO DE CAUSA: COSMOLÓGICO:

Há uma razão para tudo. E como se explica isto? Os homens e o universo são efeitos, deve haver uma causa. O mundo não veio a existir por si mesmo, do mesmo modo como estas notas sobre a Bíblia. Seria menos absurdo entrar-se numa biblioteca forrada com milhares de livros nas estantes e afirmar que esta biblioteca passou a existir por si mesma, do que afirmar-se que este mundo não teve um criador. O homem existe, mas deve sua existência a alguma causa. O homem é um efeito, ais que não existiu sempre. Ele foi criado.

 

 

3.  ARGUMENTO DO PLANO: TELEOLÓIGICO:

A estrutura de um relógio prova não apenas que existiu um fabricante, mas também alguém que o planejou. O universo e a natureza provam que houve uma supervisão com o desejo de fazê-lo e uma inteligência a orientar as suas origens.

4. ARGUMENTO DA EXISTÊNCIA: ONTOLÓGICO:

O homem tem uma ideia de um Ser infinito e perfeito. Esta idéia não surgiu de nós mesmos. Portanto tal Ser deve existir e não ser apenas um pensamento.

5. ARGUMENTO MORAL: ANTROPOLÓGICO:

Moralidade é obrigatória, não opcional. O homem tem uma natureza intelectual e moral, uma consciência, uma natureza emocional, e apenas um Ser de bondade, poder, amor, sabedoria e santidade poderia satisfazer tal natureza. Como conclusão, deve haver um criador que seja um Ser moral e intelectual, um Juiz e um Legislador.

6. ARGUMENTO DE CONGRUÊNCIA:

Se temos uma chave que seve numa fechadura, temos então, a chave certa. A crença num Deus pessoal, de existência própria, está em harmonia com nossa natureza mental e moral, e com todo o mundo ao nosso redor. Se Deus existe, então todas as questões relacionadas á criação, religião, natureza e história do homem estão respondidas. O ateísmo deixa todos estes problemas sem explicação.

7. ARGUMENTO DAS ESCRITURAS:

A história dos judeus, e a concretização das profecias. Não seriam explicadas sem Deus.

Os argumentos acima são todos argumentos lógicos, e todos muito razoáveis. No entanto, é a opinião do autor que o argumento seguinte é, sem dúvida alguma, o mais efetivos.

 

 

8. ARGUMENTO DA EXPERIÊNCIA PESSOAL:

Todos os cristãos podem testemunhar as muitas experiências que tiveram com um Deus pessoal e vivente. Esta é uma prova suficiente que Deus vive... Estas experiências podem ser divididas em quatro principais grupos:

a)      Deus responde às orações. O fato de o homem orar, e das orações serem respondidas,  prova da existência de Deus.

b)      Deus salva a alma de um pecador. E isto não é apenas uma pequena emoção religiosa, mas o poder de Deus é testemunhado no fato de ter os pecados perdoados, hábitos pecatórios redimidos, e conseguir-se, assim, nascer novamente.

c)      Deus cura corpos doente. Cada vez que se dá um milagre de cura de um corpo doente, podemos sentir a existência de Deus.

d)      O homem tem a companhia de Deus. Este é sem dúvida o mais forte argumento de todos, e é, também, toda a prova que se poderia desejar. O fato de o homem ser capaz de experimentar a real presença de Deus em sua vida, não deixa margem para qualquer argumento posterior.

O melhor meio de se responder a um ateu, é perguntar-lhe o que o ateísmo fez por ele. É uma tarefa muito fácil testemunharmos o que uma fé viva nos proporcionou e o que a descrença lhe tem custado.

HÁ APENAS UM DEUS

1. DEUS ÚNICO DEUS VERDADEIRO:

Há mais de cinquenta passagens nas Escrituras que ensinam que Deus é único, e que não há outro. Nenhuma outra verdade da Bíblia recebe mais importância do que a da Unicidade de Deus.

Deut. 6:4, “Ouça, Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor.”

Isaias 44:8, “Há outro Deus além de mim? Não, não há outro Deus que eu conheça.”

1 Tim. 2:5, “Há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus homem.”

Tiago 2:19, “Crestes que só há um Deus, e fizestes bem; os demônios também creem, e temem.”

Mais referencias: Isaias 45:5; 1 Cor. 8:4; Apoc. 4:2; Isaias 46:9; Marcos 12:32.

Uma multiplicidade de Deuses é uma contradição; só pode haver um Ser Supremo: um único Deus. Tal Ser não pode ser multiplicado ou pluralizado. Só pode haver um Deus definitivo e completo em si mesmo.

A Unicidade de Deus é a grande verdade e a grande mensagem do Velho Testamento. Os judeus tentaram apedrejar Jesus porque Ele proclamava a Sua divindade, e eles diziam, “Não apedrejamos aqueles que fazem o bem; mas por blasfêmia e porque sendo tú homem te fazes a ti mesmo Deus”. A verdade ensinada no Velho Testamento nunca foi contradita no Novo Testamento, mas pelo contrário, confirmada.

2. A TRINDADE EXAMINADA:

A palavra “Trindade” não está na Bíblia. A doutrina chamada Trindade foi introduzida pelos Católicos Romanos após um sínodo do começo do terceiro século, no Concílio de Niceia em 325 A.D. O Credo Atanasiano, mais tarde, fez a Trindade um dogma, fundamental. Juntou-se a outros dogmas Católicos Romanos, tais como: Transubstanciação, Indulgência, a Idolatria de Maria, a infalibilidade do Papa, o Purgatório, etc. infelizmente quando os protestantes repudiaram tais burlas, mantiveram-se ligados aos erros da Trindade por laços vitais, credo este que é falso, que não está nas Escrituras e que foi criado pela Igreja Católica Romana. A palavra “Pessoas” quando usada para a Divindade, violenta a absoluta unicidade de Deus. Dividindo-se Deus em três pessoas, fazendo três deuses, o que seria Tri-teismo, não importando de como se poderia argumentar em contrário. Deus é “Três em Um” e não “Um em Três”. A doutrina da trindade leva a muita confusão e contradição.

3.  Elohim é uma palavra hebraica, na forma plural, e que foi traduzida para “Deus” em nossas Bíblias. Os trinitarianos argumentarão que isto indica uma pluralidade de pessoas na Divindade. Para responder a este argumento, citaríamos o Dicionário da Bíblia, de Smith: “A forma plural de Elohim deu margem a esta discussão. Esta ideia fantasiosa, que o nome se refere à Trindade de pessoas na Divindade, quase não encontra apoio, hoje em dia, entre os eruditos. Ou é o que os gramáticos chamam o plural de majestade, ou indica a totalidade de força divina, a soma dos poderes enfeixados em Deus.” Esta pergunta poderia ser feita. Por que os Judeus, sabendo que Elohim era plural, agarraram-se tão tenazmente à Unidade de Deus?

Nas escrituras, Eloim está aplicado a Cristo nos seguintes trechos:

Zac. 11:4, 12, 13 – Elohim foi vendido por trinta peças de prata.

Zac. 14:5 – Elohim voltará como Rei.

Zac. 12:10 – Elohim foi transpassado no Calvário.

O verdadeiro significado de Elohim é uma pluralidade de atributos e de poderes.

DEUS É ESPÍRITO

1. DEUS É ESPÍRITO:

João 4:24 – “Deus é espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”

A mulher samaritana perguntou: “Onde está Deus para ser encontrado? No Monte Zion ou no Monte Gerizim?” A este pergunta, Jesus respondeu que Deus nunca se encontra a um único lugar.

Atos 4:48 – “Não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas, como diz o profeta. O céu é o Meu trono, que casa me edificais?

1 Reis 8:27 – “Eis que, os céus e até os céus dos céus te podem conter...”

Deus deve ser adorado em Espírito e não dependendo de lugares, formas e outras limitações físicas, e em verdade sem a interferência de falas concepções ou ensinamentos errôneos.

Estude cuidadosamente 1 Cor. 2:6-16 Não podemos compreender ou conhecer Deus a não ser com a orientação e ajuda do Seu Espírito.

2. DEUS É INVISÍVEL:

Afora Jesus Cristo, o Espírito Eterno não pode ser visto.

Êxodo 33:20 – “E acrescentou, “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá.”

João 1:18 – “Nenhum homem jamais viu Deus.”

Lucas 24:39 – “Pois um espírito não tem carne ou ossos, como vedes que eu tenho.”

Col. 1:15 – “Que é a imagem do Deus invisível.”

1 Tim. 1:17 – “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória por todos os séculos dos séculos.”

3. MAGENS PROIBIDAS:

As imagens são proibidas por que:

I – ninguém viu Deus;

II – nada na Terra pode ser semelhante a Ele.

Referências: Deut. 4:15-23; Isaias 40:25; Êxodo 20:4.

Jesus cristo é a imagem expressa de sua pessoa. Hebreus 1:3. Como tal, Deus somente pode ser visto na face de Jesus Cristo.

Deus referiu-se ao fato de ter mãos, pés, braços, olhos e ouvidos. Ele vê, sente, anda, etc. Tais expressões ao Pai, o Espírito Eterno devem ser entendidas apenas como sendo usadas no sentido de expressões humanas, e usadas para que o infinito possa ser trazido á compreensão do finito. Apenas por meio de expressões humanas podemos compreender Deus.

Não obstante, temos tudo isto em Cristo. O homem é corpo, alma e espírito, mas é apenas um homem. Ainda que Deus se nos tenha manifestado como o Pai, e depois na carne do Filho. E agora no poder de seu Espírito. Não três Deuses, e nem três pessoas – este é um termo não encontrado na Escritura, e nunca deveria ser manifestação tripla.

Por conseguinte, Deus em cristo tem mãos, pés, braços, etc. e vê, sente, anda, etc. No entanto, isto é apenas verdadeiro de Deus em Cristo Jesus, Deus manifestado na carne.

4. SUMÁRIO DESTA VERDADE:

Aparte da pessoa do Senhor Jesus Cristo, Deus, o Espírito eterno, é:

(I)                 Espírito            (IV) Livre de todas as limitações

(II)               Invisível         (VII) Apreendido não pelos sentidos, mas pela alma

(III)             Incorporado      (VIII) Imperceptível fisicamente

(IV)            Sem partes         (IX) Não é um Ser material

(V)              Sem corpo

OS ATRIBUTOS DE DEUS

1.  DEFINIÇÃO DE ATRIBUTOS:

Entendemos por atributos as características e qualidades de Deus. Assim como a água é molhada e o fogo é quente, assim deus é eterno, imutável, sagrado, etc. estes atributos podem ser classificados em duas classes: os naturais e os Morais. Como não é nossa intenção estendermo-nos em estudos mais profundos sobre os atributos divinos, simplesmente enumeraremos alguns atributos mais comuns, e não iremos classificá-los.

2.  A ONISCIÊNCIA DE DESU:

Isto quer dizer que Deus é perfeito em conhecimento; Ele sabe tudo. Ele está perfeitamente a par do que acontecerá à família humana e às nações. Daniel, capítulos 2, 8 e 12.

Atos 15:18 – “Diz o Senhor que faz estas coisas conhecidas deste século.” Leia Isaias 46:9-10.

REFERÊNCIAS:        Jó 11:7-8                                 Isaias 40:26-27

                                   Jó 37:16                                  Mateus 10:29-30

                                   Salmos 139                             I João 3:20

                                   Provérbios 15:3                      Provérbios 5:21

3.  A ONIPOTÊNCIA DE DEUS:

ISTO QUER DIZER QUE Deus é perfeito em poder. O poder Divino não conhece obstáculos ou limitações.

Jó 42:23 – “bem sei que tudo podes.”

Gen. 18:14 – “Há algo difícil demais para o Senhor?” Satanás apenas tem poder sobre os filhos de Deus quando este o permite. Deus ergue um obstáculo contra Satanás do mesmo modo como ele dispõe um quebra mar contra as ondas do mar. Jó 1:12; 2:6; Lucas 22:31 e 32.

4.  ONIPRESENÇA DE DEUS:

Isto quer dizer que Deus está em todas as partes sempre. Seu centro está em todo lugar e sua circunstância não se encontra em lugar algum. Jer. 23:23 e 24 – “Não sou Eu também Deus de perto e de longe?” fale com Ele pois, eis que Ele ouve: e espírito com espírito podem se encontrar. Ele está mais perto do que o hálito, e mais perto do que mãos e pés. Deus nunca está longe. Ele está dentro. Nosso espírito é sua morada que Ele mais presa. A onipresença de Deus não é apenas uma verdade delatora: é também protetora. (Delatora para o pecador, protetora para o santo).

REFERÊNCIAS:        Salmos 139:17-18

                                   Gen. 16:13

                                   2 Cron. 2:6

Agrupando os três atributos acima:

Salmos 139:1-6                      a existência de Deus.

Salmos 139:7-12                    a onipresença de Deus.

Salmos 139:13-19                  A onipotência de Deus.

Cristo tem estes atributos, que provam a sua Divindade:

Onipresença de Cristo – João 3:13 – na terra e no céu.

Onipotência de Cristo – Mat. 28:18 – Não há outro poder.

Onisciência de Cristo – João 16:30 e também João 21:17.

OS ATRIBUTOS DE DEUS (Cont.)

5.  A SANTIDADE DE DEUS:

Este é o atributo com o qual Deus mais nos faria lembrá-lo. As visões divinas de Jó, Moisés e Isaias provam-no definitivamente. O profeta Isaias fala umas trinta vezes de Deus como “O Santo”.

É devido a este atributo, mais do que qualquer outro que deus não pode se confraternizar com pecadores. Não é a onipotência de deus ou as fraquezas do homem que se apõem a esta confraternização, nem o fato de que Deus seja perfeito em conhecimento e o homem só o seja limitadamente. Mas é principalmente devido á santidade de Deus e á pecaminosidade do homem. É por causa disto que Deus deseja que O lembremos por seu atributo de santidade.

A santidade de Deus exigiu que o sangue de milhões de carneiros, bodes, bezerros, pombas-rolas e etc., fosse derramado para que o homem pudesse aproximar-se de Deus por meio do sangue de Jesus cristo feito homem.

A construção do Tabernáculo com seus lugares santos e santíssimos, nos quais o Sumo Sacerdote entrava apenas uma vez por ano com sangue. Os Dez Mandamentos com todos os seus comandos morais. A lei dos animais limpos e dos impuros – tudo isto nos fala da santidade de Deus. Deus está completamente afastado de qualquer mal e não há absolutamente nada n’ele que não seja santo. 1 João 1:5 – “Deus é luz, e N’ele não há, absolutamente, escuridão.”

Deus odeia o pecado, e para ele o pecado é vil e detestável. A infinita distancia entre o pecador e Deusa é causada pelo pecado. O pecador e Deus estão nos pólos opostos do universo moral. Assim resta a necessidade de expiação, pela qual esta terrível distancia seria encurtada.

Teremos uma medida exata do pecado quando tivermos uma medida exata da santidade e Deus. A aproximação a um santo deve ser por meio dos méritos de Jesus Cristo, e no campo da honradez, que é o de Cristo, e que originalmente nós não possuímos. Fil. 3:9.

Referências:   Isaias 59:2       Atos 3:14

                       Isaias 41:14     1 Pedro 1:15

                       Isaias 6:3-5     Ver. 4:8

6.  A IMUTABILIDADE DE JESUS:

Isto quer dizer que Deus não muda. O tempo e as mudanças são negativas de Deus. Não há passado, presente ou futuro com Deus. Todas as coisas são um grande e vivido presente. Não seria possível que Deus possuísse um atributo em certas ocasiões, e não o possuíssem em outras.

Tiago 1:17 – “O Pai das luzes, com o qual nada muda, nem a sombra do caminho.”

Malaquias 3:6 – “Eu sou o Senhor, Eu não mudo.”

7.  A ETERNIDADE DE DEUS:

Este atributo está intimamente ligado ao da imutabilidade. Ele simplesmente quer dizer que Deus habita na eternidade e o tempo não o afeta. Com ele não há passado, nem futuro, mas sempre um eterno presente.

Salmos 90:2 – “De eternidade tu és Deus.”

Habacuque 1:12 – “Não és tu, desde a eternidade, ó santo meu Deus...?”

Êxodo – 3:14 – “Eu sou o que sou.”

O passado, presente e futuro estão contidos nestas palavras indicativas do título de Jeová. EU SOU O eternamente presente; o que existe por si próprio.

8. RELAÇÃO ENTRE A ONIPRESENÇA E A ETERNIDADE DE DEUS:

Há uma relação direta entre espaço e tempo. E isto pode Sr demonstrado cientificamente. Na verdade Ele não poderá ser onipotente se Ele não fosse o EU SOU. Impregnando o universo com a sua presença Ele vê o passado como se tudo acontecesse agora. Como deveríamos nos regozijar pelo fato de nosso passado ter sido redimido pelo sangue de Jesus! Se assim não fosse, nossos pecados apareceriam continuamente como se acontecessem agora perante os olhos de Deus.

9. DEUS ARREPENDE-SE?

Se Deus é imutável como pode Ele arrepender-se?

Genesis 6:6 – “E então arrependeu-se o Senhor de ter feito o home na terra, e isso pesou-lhe no coração. Na verdade Deus nunca muda a sua idéia. Não há necessidade disto, pois sua paciência lhe diz, com antecedência, de todos os atos praticados pelo homem. O caráter de Deus nunca muda, mas a sua atitude para com os homens sim, conforme eles mudam de pecado para santidade e de desobediência para obediência. Quando um homem está pedalando sua bicicleta contra o vento, vira-se e pedala a favor do vento, este parece haver mudado, embora esteja soprando do mesmo modo como estava antes. Foi o homem que mudou não o vento.

10.  DEUS É AMOR:

1 João 4:16 – “Deus é amor, e aquele que permanece no amor, permanece n’ele, e Deus n’ele.” Poderia parecer que o amor é mais do que um atributo. Ele exprime a própria essência da natureza de Deus. Ele deve ser considerado ao lado das afirmativas “Deus é luz” em 1 João 1:5, e “Deus é Espírito” em João 4:24. Estas não são meras características, mas a verdadeira essência do Ser Divino. O amor de Deus pé maior do que a compreensão humana. Está além de medidas e de compreensão. O amor de Deus é de tal natureza que se expressa a todos os homens, e a tudo, a todo momento. Ele ama a todos os homens, independentemente de usa cor, nacionalidade ou cultura. Ele não ama os pecados e hábitos dos homens, mas ele ama a alma do homem e tem, constantemente, os problemas físicos e espirituais do homem em seu coração.

A Cruz do Calvário é a mais alta expressão do amor de Deus, pelos homens pecadores.

João 3:16 – “Pois Deus tanto amou o mundo que deu seu único e amado Filho, a todo aquele que crer nele não perecerá, mas terá vida eterna.”

Romanos 5:8 – “Mas Deus prova o seu próprio amor por nós, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.

Referencias:   Isaias 37:17                Isaias 63:9

                       Isaias 49:16-16           1 João 4:9-10

11. DEUS ODEIA?

Provérbios 6:16 – “Seis coisas o Senhor odeia: e, a sétima a sua alma abomina.”

A natureza do amor demanda aversão por aquilo que injurie ou destrua o objeto daquele amor. Deus ama ao pecador, mas odeia o pecado. E aqui não há nada inconsistente. Deus preferia não amar o pecador se Ele, ao mesmo tempo, não odiasse o que está ferindo o pecador. Esta aversão conjunta com a ira de Deus, não é uma emoção carnal e humana, mas, pelo contrário, a reação de um Deus Santo para com o pecado em termos que o home pode compreender. A natureza de Deus não é de índole vingativa, mas defensiva.

 

12. DEUS É EQUITATIVO E JUSTO:

Estes atributos são outras expressões da santidade de Deus. No fato de ser Equitativo vemos o seu amor pela santidade; no fato dele ser justo vemos a sua aversão pelo pecado. Porque Deus é equitativo há uma distinta equidade em suas leis e exigência para com seus filhos. Porque Deus é justo, há uma execução de penalidades, ligadas a estas leis. Deus sempre faz aquilo que é certo, e sua justiça é livre de toda paixão e vingança. São estes atributos que pedem propiciações pelo pecado, antes que o pecador possa ser perdoado.

Referencias: salmos 116:5; salmos 145-17; Esdras 9:15; Jeremias 12,1.

DEUS É CRIADOR

1. DEUS É O SENHOR DO UNIVERSO E DO HOMEM:

Genesis 1:1 – “no começo deus criou o céu e a terra.”

Genesis 1:27 – “Então deus criou o homem á sua imagem.”

João 1:3 – “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”

O universo não existia da eternidade, e nem foi feito do que já existia. Ele não procedia de uma imanação do infinito, mas passou a existir por determinação de Deus. A verdadeira história da criação está escrita no primeiro capítulo de Genesis. A evolução como é ensinada em nossas escolas é uma teoria falsa, que não pode ser provada, e quem tem por finalidade a destruição da fé na Palavra de Deus. Deus disse que o mundo veio a existir, e que foi criado, a partir do nada. Hebreus 11:3 – “Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.”

2. DEUS MANTEM CERTAS RELAÇÕES COM O UNIVERSO E O HOMEM:

Hebreus 1:3 – “... sustentando todas as coisas pela palavra de seu poder...”

Col. 1:17 – “... nele tudo subsiste.”

Salmos 104:27-30 – “... que lhes de comer a seu tempo.”

Salmos 75:6-7 – “Pois o auxílio não vem do Oriente, nem do Ocidente...”

a)  Todas as coisas se mantém unidas por ação dele. Se assim não fosse, este velho mundo ter-se-ia desmembrado em pedaços rapidamente. Não uma circunstância fortuita, mas um Deus pessoal está no leme.

b)  Todos os suprimentos físicos das criaturas de Deus estão em suas mãos: Ele os alimenta a todos.

c) Deus tem a história em suas mãos, associando e dando formas aos negócios das nações.

d)  Os cuidados de Deus são descritos com grandes detalhes: os pardais, os lírios, os cabelos da cabeça, as lágrimas de seus filhos.

3. O HOMEM CRIADO À SUA IMAGEM:

Genesis 1:26-27 – “E Deus disse, façamos o homem á nossa imagem, conforme a nossa semelhança.”...

Genesis 2:7 – “Então formou deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida...”

Estudaremos este assunto novamente, e então, o trataremos com mais detalhes.

Undubitávelmente, tendo o homem sido criado á imagem de seu criador tem mais a ver com a natureza intelectual e de retidão de Deus do que com uma semelhança física. No entanto Deus tinha um corpo no qual Ele ia se manifestar, um corpo que existia apenas em sua mente e em deus planos, até que foi concebido no seio da virgem Maria quando a Palavra se fez carne. Em outras palavras, se há qualquer referencia a uma semelhança física então esta seria em relação ao Filho de Deus, o homem Jesus Cristo.

4. O SIGNIFICADO DOS PRONOMES “NOS” E “NOSSOS”:

Na verdade, o verso vinte e sete torna este significado muito claro. Os pronomes pessoais singular, “Dele” e “Ele”, afirmam claramente que a criação foi trabalho de UMA Pessoa Divina. Também nos versos três e um do primeiro capítulo do Evangelho de João, esclarece este ponto.

“O mundo foi feito por Ele” (Jesus)

O significado de “nós” e “nossos” aqui devem ter a mesma explicação como em Gen. 3:23-24 e Isaias 6:1-8. Nestes versos os pronomes pessoais referem-se claramente a Deus e ao querubim, e a Deus e aos serafins. Em cada caso o plural referia-se a Deus e aos anjos. Ele não consultou os anjos, no sentido de pedir instruções, (Isaias 40:12-14). No entanto, Ele consultou-os. A criação não foi feita em segredo.

DEUS É UMA SÓ PESSOA

1.  UMA PESSOA:

Há uma diferença na compreensão da palavra “pessoa”. Alguns entendem que pessoa significa o corpo ou a aparência, a expressão visível. Se aceitamos este conceito, então, naturalmente Deus, o Pai, não é uma pessoa, eis que Ele é Espírito.

Por outro lado, outros compreendem “pessoa” como estando associada á personalidade, individualidade, á própria consciência, á própria determinação, etc. se aceitamos esta definição, então Deus, o pai, é uma pessoa. Não obstante este raciocínio ainda não demonstra a existência de três pessoas na Divindade. Há apenas um Deus, e apenas uma personalidade da Deidade. Esta personalidade é a mesma e uma só, quer seja vista como Jeová, no Velho Testamento, ou Jesus no Novo Testamento.

2.  PERSONALIDADE DE DEUS:

Deus manifestou na carne do filho Jesus e não em carne, pois isso ao meu entender da ênfase para reencarnação.

Deus não morreu, foi Jesus na cruz que morreu. Isso é sua humanidade, como um cordeiro santo e Puro adequado para o sacrifício.

3.   O HOMEM É CORPO, ALMA E ESPÍRITO, MAS UMA ÚNICA PESSOA:

Os títulos Pai, Filho e Espírito Santo são livremente usados nas Escrituras, mas este fato não indica três pessoas ou três deuses. A BÍBLIA DECLARA QUE O Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma só pessoa.

1 João 5:7 – “Pois há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estes três são um.”

Para compreender-se esta verdade consideramos o homem como referencia. Ele é espírito, alma e corpo; mas é uma pessoa, e leva apenas um nome. Os três títulos não fazem três pessoas, do mesmo modo que corpo, alma e espírito fazem, não três, mas uma única pessoa. Em Col. 1:3 lemos estas palavras: “Damos graças a Deus, e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo...” Por favor, observe: “Deus e Pai”. Indica isto duas pessoas?

4. DEUS MANIFESTADO:

1 Timóteo 3:16 – “E sem dúvida, grande é o ministério da piedade: Deus foi manifestado na carne...”

O novo Testamento amplificado diz: “Ele (Deus) fez-se visível na carne humana”. Este é um dos versos chave que apenas pode ser entendido por revelação e, não obstante, deve ser entendido se desejarmos compreender a Divindade. No passado manifestou-se de várias maneiras. Na criação, no Monte Sinai, nas Teofanias, no tabernáculo, etc. Deus manifestou-se ao homem sob um certo padrão, e o homem foi capaz de ter um certo conhecimento de Deus. Não obstante na Escritura que fala de Deus jamais dado, pois na encarnação Cristo está a imagem expressa do Deus invisível. (Hebreus 1:3)

Neste raciocínio permita-me citar a nota sobre João 17:6 de Adam Clarke, em seu comentário: “Algo da natureza Divina fez-se conhecido nos trabalhos da criação; um pouco mais ficou conhecido pela revelação Mosaica; mas a completa manifestação de Deus, sua natureza e seus atributos, veio apenas por meio da revelação de Cristo.” – Adam Clarke.

5. O MINISTÉRIO DA DIVINDADE:

O mistério da divindade é Deus manifestando-se na carne. O mistério da iniqüidade é a carne manifestando-se com Deus. Estes dois pontos estão contrastados nas Escrituras, e o homem pode fazer a sua escolha. Se ele não aceita o mistério da divindade, ele será compelido a aceitar o mistério da iniquidade.

DEUS É UMA SÓ PESSOA

6. LOGOS:

João 1:1 – “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”

“Palavra” (ou verbo) é a tradução para a palavra grega “logos”. Esta palavra grega significa não apenas a expressão de um pensamento íntimo, mas também o pensamento propriamente. Esta palavra bem que poderia ser deixada sem tradução, mas para que se compreenda melhor o seu sentido, poderíamos tentar defini-la. Poderíamos dizer que o significado de LOGOS é A DIVINDADE EXPRESSA. Em outras palavras, “Logos” é a expressão do Deus invisível. A Bíblia Schofield diz, “Divindade contada”.

Assim como o pensamento de um homem, e a expressão deste pensamento, não podem ser separados do homem propriamente, e é, em essência, parte de seu ser, e não de outra pessoa, o mesmo acontece com Deus. A escritura escrita pelo apóstolo sob inspiração, para salvaguardar-se contra os erros de outra pessoa, afirma claramente, O VERBO (palavra) ERA DEUS.

7. A DUPLA NATUREZA DE JESUS CRISTO:

Jesus Cristo na encarnação possuía uma dupla natureza: divindade e humanidade. Observe bem que Jesus Cristo não era duas pessoas, e nem possuía Ele duas personalidades. Mas ele era Deus-Homem, o Verbo encarnado e Deus manifestado na carne. Como um ser humano ele era o Filho. Como Deus ele era o Pai. Como o Filho ele muitas vezes falou e agiu como um homem; como o Pai ele muitas vezes falou e agiu como Deus. Uma vez que se compreenda esta verdade, então ter-se-á aberto uma ampla porta para a compreensão de que realmente Jesus é: O DEUS TODO-PODEROSO: JEOVÁ SALVADOR.

8.  JESUS CRISTO NÃO É O FILHO ETERNO:

A teoria do “Filho Eterno” não se encontra nas Escrituras. Ele apareceu como resultado da teoria Trinitariana, e ensina uma segunda pessoa na Divindade. Jesus Cristo na carne era o Filho gerado (João 3:16).

As palavras “gerado” e “eterno” significam exatamente apostos, e se contradizem mutuamente. Vamos citar Adam Clarke, em seu Comentário, sobre a nota a respeito de Atos 13:33 – “A natureza humana do nosso abençoado Senhor foi gerada pela energia do espírito Santo, no seio da abençoada Virgem. Quanto a sua natureza divina, que lhe permite ser Deus, não podia ser nem criada, nem gerada... a doutrina da eterna Filiação de Cristo é absolutamente irreconciliável com a razão, é contraditória a si mesma. Eternidade é aquilo que não teve começo, e que não tem nenhuma conexão ao tempo: Filho implica em tempo, geração e pai. E o tempo, também, que antecede tal geração: portanto, a conjunção racional destes dois termos, Filho e Eternidade, é absolutamente impossível, pois implicam em duas ideias absolutamente opostas e diferentes.” – Adam Clarke.

A ENCARNAÇÃO

1.  ENCARNAÇÃO:

João 1:14 – “E o verbo se fez carne, e habitou entre nós.” Novo Testamento amplificado.

O sentido do dicionário. De “encarnar”, é “tomar corpo, com carne”. Na encarnação o “Logos” tornou-se carne (João 1:14) e Deus foi manifestado na carne (Tim 3:16_. Esta é a correta linguagem das Escrituras. Deus não poderia ter nascido de Maria, mas ele manifestou-se na carne que nasceu de Maria. A carne que nasceu era o Verbo (logos) encarnado. E isto não indica duas pessoas, pois o Verbo (logos) era Deus. Podemos dizer com Charles Wesley:  “velado na carne, a Divindade vê” salve, a Deidade Encarnada!”

2. CITAÇÕES TIRADAS DOS ESCRITOS DO IRMÃO ANDREW URSHAM:

O pensamento da encarnação pode ser claramente explicado citando-se um parágrafo escrito por nosso amado Irmão presbiteriano Andrew Urshan:

“Nosso Senhor existia antes que ele se encarnasse na carne; Ele eternamente existia como “Deus-e-Verbo”. Observe: Ele não era apenas o Verbo (logos) de Deus, mas também o próprio Deus, exatamente como o seu amado apóstolo disse: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deis, e o Verbo era Deus.” Aqui se declara que o Nosso Senhor era ao mesmo tempo Deus e o VERBO. O leitor deve também notar que Deus não se tornou carne, mas Deus se manifestou naquela carne. Assim diz-se “Deus encarnou” o que não é correto, pois Deus não podia ser gerado, nem podia Ele ter nascido de uma mulher. Mas dizer-se que o Verbo encarnou-se, e que Deus estava naquele verbo personificado, reconciliando o mundo para consigo mesmo, e não obstante permanecendo em sua morada dos céus, sem qualquer modificação quer seja em seu glorioso e onipotente ser, quer seja qualquer outra, então isto tudo é ensinamento de acordo com as Escrituras. Uma vez que Jesus Cristo não era apenas aquela limitada personalidade humana. Ele era tudo aquilo como o Filho, (o Verbo) e infinitamente mais; ele era “O Deus todo poderosos e ao mesmo tempo o Pai Eterno.” Veja Isaias 9:6, João 1:1, etc. aqui está o grande mistério da Divindade. “Deus manifestou-se não pela carne, mas na carne, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregou aos gentílicos, crido no mundo todo, e recebido NA GLÓRIA.” A testemunha de Deus, Dezembro de 1958.

3.  ONDE?

Miquéias 5:2 – “E tu Belém Efrata... da eternidade.” Belém é uma das cidades mais antigas da Palestina, e enquanto o gentílico a controlava, era chamada de Efrata. Notamos que “Belém” e “Efrata” estão ligadas para a “encarnação”. Isto mostra que ambos os judeus e os gentílicos, são aproximados no plano da redenção.

Belém está a aproximadamente seis milhas de Jerusalém. No momento presente está sob jurisdição árabe, no Reino da Jordânia. Esta é a cidade onde nasceu Davi, e a história de Rute aconteceu neste lugar. Benjamin aqui nasceu e Raquel aqui morreu.

4. QUANDO?

Gálatas 4:4 - "'Vindo porém a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher nascido sob a lei."

Romanos 5:6 - "... morreu a seu tempo pelos ímpios.''

Mateus 1:17 - A décima quarta geração do terceiro ciclo.

O primeiro advento de Nosso Senhor estava bem a tempo no programa de Deus. Isto nos indica que o seu segundo advento também será a tempo.

5. POR QUE?

João 10:10 - "... Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.''

1 Timóteo 1:15 - "... que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores.'' A finalidade da encarnação foi a de prover uma Ovelha de sacrifício para a expiação ' Cristo nasceu para que morresse no Calvário.

A PERFEITA NATUREZA HUMANA DE CRISTO

1.  A PERFEITA NATUREZA HUMANA:

Jesus Cristo era Deus-homem: verdadeiro Deus e perfeito homem. Não usamos a palavra "perfeito" para a Deidade, pois não há graus de perfeição quando se trata de Deus, mas há graus de perfeição quando se trata do homem, portanto dizemos pelo mesmo raciocínio, que Jesus era muito Verdadeiro Deus e um homem perfeito. Jesus era um homem perfeito, mas tais afirmativas como: "Maria era a mãe do Todo Poderoso'', e "O Sangue do Calvário era o Sangue de Deus'' são incorretas. Há algo de verdadeiro nestas afirmativas, pois Deus havia Se manifestado na carne, que foi nascida, e que morreu, e o Verbo-Encarnado era Deus. Não obstante, o Deus Poderoso não poderia ter sido gerado e não podia ter morrido. Não há nada nas Escrituras para provar que a carne de Jesus não era igual à nossa, a não ser na verdade declarada de que era livre do pecado. As Escrituras afirmam claramente que o Senhor tomou a carne e o sangue, como as crianças. (Heb. 2:14) Esta passagem prova que o Pai, Deus, manifestou-se na carne a fim de salvar os Seus filhos.

2.  ELE É CHAMADO HOMEM:

Nada menos do que oitenta vezes nos Evangelhos, Jesus chama a Si próprio "O Filho do Homem". Referências são feitas a — 1. A Semente de Abraão, 2. A Semente de Davi, 3. A Linguagem de Davi, 4. A Semente da Mulher. Algumas outras referências:

1 Timóteo 2:5— "Há apenas um Deus, e um mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo." Filip. 2:8 — "E sendo encontrado na forma de um homem..."

Mat. 2:11 — "... viram o menino com Maria, sua mãe.

3.  ELE TINHA A APARÊNCIA DE UM HOMEM:

João 4:9 — "Como, sendo tu judeu?...”

Lucas 24:18 — "És tu somente um estranho em Jerusalém? ... "

João 20:15 — "Supondo ela que Ele fôsse um jardineiro... "

ELE EXPERIMENTOU TODAS AS ENFERMIDADES DOS HOMENS, EXCETO O PECADO:

Hebreus 4:15 — "... foi tentado de todas as maneiras, mas sem pecar."

Mateus 26:38 — "A minha alma está profundamente triste até a morte:..."

Mateus 4:2 — "... e depois teve fome."

Mateus 8:24 — "... mas Ele dormia."

João 4:6 — "... cansado da viagem..."

João 1 1:35 — "Jesus chorou."

João 19:28 — "Jesus ... disse: Tenho sêde!"

4.  COMO UM HOMEM ELE ERA O FILHO:

Filiação denota começo, e também uma relação a tempo e lugar. Apenas quando Ele tornou-Se um homem foi-Lhe possível tornar-Se o único Filho gerado.

(João 3:16) Não um eterno Filho, nem um Filho criado, mas um Filho que foi concebido no seio de Maria. Como um filho Ele cresceu e desenvolveu-Se e devia obediência a Seu Pai. Como Filho Ele sofreu todas as nossas enfermidades e fraquezas, e foi tentado de todas as formas.

6.   FINALIDADES DE SUA NATUREZA HUMANA E DE SUA FILIAÇÃO:

A finalidade da Filiação era a seguinte:

a) Para que Ele pudesse tornar-se nosso Redentor. A necessidade da expiação demandava que houvesse um sacrifício livre de pecado, oferecido em nosso benefício. Apenas Deus poderia prover tal sacrifício. Hebreus 2:14.

b) Para que Ele pudesse tornar-se nosso mediador. Nosso mediador conhece as nossas fraquezas por intermédio de sua onisciência, e também por meio de Sua própria experiência. Hebreus 4:15.

c)   Para que Ele pudesse tornar-se nosso Rei. Para que tivesse um Reinado, haveria de existir um Rei. Ele reina agora em nossos corações, mas breve Ele virá para reinar sobre esta terra. Mateus 26:64.

d)  Para que Ele fôsse o nosso Juiz. Atos 17:31.

A DEIDADE DE JESUS CRISTO

ELE ERA CHAMADO DEUS:

João 1:1 — “... e o Verbo era Deus."

Hebreus 1:8 — "Mas acerca do Filho disse: O Teu trono, ó Deus é para todo o sempre."

João 20:28 — "Meu Deus e meu Senhor." A absoluta Deidade está aqui atribuída a Cristo. Esta não é uma expressão de espanto, mas uma confissão de fé. Jesus aceita esta confissão e adoração de Tomás.

Romanos 9:5 — "Deus bendito para todo o sempre."

Tito 2:13 — "O grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo."

1 João 5:20 — "Este é o verdadeiro Deus, e a eterna vida." Este verso nos revelado: Deus em Cristo, reconciliando o mundo para Consigo mesmo, e Cristo em vós, a esperança, da glória. Col. 1:27.

ELE ERA CHAMADO O FlLHO DE DEUS:

Mat. 16:16 — "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Foi sobre esta revelação, esta verdade, que se referia à Sua Deidade, que Jesus afirmou que construiria a Sua Igreja.

Mat. 8:29 — "... ó Filho de Deus!" Isto mostra que os demônios sabiam que Ele era.

Mat. 14:33 — "Verdadeiramente és Filho de Deus!" 22:70— "Então disseram todos: Logo tu és o Filho de Deus? E Ele lhes respondeu: E exatamente como dizeis; Eu sou." — Novo Testamento Ampliado.

ELE ERA CHAMADO O PRIMEIRO E O ÚLTIMO:

Este título Trinitariana afirma que Jesus é a segunda pessoa da Divindade. A Bíblia claramente refuta este feto, afirmando que Jesus é, ao mesmo tempo, o primeiro e o último, mostrando que Ele e o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Isaías 48:12 — "Eu sou o primeiro, e também sou o último."

Isaías 41:4 —"O Senhor, o primeiro, e com os últimos eu mesmo.”

Isaias 44:6 — "Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e além de mim não há Deus."

Apoc. 1:8—"Eu sou Alfa e Omega, o começo e o fim, disse o Senhor, que foi, é e será o Todo Poderoso."

Apoc. 1:17 — "Eu sou o primeiro e o último."

Apoc. 22:13 — "Eu sou Alfa e Omega, o princípio e o fim, o primeiro e o último."

JESUS É O "EU SOU":

João 8:58 — "Antes que Abraão existisse, eu sou." Isto é, Abraão dependia de Jesus, e não Jesus dele, quanto à Sua existência. Abraão veio a existir num certo ponto do tempo, mas Jesus é O Ser Eternamente Presente. É o existente por Sua própria graça, habitando no presente eterno. Este título, "EU SOU" é a prova definitiva e incontestável de que o Jeová do VeIho Testamento está em Jesus Cristo no Novo Testamento.

PRÉ-EXISTÊNCIA DE JESUS CRISTO:

João 1:1 — "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus,"

Hebreus 7:3 — "... não teve principio de dias, nem fim de existência." Observe que era a Sua Divindade, e não a Sua natureza humana, que pré-existia. Antes de Maria ser tomada pelo Espírito Santo, o Filho só existia na mente e nos planos de Deus. Não há, absolutamente, nas Escrituras, fundamentos, para a teoria da Filiação Eterna.

ATRIBUTOS DIVINOS POSSUIDOS POR JESUS CRISTO:

Os atributos divinos de Onipotência, Onisciência e Onipresença são possuídos por Jesus Cristo. Há dois seres onipotentes? Há duas pessoas na Deidade que sejam oniscientes e onipresentes? Sabemos que isto é impossível. Jesus Cristo não pode possuir estes atributos de Deidade, a menos que Ele seja a Deidade.

a) ONIPOTÊNCIA:

Mateus 28:18 "Todo o poder me foi dado, no céu e na terra. "

PODER     sobre as moléstias                 ... Lucas 4:38-4

Sobre a morte  João 11

sobre a natureza                    ... João 2

sobre a tempestade               ... Mateus 8:23-27

sobre os demônios                 ... Lucas 4:35, 36,41

sobre todas as coisas             ... Hebreus 2:8

b) ONISCIÊNCIA:

João 2:24-25 — "Ele conhecia a todos os homens... pois Ele sabia o que era a natureza humana."

João 16:30 — "Agora vemos que sabeis todas as coisas... "

Colossenses 2:3 — "Em que todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento."

c) ONIPRESENÇA:

Mateus 18:20 —"Porque onde houver dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles."

AS PRERROGATIVAS DIVINAS POSSUIDAS POR JESUS CRISTO:

Há três prerrogativas divinas possuídas por Jesus Cristo e que mencionaremos: 1. O direito de ser adorado. 2. O direito de perdoar pecados. 3. O poder e o direito de criar: se Jesus Cristo possui estas prerrogativas, então Ele é Deus. Não há, na verdade, necessidade de nos alongarmos neste estudo. Asse fato de per si, é prova conclusiva da Unicidade da Divindade, apesar de todos os argumentos, dos céticos e dos descrentes, em favor de uma ideia contrária. Jesus Cristo possui estas prerrogativas? As notas seguintes provarão que sim:

a) JESUS CRISTO ACEITOU A SUA ADORAÇÃO E TAMBÉM ENCORAJOU-A:

Mateus 14:33 — "Então eles... adoraram-no."

Mateus 15:25 — "Então veio ela e adorou-o"

Lucas 24:52 — "E eles adoraram-no."

Não há a menor relutância da parte de Cristo para aceitar a Sua adoração. Por apenas a Deus, e ele não tinha de tomar o lugar de Deus, se ele não fosse Deus. Até os anjos foram mandados adorarem-No. (Hebreus 1:6, Filip. 2:10).

b) JESUS CRISTÃO PERDOAVA O PECADO:

Todo o pecado é contra Deus e, portanto, apenas Deus pode perdoar o pecado. Foi por esta razão que os fariseus acusaram Jesus de blasfêmia. Se Jesus pode perdoar o pecado, então é evidente que Ele é Deus. Gênesis 39:9, "Como posso eu então... pecar contra Deus?"

Salmo 51:4 — "Contra ti, e apenas contra ti, eu pequei..."

Lucas 7:41-42 — "Jesus mostra que os pecados são cometidos contra Si mesmo."

Lucas 7:48 — "E ele disse a ela, Teus pecados estão perdoados."

c) JESUS CRISTO É 0 CRIADOR:

Jesus Cristo mostrou que é o Grande Criador quando:

1. Transformou água em vinho                     ...... João 2:1-11

2. Alimentou cinco mil                                              ...... João 6:1-13

3. Andou sobre a água                                  ...... João 6:19

4. Acalmou a tempestade                             ...... Marcos 4:39

João 1:3 "Todas as coisas foram feitas por Ele.” Há, então, dois Criadores? Há apenas um — Jesus Cristo.

Referencias: Salmo 104; Prov. 30:4; Col. 1:1~17; Hebreus 2:10.

O DEUS TODO PODEROSO EM CRISTO JESUS

1. O DEUS TODO PODEROSO EM CRISTO JESUS:

2 Coríntios 5:19 — "A saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo.”

Uma vez que possamos compreender a verdade contida nesta Escritura, a revelação da Unicidade da Divindade e da Deidade de Jesus Cristo, torna-se clara. Vemos Jesus Cristo tanto como Deus como um homem. Deus manifestando-se na carne, e Deus naquele templo humano para reconciliar o mundo Consigo. Há duas pessoas que estão nos reconciliando consigo? Não, certamente que não. "Todas as coisas são de Deus, que nos reconciliou CONSIGO por Jesus Cristo."

2. A TOTALIDADE DA DIVINDADE HABITA EM CRISTO:

Col. 2:9 — "Porquanto nele habita corporalmente toda a Plenitude da Divindade." Vamos citar duas outras versões desta Escritura:

"Pois n’ele a totalidade da Deidade (da Divindade) continua a habitar em forma corpórea".—Novo Testamento Amplificado.

"Pois é em Cristo que a completa existência da Divindade habita, corporalmente."— Nova Bíblia em Inglês. Na verdade não precisamos nenhuma Escritura afora a Col. 2:9 para provar, conclusivamente, a verdade da Unicidade. Qualquer um que apresente argumentos em favor da teoria da Trindade, deve primeiro eliminar esta Escrita de sua Bíblia.

Vamos examinar esta Escritura fazendo a nós mesmos algumas perguntas:

1. Está a Divindade em Jesus ou está Jesus na Divindade. Os Trinitarianos dizem que Jesus está na Divindade. A Bíblia diz que a Divindade está em Jesus. A quem deveremos crer?              

2. Há três plenitudes da Divindade? Certamente que não. Há apenas uma plenitude da Divindade, que mora em Jesus Cristo.

3. Há apenas uma parte da totalidade da Divindade em Jesus? A Bíblia diz: TODA A PLENITUDE (TOTALIDADE) e não apenas uma parte daquela.

4. O que é que esta Escritura nos conta? Conta-nos que todas as funções e manifestações de Deus, Seus atributos e a essência seu próprio ser, está tudo e estão todos em Jesus Cristo. Nos diz ainda que o único lugar onde podemos encontrar o Pai, é em Jesus Cristo. Do mesmo modo, o único onde podemos encontrar o Filho e o Espírito Santo é em Jesus Cristo.

3.  A UNICIDADE DO PAI E JESUS CRISTO:

João 10:30 — "Eu e meu Pai somos um.”

João 14:9 — "Aquele que me tenha visto, terá visto o Pai."

17.22 — "...para que sejam um, como nós o somos." Os judeus compreenderam Jesus muito melhor do que muitos compreendem hoje em dia. Eles compreenderam que ele reivindicava a Unicidade com o Pai, e foi por esta razão que eles O apedrejaram. Jesus disse a Filipe que quando nós O vemos, nós vemos o Pai. Devemos, então, ver o Pai aparte de Jesus Cristo? Não, NUNCA!

4. JESUS CRISTO É YAHWEH-JEOVÁ:

a) SAULO DE TARSO VIU JESUS COMO YAHWEH-JEOVÁ:

Atos 9:5 — "Ele perguntou: Quem és tu, Senhor (Yahweh-Jeová)? E o Senhor (Jeová) respondeu: Eu sou Jesus a quem tu persegues."

Aqui Jesus afirma que Ele é Yahweh-Jeová, do Velho Testamento.

b) ESTEVÃO VIU JESUS COMO DEUS:

Atos 7:59 — "E eles apedrejaram Estevão, chamando por Deus, e dizendo Senhor Jesus, receba meu espírito." A quantos viu Estevão? Certamente a apenas um. A que Estevão viu? Jesus Cristo. Que nome Estevão deu a Deus? Senhor Jesus. Muitos estão inclinados a crer que esta Escritura indica uma trindade. Mas, no entanto mostra exclusivamente a verdade da Unicidade.

A VERDADE DA UNICIDADE RESPONDE A TODAS AS PERGUNTAS

1.  O ERRO DA DOUTRINA DA TRINDADE PROVOCA CONFUSAO:

O errôneo ensinamento dó que há três pessoas distintas na Divindade, deixa muitas perguntas sem resposta. Há confusão e contradições nesta doutrina criada pelo homem, e que foi formulada nos primórdios da Igreja Católica Romana. A razão para isto, naturalmente, é que não é baseada nas Escrituras, mas em raciocínios naturais do homem. Mencionaremos apenas algumas perguntas que o Trinitarismo não responde:

1. Quem era o pai do menino na manjedoura de Belém? O Pai ou o Espírito Santo? Teve o Cristo criança dois pais?

2. Como pode o Pai ser maior do que o Filho se ambos são iguais? João 14:23 — "Meu Pai é maior da que eu."

3.  Deus ora? Como pode Ele ser Deus e ter que orar?

4. Pode Deus morrer? Se o Filho era um Deus, como poderia ele ter morrido?

5. É Maria a mãe de Deus? O que então poderia estar errado no terreno "O Sangue de Deus"?

6. Se já há três pessoas na Divindade, o que poderia estar errado em se adicionar uma quarta? Por que não deificar Maria?

7. A quem devemos adorar?

8.  A quem devemos orar?

9.  Quantos veremos no céu? Quantos tronos há lá?

10. Por que Jesus não sabe quando Ele retornará? (Marcos 13:32)

11. Como pode file ser o Filho e não ter começo?

12.  Há três espíritos habitando no coração do cristão pleno do Espírito.

Estas perguntas poderiam se multiplicar indefinidamente, mas seria tolice fazê-lo. As respostas carretas, e também as explicações, para todas as perguntas acima, provam a Unicidade. A tentativa da parte do Trinitarianos para responder ao que está acima, simplesmente leva á confusão e contradição.

2.  A VERDADE DA UNICIDADE RESPONDE A TODAS AS PERGUNTAS:

Por ser a Verdade da Unicidade baseada na Palavra de Deus, respostas a todas as perguntas são claras e facilmente compreendidas e estão em harmonia com as Escrituras. Vamos examinar algumas das perguntas que poderiam ser feitas:

a)  NÃO HAVIAM TRÊS NO BATISMO DE JESUS?

Era necessário que Jesus fosse balizado para que pudesse satisfazer a tudo corretamente. Ele certamente não foi balizado pelos Seus pecados, mas para que pudesse cumprir as Escrituras do Velho Testamento e, também dar um exemplo à Sua igreja.

Do mesmo modo era necessário que Ele fosse ungido como os sacerdotes e reis o eram, no Velho Testamento. Não obstante, lembre-se que Jesus Cristo era o Verbo Encarnado, resultante da concepção no seio de Maria. A unção tinha a mesa finalidade do batismo — o cumprimento das Escrituras. Lembremo-nos que estas manifestações (audível e visível) existiram para o benefício de João Batista (João 1:33). É duvidoso que outra pessoa tenha, ou não, ouvido a voz ou visto o símbolo. No dia de Pentecostes houve duas manifestações na Sala Superior (audível e visível), línguas de fogo e a fala de idiomas. Poderíamos dizer que havia duas pessoas lá? Se haviam, qual era as línguas de fogo e qual falava em idiomas? Uma manifestação audível e visível, que aconteceu ao mesmo tempo, não indica mais duas pessoas do que a fumaça de um exaustor e o som de uma máquina indicam presença de dois motores. Em Getsemane, Jesus foi, ao mesmo tempo o sacerdote e o sacrifício. O que impediria a Deidade de Se manifestar em duas ou três maneiras diferentes ao mesmo tempo? Não, havia apenas UM no batismo de Jesus.

A VERDADE DA UNICIDADE RESPONDE A TODAS AS PERGUNTAS

b) COMO PODE JESUS CRISTO ESTAR À MÃO DIREITA DE DEUS?

Deus é espírito e invisível. Afora Jesus Cristo não há corpo físico e, portanto, não há mão direita ou esquerda na Deidade. Afora Jesus Cristo, Deus não pode ser visto, eis que Jesus Cristo é a IMAGEM EXPRESSA do Deus invisível. (Col. 1:15; Hebreus 1:3) Portanto, está claro que as Escrituras que se referem a Jesus Cristo sentado, ou de pé, à mão direita de Deus não querem significar uma mão direita física.

O que é que quer dizer "a mão direita de Deus"? As Escrituras referem-se à mão direita de Deus, como o poder e a glória de Deus. Isto é o que se quer dizer com este termo. Jesus Cristo senta-Se no lugar do poder e da glória. (Êxodo 15:6; Marcos 16:19; Hebreus 1:3 e 8:1).

Há apenas um trono no céu. (Apocalipse 4:2). E há apenas UM que se senta sobre este trono.

c) COMO PODE JESUS CRISTO ORAR?

Jesus Cristo é homem e é Deus. Como homem Ele ora. É fácil responder-se a este suposto problema.

A humanidade ora à Deidade. Se a teoria da Trindade estivesse carreta, então teríamos um Deus orando a outro Deus. Se um Deus tem que orar, então Ele não é mais Deus. Pode a Deidade, em qualquer tempo, ter necessidade de orar? E também, se a segunda pessoa na Divindade ora a primeira pessoa na Divindade, Deus é divisível e nós temos, no mínimo, dois Deuses. A explicação é muito clara: Jesus Cristo orava como homem.

d) NÃO FOI JESUS ABANDONADO POR DEUS NO CALVÁRIO?

Novamente foi a carne, a natureza humana de Cristo, que gritou, "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?". Podemos ver a razão para isto quando lemos 2 Coríntios 5:21 — " ... Ele o fez pecado por nós, àquele que não conheceu pecado." Ele tomou sobre Si a iniquidade de todos nós. Ele tornou-Se nosso bode expiatório, levando o horrível fardo do pecado, e pagando o preço deste. A natureza humana de Cristo tinha que provar esta terrível provação em sua totalidade. O pecado afasta de um Deus santo. Jesus                  Cristo teve que provar esta terrível sensação de separação de Deus. Foi a carne que sofreu e morreu; foi a carne que gritou. Na verdade. Deus estava lá o tempo todo, pois a verdadeira natureza de Cristo nunca mudou. Em outras palavras, não houve nem um momento em que Jesus Cristo não fosse Deus manifestado na carne.

Referindo-nos, novamente, ao argumento trinitariano, se uma pessoa na Divindade pode abandonar uma outra pessoa, então Deus é, certamente, divisível, e há, pelo menos, dois Deuses. Sabemos que isto não pode ser.

e) QUAL ERA A GLÓRIA QUE TINHA CRISTO ANTES DO MUNDO EXISTIR?

João 17:5 — "E agora, glorificai-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.”

Aqui Jesus está orando por glorificação que ainda é futura, tanto quanto o tempo é levado em consideração, mas que já estava nos planos e na mente de Deus, desde o começo. Lembre-se que quando Jesus orava era Sua natureza humana orando ao Divino — humanidade à Deidade. Assim como Jesus era uma ovelha predestinada desde a fundação do mundo, também era Jesus glorificado desde a fundação do mundo. Esta escritura não mostra um Filho Eterno, pois filiação refere-se a tempo. Deus habita na Eternidade.

3. CHAVE RELATIVA A TODAS AS QUESTÕES RELATIVAS À DIVINDADE:

A chave é simplesmente isto: Jesus Cristo possui uma natureza dupla — humana e Divina. Ele era, e é, verdadeiramente Deus e homem perfeito. Como Deus Ele habita na eternidade, como homem mora no tempo. A Filiação limitada ao elemento tempo, é para a FINALIDADE TRIPLA: (I) Redenção; (II) Mediação; (III) Reino e julgamento milenar.

O ESPIRITO SANTO:

O Espírito Santo não é a terceira pessoa na Divindade. Deus é Espírito e há apenas um Espírito. (Efés. 4:43). O título Espírito Santo é usado para indicar uma outra manifestação de Deus, outra função, quando ele atua e Se movimenta nos corações e nas vidas dos homens e mulheres.

O homem possui um espírito e por este veículo é cá paz de se comunicar com Deus. Do mesmo modo, Deu comunga com o homem, por meio do Espírito Santo. Em nenhum dos casos há duas pessoas.

O autor destas notas tem duas filhas que ainda se encontram no lar. Para elas ele é pai e também pastor, mas isto não o transforma em duas pessoas.

DEUS EM EMANAÇÃO:

A palavra "emanar" significa "disseminar de", "proceder de". O autor deve confessar que ele não está completamente satisfeito com a palavra aqui usada, mas usa-a por sentir a falta de uma melhor. O Espírito Santo é Deus disseminando-Se em bênção, salvação e poder. O Espírito Santo é mencionado como caindo sobre os crentes (Atos 10:44) e sendo derramado de Si. (Atos 2:17). Na verdade, O Espírito Santo já está presente em toda parte, e estes termos são usados para mostrar que o Espírito de Deus está avançando por dentro dos corações dos crentes.

Efésios 4:4 — "Há só um corpo e um só Espírito...”

UM SÓ ESPÍRITO:

Os crentes plenos do Espírito estão plenos de Deus, Cristo e do Espírito Santo. Há três Espíritos que enchem os corações dos crentes? Certamente que não. Há apenas um só Espírito.

Efésios 3:19 — "... para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus."

Col. 1:27 — "... Cristo em vós, esperança da glória."

Atos 2:4 — "E todos ficaram cheios do Espírito Santo..."

PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO:

Isto é Jesus Cristo morando dentro de nós no poder de Sua vida da Ressurreição. Col. 1:27 — "Cristo em vós, esperança da glória."

O pronome pessoal "Ele" é muitas vezes usado para referir-se ao Espírito Santo, e não como uma "pessoa" adicional ou "Deus", mas como uma outra manifestação do Único Deus Verdadeiro, "O SANTO". Isto está na fórmula batismal: Pai, Filho e Espírito Santo se nos é manifestado em Nosso Senhor Jesus Cristo.

UNIDADE DO ESPÍRITO COM JESUS CRISTO:

João 4:24 — "Deus é um Espírito."

2 Cor. 3:17 — "Agora o Senhor é aquele Espírito."

João 15:18 — "Eu virei ter a vós."

Romanos 8:9 — "Mas se alguém não tem o Espírito de Cristo..."

Col. 1:27 — "Cristo em vós, esperança da glória."

Provas extras da unidade do Espírito Santo e de Jesus Cristo podem ser encontradas quando examinamos a criação.

Jó 33:4 — "O Espírito de Deus me fez."

Gênesis 1:2 — "...e o Espírito de Deus pairava sobre as águas"

Co1. 1: 16— "Pois por Ele foram todas as coisas criadas... todas as coisas foram criadas por Ele, e para Ele. "São Estas Escrituras contraditórias? NÃO! NUNCA!

O ESPIRITO SANTO É O AUTOR E O INTÉRPRETE DAS ESCRITURAS:

Esta é uma prova a mais da Unicidade da Divindade. Estude cuidadosamente as seguintes Escrituras:

2 Pedro 1:20-21                                 2 Timóteo 3:16

João 16:13                                          1  Coríntios 2:9-14

7.  CONFIGURADO NO VELHO TESTAMENTO:

a) Na nuvem — Êxodo 13:21 e 14:19. 2 Crôn. 5:14.

b) A descida de fogo sobre, o sacrifício de Elias — Reis 18:29.

Elias é o profeta do fogo e o seu oposto é João, o Batista — Mat. 11:14.

Mat. 17:13 — "Então os discípulos entenderam que lhes falará a respeito de João Batista."

8.  SÍMBOLOS USADOS AO SE FALAR DO ESPÍRITO SANTO:

1. Fogo — Mateus 3:11; Atos 2:3.

2. Óleo — Mateus 25:1-13; Lucas 10:34.

3. Vinho — Mateus 9:17; Lucas 10:34.

4. Água — João 4:14; João 7:38.

5. Pomba — Mateus .:16

6. Vento — Atos 2:2.

7. Selo — Efésios 1:13-14 e 4:30.

9.  TERMOS E TÍTULOS USADOS PARA O ESPÍRITO SANTO:

Lucas 11:13 — Espírito Santo.

Mateus 3:11 — Espírito Santo.

Hebreus 10:29 — Espírito da Graça.

João 14:17 e 15:26 e 16:13 — Espírito da Verdade.

Romanos 8:2 — Espírito da Vida.

Efésios 1:13 — Espírito da Promessa.

Mateus 3:11-12 — Espírito do fogo.

1 Pedro 4:14 — Espírito da Glória.

1 Sor. 3:16. Rom. 8:9 — Espírito de Deus.

Rom. 8:9 — Espírito de Cristo.

Isaias 11:2 — Espírito da Sabedoria e do Conhecimento.

1 João 2:20 — Unção.

João 14:16 — Consolador.

Consolador significa aquele que você chama para o seu lado como um cliente chama um advogado. A mesma palavra é usada em 1 João 2:1 — "advogado".

10.  O ESPÍRITO SANTO PROMETIDO:

a)  A Profecia do Velho Testamento:

Joel 2:28 — "E acontecerá depois que eu derrame meu Espírito sobre toda a carne."

Pedro cita esta profecia no segundo capitulo dos Atos, mostrando que a Experiência Pentecostal era a confirmação desta profecia. "Sobre toda a carne" foi literalmente cumprido quando Deus batizou, com Seu Espírito, milhões de homens e mulheres de todas as raças, cores e credos.

b)  Profetizado por João, o Batista:

Mateus 3:11— "Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.

c)   Prometido por amua Cristo:

João 14:15-26 - "Eu orarei ao Pai, e Ele vos enviará um outro Consolador..."

Observe no verso 16 o uso da palavra "outro" e também no verso 23 o uso da palavra "nós". O pronome "nós", naturalmente, refere-se às funções e ministérios do Pai e do Filho. As palavras "um outro" não se refere a uma outra pessoa, ou Deus, mas a um outro ministério ou função. O Espírito Santo estava fazendo algo diferente, ao vir como o Consolador, para batizar os crentes e ficar em seus corações. Isto é claramente visto quando comparamos João o Batista como crente pleno do Espírito. João estava cheio do Espírito Santo, desde o ventre de sua mães, (Lucas 1:15), e, no entanto, o mais humilde do reino é maior do que ele. (Mateus 11:11). Tinha João um Espírito diferente habitando em si? Havia dois Espíritos, um para João Batista e um para a igreja? Certamente que não! O mesmo Espírito morava em João Batista e na igreja, mas com uma função e um ministério diferentes.

MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO

CONVENCE O PECADOR:

João 16:8-13 — "... ele convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo."

Este é o primeiro passo para que um pecador seja salvo. O Espírito Santo unge a Palavra que esta sendo pregada, apressa-a para que penetre o coração e a cone ciência do ouvinte, desperta este para a evidência dá sua condição perdida, e faz com que ele se sinta como um pecador que é. Ele nunca pode se arrepender ate que sinta a convicção do pecado, que Ihe pode ser proporcionada pelo Espírito Santo. A Salvação é o trabalho do Espírito Santo no coração de um homem, desde o principio até o fim.

REGENERA:

João 3:5 — "A menos que um homem nasça da água e do Espírito, ele não poderá ingressar no Reino de Deus."

Tito 3:5 — "... pelo lavar regenerador e salvador do Espírito Santo."

O trabalho de regeneração é a mudança de um pecado em um santo, fazendo com que um homem se transforme numa nova criação em Cristo Jesus. E isto apenas conseguido por meio do poder do Espírito Santo, ao entrar na vida de um homem.

ELE HABITA NO FILHO DE DEUS:

Ronanos 8:9 — "... e se de fato o Espírito de Deus habita em vós."

O Espírito Santo enche o templo e lá se instala para habitar e permanecer.

SÊLOS:

Efésios 1:13 — "... tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa."

Efésios 4:30 — "E não entristeçais o Espírito de Deus no qual fostes selados..."

—Ser selado — tem os seguintes significados:

1. Propriedade — O filho de Deus agora pertence Jesus Cristo.

2. Segurança — O filho de Deus está seguro e garantido, desde que o Espírito Santo lá habite, e que o selo não seja rompido.

3. Aprovação — O selo apõe a aprovação de Deus sobre a vida.

4. Tarefa terminada — O Batismo do Espírito Santo é o ultimo ato no trabalho de regeneração na vida crente. Não obstante, o trabalho de desenvolvimento e santificação, continua.

PROPORCIONA PODER:

Atos 1:8 — "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo...

Esta palavra "poder" vem da mesma raiz etimológico deu a palavra "dinamite". Ela é, na verdade, o poder de Deus entrando na vida de um indivíduo, dando-lhe poder para vencer e viver vitoriosamente no que concerne o pecado, e poder para testemunhar às almas a graça salvadora de Jesus.

BATIZA NO CORPO DE CRISTO:

1 Coríntios 12:13 — "Pois em um só Espírito, todos nós fomos balizados em um corpo."

O Filho de Deus é colocado no corpo de Cristo, e ao Istmo tempo, Cristo vem ter a ele. Este fato pode ser ilustrado colocando-se um copo vazio dentro de um jarro com água. O copo estará na água, e esta também estará naquele.

GUIA O FILHO DE DEUS:

O Espírito Santo guia o filho de Deus para uma compreensão das Escrituras, e para o desejo de Deus. Seja falando, seja vigiando, Ele conduz todos os detalhes de nossas vidas.

Referências: João 16:13; Romanos 8:14; Atos 13:2-4; Atos 16:6-7.

PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO

RESISTINDO AO ESPIRITO SANTO:

Atos 7:15 — "... vós sempre resistis ao Espírito Santo, assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis." Este é o pecado da rejeição, e é cometido pelo pecador quando o Espírito Santo habita nele. O pecador pode rejeitar o Espírito Santo até que Ele não mais more em si. E quando isto acontecer, então não restará mais nenhuma esperança de salvação para o pecador. O Espírito de Deus não contenderá sempre com o homem. (Gênesis 6:13).

DESPREZANDO O ESPÍRITO SANTO:

Hebreus 10:29 — "... e ultrajou o Espírito da Graça?".

Um estudo do contexto indica claramente que esse pecado é cometido pelo apóstata. Ele despreza o que Deus fez por ele. Este pecado pode ser ilustrado por aquele cometido por Esaú. Ele desdenhou o seu direito de primogenitura e, portanto, não achou lugar de arrependimento (Hebreus 12:17). O apóstata que tenha cometido este pecado talvez nunca tenha uma oportunidade de reabilitar-se.

BLASFEMANDO CONTRA O ESPÍRITO SANTO:

Mateus 12:31-42 — "Todos os pecados e blasfêmias serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada."

Este é o "Pecado Imperdoável". Ele é cometido por palavra falada, mas devemos ler o verso 34, pois aqui Cristo deixa claro que da abundância da terra, falou a boca. (Mateus 12:34). Poderia parecer que este pecado deveria ser cometido por palavra falada, originada em um coração que despreza o Espírito Santo. (Veja Parágrafo dois, acima). Na realidade este pecado está atribuindo a Satan os méritos e as manifestações dc Espírito Santo. Todo o contexto o deixa muito claro. Neste há uma advertência solene dirigida a todos os homens para que sejam cuidadosos quando julgarem as manifestações do Espírito Santo. É muito evidente de como este pecado se torna o pecado imperdoável, pois a salvação depende inteiramente do Espírito de Deus. Quando um homem blasfema contra o Espírito, e quando Este se afasta de sua vida, então de que moda pode este homem se salvar? Não há nenhum.

Indubitavelmente, este é o "pecado para a morte”, e para o qual não devemos orar. (1 João 5:16). É inútil orar por ele, pois não pode ser respondido.

Frequentemente levanta-se a questão se um pecador pode ou não cometer o pecado imperdoável. Isto é duvidoso, mas poderia haver uma possibilidade se, antes de mais nada, o pecador tivesse um claro conhecimento das ações e das manifestações do Espírito Santo.

Antes de sua conversão, o Apóstolo Paulo era um blasfemo, mas não cometeu o pecado imperdoável, pois blasfemava por ignorância e descrença. (1 Timóteo 1:13)

OFENDENDO O ESPÍRITO SANTO:

Efésios 4:3 — "E não ofenda o Santo Espírito de Deus..."

Isto está relacionado à conduta e à santidade da vida que se leva. O Espírito Santo é facilmente ofendido por qualquer moda de vida descuidado e mundano.

Quando o Espírito Santo é ofendido, Ele se torna triste e magoado

APAGANDO O ESPÍRITO SANTO:

1 Tess. 5:19 — "Não apagueis o Espírito."

Isto se refere às operações das dádivas do Espírito, com Seus ministérios e Seus serviços. "Apagar" significa apagar o fogo. E isto acontece ao se recusar a permitir que o Espírito Santo haja a Seu modo no ministério, no testemunho, nas dádivas do Espírito, etc..

MENTINDO AO ESPÍRITO SAGRADO:

Atos 5:3-4 — "... porque encheu Satan o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo...?".

O fato se refere à consagração e à rendição. É declarar uma consagração a qual sabemos que não está sendo feita. Ananias morreu não por reter parte do preço, mas por dizer que tinha trazido toda a importância quando, na verdade, tinha guardado parte dela. Isto também é considerado como provocação ao Espírito Santo (Atos 5:9).

A VERDADE DO ESPIRITO

O FRUTO DO ESPÍRITO:

Gálatas 5:22-23 — "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, gentileza, bondade, fé, humildade, temperança. Contra isto não há leis."

Efésios 5:9 — "Porque o fruto do espírito consiste em toda a bondade, e justiça e verdade."

Devemos, antes de tudo, notar dois fatos importantes:

1.                  A palavra "fruto" está no singular. Não há nove frutos todos separados um do outro, mas apenas UM FRUTO. Assim como um cacho de uvas é apenas um só fruto, assim o é também este conjunto de graças. Se uma destas graças se implanta numa vida, todas as outras podem também aparecer.

2.             Este é o fruto DO ESPÍRITO. Este não é o fruto cristão, mas o fruto que nasceu pelo

Espírito. Isto não é aquilo que Jesus se referia a João 15:8. O verdadeiro fruto lá é a alma vencendo, e isto é o fruto cristão.

2. TRÊS GRUPOS:

Apesar de ser um lindo conjunto de graças, UM SE FRUTO, para que melhor possamos estudar este ponto, poderíamos dividi-lo em três grupos:

a) Em relação a Deus—amor, alegria e paz.

b) Em relação ao nosso semelhante, o homem — paciencia, gentileza e bondade.

c) Em relação a nós mesmos — fé, humildade e temperança.

Schofield os divide deste modo:

I—Caráter, como um estado íntimo—amor, alegria e paz.

II—Caráter das expressões para com os homens— paciência, gentileza, bondade.

III—Caráter das expressões para com Deus — fé; humildade e temperança.

3.      PRINCÍPIOS PARA SEREM LEMBRADOS:

O Espírito Santo, habitante do coração de um cristão, lá está para cumprir sua missão definida, e satisfazer uma necessidade também definida. Quando nos lembramos disto, será mais fácil compreender os seguintes princípios:

I —    Apesar do fruto do Espírito adornar a vida de um santo, ele não está lá apenas para ser exibido ou mostrado.

II —   Apesar do fruto do Espírito trazer alegria ao coração do santo, não é um brinquedo com o qual se brinca e do qual se tira algum prazer.

III — Um fruto nasce em função de um pedido. Quando uma necessidade específica se manifesta, o Espírito Santo fará, fielmente, com que o fruto satisfaça aquela necessidade. Quando tivermos sido feridos por alguém, o Espírito Santo fará com que nasça o fruto do amor para com aquela pessoa. Quando há mágoa e desespero, o Espírito Santo fará nascer o fruto da alegria e da paz. Lembre-se que não estamos falando de graças naturais na vida de um individuo, mas dos frutos gerados pelo Espírito Santo. Por ser o fruto do Espírito, este pode frutificar em suas nove manifestações quando se tornar necessário.

4.      COMPARAÇÃO COM OS DONS DO ESPÍRITO :

a)             Similaridades:

I           —        Ambos são nove, em número.

II          —        Ambos são do Espírito Santo.

III         —        Nenhum dos dons são para se exibir, para que se brinque com eles, ou                       

para serem mostrados, ou para revelar a espiritualidade de um santo, etc..

IV         —        Ambos nascem em função de uma necessidade, para satisfazê-la,

necessidade esta do ministro da igreja ou de um indivíduo.

b) Diferenças:

I           —        O fruto do Espírito é coletivo — UM FRUTO. Os dons do Espírito são

separados e individuais.

II          —        O fruto do Espírito frutifica na vida de cada santo pleno do Espírito.  Os

dons do Espírito estão no corpo (igreja) e são distribuídas aos membros individuais, de acordo com o desejo de Deus.

III         —        As formas do fruto são o trabalho interno do Espírito.

 

A OPERAÇÃO DOS DONS É O TRABALHO EXTERNO

 DO ESPÍRITO./OS DONS DO ESPÍRITO

ENUMERAÇÃO DOS DONS:

1 Coríntios 12:8-10:

I          —        a palavra da sabedoria (note: não sabedoria, mas a palavra daquela).

II          —        a palavra do conhecimento.

III         —        fé.

IV         —        dons de curar (nota o plural "dons").

V          —        operação de milagres.

VI         —        profecia.

VII        —        discernimento de espíritos.

VII        —        uma variedade de línguas.

IX         —        capacidade de interpretar línguas.

Estas nove dádivas são diversas, proporcionadas a cada homem separadamente conforme os desejos de Deus, dadas para serem gozadas ao mesmo tempo. (Versos 7 e 11).

DEMONSTRAÇÃO E MANIFESTAÇAO:

Um indivíduo pode demonstrar por bênção de Deu ele pode gritar, rir, cantar, aplaudir, dançar, saltar e correr devido à bênção. A maneira pela qual ele reage à bênção de Deus sabre si, dependerá grandemente de sua própria disposição emocional, e do modo como ele foi educado. A reação à bênção de Deus é diferente em diferentes partes do país e também entre diferentes nacionalidades. É a mesma bênção, o mesmo Espírito de Deus agindo, mas reação é humana.

No entanto, as manifestações são as operações das dádivas do Espírito como um resultado direto do exercício das dádivas espirituais.

SIGNIFICADO DA PALAVRA "DÁDIVA”:

A palavra dom no Novo Testamento é uma tradução de quatro palavras diferentes do texto original.

I    — Prêmio  ou  doação  a  um pobre, usadas quando se mencionam os dons da salvação.  (João.4:10.  Atos 2:38).

II   — Presente ou oferta.  (Ef.2:8) A fé de crer é  dom de Deus,  que nos é  dada do mesmo modo que um presente.

III  — Distribuições. A igreja, que é o Seu corpo, tem muitos membros, e afim de que as manifestações  do  Espírito de Cristo  estejam no corpo, o Senhor distribuiu  os múltiplos trabalhos dos dons por todo corpo. (Efésios 4:7).

IY  — Doação de faculdade miraculosa. Esta é a expressão usada para o dom da profecia, e o dom da cura,  permitindo aquele que  as tenha recebido  que as exerça com a aprovação divina. (Romanos 12:6-8; Pedro 4:10-11)  Este fato é uma confirmação da profecia de Joel (Atos 2:18).

REUNIDO OS DONS EM TRÊS GRUPOS:

a)  Dons do conhecimento (saber):

palavra da sabedoria

palavra do conhecimento

discernimento dos Espíritos

b)  Dons do poder (agir):

feitura de milagres

dons de curar

c)  Dons de eloquência (falar):

profecia

diversas espécies de línguas

interpretação das línguas

REUNINDO OS DONS DE ACORDO COM

1 CORÍNTIOS 12:4-7:

a)  Diversidade das dádivas: dons de curar profecia diversas espécies de línguas interpretação das línguas

b) Diferenças das administrações: palavra da sabedoria palavra do conhecimento discernimento dos espíritos

c)  Diversidade das operações: fé feitura de milagres

O DOM DA PROFECIA:

Esta grande missão foi dada aos discípulos, pelo seu líder Cristo, para que evangelizassem o mundo. Mateus 28:19; Marcos 16 :15; Atos 1 :8. O dom da profecia foi outorgada aos apóstolos e pregadores daqueles tempos. Com ela eles pregaram a palavra, seguida de sinais.

As Profecias do Novo Testamento são pregações das verdades das Escrituras, mantidas, estritamente, dentro dos ensinamentos da Bíblia. Este dom de profecia tem uma manifestação com três aspectos:

a) O falar-se com línguas.

b) Interpretação das línguas.

c) Profecia.

O primeiro é uma eloquência sobrenatural, falando o Espírito por meio dos crentes em outras línguas, e afim de que a mensagem possa ser entendida, o mesmo Espírito dó ao que a ouve a capacidade de compreendê-la. Há também a profecia, ou a fala sob inspiração, em sua língua materna. As boas e seguras pregações, abençoadas pelo Espírito, tornaram-se profecias do Novo Testamento juntamente com os testemunhos abençoados do estado secular.

FALANDO COM LÍNGUAS: Poderia ser chamado o milagre vocal. 1 Cor. 14:2 diz que ninguém o entende, verso 14 diz "... mas a minha mente fica infrutífera,..." Pelo menos três modos diferentes pelos quais o falar em línguas é usado, são encontrados nas Escrituras:

a) Quando recebendo o Batismo do Espírito Santo. Atos 2:4, 10:44-46.

b) Falando a Deus em adoração, ou oração, ou em canto.   1 Cor. 14:2, 1-15.

c) Falando à igreja ao mesmo tempo que se interpreta. 1 Cor. 14:13-27.

Falando em línguas à vontade não quer dizer que tenhamos o dom das línguas. Alguém pode receber a habilidade de falar línguas ao mesmo tempo que ele recebe o batismo, mas o uso apropriado das mesmas é sempre motivado pelo Espírito, quer ele receba o dom, quer file apenas fale a Deus. 1 Cor. 14:2, 14.

Esta dádiva está ligada ao dom da profecia, ao mesmo tempo que à interpretação das línguas, e deveria ser exercida em estrita ligação com a interpretação. Leia 1 Cor. 14:27,28. A interpretação das línguas é possível por iluminação Divina. O cristão que é usado para realizar este trabalho não compreende a língua do idioma que interpreta.

Originalmente, a interpretação das palavras não quer dizer tradução, mas explicação.   1 Cor. 12:10, 30 14:13, 26. Aquele que recebe este dom então explica o significado da mensagem em línguas, nada sendo capaz de produzir sem a ajuda do Espírito Santo, no que concerne a transmissão da mensagem.

O DOM DE REALIZAR CURAS:

Em Cor. 12:9 isto está mencionado no plural. E a razão para isto é, provavelmente, porque há muitas causas de doenças, e as diferentes fases da dádiva pelas quais alguns devem ser tratados.

Alguns males causados pelas atividades do demônio podem ser por opressão, obsessão ou possessão. Isto pede discernimento de Espíritos e derrota do demônio, antes da oração para os males. Talvez a doença seja orgânica, talvez o fato peça correção dos hábitos de vida, antes que o Senhor cure, etc.. Em Marcos 16 a cura dos doentes se fazia em se impondo as mãos.

DIFERENÇAS DE ADMINISTRAÇÕES:

Esta é a segunda divisão entre os dons, e se relaciona com o ministério administrativo do Espírito Santo. Há muita oposição ao nosso culto a Deus, e por esta razão o Espírito Santo colocou na igreja estas diferenças de administração.

1.  A palavra de Sabedoria: — iluminando com a palavra do conhecimento, ou iluminando com o discernimento dos espíritos.

Note-se que não se disse sabedoria, mas a palavra da sabedoria — um exemplo deste fato pode ser tirado da experiência de Cristo. Marcos 12:15 — Os Fariseus tentaram apanhar Jesus na armadilha de Suas palavras. Mas a Sua palavra os confundiu, eis que era a palavra da sabedoria. Ele prometeu a Seus discípulos a mesma espécie de ajuda. Mat. 10:19-20.

2. A Palavra do Conhecimento: — não um profundo conhecimento da palavra, pois alguns o têm sem ter o dom de manifestação. Exemplos desta dádiva em ação podem ser encontrados nas Escrituras. Pré-compreensão vem nesta mesma categoria. Pedro sabia que três homens de Cornélio queriam vê-Lo, (Atos 10:19) e este era o conhecimento dado a Pedro pelo Espírito. Paulo deu informações sobre os efeitos do naufrágio na Ilha de Malta. Deus aconselha aos Seus por meio do Espírito, pela palavra da Sabedoria e ilumina-os com a palavra do conhecimento, fornecendo-lhes uma armadura contra os conselhos dos homens e do demônio. Frequentemente Deus provoca uma necessidade de ir ou ficar, falar ou calar. E isto demonstra que O Espírito é um administrador.

3. Discernimento de Espíritos: — Sábios como serpentes e inofensivos como pombas. Satanás tem um exército de demônios sempre alertas para desorganizar a igreja e o Cristão, individualmente. Para equilibrar este fato, o Espírito Santo dá ao corpo o discernimento dos Espíritos, por meio do qual tomamos conhecimento da presença e da natureza dos espíritos demoníacos, dando-nos conhecimento de como lidar com estes poderes e libertar aqueles que estão cativos. Atos 16:16-18. Na comissão de Marcos 16 Cristo disse: "eles expulsarão os demônios". Somente o Espírito de Deus pode realmente provar que alguém está possuído pelo demônio, e, em sua capacidade administrativa, dá capacidade de discernimento de Espíritos à Igreja, para que ela esteja em condições de verificar qualquer oposição em relação a este problema.

DIVERSIDADES DE OPERAÇÕES:

Esta é a terceira divisão das nove manifestações.

Fé — Um dom sobrenatural concedido pelo Espírito e pela qual algum trabalho especial é realizado. Em Efésios 2:8 lemos sobre a fé salvadora, "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé..." — Fé tomada como fruto do Espírito. Gal. 5:22. A fé se desenvolve e aumenta até que se torne evidente aos outros. Atos 3:16 nós dá um quadro de um exercício especial da fé. Pedro invocando a nome de Jesus para o homem coxo. Esta é uma operação especial do Espírito e dá o ministério da fé ao crente. Atos 4:29-30 é um exemplo de uma oração para esta consecução

A FEITURA DE MILAGRES — Nas mentes de muitos, isto está associada à cura de corpos — mas este não é o caso. O significado de milagre é um ato sobrenatural, no plano natural. Deus pondo de lado as leis da Natureza. Exemplos: Cristo transformando água em vinho, andando sobre a água, alimentando cinco mil, a transladação de Filipe do deserto para Azôto (15 milhas), Pedro andando para fora da prisão, Paulo e Silas tendo as portas da prisão abertas e as algemas retiradas. Tudo feito pela operação do Espírito. Tudo realizado pelo mesmo e próprio espírito de acordo com sua vontade. Aspiremos, encarecidamente, a estas dádivas.

O NOME DE DEUS

1.       O NOME DE DEUS ERA UM SEGREDO NO VELHO TESTAMENTO:

Juízes 13:17 - "E Manoá perguntou ao Anjo do Senhor: Qual é o teu nome...?”

Gênesis 32:29 — "E Jacó perguntou a ele. Diga-me teu nome."

Êxodo 3:13 - "Eles me dirão, Qual é o seu nome?"

Provérbios 39:4 — “Qual é o seu nome e qual é nome de seu filho...?"

Isaías 52:' - "Por isso meu povo saberá meu nome.” A razão para vermos esta constante indagação sobre o nome da Deidade, no Velho Testamento, é que Seu nome foi oculto para ser revelado nesta dispensação.

2. PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO NÃO SÃO O NOME DA DEIDADE

Há muitos títulos de nosso Deus, sendo que todos re tratam funções ou características de nosso Deus. Entre eles estão os títulos Pai, Filho e Espírito Santo. Do mesmo modo, um nome é corpo, alma e espírito, e, no entanto, este não é o seu nome. Descontaria um banco um cheque que tivesse a assinatura, "Corpo, alma, e espírito?" Certamente que não. O cheque deve trazer sua assinatura, com o seu nome. Durante um certo tempo o autor destas notas foi o professor e o pastor de seu filho. Para o seu filho ele era "Pai, Pastor e Professor". Estes eram três títulos, mas nenhum seu nome. Do mesmo modo Pai, Filho e Espírito Santo não são nomes.

 

3. O VERDADEIRO NOME REVELADO NO NOVO TESTAMENTO:

Mateus 1:12 "... e Lhe porás o nome de Jesus: por que ele salvará o seu povo dos pecados deles."

Aqui encontramos o Seu verdadeiro nome que é JESUS. JESUS significa JEOVÁ-SALVAIDOR. JESUS é o nome de SALVAÇÃO de nosso Deus.

4. JESUS VEIO EM NOME DE SEU PAI:

João 5:43 - "Eu vim em nome de meu Pai."

João 10:25 - "As obras que eu faço em nome de meu Pai."

Atos 9:5 - "Quem és tu (Jeová) Senhor? E (Jeová) o Senhor disse, Eu sou Jesus."

Atos 9:17 - "O Senhor, o próprio Jesus, enviou."

Atos 7:59 - "Estevão, invocando Deus... dizia: Senhor Jesus,..."

Hebreus 4:8 — "Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso..." — Este verso refere-se ao Deus Todo Poderoso e aos Israelitas.

Apocalipse 22:16 - "Eu Jesus mandei o meu anjo para lhes testemunhar."

Esta evidência Escritural é conclusiva para se mostrar que o nome do Pai é Jesus.

5. JESUS É O NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO:

Mateus 28:19 - "Batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo."

Devemos notar, com muito cuidado, que está dito "NOME" e não "NOMES". A palavra está no singular. UM NOME. Qual é o "NOME"? O único modo de respondermos é procurar nas Escrituras, e acharmos sob que nome os Apóstolos batizavam. Não pode haver contradições nas Escrituras.

Lucas 24:47 - "Arrependimento e remissão dos pecados devem ser pregadas em Seu nome entre todas as nações, a começar-se por Jerusalém.”

Jerusalém: Atos 2:38, "batizando... em nome de Jesus Cristo."

Samaria: Atos 8:12, “pregando... nome de Jesus Cristo."

Atos 8:16, "batizando... em nome de Senhor Jesus."

Paulo: Atos 22:16, "batizado... em Nome do nosso Senhor."

Cesáres: Atos 10:48. "batiza em Nome do Senhor"

Efésios: Atos 19:1-6, Aqui eles foram batizados em nome do Senhor Jesus.

Coríntios: 1 Cor. 1:13 - Em nome de quem foram eles batizados?

Novamente a evidência Escriturar e conclusiva, mostrando que o NOME do Pai, do Filho e do Espírito Santo é Jesus.

OS TÍTULOS DA DEIDADE NO VELHO TESTAMENTO

1. ELOIM, PLURAL DE ELOA:

A palavra inglesa “God" é o correspondente da em pressão hebraica "Eloim". Esta palavra é aplicada a todos os deuses pagãos assim como ao nosso Eloim (Deus). A forma plural expressa uma pluralidade de magestade, poderes, e atributos. Veja a nota sobre esta palavra sob as notas da Unidade Duas.

El, (significando força):

Ei Shadai — Deus Todo Poderoso (Força).

2. JEOVÁ= YAHWEH:

Esta palavra é derivada de quatro letras:

JHVH ... "O nome de quatro letras"; "o grande e terrível nome; "o nome especial"; "o nome separado".

Este era o nome impronunciável de Deus. Os rabinos ao lerem as Escrituras, substituiram-no do ADONAI (Senhor) e do qual obtivemos o nosso "Senhor", em nossas versões.

Jeová = Yahweh  — êxodo 6:3. Salmo 83:18; Isaias 12:2; Isaías 26:4.

Jah - Esta era uma forma abreviada. Salmo 68:4.

O significado deste título é, inquestionavelmente, dado em revelação de Deus, e de Si próprio, a Moisés, pela frase "Eu sou o que Eu sou". Ela exprime "Ser" essencial, eterno, imutável de Jeová. O significado primeiro do nome Senhor (Jeová) é "O existente por Si mesmo". Literalmente, "Aquele que é o que é, portanto o eterno Eu Sou". Ele é "o existente por Si mesmo, que Se revela a Si mesmo".

É significativo que a primeira aparição do nome Jeová, nas Escrituras, siga a criação do homem. Jeová é, distintamente, o nome de redenção da Deidade no Velho Testamento. Quando surgiu o pecado e a redenção se fez necessária, foi Jeová Eloim que os procurou, (Gênesis 3:9-13). E os vestiu com roupagens de peles, uma linda forma de retidão proporcionada pelo Senhor Deus por meio do sacrifício. A primeira revelação de Si mesmo, pelo nome Jeová, estava ligada com a redenção do povo da Aliança para fora do Egito.

3. TITULOS COMPOSTOS:

Jeová- Yahweh -Jireh — O Senhor proverá—Gên. 22:14.

Jeová- Yahweh -Rafi - O Senhor que cura— Êxodo 15:26.

Jeová- Yahweh -Nissi — O Senhor é nossa bandeira —Êxodo 17:8-15.

Jeová- Yahweh -Shalon — O Senhor é nossa paz—Êxodo 6:24.

Jeová- Yahweh -Ra-ah — O Senhor é nosso pastor — Salmo 23:1.

Jeová- Yahweh -Tsidkenu— O Senhor é nossa retidão— Jer. 23:6.

Jeová- Yahweh -Shammah — O Senhor está presente — Ezequiel 48:35.

4. A REVELAÇÃO DO NOME DO JESUS PROMETIDO:

Isaias 52:6 — "Por isso o meu povo saberá o meu nome." Esta profecia promete definitivamente que o nome de Jesus será revelado e conhecido. Como deveríamos nos rejubilar que neste dia Seu Nome não é um segredo e não está oculto, mas sim conhecido. O Nome de Jesus está acima de qualquer outro nome. (Fil. 2:9).

No Velho Testamento todos os tipos e nuances apontavam para Jesus Cristo. Do mesmo modo, todos os títulos apontavam para o Seu Nome "JESUS", que estava para ser revelado.

5.  UM NOME DA DEIDADE:

O profeta afirmou que há apenas um Senhor e que Seu nome é único. (Zac. 14:9). Se acreditarmos que há três pessoas na Divindade (três Deuses) então nós devemos ter três nomes. Uma pessoa é identificada por seu nome. Não obstante o profeta afirma que o seu nome é ÚNICO. Em Mateus 28:19 o nome está no singular. Qual é este nome único? Encontramos a resposta em Atos 4:12. Não há outro nome: uma prova conclusiva que só há um Senhor, e que o Ele é Jesus.

OS TÍTULOS DE JESUS

Um título não é um nome, no entanto, um título evidencia certos atributos característicos e aspectos de Jesus. Cada um tem um significado.

Maravilhoso                                                                                 Isaias 9:6

Conselheiro                                                                                      Isaias 9:6 O Deus Todo Poderoso                                                               Isaias 9:6

O Pai Eterno                                                                                     Isaias 9:6

Emanuel                                                                                            Isaias 7:14

Filho de Deus                                                                                  Lucas 1:35

Messias                                                                                             João 4:25

O Verbo                                                                                             João 1:1

O Verbo de Deus                                                                           Apoc. 19:13

Rei dos Reis                                                                                   Apoc.19:16

Senhor dos Senhores                                                                  Apoc 19:16

O Grande Deus e Salvador                                                         Tito 2:13

Pai                                                                                                Mateus.28:19

Filho                                                                                             Mateus.28:19

Espírito Santo                                                                              Mateus.28:19

Jeová                                                                                              Isaias.40:3

O Senhor Jeová                                                                              Isaias 40:10

Eu Sou                                                                                 Ex. 3:14; João 8:24

Ressurreição e Vida                                                                      João 11:25

Todo poderoso, que é, que era, e que vira                                 Apoc. 1:8

Alfa e Ômega                                                                                  Apoc. 1:8

Primeiro e Último                                                                          Apoc. 1:17

Princípio e Fim                                                                                Apoc. 1:8

Vida Eterna                                                                                      1 João 5:20

Origem da Mulher                                                                         Gen. 3:15

Cordeiro dá Deus                                                                           João 1:29

O Noivo                                                                         Mat. 9: 15; Apoc. 21:9

Homem de Dores                                                                          Isaias 53:3

Um Nazareno                                                                                  Mat. 2:23

Luz do Mundo                                                                                 João 8:12

Luz para Iluminar os Gentios                                                     Lucas 2:32

Sol Nascente das Alturas                                                            Lucas 1:78

Sol da Justiça                                                                                   Mal. 4:2

Brilhante Estrela Matutina                                                         Apoc. 22:16

Pão da Vida                                                                                      João 6:35

Pão Vivo                                                                                            João 6:51

A Verdadeira Vinha                                                                      João 15:1

Raiz e Geração de Devi                                                                Apoc. 22:16

O Caminho                                                                                       João 14:6

A Porta                                                                                               João 10:7

O Bom Pastor                                                                                  João 10:11

O Supremo Pastor                                                                         1 Pedro 5:4

O primogênito de entre os Mortos                                        Col. 1:18

Primícias dos que Dormem                                                        1 Cor. 15:20

O Último Adão                                                                                1 Cor. 15:45

A Cabeça do Corpo                                                                       Col. 1:18

Príncipe do Exército do Senhor                                                Jos. 5:14

Príncipe da Salvação                                                                     Heb. 2:10

Autor e Consumador da Fé                                                       — Heb. 12:2

Leão da Tribo de Judá                                                                  — Apoc. 5:5

O Mais Distinguido entre 10.000                              — Cant. de Salomão 5:10

Shiloh                                                                                     — Gên. 49:10

Verdade                                                                                       — João 14:6

Sumo Sacerdote                                                                            — Heb. 3:1

Mediador                                                                                      — 1 Tim. 2:5

Arbitro                                                                                               — Jó 9:33

Advogado                                                                                         — João 2:1

Refúgio contra a Tempestade                                                  — Isaias 32:2

Rocha Eterna (marginal)                                                             — Isaias 26:4

Construtor                                                                                        — Heb. 3:3

Fundação Segura                                                                      — Isaias 28:16

Pedra cortada sem as mãos                                                      — Dan. 2:34

Castelo Forte                                                                              — Salmo 31:2

Rei de Salém                                                                                    — Heb. 7:2

Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque                            — Heb. 5:6

Rosa de Sharon, Lírio de Vale                                    — Cant. de Salomão 2:1

Amigo mais chegado do que um irmão                                — Prov. 18:24

Sombra de Grande Rocha em terra sedenta                      — Isaias 32:2

Ancião de Dias                                                                              — Dan. 7:21

 Sol Nascente (aurora)                                                                 — Lucas 1:78

Juiz Cristo é tudo em todos                                             — Col. 3:11

Mateus 28:19

 "Ide portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em NOME do PAI e do FILHO e do ESPÍRITO SANTO."

NOME                        — Singular

PAI                             — Título                (JESUS)

FILHO                        — Título

ESPÍRITO SANTO     — Título            

Jesus não disse a Seus discípulos para batizar, repetindo as palavras Pai, Filho e Espírito Santo. Ele lhes disse para batizar em NOME do Pai, Filho e Espírito Santo. As palavras Pai, Filho e Espírito Santo não são nomes, mas títulos que indicam UMA PESSOA, que tem UM NOME. E este nome é JESUS. Devemos obedecer ao comando de Jesus ou claramente repetir Suas palavras?

IMPORTÂNCIA DO NOME DE JESUS

1. A BÍBLIA DA MUITA IMPORTÂNCIA A NOMES:

Todos os nomes na Bíblia tinham significados e, por isto, eram muito importantes. E isto está esclarecido na mudança de:

1. Abrão para Abraão

2. Jacó para Israel

3. Saul de Tarso para Paulo.

O mesmo podemos ver nas nomeações de João o Batista e de nosso Senhor Jesus.

2. O NOME DE JESUS ACIMA DE QUALQUER OUTRO NOME:

Filipenses 2:9 —"Pelo que Deus também o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome.”

Jesus é o nome da Deidade. Por conseguinte, Seu nome está acima de:

1. o maior rei que jamais tenha reinado.

2. o maior general que jamais tenha ganho uma guerra.

3. o maior cientista, inventor ou arquiteto.

4. o maior pintor, músico ou poeta.

5. o maior legislador, médico ou pregador.

3.  SALVAÇÃO NO NOME DE JESUS:

Atos 4:12 — "E não há salvação em nenhum outro: porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual sejamos salvos."

Lucas 24:47 — "O arrependimento e perdão dos pecados devem ser pregados em Seu nome."

Mateus 1:21 — "... e lhe porás o nome de Jesus: porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”

4. CURANDO EM NOME DE JESUS:

Atos 3:66 — "Em nome de Jesus Cristo de Nazaré ergue-te e caminha."

Atos 3:16 — "Pela fé no nome de Jesus, esse mesmo nome fortaleceu a este homem..."

5. PODER EM NOME DE JESUS:

Lucas 10:17 — "Até os demônios se nos submetem pelo Teu nome."

Marcos 16:17 — "... em meu nome expulsarão demônios."

6. ABENÇOANDO EM NOME DE JESUS:

Malaquias 3:16 — "Um memorial foi escrito... para os que se lembram do seu nome."

7.PROTEÇAO EM NOME DE JESUS:

Provérbios 18:10 — "Torre forte é o nome do Senhor à qual o justo se acolhe e está seguro."

8. ORAÇÕES ATENDIDAS EM NOME DE JESUS:

João 14:14 — "Se qualquer coisa for pedida em meu nome, eu a farei."

9.  BATISMO PELA ÁGUA EM NOME DE JESUS:

Atos 2:38 — "... cada um de vós seja balizado em nome de Jesus Cristo para a remissão dos vossos pecados...”

10. O ESPÍRITO SANTO DADO EM NOME DE JESUS:

João 14:26 — "Mas o Consolador... a quem o Pai mandará em meu nome."

Como podemos contestar a importância dos nomes de Jesus, quando estudamos as Escrituras? Haverá aqueles que esclarecerão esta importante verdade e dirão que "Jesus" não era mais do que qualquer outro nome. É evidente que estes ainda estão nas trevas no que tange esta gloriosa verdade. Não há nome que possamos pronunciar nas orações ou cantar em louvor e que possa proporcionar maiores bênçãos e poder do que o nome de Jesus nosso Senhor. Quando tivermos esta revelação, podemos cantar no Espírito: Ó dulcíssima melodia da música dos serafins, Dulcíssimo nome que se pode jamais pronunciar, Dulcíssima melodia jamais cantada, Jesus, ó abençoado Jesus.

A GRANDE COMISSÃO

1. A GRANDE COMISSÃO:

A grande comissão é uma ordem — uma irrevogável ordem à igreja que não deve ser posta em dúvida, mas deve ser completamente obedecida. A Grande Comissão foi mencionada pelo nosso Senhor ao menos em três ocasiões, aos Seus discípulos, durante os quarenta dias que decorreram entre a Sua ressurreição e a Sua Ascenção. Está registrada em todos os quatro Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos. As três oportunidades em que Jesus deu esta comissão foram:

1) Quando os Discípulos estavam sentados para a ceia em Jerusalém. (Marcos 16:14-18; João 20:22-23).

2) Na montanha na Galiléia (Mateus 28:18-20).

3) No Monte das Oliveiras, um pouco antes de Sua Ascenção.   (Lucas 24:45-51); Atos 1:6-9).

Se Jesus repetiu esta comissão pelo menos três vezes, e tem sido tão cuidadosamente "Registrada" em cada um dos Evangelhos, então pode-se verdadeiramente compreender que a importância desta missão é, realmente, muito grande.

2. O QUE ORDENOU JESUS?

Jesus ordenou aos Seus discípulos:

1) Ide pelo mundo todo - Marcos 16:15.

2) Pregue o Evangelho a todas as criaturas— Marcos 16:15.

3) Ensinem a todas as nações — Mateus 28:19.

4) Batizem-nos em NOME — Mateus 28:19.

5) Observem tudo o que Eu lhes tenha ordenado— Mateus 28:20.

Devemos notar aqui que além de ir, pregar, ensinar, fomos mandados BATIZAR. E isto não é algo que possamos deixar ao nosso arbítrio ou desejo, mas é algo que pede estrita obediência. Para que se obedeça a esta ordem, é necessário que batizemos exatamente como Jesus nos instruiu: "MEU NOME". Quando as palavras Pai, Filho e Espírito Santo são repetidas nos batismos pela água, aquela ordem não está sendo obedecida. Neste caso o ministro está apenas repetindo as palavras de Jesus e não obedecendo-as. A obediência exige o batismo pela água em NOME DE JESUS.

3. ARGUMENTOS EM FAVOR DO BATISMO PELA ÁGUA EM NOME DE JESUS:

O testemunho da Escritura é tão definitivo sobre este ponto, que parece tolice sequer pensar em começar uma polêmica. Não obstante, sabendo da oposição à VERDADE, daremos algumas razões pelas quais devemos batizar em nome de JESUS.

a) “JESUS" é o "NOME" (singular) do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

b) A Escritura nunca se contradiz. Aqueles que dizem que de preferência tomariam a palavra de Jesus em contraposição às palavras de Pedro, admitem que crêem numa contradição da Bíblia. No entanto, em Mateus 28:18 e Atos 2:28 lê-se a verdade. Estes dois não se contradizem.

c)   Não há dois evangelhos. Nem há duas maneiras de se batizar. Aqueles que argumentassem que há apenas Judeus ou Prosélitos judaicos balizados no segundo capítulo dos Atos, estariam admitindo que crêem em dois evangelhos - um para os judeus e outro para os gentios. Isto, naturalmente é ridículo. Não há senão UM evangelho.

d) Se aceitamos o literal cumprimento de Atos 2:4 no Batismo do Espírito Santo, é absolutamente necessário que também aceitemos o literal cumprimento de Atos 2:38.

e) Pedro acabara de ouvir as palavras de Mateus 28:19 ditas alguns dias antes. Ele acabara de receber o Espírito Santo que devia guiá-lo para toda verdade. Ele havia encarregado das chaves do Reino. Seria possível que ele tivesse feito um erro? Não! Nunca!

f)   Remissão de pecados é em Nome de Jesus. Lucas 24:47.

g) Não há outro nome pelo qual possamos ser salvos. Atos 4:12.

h)  O nome de família é Jesus. Se somos Seus filhos, tomamos Seu nome. (Efés. 3:15).

I)   A noiva sempre toma o nome do marido.

j)   O que quer que façamos em palavras ou ações, fazê-mo-las em nome de Jesus. O Batismo pela água é ambos, palavra e ação. Col. 3:17.

k) No batismo pela água nós nos identificamos na morte, sepultamento e ressurreição. Foram o Pai e o Espírito Santo crucificados e Sepultados?

ANJOS

1. A EXISTÊNCIA DE ANJOS:

A Bíblia ensina, claramente, a existência de anjos. Eles são os embaixadores de Deus, e pertencem à Sua corte celestial e ao Seu serviço. Eles são muitos e seus desejos são os de servirem perfeitamente a Deus. Eles têm a vantagem sobre os homens de serem hóspedes do céu e embaixadores de Deus. No entanto, quando os homens renascerem serão colocados acima dos anjos, e gozarão de seus ministérios e, finalmente, julgá-los-ão (Cor. 6:3).

2. DESCRIÇÃO:

Hebreus 1:14 — "Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?".

Aqui está dito que são espíritos ministradores. Apesar de ter tido conhecimento que têm aparecido sob forma humana, os anjos são, no entanto, espíritos. Os anjos não têm asas com penas, como são representados por muitos pintores. Este fato é de origem Católica Romana. Evidentemente, os anjos não têm sexo muito embora as Escrituras se refiram a eles usando a forma masculina.

3. VÁRIAS ORDENS DE ANJOS:

Nem todos os anjos têm o mesmo poder e a mesma autoridade, mas parece haver ordens e hierarquia entre eles. Isto pode ser observado quando lemos,

(1)    Arcanjos:    Miguel — Daniel 10:13.

Miguel — Daniel 8:16.

(2) Querubins: Genesis 3:24.

(3) Serafins:       Isaías 6:1.

4. O PODER DOS ANJOS:

Eles têm grande poder. — 2 Pedro 2:11. Salmo 104:20.

Um anjo matou todos os primogênitos nascidos no Egito.

Um anjo rolou a pedra que fechava o Sepulcro.

Um anjo matou 185.000 Assírios. — Isaías 37:36.

Um anjo tem poder para se apoderar de Satan e prendê-lo por mil anos. — Apoc. 20:2-10.

5. OS ANJOS NO MINISTÉRIO DE JESUS CRISTO:

A vinda do menino Jesus foi anunciada, tanto à Virgem Maria como a José, por anjos. (Mateus 1:20; Lucas 1:26-27).

Os anjos estavam presentes ao seu nascimento, sua ressurreição e Sua Ascensão, e o acompanharão em sua volta gloriosa. (Mateus 24:31).

Pelo contrário, no ministério de Jesus, houve apenas duas aparições angélicas: na tentação e em Getsêmani.

6.  OS ANJOS NO MINISTÉRIO DA IGREJA:

a) Ministro para os herdeiros da Salvação. — Hebreus 1:14.

b) Rejubila-se quando um pecador, se arrepende — Lucas 15 :10.

c) Acampa-se ao redor daqueles que temem o Senhor — Salmo 34:7.

d) Dão ordens a respeito deles para que sejam guardados — Salmo 91:11.

7. ANSEIOS CAÍDOS:

2 Pedro 2:4 — "Ora, se Deus não poupou os anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, e os entregou a abismos de trevas, reservando-os para julgamento..."

Judas — "E a anjos que não guardaram o seu estado original, mas abandonou o seu próprio domicílio, Ele os tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande dia."

O julgamento deles é certo. Para eles o lago de fogo foi especialmente preparado. (Mateus 25:11).

O DEMÔNIO

1. UM DEMÔNIO PESSOAL:

A Bíblia nos ensina que há um demônio pessoal. Muitos ensinam que o demônio é uma força impessoal de influência, a tendência para o mal. Há um demônio pessoal vivente que é nosso maior adversário.

Seu poder e sua influência não deveriam nunca se subestimados. Apesar de nós não termos desejos de nos encontrarmos com Ele, deveríamos aprender a conhecer o nosso inimigo. O conhecimento de seus motivos e de suas táticas, nos ajudarão em nossa batalha contra o pecado e nos ajudarão, também, a conquistar a vitória.

Aparentemente, ele foi criado como um arcanjo de grande beleza, grande sabedoria e grande poder. Indubitavelmente foi-lhe dado grande autoridade, e provavelmente havia sido feito o regente de grande parte do universo de Jesus. Alguns creem que ele foi o regente deste mundo antes da criação como está registrada no livro de Gênesis. Ele ensoberbou-se e tentou igualar-se a Deus. Cinco vezes ele declarou sua vontade, em rebelião contra Deus. Isaias 14:12-15. De seu orgulho e rebelião, o pecado veio a existir, e o demônio caiu, levando um grupo de anjos consigo. Ele revidou, ferindo a Deus ao causar a queda de muitos homens, e os tem usado como uma hipoteca, desde então, em sua batalha e rebelião contra Deus. Ele ainda tem acesso à presença de Deus, onde ele acusa todos os homens.

O demônio não é onipresente, mas sua presença localizada. Não obstante, ele pode aparecer em qualquer lugar, a qualquer tempo, e em sua ausência ele tem um grupo de demônios e de anjos caldos para executarem seu trabalho demoníaco, sob sua orientação.

2. SUAS CARACTERÍSTICAS:

a) Ladrão, aquele que arrebata — Mat. 1319.

b) Assassino — João 8:14.

c) Mentiroso — João 8:44.

d) Sutil — 2 Cor. 11:3.

3.  SEUS TÍTULOS DISTINTOS:

a) Anjo de Luz — 2 Cor. 11:14.

b) Leão que ruge — 1 Pedro 5:8.

c) Príncipe do poder do ar — Efésios 2:2.

d) Poder das Trevas — Col. 1:13.

e) Príncipe deste mundo — João 14:30.

f) Grande Dragão (crueldade) — Apo. 12:9.

g) Serpente (sedutor) — Apoc. 12:9.

h) Demônio (tentador) — Apoc. 12:9

i) Satan, Satã (adversário) — Apoc. 12:9.

j) Apoliom (destruidor) — Apoc. 9:11.

k ) Rei do abismo — Apoc. 9:11.

l) Deus deste mundo (cabeça de sua religião) — 2 Cor 4:4.

4. SUA OBRA:

a) a procura a quem possa devorar — 1 Pedro 5:8.

b) semear o joio (doutrina do mal, do vicio, etc.) — Mat. 13:25-39.

c) embotamento de mentes — 2 Cor. 4:4.

d) acusação dos homens — Apoc. 12:10.

e) peneirar como trigo — Lucas 22:21.

f) destruição da carne — 1 Cor. 5:5.

5. SEU PODER:

Ele tem muitos subordinados para a execução de sua vontade. Um grupo de anjos caídos e de demônios estão sob sua bandeira. Vemos sob o seu poder os potestades e principados, os dominadores das trevas deste mundo, e as forças espirituais do mal nas regiões celestes. (Efésios 6:12).

6. SEU DESTINO:

Ele será atirado para a terra, do Céu (Apoc. 12:7-9), onde ele instigará os homens contra Deus, sabendo que seu tempo é curto (Apoc. 12:12). Ele será encadeado por um anjo (Apoc. 20:1-3) e atirado no abismo durante o reinado de Cristo, que durará 1.000 anos sobre a terra. Será solto por uma pequena temporada e batalhará contra Deus. Então será atirado no lago de fogo para sempre. (Apoc. 20-7-10).

O PECADO

1. O QUE É O PECADO:

1 João 3: — "O pecado é a transgressão da lei.”

1 João 5: — "Toda injustiça é pecado."

Romanos 14:23 — "Tudo o que não provem de fé é pecado."

Tiago 4:17 — “...sabe que deve fazer o bem e não o faz, está pecando."

João 16,9 — "Do pecado, porque não creem em mim.”

Provérbios 21:4 — "Olhar altivo e coração orgulhoso, lâmpada dos perversos, são pecados."

Provérbios 24:9 — "Os desígnios dos insensatos são pecados."

Nestas Escrituras temos o pecado definido. A tendência moderna é dar pouca importância ao pecado. A maioria das pessoas adota uma atitude de complacência para com o pecado, e encara-o como uma coisa que se deva aceitar. Para eles o pecado é apenas ignorância, ou um complexo do caráter, o qual qualquer psiquiatra poderia curar. No entanto, este não é o caso real. O pecado está profundamente assentado no próprio coração da natureza decaída do homem.

Olhando para trás, para o começo do pecado, na que da de Satan e depois, mais tarde, na queda dos nossos primeiros pais, é possível sumarizar este início de pecada em três capítulos:

1) Orgulho — Este foi, sem dúvida, o pecado original, eis que Satan exaltou-se, a si próprio, tentando divinizar-se. (Isaias 14:12-15).

2) Descrença — Este pecado teve que ser arraigado no coração de Eva antes que ela pudesse ser

enganada na transgressão. (Gênesis 3:1).

3) Desobediência — Este foi o ato de rebelião, que se seguiu, como causa natural, aos outros dois pecados (Gênesis 3:16).

Muitas palavras hebraicas eram usadas no Velho Testamento para exprimir a ideia do pecado. Alguns conceitos de pecado, expressos por estas palavras são: uma omissão, perversidade, confusão, iniquidade, perversão, culpa, transgressão, rebelião, vaidades, mentira, dolo, maldade, erro, etc. As principais palavras gregas do Novo Testamento, para o pecado, expressam as seguintes ideias; uma omissão, injustiça, ilegalidade, depravação, desejo, luxúria, desobediência, etc..

Schofield ordena o pecado de um modo diferente:

1) Uma ação — a violação ou o desejo de desobedecer a revelada vontade de Deus.

2) Uma Natureza — oposição a Deus,

3) Um Estado — ausência de justiça.

Ao tentarmos definir o pecado, podemos apenas chegar a uma compreensão parcial de sua verdadeira natureza. A extrema infelicidade e o extremo horror do pecado nunca poderão ser compreendidos por nossa mente finita e nossa limitada compreensão.

 

 

2. DEUS ODEIA O PECADO:

O fato de que Deus é amor e é luz, exige que Deus odeie o pecado. É impossível a Deus amar a alma do pecador sem ao mesmo tempo odiar o pecado. A natureza absolutamente pura e sem mácula de Deus revolta-se à vista do pecado.

Todos os seus verdadeiros filho devem compartilhar deste ódio pelo que está errado. No momento que pudermos sorrir para a iniquidade estaremos longe de Deus. Queira Deus nos ajudar ver o pecado como extremamente pecaminoso — a olhar para o pecado como Ele o olha. Possamos nós vê-lo como aquilo que o pregou no lenho. Um pecado premeditadamente conhecido separa o homem de Deus impede que suas orações sejam respondidas e, finalmente, significará morte eterna. Nenhum pecado entrará no céu. Devem ser confessados, perdoados e abandonados.

1. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO:

a)  Separação de Deus:

Salmo 66:18 — "Se eu no coração contemplava a vaidade, o Senhor não me teria ouvido."

Isaías 59:2 — "Mas as vossas iniquidades fazer separação entre vós e o vosso Deus: e os vossos pecados o seu rosto de vós, para que vos não ouça."

b) Morte, Física e Espiritual:

Romanos 5:12 — "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também passou a morte a todos os homens, porque todos pecaram."

Romanos 6:23 — "Porque o salário do pecado é a morte. . . "

Todo pecado é, fundamentalmente, uma atitude e um ato de rebelião contra Deus. É um desafio à supremacia e ao domínio do Deus Todo poderoso. Isto está expresso na pergunta que José fez quando estava sob tentação: "...como, pois, cometeria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? " Genesis 39:9.

Deus deixaria de ser o Senhor se pudesse tolerar, desculpar e aceitar o pecado sob qualquer aspecto. Além de outras razões, eis aqui uma pela qual a alma que pecar, pela lei de Deus, seguramente morrerá. Em qualquer parte, a qualquer tempo, a consequência do pecado será a morte.

2. PODE O PECADO SER OCULTADO?

Gênesis 16:13 — "Teu Deus me vê."

Números 32:23 — "...e sabei que o vosso pecado vos há de achar."

Gálatas 6:7 — "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isto também ceifará."

O pecado sempre será descoberto, pela simples razão de que o pecado é contra Deus, e Ele vê não apenas o ato exterior, mas também o pensamento íntimo e o desejo. É impossível pecar e não ser descoberto.

3. QUEM SÃO OS PECADORES?

Gálatas 3:22 — “Mas a Escritura encerrou tudo sobre o pecado..."

Romanos 3:10-23 — "Como está escrito, Não há justo, nem sequer um; Não há quem entenda... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus..."

Romanos 5:12 — "...assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram."

Todos os homens são pecadores, e precisam ser salvos. Se alguém, individualmente, pudesse se ter feito justo pelos feitos da lei e de suas obras, então todos os homens também poderiam se tornar justos. Como isto não podia se tornar realidade, foi necessário que Jesus proporcionasse a salvação dos homens.

4. PODEM OS PECADORES SEREM AGRUPADOS OU NOMEADOS?

O pecado apenas pode ser agrupado de uma maneira parcial, eis que o pecado é, realmente, uma condição do coração. A lista de pecados é grande demais para jamais ser completada. Podemos, no entanto, começá-la.

a)  Obras da carne (Gálatas 5:19): Adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, emulações, ira, rixa, sedições, heresia, inveja, assassínios, alcoolismo, bacanais, e outros semelhantes.

b)  Avareza, Mundanismo: Incontinência da carne, ir continência dos olhos, orgulho da vida, amor a dinheiro, amor aos prazeres, etc...

c) Concupiscência: Orgulho, maldade, inveja, egoísmo, maledicência, mexericos, etc...

d) Pecados de Omissão: Falta de oração, de freqüência à igreja, etc...

e) Presunção (Salmo 19:13).

E assim continua a lista a crescer, sem um fim aparente à vista.

O HOMEM

1. O HOMEM CRIADO A IMAGEM DE DEUS:

Gênesis 1"27 — "E Deus criou o homem à sua própria imagem."

Gênesis 9:6 — "Porque Deus fez o homem segundo a sua imagem."

As Escrituras são muito específicas em relação à criação do homem. O Deus Senhor formou o homem do pó do chão, e soprou em suas narinas o hálito da vida. O homem foi o ápice da criação feita por Deus, e tinha a imagem e a semelhança dele.

2. A QUEM SE REFERE À EXPRESSÃO: "A IMAGEM DE DEUS"?

a) A Natureza Moral do Homem:

Possivelmente a maneira mais elevada pela qual homem se pareça com o seu Criador é em sua natureza moral. O homem foi criado absolutamente sem pecado e na mais absoluta pureza. Na verdade, ele estava protegido pela retidão de seu Deus. E era por causa disto que ele tinha contato com Deus. E foi isto, também, que ele perdeu na sua queda, e fez com que compreendesse que estava nú.

b)  A Natureza Intelectual do Homem:

Os poderes intelectuais do homem provam, desde logo, que ele não descende de uma ordem inferior, mas foi criado à imagem de seu Criador. Foi-lhe dada inteligência necessária para que desse nome a todas as criaturas vivas, e para que tivesse domínio sobre a sua terra. Foi-lhe dado, também, o poder de raciocinar e de tomar decisões. Ele foi criado como um livre agente de vontade moral. E foi por causa disto que Deus concedeu a habilidade, a capacidade pela qual o homem foi capaz de tomar a decisão errada e pecar, na transgressão original.

c) A Aparência Física do Homem:

Deus é Espírito e invisível, mas estava nos plano e intenções da Deidade manifestar-se na carne na encarnação. Se a "imagem de Deus" tem qualquer relação à aparência física do homem, esta está na semelhança do homem Jesus Cristo que deveria nascer em Belém. Lembremo-nos que no que concerne ao tempo, o advento de Cristo teve lugar num ponto determinado na história, mas no que concerne a Deus, ele habita a eternidade e tinha estes fatos planejados e visualizados desde o princípio.

d) A Trindade do Homem: Tricótomo ou Triáde

I Tess. 5:23 — "E oro a Deus de todo o espírito e alma e corpo..."

O homem é corpo, alma, e espírito. Ordinariamente não introduziríamos esta idéia aqui. Assim o fazemos porque alguns usariam esta assertiva para tentar provar que o homem foi criado à imagem da trindade e que, portanto, seria mais uma prova de que há três pessoas na Deidade. Na verdade, é exatamente o oposto que se tem provado. Mesmo sendo o homem corpo, alma e espírito e, no entanto, um só indivíduo, com um só nome, assim também o é o Criador, Pai, Filho e Espírito Santo, mas, no entanto apenas uma pessoa, que tem um só nome, JESUS.

e) As Ilimitadas Possibilidades do Homem:

Deus deu ao homem possibilidades ilimitadas. O homem pode elevar-se a grandes alturas e afundar se no maior abismo, mais fundo do que qualquer outra criatura de Deus. No Evangelho de Marcos, capitulo cinco, temos a história de um homem possuído por uma legião de demônios. Este homem era capaz de conter mais poder de demônios do que dois mil porcos o eram. Parece não haver limite para o quanto o homem ou a mulher podem cair. Do mesmo modo tem o homem o poder de comungar com Deus, tornando-se um ente pleno do Espírito de Deus. Parece não haver limite para as alturas às quais o homem pode ser elevado por Deus.

3. A CONDIÇÃO ORIGINAL DO HOMEM:

Hebreus 2:6 — "Que é o homem... todas as coisas sujeitas sob os seus pés." O homem foi coroado com glória e honra, e foi criado com méritos um pouco abaixo dos anjos. Não foi

criado como um ignorante ou um selvagem, mas com um ser de excelsos poderes intelectuais e uma alta natureza moral. A teoria de que o homem evoluiu de uma ordem inferior, tal como o macaco, é simplesmente imaginação, falsamente chamada Ciência, sem nem ao menos um fato para prová-la.

A QUEDA DO HOMEM

1.  FASES DA QUEDA:

a)  Desgraça: — Gênesis 3:1 — "...É assim que Deus disse:... "

Satanás era capaz de plantar a semente da descrença; no coração de Eva.

b) Mudando a Palavra de Deus: — Gênesis 3:3 — "...não o toque para que não morras." Eva tanto mudou como acrescentou algo à Palavra de Deus. Deus não havia dito nada em relação a tocar o fruto ou que a morte seria certa.

c) Desobediência: — Os passos que levam à desobediência são: Gênesis 3:6 —

1. Viu;

2. Desejou.

3. Tomou;

4. Comeu

Compare com o pecado de Acã, em Josué 7:21:

1. Vi;

2. Cobicei;

3. Tomei;

4. Escondi.

2. A TRIPLA TENTAÇÃO:

Tanto a tentação de Eva como a tentação de Cristo no deserto, podem ser resumidas sob "tudo que há no mundo" de l João 2:16:

 

1 João 2:16

Concupiscência da carne.

Concupiscência dos olhos.

Soberba da vida.

Da Eva — (Gênesis 3:16)

Boa para se comer

Agradável aos olhos

Desejável para dar entendimento.

De Cristo — (Luc. 4:3-14)

De pedra para pão.

Reinos desta terra.

Atirar-se para baixo e anjos.

Na tentação, Satanás disse: "Sereis como deuses, conhecendo o bem e o mal." Mas ele omitiu parte importante: que eles conheceriam o bem, mas não seriam capazes de praticá-lo, e que conheceriam o mal e não se riam capazes de evitá-lo. Lembremo-nos de que a tensão em si não é pecado, mas render-se a tentação, isto sim e pecado. Foi quando Eva rendeu-se e desobedeceu que o pecado entrou no coração humano. Cristo foi tentado mas, permaneceu puro, pois que venceu a tentação e não se rendeu a ela.

3. CONSEQUÊNCIA DA QUEDA:

a) Sobre a Natureza:

1. A terra foi maldita. Gênesis 3:17.

2. A terra deveria produzir cardos e abrolhos. Gênesis 3:18.

b) Sobre toda a Raça Humana:

1. Todos foram encerrados sob o pecado. (Gal. 3:22. Rom. 5 :19).

2. O homem tornou-se o filho do diabo. João 8:44; 1 João 3:8.

3. O homem viverá de seu trabalho árduo. Gênesis 3:29.

4. A mulher dará à luz as crianças sob grandes sofrimentos. Gênesis 3:16.

5. Por causa da queda, o homem tornou-se sujeito a:

A — Morte Física: É a separação da alma do corpo, resultando dai a corrupção e a destruição da forma material. Gênesis 3:19.

B — Morte Espiritual: É a separação do espírito de Deus, ou a alienação da vida de Deus chegamos a este estado pelo nascimento natural. Efés. 4:18; 1 Tim. 5 :16; Apocalípse 3:1.

C — Morte Eterna: Essa é a "segunda morte", morte espiritual que continua após a morte física. Prolongada além da morte física, a morte espiritual torna-se morte eterna, ou um estado de eterna separação de Deus, num tormento consciente. Apoc. 20:14 e 21:8. Os resultados da queda estão todos ao nosso redor. Os hospitais, as prisões e os asilos estão cheios. Miséria, crime e infelicidade nos encaram a cada volta, e são, todas as consequências da queda.

4. DEFINIÇÕES DE VIDA E DE MORTE:

1. Vida Física: A união do espírito do homem com o seu corpo.

2. Morte Física: A separação do espírito do corpo.

3. Vida Espiritual: A união do espírito do homem com o Espírito de Deus.

4. Morte Espiritual: A separação do espírito do Homem do Espírito de Deus.

5. Vida Eterna: A união entre o espírito do homem com o Espírito de Deus e tornada eterna e sem fim.

6. Morte Etapa: A separação do espírito do homem do Espírito de Deus, eternamente e para sempre

A NECESSIDADE DO HOMEM DE SALVAÇÃO

1. A CONDIÇÃO DO HOMEM FORA DE SALVAÇÃO:

1. Ele é ímpio desde o seio materno. Salmo 58:3 — "Desviam-se os ímpios desde a sua concepção. . . "

2.São  nascidos na iniquidade. Salmo 51:5 — "Eu nasci em iniquidade."

3.Seu coração é desesperadamente corrupto. Jeremias 17:9 — :Enganoso e o coração... desesperadamente corrupto."

4. Ele é controlado por Satanás. Efésios 2:2 — "...segundo o príncipe da potestade do ar."

5. As leis do pecado e da morte continuadamente atuam sobre eles. Romanos 7:23 — "...me faz prisioneiro da lei do pecado... "

6. Ele está sob uma maldição. Gálatas 3:10 — "Tantos quanto são, pois, ...estão sob a maldição..."

7. Sua compreensão é obliterada. Efésios 4:18 — "Tendo o entendimento obliterado..."

8. Sua imaginação é sempre má. Gênesis 5:5 — "E Deus viu que... era continuadamente mau todo o designo de seu coração."

9. Ele está todo tomado pela iniquidade. Romanos 1:29 — "Estando cheios de toda a injustiça, malícia, avareza e maldade."

10.Ele é corrupto dos pés até a cabeça. Isaías 1:6 — Da planta do pé até a sua cabeça...'

11. Ele está morto em seus delitos e pecados. Efésios 2:1 — "...estando vós mortos nos vossos delitos e pecados.”'

2. A DESESPERANÇADA CONDIÇÃO DO HOMEM FORA DE CRISTO:

O homem, estando morto em pecados e delitos, não mais pode salvar-se, nem ao menos tem tão poucas oportunidades como Lázaro, preso em sua mortalha e enterrado há quatro dias. E no que concerne a Lázaro propriamente, suas condições eram sem nenhuma esperança. Este é o quadro do homem não regenerado sem ajuda e sem esperança e eternamente perdido. Se jamais o homem devesse ser salvo, o seria por uma Fonte exterior do seu próprio ser. E Jesus Cristo a única esperança de salvação que o homem tem.

3.O SER TODO DO HOMEM NECESSITA DE SALVAÇÃO:

Uma vez que todo o ser do homem, corpo, alma e espírito, foi afetado pelo pecado original, o seu ser todo precisa de salvação.

O HOMEM É:

1. Espírito: — Ele é capaz de ser consciente de Deus e de comungar com Deus.

2. Corpo: — Ele é capaz, por meio de seus sentidos de ter consciência do mundo.

É difícil separar-se alma e espírito, mas não obstante, eles são diferentes, como a Escritura nos demonstra. Hebreus 4:12.

Comparando as Escrituras de Marcos 8:36 e Lucas 9:25 fica claro que o significado de "alma" é "si mesmo".

4. O PAPEL DE DEUS NA SALVAÇÃO:

Ao proporcionar a Salvação a muitos homens pecadores, há um número grande de coisas que Deus realiza, entre as quais:

1. Encara o problema do pecado de um modo que seja coerente com sua justiça, e apaziguado para com a Sua ira.

2. Torna o homem santo, sem tirar dele a sua condição de livre vontade moral.

3. Une o homem a Deus e restaura a perdida intimidade. Deus conseguiu fazer tudo isto no Calvário.

A EXPIAÇÃO

1. A EXPIAÇÃO

Hebreus 9:22 — "Sem derramamento de sangue não há remissão."

Toda a doutrina da Salvação está baseada na expiação, a qual é realizada na morte de sacrifício de Cristo. Se o homem pudesse ter sido salvo de qualquer outro modo, Cristo não teria nunca passado pela expiatória morte do Calvário. Na UNIDADE SETE estudaremos o que fez Deus para proporcionar a salvação aos homens decaídos. O relato do que Ele fez, a encarnação, o ministério de Cristo na terra, a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo, é encontrado nos quatro Evangelhos.  

2. A ORIGEM DA EXPIAÇÃO:

a) Ordenada no Céu:

Apocalipse 13:8 — "... do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo."

1 Pedro 1:19-20 — "...O sangue de Cristo... conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo."

O Calvário estava na mente e nos planos de Deus desde o começo.

b) Instituído na Terra:

Gênesis 3:21 — "Fez o Senhor Deus vestimentas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu."

Quando Deus vestiu Adão e Eva, derramou-se sangue. Este fato foi o princípio do traço rubro de sacrifício que corre por toda a Bíblia.

3. A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO:

a)  A Santidade de Deus e a Pecaminosidade do Homem:

A necessidade da expiação é baseada nos fatos da Santidade de Deus e da pecaminosidade do homem. A reação da Santidade de Deus contra a pecaminosidade do homem é conhecida como a Sua IRA, a qual pode ser aplacada pela expiação.

O pecado é violência praticada contra a constituição, por assim dizer, sob a qual o homem e Deus vivem, do mesmo modo que a infidelidade representa violência contra o convênio sob o qual marido e mulher vivem. O pecado é essencialmente um ataque à honra e santidade de Deus. É rebelião contra Deus, pois o homem que peca por sua inteira vontade escolhe a sua própria vontade em contraposição da de Deus, e enquanto isto perdurar, torna-se uma lei para si mesmo. Mas se Deus permitisse que Sua honra fosse atacada, então deixaria de ser Deus. Sua honra exige a destruição daquele que Lhe resiste; Sua justiça e retidão demanda uma satisfação pela lei violada. Sua santidade reage contra o pecado, reação esta chamada de IRA.

A ira de Deus é governada por considerações pessoais. Ele não está ansioso para destruir a obra de Suas mãos. Ele tem paciência com os homens; ele aguarda uma oportunidade para conceder graças. Ele atrasa o julgamento na esperança de que Sua bondade possa levar os homens para o arrependimento. No entanto, o homem interpreta erroneamente a temperança Divina, e zomba da idéia do julgamento.

A crucificação revelou a hediondade do pecado e configurou o terrível castigo para ele. A Cruz de Jesus declara que Ele nunca foi não é, e nunca poderá ser indiferente aos pecados do homem.

b) A Separação de Deus:

Isaías 59:2 — "Suas iniqüidades separaram no de seu Deus. "Deus é santo por natureza, o que quer dizer que Ele é justo em caráter e em conduta. Para que se mantenha comunhão com Deus é necessário que se seja puro. A EXPIAÇÃO restaura a comunhão com Deus.

c)  A Paga do Pecado é a Morte:

No sangue, e quando o sangue é derramado, a vida é dada. Isto explica a necessidade de derreamento de sangue para a remissão dos pecados.

Referências: Romanos 2:4; Gálatas 6:7; 2 Pedro 3:9; Romanos 3:25; Eclesiastes 8:11.

4. REDENÇÃO:

A palavra "remir" tanto no Velho como no Novo Testamento significa:

1. Comprar de volta em se pagando um certo preço.

2. Desligar-se de uma escravidão em se pagando um certo preço.

3. Comprar num mercado. e levar do mercado.

Jesus é um Redentor e a sua obra de redenção é descrita como redenção. Um redentor deve ter as seguintes qualificações:

1. Ele deve ser da mesma natureza que o homem.

2. Ele deve estar desejoso de redimir, ou comprar de volta.

3. Ele deve ter o preço.

Jesus Se enquadrava dentro destas três especificações.

1 Coríntios 1:18-19 — "...e que não sois de vós mesmos? Pois fostes comprados por preço."

Nós somos comprados com um preço. Qual foi o preço?

1 Pedro 1:18-19 — "...não foi mediante coisas corruptíveis que fostes resgatados... mas com o precioso sangue de Cristo... "

Referências: Lev. 25:47-44; Tito 2:14; Mat. 20:28; Apoc. 5:9; Gal. 3:13.

5. REGONCILIAÇAO:

Paulo não diz que Deus Se reconciliou com o homem, mas que Deus fez algo para reconciliar o homem Consigo. Este ato de reconciliarão é uma obra completa. É uma obra que foi feita no interesse dos homens, de tal modo que à vista de Deus o mundo inteiro já está reconciliado. Resta ao evangelista proclamá-lo e ao indivíduo, recebê-lo. A morte de Cristo fez possível a reconciliação de toda a humanidade. Cada indivíduo de per si deve fazê-la efetiva.

2 Coríntios 5:18-19 — "Ora, tudo provem de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo..."

Romanos 5:10 — "... fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho."

Col. 1:21 — "E a vós outros também ... vos reconciliou... "

6. A EFICÁCIA DA EXPIAÇÃO:

O significado da palavra "eficiente" é "produtora ou certa de produzir um resultado desejado". O que produz a expiação?

a)  Perdão das transgressões:

João 1:29. Efésios 1:7; Apocalipse 1:5; João 5:24; Hebreus 9:22-28.

b)  Libertação do pecado—não apenas a liberdade da culpa do pecado, mas também a libertação do poder do pecado.

Romanos 6:14 — "Porque o pecado não terá domínio sabre vós."

c)  Livramento da morte — A morte é o resultado do pecado.

Hebreus 2:9 — "... para que ele, pela graça de Deus, prove a morte por todos os homens."

João 11:26 — "E todo aquele que vive e crê tem mim, não morrerá, eternamente.”

d) O Dom da Vida Eterna.

João 3:14-16 — "...não perecerá, mas terá vida eterna..."; "...não perecerá, mas viverá para sempre... "

e) Vida Vitoriosa.

Cristo subjugou Satan para o nosso bem. Os Cristãos têm a VITÓRIA sobre o demônio enquanto eles tiverem o VITORIOSO sobre o demônio.

Referências: Lucas 10:17-20; Colossenses 2 :15; Hebreus 2:14-15; Apocalipse 12:11.

7. A NATUREZA DA EXPIAÇÃO:

A palavra expiação em hebraico quer dizer, literalmente, "cobrir", e é traduzida em nossa Versão Autorizada pelas seguintes palavras: fazer a expiação, purgar, expelir por purgação, reconciliar, efetivar a reconciliação, pacificar, perdoar, ser misericordioso, relevar.

A expiação inclui a cobertura tanto do pecado como do pecador. Expiar pelo pecado é cobrí-lo da vista de Deus, para que o pecado perca seu poder de provocar a ira d'Ele.   (Salmo 78:38. Salmo 79:9; Lev. 5:18).

Quando o sangue foi aplicado no altar, pelo pastor, o Israelita teve certeza que a promessa feita a seus ancestrais se tornaria realidade para o seu benefício. "E quando eu vir o sangue passarei por vós..." Êxodo 12:13.

Quais foram os efeitos da expiação ou da cobertura?

1. Apagado (Jeremias 18:23; Isaias 43:25).

2. Removido (Isaías 6:7).

3. Coberto (Salmo 32:1).

4. Atirado nas profundezas do mar. (Miquéias 7:19).

5. Atirado às costas de Deus (Isaias 38:17).

6. Perdoado (Salmo 78:38).

8. A SUBSTITUIÇÃO:

Os sacrifícios no Velho Testamento eram substituíveis em natureza; era-lhes reconhecida a capacidade de fazer pelos Israelitas, no altar, o que ninguém podia fazer por si mesmo. Do mesmo modo Jesus fez na cruz por nós o que não poderíamos fazer por nós mesmos. Tendo tomado a natureza humana, pôde Ele identificar-se com a humanidade, e assim sofrer as penas desta. Ele morreu por nós, sofreu o castigo que era nosso, para que pudéssemos nos livrar deste. Aquele que era livre do pecado por natureza e que nunca cometera um pecado em Sua vida, (tomou o lugar do pecador). 2 Cor. 5:21 — "...ele o fez pecado por nós." 1 Pedro 2:24 — "Carregando ele mesmo, em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados...

Assim como o carneiro apanhado no serrado foi uma substituição de Isaque no Monte Moriá, assim também Cristo foi o nosso substituto. Assim corno Barrabás foi solto pela morte de Cristo. Do mesmo modo podemos ser libertados. Leia e estude cuidadosamente o capítulo cinquenta e três de Isaías.

1. PROPICIAÇAO:

A palavra "propiciação" é tida como vinda do latir "prope" que quer dizer "próximo". Um sacrifício de propiciação coloca os homens perto de Deus, reconcilia-os com Deus, expiando suas transgressões e ganhando o favor e a graça Divinos. Propiciar é aplacar a justa ira de um Deus santo, ao se oferecer um sacrifício expiatório. Cristo é descrito como tal propiciação. (Romanos 3:25; 1 João 2:2; 4:10).   O pecado mantém o homem afastado de Deus, mas Cristo tem lidado com o pecado de tal modo que o homem agora pode aproximar-se de Deus "em Seu nome".

A palavra "propiciação" em Romanos 3:25 é a mesma palavra grega usada para traduzir a expressão "pró-piciatário". Tanto em grego como em hebraico, a palavra é adequada para a ideia de um sacrifício expiatório.

O ponto de vista consistente da Bíblia é que o pecado dos homens acirra a ira de Deus. Esta ira só é aplacada pelas oferendas expiatórias de Cristo. Deste ponto de partida o Seu trabalho de salvação é apropriadamente chamado propiciação.

Todo pecado deve ser julgado e é aqui que todos os pecados dos homens foram julgados. Cristo pagou pena por completo, pena de toda a humanidade. Se nossos pecados não forem julgados aqui, serão no Julgamento do Grande Trono Branco. (Apocalipse 20:11-15).

NOTAS EXTRAS SOBRE A EXPIAÇÃO

A IMPORTANCIA DA EXPIAÇÃO:

A encarnação foi efetivada em função da expiação. Jesus tomou para Si a carne e o sangue para que pudesse morrer. Ele foi manifestado para que nos livrássemos de nossos pecados. 1 João 3:5. Hebreus 2:14. Cristo veio ao mundo para pagar com sua vida um resgate para muitos. Mat. 20:28.

A fé da expiação pressupõe a fé da encarnação. Esta é certamente, uma declaração da intenção de Jesus de salvar o mundo, mas como poderia o mundo ser salvo se não fosse pela encarnação?

A expiação é o cordão vermelho correndo por todas as páginas da Bíblia. Corte a Bíblia em qualquer lugar e ela sangrará. De cada quarenta e quatro versos do Novo Testamento, um fala da expiação e da morte de Cristo, sendo esta mencionada mil e setenta e cinco vezes. Moisés e Elias estavam interessados na morte de Cristo. Lucas 9:30 31. O Velho Testamento nos mostra seus profetas pesquisando profundamente este assunto. 1 Pedro 1:11. O tema da canção celestial é a morte de Cristo. Apoc. 5:8-12.

PONTOS DE VISTA FORA DAS ESCRITURAS SOBRE A MORTE DE CRISTO:

Para alguns a morte de Cristo foi apenas a morte de um mártir. Para outros a morte de Cristo foi uma exibição de grande amor Divino por um mundo pecador. Para outros, ainda, Ele foi apenas um "Exemplo". Há também os que pensam que sendo Deus Santo, julgou necessário mostrar ao mundo Sua ira pelo pecado, e assim a Sua ira caiu sobre o Cristo do Calvário. As idéias atuais sobre o problema não veem a necessidade de Jesus ter morrido pelo pecado de toda a raça, presente, passada e futura.

Estevão morreu como um mártir, e Saul de Tarso viu-o morrer, mas Paulo não pregava o perdão dos pecados por intermédio da morte de Estevão. Atos 13:38.

As ideias e os pontos de vista errôneos provem da ideias e dos pontos de vista errôneos sobre o pecado. Se encararmos os pecados simplesmente como uma ofensa contra os homens, como uma fraqueza da natureza humana, ou como uma mera doença, não veremos claro a necessidade da expiação. Devemos encara o pecado como a Bíblia o mostra, em sua imensa iniquidade, que deve ser punida, que é culpa que necessita de expiação, e então, e não antes, poderemos compreender a razão para a Cruz de Cristo.

EFEITOS SOBRE O UNIVERSO DA MORTE DE CRISTO:

Assim como o mundo todo foi afetado pela queda do homem, o universo inteiro foi afetado pela morte de Cristo.

(Romanos 8:19-23) Jesus Cristo é o centro de um universo que gravita ao Seu redor e que agora está reconciliado pela Sua morte.

Colossenses 1:20 — "E que havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, que nos céus."

A propiciação alcança as mais longínquas fronteiras do universo e tão longe quanto o pecado possa atingir. Em outras palavras, o remédio é tão grande quanto à moléstia. Pela morte de Cristo, o poder de Satanás foi neutralizado, (para ser tornado sem efeito algum). O erguimento de Cristo na cruz significou a queda de Satanás. O homem não mais precisa ser escravo do pecado. O Calvário traz aos necessitados uma remissão do passado, do presente e do futuro no que se refere aos seus pecados. Agora não é tanto uma questão de o que eu farei com os meus Recados, mas o que fé rei com Jesus que é chamado Cristo? Colossenses 2:14 — "Tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz. "

Referências:  João 12:31-32; Romanos 3:25-26; Hebreus 9:26.

A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

1. A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO:

A ressurreição de Cristo é essencial para a nossa salvação. A Cristandade é a única religião que baseia as suas convicções na ressurreição de seu fundador. No capítulo 15 de 1 Coríntios o apóstolo Paulo faz a Cristandade responder por sua vida pela verdade completa da ressurreição de Jesus Cristo.

1 Coríntios 13:13-19 — "...é vã a nossa pregação, e vã é a vossa fé... ", " ... e ainda permaneceis em vossos pecados... e somos os mais infelizes de todos os homens."

Tudo é em vão, se o corpo de Cristo não foi elevado da morte. Remova a ressurreição do Evangelho de Paulo, e sua mensagem não tem significado. A igreja dos primeiros tempos sempre reafirmava a ressurreição. Os apóstolos pregavam-na bem na face da mais dura oposição.

A ressurreição é mencionada mais de 100 vezes no Novo Testamento.

Se Jesus Cristo tivesse permanecido morto no sepulcro, a história de Sua vida e de Sua morte teria permanecido enterrada com Ele. O Novo Testamento é uma resultante da ressurreição de Cristo. A ressurreição não nasce da história de Sua vida, mas a maravilhosa história da vida de Cristo nasce do fato de ter havido Sua ressurreição. O Novo Testamento é o livro da ressurreição.

Em outras palavras, a ressurreição do corpo de Cristo do sepulcro prova a Deidade de Jesus, e a eficácia da expiação para a salvação dos pecadores. Referencias: Atos 2:4;  10:40; 17:31. 3:15; 1 Pedro 1:21-23; 1 Cor. 15; Atos 4:10. 13:30-34; Fil. 3:21.

2. PROVA DA RESSURREIÇÃO:

O número de testemunhos da ressurreição são muitos. O peso de seus testemunhos é absolutamente conclusivo. Tanto amigos como inimigos testemunham a ressurreição de Cristo: as mulheres, os discípulos, os anjos e os guardas romanos.

Os soldados foram subornados para testemunharem que Ele havia sido roubado do sepulcro. (Mat. 28:11-15). Observe o verso 13. Se eles estavam dormindo, como poderiam saber o que havia acontecido?

Temos o testemunho dos anjos que Jesus havia Se erguido, como fora predito. (Mat. 28:8, Marcos 16:6). O apóstolo Paulo enumera um número de testemunhas da ressurreição, no capítulo 15 de 1 Coríntios:

Pedro, os doze, aproximadamente quinhentos irmãos Tiago, os apóstolos e finalmente o próprio Paulo na Estrada de Damasco.

3. PROVA PESSOAL DA RESSURREIÇÃO:

A única prova que nós precisamos, da ressurreição de Jesus, é o fato que Ele salva os pecadores, cura os doentes e mora nos corações daqueles que são puros Ele não apenas apareceu para Saul de Tarso, na estrada de Damasco, mas o Seu sangue levou os Seus filhos em cada uma das suas respectivas estradas. A realidade de Sua ressurreição é provada pela realidade de Sua vivida presença hoje em dia. Podemos contar com as palavras do Rev. Ackley: "Vós me perguntai como sei que Ele vive? Ele mora dentro do meu coração. possível experimentar-se o poder de Sua ressurreição, em nossas vidas. Na verdade, devemos experimentá-lo se desejamos ser membros de Sua igreja e de Seu Reino. A ressurreição de Cristo tornou o poder da expiação efetivo. Ele tomou Sua morte, Se sepultamento e Sua ressurreição para nos proporcionar a salvação. Do mesmo modo, é preciso morte, sepultamento e ressurreição de nossa parte para nos tornarmos os recipientes da SALVAÇÃO que nos é ofertada.

4. AS APARIÇÕES DE CRISTO APÓS A RESSURREIÇÃO:

É necessário que se leia a narração da ressurreição nos quatro evangelhos para que se saiba como aconteceu. Sem dúvida alguma, as Suas aparições foram como se segue:

1. As mulheres no sepulcro vêem os anjos.

2. As mulheres apressam-se a contar aos discípulos. Pedro e João moravam bem perto. Os outros discípulos estavam a uma maior distancia do sepulcro.

3. Pedro e João correm à sepultura. João, sendo mais jovem, corre mais rápido do que Pedro.

4. Maria continua voltando ao sepulcro e permanece lá, e vê Jesus.

5. Jesus aparece aos discípulos no caminho de Emaús.

6. Jesus aparece a Pedro.

7. Jesus aparece aos dez discípulos, estando Tomé ausente.

8. Jesus aparece aos apóstolos, com Tomé presente.

9.Jesus aparece aos apóstolos e a uma multidão no monte.

10. Jesus aparece aos apóstolos nas praias do Lago da Galileia.

11. Jesus aparece a Tiago.

12. Jesus aparece aos apóstolos na ascensão.

13. Jesus aparece a Paulo na estrada para Damasco.

5. A MENSAGEM DO SEPÚLCRO VAZIO:

Uma das maiores mensagens do sepulcro vazio foi aquela simbolizada pelos lençóis e pelo lenço. (João 20:6-7). Na ressurreição de Lázaro, ele saiu da sepultura atado com as ataduras mortuárias, nos pé e mãos. Foi necessário que se lhe desenrolassem esta ataduras mortuárias. (João 11:44). O que foi tão surpreendente para Pedro e João na ressurreição de Jesus Cristo foi o fato de que os lençóis e o lenço estavam em seus lugares, e intocados, que eram os mesmos de quando o corpo estava lá, mas este já se tinha ido. Na foi necessário se desenrolar nenhuma atadura para que Jesus Se levantasse. Ele simplesmente saiu de dentro delas. Do mesmo modo, não foi necessário que a pedra fosse rolada para trás para que Jesus Se levantasse. A pedra não foi rolada para que a ressurreição se fizesse possível, mas, antes, foi rolada para mostra ao mundo o sepulcro vazio.

6. A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO:

1. Cristo literalmente levantou-Se da sepultura, e foi o mesmo corpo que havia sido colocado no sepulcro.  (João 20:27; Lucas 24:37-39).

2. Cristo ergueu-Se com um corpo real, não um espírito ou fantasma. Era um corpo composto de carne e ossos.  (Lucas 24:36-43). Seu corpo podia ser tocado. (João 20:20).

3. Seu corpo trazia as marcas de Sua paixão. (João 20:24-29).

4. Cristo comeu e bebeu na presença de Seus discípulos.

5.Ele podia passar por portas trancadas e desaparecer. (João 20:19).

6. O corpo de Cristo não pode mais morrer. (Romanos 6:9-10).

7.Cristo era as primícias da ressurreição. (1 Cor 15:20).

7. O SIGNIFICADO DA RESSURREIÇÃO DE JUSTIFICAÇÃO:

1. A ressurreição traz segurança de justificação.

Romanos 4:25 — "O qual foi entregue por causa das nossas transgressões. e ressuscitou por causa da nossa justificação."

O povo esperava do lado de fora do templo pelo sumo-sacerdote, Esperando que este saísse do lugar sagrado, pois eles sabiam que todos os seus pecados tinham sido perdoados. Nosso sumo-sacerdote saiu de Sua sepultura e por isto sabemos que nossos pecados foram expiados.

2. A ressurreição de Cristo traz a certeza de nossa ressurreição.

3. A ressurreição de Cristo torna o futuro julgamento certo.

4. A ressurreição torna a vida eterna certa. (João 14:19).

A DUPLA CURA

1. A CURA DIVINA PROPICIADA NA EXPIAÇÃO:

a) Definição da Cura Divina:

A cura divina é a cura do corpo sem qualquer remédio. O poder de Deus manifestado em um milagre de cura. É o Espírito de Deus apressando os nossos corpos mortais.

b) A Dupla Cura:

Quando Jesus morre, Ele nos tira não apenas a nossas iniqüidades, mas também as nossas moléstias. A expiação é salvação para a nossa alma cura para o nosso corpo. Isto é conhecido como dupla cura: salvação e cura. Mateus 8:17 — “Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou nossas doenças."

Um bonito exemplo disto é visto em Mará. (Êxodo 15:23-26). A árvore que foi atirada nas águas amargas é um tipo igual à cruz do Calvário. As águas amargas são um tipo de pecado. Pelo adoçamento das águas, foi dada uma promessa de saúde e de cura. Êxodo 15:26 — "...pois Eu sou o Senhor que te sara.”

A CAUSA DAS DOENÇAS

a) A Causas Primárias:

No princípio Deus criou Adão e Eva em perfeita saúde. Doenças e morte eram desconhecidas, e obediência às ordens de Deus teria garantido a pele imanência desta abençoada condição. Como resultado à desobediência, a morte chegou para a raça humana, e com ela as doenças. Aqui está a causa original das doenças.

b) As Causas Secundárias:

1. As doenças são algo que é trazido para um indivíduo, por meio do pecado. Em Deut. 28-58-61     temos mencionados os pecados que recairiam sobre Israel se Eles desobedecessem aos Seus mandamentos.

2. As doenças também podem ser tidas como da responsabilidade das ações de Satanás. (Jó).  Lucas 13:16 — "...a que Satanás trazia presa há dezoito anos?".

3.As doenças são permitidas para que as obras de Deus se possam manifestar. João 9:3 – “...para que se manifeste nele as obras de Deus."

A FUNDAMENTAÇÃO ESTRUTURAL PARA A CURA DIVINA:

1) Êxodo 15:25-26 — "...nenhuma enfermidade vir sobre ti, das que enviei sobre os egípcios, pois eu sou o Senhor que te sara."

2) Jó. Aqui temos a fonte das doenças e a sequencia e ações que propicia a cura.

3) Salmo 103:2-3 — "Bendize, ó minha alma, ao Senhor e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as suas iniquidades e sara todas as suas enfermidades."

4) Isaias 53:4-5 — "Certamente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e levou as nossas dores... e pelas Suas pisaduras fomos sarados."

5) Mateus 8:16-17 — "...tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças."

6) Marcos 16:15-18 — "estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem... se impuseram as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados."

7) Tiago 5:14 — "Está alguém entre vós doente?... e a oração da fé salvará o enfermo."

JESUS CRISTO, SEMPRE O MESMO:

Hebreus 13:8 — "Jesus Cristo o mesmo ontem, e hoje e para sempre."

O fato de que Jesus Cristo nunca muda, é uma das maiores provas de que precisamos para provar que Ele Cura ainda hoje. Durante o Seu ministério sobre a terra, Jesus curou a todos que lhe foram trazidos. (Mateus 8:16). Se Ele tomou as nossas próprias dores sobre o Seu próprio corpo na cruz, certamente Ele fará por Seus filhos hoje tanto quanto quando Ele estava sobre a terra. A Escritura em Hebreus 13:18 é prova suficiente para que todos nós o aceitemos como o Grande Médico. Quando assim procedermos, então estaremos prontos para receber a nossa cura.

SALVAÇÃO

Esta grande palavra, "SALVAÇÃO", é o tema de toda a Bíblia, e o tema de cada sermão dos evangelhos. Os grandes hinos da igreja cantam a grande salvação trazida por Jesus Cristo.

Gostaríamos de citar Schofield, em sua nota sobre Romanos 1:16 — "As palavras gregas e hebraicas para a salvação implica nas ideias de libertação, segurança, preservação, cura e retidão. Salvação e a grande palavra inclusive dos evangelhos, centralizando em si todos os atos e processos redentores, tais como justificação, redenção, graça, propiciação, imputação, perdão, santificação e glorificação."

SALVAÇÃO RECEBIDA

Na ultima unidade estudamos o papel de Deus na propiciação da salvação. Nesta unidade vamos estudar o papel do homem em receber a salvação. O que Deus fez pelo homem ao proporcionar-lhe a salvação está contido nos quatro evangelhos. O que o homem tem que fazer para recebê-la está contido no livro dos Atos. Foi preciso a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo para que a Salvação fosse proporcionada, assim o homem tem que ser identificado com Cristo na morte, no sepultamento e na ressurreição para que entre na completa salvação.

A SALVAÇÃO É DE JESUS CRISTO APENAS:

1) Assim que o homem pecou, Deus anunciou o Seu grande plano de salvação.

2) Jesus veio à procura e para a salvação dos perdidos. (Lucas 19:10; Genesis 3:15).

3) É dádiva de Deus. (Romanos 6:23).

4) Não há salvação em nenhum outro. (Atos 4:12)

A SALVAÇÃO É OBTIDA POR GRAÇA E NÃO POR OBRAS:

1) Não por lei. (Romanos 10:2-4).

2)  Não por obras. (Efésios. 2:8-10).

A SALVAÇÃO É PARA O HOMEM TODO

Não e apenas o perdão dos pecados e justificação, mas inclui a purificação, manutenção, regeneração, cura do corpo, futura ressurreição e glorificação. A salvação inclui o seguinte:

1) Jesus tomou as nossas enfermidades. (Mateus 8:17).

2) Redenção do corpo. (Romanos 8:19-23).

3) A maldição foi retirada da terra (Isaias 11:6-9).

A SALVAÇÃO EM TRÊS TEMPOS—PASSADO, PRESENTE E FUTURO:

1) Fomos salvos da culpa e das penas do pecado.

Efésios 1:17 — "No qual temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza de sua graça."

Efésios 2:8 — "Porque pela graça sois salvos mediante a fé..."

Tito 3:5 — "... mas segundo a sua misericórdia Ele nos salvou..."

2) Estamos sendo salvos do habito, do poder e do domínio do pecado. Romanos 6:4—"O pecado não terá domínio sobre vos.”

Fil. 2:12-13 — "... desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor."

2 Cor. 3:18 — "... somos transformados de gloria em gloria em sua própria imagem..."

3) Temos que ser salvos das conseqüências do pecado. Romanos 13:11 — "Agora esta nossa salvação mais perto de que pensávamos."

1 Pedro 1:5 — "... para salvação preparada para revelar-se no ultimo tempo."

Fil. 3:20-21 — "O qual transformara o nosso vil corpo...”

Os santos podem olhar para trás, para o passado, para uma obra definida de graça em seus corações e em suas vidas. Eles estão, ao mesmo tempo experimentando uma obra de graça em suas vidas diárias, e estão à procura da estasiante alegria. A salvação como e experimentada na vida do homem, e um ato, um processo e uma consumação. Fomos salvos, estamos sendo salvos e seremos salvos. Na verdade, ninguém está completamente salvo até a ressurreição e a glorificação.

ESTAGIOS NO RECEBIMENTO DA SALVAÇÃO

A completa Salvação do Novo Testamento abrange todos os seguintes estágios, e nenhum deles pode ser deliberada e voluntariamente omitido:

1. Ouvir a palavra da vida, o Evangelho.

2. Estar convicto do pecado, compreender a necessidade da salvação;

3. Crer em Jesus Cristo, Fe.            

4. Arrepender-se dos pecados, confissão, restituição, etc..

5. Ser batizado por imersão em Nome de Jesus.

6. Receber o Espírito Santo.

7. Viver uma Vida Santa, Santidade.

8. Ressurreição e êxtase Espiritual.

Quando somos salvos? Podemos compreender a resposta a esta pergunta olhando para os filhos de Israel. Quando foram eles salvos? Foram salvos quando o sangue foi aplicado ás portas de suas casas, e não obstante, não estavam salvos ainda Foram salvos quando cruzaram o Mar Vermelho, e não obstante, não estavam salvos ainda. Quando compreendemos o verdadeiro significado da salvação, a extensão e imensidão dela, assim como o escopo desta grande experiência, não faremos o erro de concentrarmos em um pequeno detalhe, em uma simples experiência.

TRÊS ASPECTOS DA SALVAÇÃO

1)Justificação : Este é um termo jurídico, que traz as nossas mentes uma cena de tribunal. O homem, culpado e condenado perante Deus, e absolvido e declarado justo — isto e, justificado.

2) Regeneração e adoção: Isto sugere uma cena doméstica. A alma, morta em transgressões e em pecados, necessita de uma nova vida, que e concedida por um Divino Ato de regeneração. A pessoa, então, torna-se um filho de Deus e um membro de Sua família.

3)Santificação: Isto sugere uma cena do templo, pois que a palavra está ligada, primeiramente, com adoração de Deus. Tornada justa em relação à Lei de Deus, e nascido para uma nova vida, a pessoa é, daqui por diante, dedicada ao serviço de Deus. Comprada por um preço, ela não mais se pertence. Ela não se separa do templo (falando-se figurativamente), mas serve a Deus dia e noite (Lucas 2:37). A pessoa é santificada por Deus, dá-se a si própria a Deus.

Todos estes três termos descrevem a mesma experiência de salvação, e todos começam com a audição do Evangelho. Eles não falam, necessariamente, de experiências diferentes, mas, pelo contrario, nos dão aspectos diferentes da mesma grande experiência de ser salvo. Todas estas três bênçãos de graça foram ocasionadas pela morte expiatória de Cristo e comunicadas ao homem pelo Espírito Santo. Nós tratamos com os dois primeiros aspectos nesta unidade de estudo, e tratamos da santificação na unidade seguinte:

Pela justificação — o homem e declarado justo.

Pela regeneração — o homem torna-se um filho de Deus, um membro do corpo de Cristo, um membro do Reino de Deus.

Pela santificação — o homem torna-se um santo.

Tudo isto e necessário para uma Salvação Completa do Novo Testamento.

 

A SALVAÇÃO: NEGLIGENCIADA POR UM PREÇO TERRÍVEL

Ha apenas um plano de Salvação que nos foi dado pela morte, enterro e ressurreição de Jesus Cristo.

A descrença e a rejeição de Jesus Cristo significam a perda eterna da alma do homem, no fogo do inferno preparado pelo demônio e seus anjos.

Referencias: Hebreus 2:1-4; Hebreus 10:28-29; João 5:10; João 3:18-21.

TRÊS ELEMENTOS NA SALVAÇÃO:

1 João 5:8 — "Pois ha três que dão testemunho na terra: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes em um só propósito."

Ha três elementos na salvação: Sangue, água e Espírito. Estes três elementos são associados, incontáveis vezes, nas Escrituras. Eles não apresentam nenhum conflito entre si, mas, pelo contrario, concordam e agrupam-se em Um. No plano da salvação eles estão em Jesus Cristo e foram postos a disposição do pecador em Nome de Jesus.

A importância destes três elementos será compreendida quando virmos com que frequência eles estão em estreita associação.

Na Criação

No Dilúvio

Páscoa

Monte Carmelo

Tabernáculo

Para Nicodemos

No Calvário

Na Pentecostes

ÁGUA

Gên. 1:2

Inundação

Mar Vermelho

12 barris

Águas

Água

João 19:34

Batismo

SANGUE

Apoc. 13:8

Altar Construído

Sangue aplicado

Sacrifício

Altar

João 3:14

João 19:34

Atos 2:36

ESPÍRITO

Gên. 1:2

Pomba (símbolo)

Nuvem

Fogo

Lugar Santo

Espírito

Desistiu do Espírito

Espírito Santo

Podemos dizer que qualquer um destes elementos não e essencial? Certamente que não. Se isto fosse verdade, então cada um deles e importante e executa um trabalho especifico na salvação. Não digamos que cada um deles poderia ser deixado de lado. Também não digamos que alguém não tenha recebido nada quando tenha andado apenas parte do caminho, e quando tenha experimentado apenas um destes elementos. Lembremo-nos que há três, e que eles concordam em uma única obra de salvação.

A ORDEM NAS ESCRITURAS

Frequentemente esta pergunta é feita: Quando é o sangue aplicado? Em resposta a isto, devemos nos ater às Escrituras. Qual foi a ordem na Páscoa? No Tabernáculo? No Monte Carmelo? Em cada caso foi sangue, água e espírito. Naturalmente o sangue não pode ser literalmente aplicado. É uma questão de fé na expiação. É uma FÉ PARA A OBEDIÊNCIA que recebe e adapta a virtude expiatória do derramamento do sangue. É a opinião do autor que isto se torna uma experiência no Nascimento da Palavra. Que pode ser comparada a concepção no nascimento natural. Lembre-se que o Sangue, a água e o Espírito são todos em Nome de Jesus.

SALVAÇÃO NA IGREJA APOSTÓLICA

1) Dia de Pentecostes — Atos 2 — Arrependimento. Batismo em Nome de Jesus Cristo, Dádiva do Espírito Santo.

2) Samaritano — Atos 8 — Creram no Evangelho, Batizaram em Nome do Senhor Jesus, Espírito Santo.

3) Saul de Tarso — Atos 9 — Olhos Abertos, batizaram em Nome do Senhor, Espírito Santo.

4) A Casa de Cornélio — Atos 10 — Creu, Dádiva do Espírito Santo, Batizado em Nome do Senhor.

5) Lídia —Atos 16— Coração aberto, Batizada.

6) O Carcereiro Filipense — Atos 16 — Creu no Senhor Jesus Cristo, Batizado.

7) Efésios — Atos 19 — Arrependimento, Batismo em Nome do Senhor Jesus Cristo, Espírito Santo.

Não tentamos apresentar aqui um estudo detalhado do assunto, mas nos encareceríamos a todos os estudantes da Bíblia para que examinassem cuidadosamente como a Igreja Apostólica recebeu a Salvação. A experiência da Igreja Apostólica e a experiência da completa Salvação do Novo Testamento.

DEFINIÇÃO DE FÉ

O que é a fé salvadora? É1 a fé do coração. Fé quer dizer crença e confiança. É o assentimento da vontade. A fé intelectual não e suficiente. (Tiago 2:19; Atos 8:13, 21). Uma pessoa poderá dar seu assentimento intelectual ao evangelho sem dedicar a sua vida a ele. Crença no coração é essencial. (Romanos 10:9). Por fé intelectual entendemos um reconhecimento de que os fatos do evangelho são verdadeiros; a fé do coração significa a dedicação de uma vida às obrigações, que estes fatos contem. A fé como confiança também envolve um elemento emocional. Deste modo a fé salvadora e um ato da personalidade toda, incluindo o intelecto, a emoção e a vontade.

A Fé que SALVA é uma fé VIVA que ATUA. Não é apenas um assentimento mental. É uma Fé de OBEDIÊNCIA. Sem arrependimento é impossível que um homem creia na salvação de sua alma. Do mesmo modo, sem obediência é impossível crer.

Fé, ARREPENDIMENTO, OBEDIÊNCIA são todos necessários e essenciais, e não é possível ter-se dos deles sem se ter também o terceiro. Esta verdade explica claramente muitas coisas que não poderiam ser entendidas se assim não fosse. E a historia da conversão do carcereiro Filipense ilustra bem este fato.

CONHECIMENTO

A Fé repousa sobre a melhor das provas, isto é, a Palavra de Deus. A Fé não é um ato cego da alma; não é um salto para dentro da escuridão. A idéia de se crer com o coração sem usar-se a cabeça, está fora de cogitação. Um homem pode crer com sua mente sem crer com seu coração, mas não poderia crer com seu coração sem crer com sua mente, também, Salmo 9:10; Romanos 10:17; Romanos 10:14.

ASSENTIMENTO

Deve haver um assentimento no coração para a Palavra de Deus. Marcos 12:32.

PROPRIAÇÃO

Um homem pode reconhecer Cristo como Divino, e, no entanto rejeitá-lo como Salvador. A Fé é o consentimento da vontade para com o assentimento da compreensão. A Fé sempre tem consigo a ideia de ação — movimento para o seu objetivo. É a alma saltando para frente, para abraçar e apropiar-se de Cristo, em Quem ela crê. A Fé liga a GRAÇA de DEUS com o PECADOR. A Fé é a MÃO que apanha o que DEUS OFERECE.

João 1:12 — "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de..." Efésios 2:8-9 — "Porque pela graça sois salvos."

AS FONTES DA FÉ

1) Divina: Fé é uma dádiva de Sua graça. Deus deseja implantar a fé em todos os homens não resistir ao Espírito Santo. Somo responsáveis não tanto pela falta de fé como pela resistência ao Espírito que criará fé em nossos corações. Romanos 12:3; Hebreus 12:2; Gálatas 5:22.

2) Humana:

a)  Ouvindo a Palavra — Rom. 10:17; Atos 4:4.

Gal. 3:5; Rom. 4:19.

b)  Oração — Lucas 22:32; Lucas 17:5.

c)  A Fé cresce pela execução da Fé. — Mat. 25:29. 1 Pedro 1:7.

RESULTADO DA FÉ

A salvação com todos os seus aspectos e fases é o resultado da Fé. A nossa completa salvação com os seus frutos estão na dependência da Fé.

FATO, FÉ e SENTIMENTO — está é ordem certa de Deus. Satanás inverteria esta ordem certa. Alimente a FÉ com FATOS, não com SENTIMENTOS. O vapor é de grande importância não para soar o apito, mas para mover as rodas. Se houver uma falta de vapor, nada adiantará soar o apito, mas precisamos mais água e mais fogo para produzir o vapor. O mesmo acontece com a Fé.

ARREPENDIMENTO

DEFINIFIÇÃO DE

Arrependimento é "o pesar, por Deus, pelo pecado”. No entanto, o pesar apenas não é arrependimento, apesar de poder provocar o arrependimento. (2 Cor. 7:9-11). O arrependimento não é apenas o sentir-se pesaroso, mas é uma morte para o pecado, uma meia-volta em sentido contrário. Um garotinho disse: "Estar-se pesaroso o suficiente para não mais fazê-lo".

IMPORTÂNCIA

João Batista o pregava — Mat. 3:1-2.

Jesus o pregava — Mat. 4.17.

Jesus ordenou que os doze o pregassem — Lucas 24:4;

Jesus ordenou que os setenta o pregassem — Lucas 10:9.

Pedro o pregava — Atos 2:38.

Paulo o pregava — Atos 20:21.

Deus ordenou-o a todos os homens em todas as partes — Atos 17:30; 2 Pedro 3:9.

A menos que o homem se arrependa; ele perecera — Lucas 13:3.

A NATUREZA DO ARREPENDIMENTO

1) Como que tocando o intelecto — é uma mudança de ideia (Mat. 21:29)

2) Como que tocando as emoções — é um pesar em Deus (2 Cor. 7:7-11).

Lucas 18:13 — Os publicanos bateram no peito indicando pesar.

Deve haver uma certa quantidade de pesar do coração, mesmo que haja pouca evidencia disto, exteriormente. Não é apenas um coração partido por causa de se ter pecado, mas um coração partido pelo pecado.      

 

3)        Como se tocando a vontade — é uma decisão.

É uma conversão do pecado para Jesus. O pródigo não apenas sentia-se pesaroso, mas levantou-se e voltou sobre seus passos, retornando ao lar. O homem deve abandonar aqui o que ele queira que Deus perdoe.                                             

a) Confissão do pecado — Salmo 38:18; Lucas 18:13; Lucas 15:21.

b) Perdão do pecado — Isaias 55:7. Provérbios 28:13; Mat. 3:8-10.

c) Voltando-se a Deus — Atos 26:18; 1 Tes. 1:9.

4) É uma verdadeira morte para o pecado, para si mesmo e para o mundo.   1 Cor. 15:36; Romanos 6:3-4.

COMO O ARREPENDIMENTO É PRODUZIDO

1) O arrependimento é uma dádiva divina. Ele não se origina dentro do homem, mas vem de Jesus.

Atos 11:18 — "Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida."

2 Timóteo 2:25 — "Se Deus talvez lhe conceda arrependimento..."

Atos 5:30-31 — "Para dar arrependimento a Israel e perdão de..."

2) É executado por certos meios. A pregação dos evangelhos o produz — não qualquer pregação, mas a pregação do verdadeiro evangelho, no poder do Espírito Santo (Jonas 3:5-10); (1 Tes. 1:5-10).

A vontade de Deus — Romanos 2:-4. 2 Pedro 3:9. O castigo de Deus — Apoc. 3:19; Hebreus 12:6, 10,11.

Exprobração Cristã — 2 Timóteo 2:24-25.

OS RESULTADOS DO ARREPENDIMENTO:

1) Os céus se alegram — Lucas 15:7-10.

2) Traz perdão e remissão dos pecados. O arrependimento não condiciona a absolvição, ou remissão, dos pecados, mas e uma condição para isto acontecer. O arrependimento dá ao homem condições para o perdão, mas não lhe dá o direito a ele. Isaias 55:7; Atos 3:19.

3) Habilita para a regeneração — pelo batismo com água e a dádiva do Espírito Santo. Atos 2:38.

RESTITUIÇÃO

Até que ponto a restituição entra no arrependimento? Princípios morais e de honra pedem tanta restituição quanto possível. O Senhor não fará nada por nós que nós mesmos possamos fazer.

Lucas 19:110 — o arrependimento de Zaqueu também incluiu restituição. Mat. 5:24 — "... vai primeiro reconciliar-te com teu irmão..."

JUSTIFICAÇÃO

DEFINIÇÃO DE

Justificação é uma mudança das relações ou de atitude de um homem para com Deus, Ela diz respeito às relações que foram perturbadas pelo pecado, relações estas que são pessoais. De acordo com Deut. 25:1 tem a finalidade de declarar, ou de dar pretexto a aparecer o inocente ou o culpado. É uma questão de relações justas com Deus. Falando com exatidão justificação é o ato judicial de Deus, pelo qual aqueles que têm fé em Cristo são declarados justos, e declarados livres de culpa e de punição.

Salmo 32:2 — "... a quem o Senhor não atribui iniquidade... "Romanos 4:2-8 — "reconhecido justo.”

DO QUE ELA CONSISTE

1) Perdão do Pecado e Remoção de Sua Culpa:

Isto quer dizer que nossos pecados são perdoados - e a culpa e a punição removidas. A justificação e mais do que uma mera absolvição. É o trato de toda a questão do pecado. Justificação — "Como-se-eu-nunca-tivesse-pecado."

Referências: Miquéias 7:1-19; Salmo 130:34; Atos 13:38-39; Romanos 8:1. Números 23-23; Romanos 8:33-34.

2) Atribuição da Retidão de Cristo ao Pecado:

No Velho Testamento a retidão é apenas atribuída: no Novo Testamento a retidão e tanto atribuição como concedida. Na justificação ela é atribuída; na regeneração ela é concedida pelo Espírito Santo. Referências: Romanos 3:22 e 5:17-21; I Cor. 1:30.

COMO SOMOS NÓS JUSTIFICADOS?

1) Não Por Ações:

Romanos: 3:20 — "Visto que ninguém será justificado diante dele por obra da lei."

Romanos 3:28 — "... um homem e justificado pela fé, independentemente das obras da lei."

Efésios 2:9 — "Não de obras, para que ninguém se glorie."

O primeiro passo, portanto, na justificação e desesperançar-se das obras. Boas obras seguem, mas não precedem a justificação. O trabalhador não é justificado, mas o justificado é o trabalhador.

2) Fé:

Romanos 5:1 — "Justificados, pois, mediante a fé..."

Romanos 4:5 — "Mas ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça."

Gálatas 2:16 — "Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também nós temos crido em Cristo Jesus, para que fossemos justificados pela fé em Cristo..."

Muitas outras escrituras poderiam ser dadas para mostras que a Fé é a principal condição que se deve ter para a justificação. Abraão creu em Deus, e isto lhe foi creditado para a justiça. (Romanos 4:3). A condição que Abraão atingiu e a condição que o homem deve atingir hoje em dia. No entanto, lembremo-nos sempre que Abraão obedecia a Deus, Abraão tinha associação Com Deus e era tão dedicado que estava disposto a oferecer a Isaque, o filho prometido, no altar dos sacrifícios. A fé não pode ser separada do arrependimento e da obediência. O homem que CRÊ em Deus, também OBEDECERÁ inteiramente aos Evangelhos e andara em todas as luzes que ele tiver.

A EVIDÊNCIA DA JUSTIFICAÇÃO

As obras devem seguir a nossa fé como evidencia dela. Se a fé lá está, todo o evangelho será, de todo o coração, obedecido. Haverá arrependimento, batismo pela água em Nome de Jesus e o batismo do Espírito Santo, seguido por uma vida pura. É impossível um homem crer em Deus para a salvação a rebelar-se contra o ser batizado em Nome de Jesus ou falando em línguas.

REGENERAÇÃO, OU NASCIMENTO

DEFINIÇÃO DE

Pela Regeneração nós somos admitidos no Reino de Deus. Não há outra maneira de se tornar um filho de Deus a não ser com o nascimento que nos vem de cima. A Regeneração não é um passo adiante natural na evolução, mas a comunicação de uma nova vida. É uma revolução — uma mudança de direção resultante daquela vida.

1) Uma Vivificação Espiritual, um Novo Nascimento:

A Regeneração é a comunicação de uma vida nova e divina. Uma nova criação, a produção de uma coisa nova. É o Genesis 1:26 repetido.

Não é a antiga natureza repetida, reformada ou revigorada, mas um novo nascimento que nos vem de cima. Por sua natureza, o homem está morto em pecado (Efésios 2:1). O novo nascimento comunica-lhe uma nova vida, a vida de Deus, para que dali para diante o homem seja igual àqueles que estão vivos da morte: ele passou da morte para a vida.   João 3:3-7.  João 5:21, 24 Efésios 2:10; 2 Coríntios 5:17.

2) A Comunicação de uma Nova Natureza:

2 Pedro 1:4 — "Que por elas vos tornei co-participante da natureza divina."

Efésios 4:24 — "... e vos revistais do novo homem... criado segundo Deus em justiça e retidão. Referências: Colossenses 3:10; Gálatas 2:20; I João 3:9; Atos 16:24; Ezequiel 36:25-27. 1 João 3-6-9.

A NECESSIDADE DO RENASCIMENTO

1) A Necessidade é Universal:

A necessidade do renascimento deve alcançar tão longe quando o pecado e a raça humana. Nenhuma idade, sexo, posição, condição exime quem quer que seja desta necessidade. Não renascer exclui da igreja.

Qualquer um, inteiramente, do Reino de Deus e João 3:3 — "A menos que um homem renasça, ele não poderá ver o Reino de Deus."

Gálatas 6:15 — "Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircunciso, mas o ser uma nova criatura."

2) A Condição pecadora do homem a Exige:

O coração é enganador e não recebe com prazer a Deus. Nós temos que ser puros de coração para receber a Deus. Nem a educação, nem a cultura podem propiciar esta mudança. Somente Deus pode fazê-la.

João 3:6 — "O que é nascido da carne, é carne...

Jeremias 13:23 — "Pode o etíope mudar sua pele ou o leopardo as suas manchas? Então podereis fazer o bem estando acostumados a fazer o mal?

Romanos 8:8 — "Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus."

Romanos 7:18 — "... na minha carne não habita bem nenhum."

3)A Santidade de Deus a Exige:

Se sem santidade nenhum homem verá a Deus (Hebreus 12:14) e se a santidade não é obtida por meio de qualquer desenvolvimento natural ou de próprio esforço, então a regeneração de nossa natureza é absolutamente necessária.

COMO PODERÍAMOS ENTENDER ESTE RENASCIMENTO?

Jesus comparou o renascimento ao nascimento natural quando Ele disse a Nicodemos que ele tinha que nascer novamente. Jesus usou as expressões "nascer da água" e “nascer do espírito". Nas Epistolas encontramos Escrituras que falam de nascer-se do "Verbo”.

É a firme convicção do autor que o melhor modo de se ter uma compreensão clara do Novo Nascimento é comparar-se este nascimento ao nascimento natural, do mesmo modo como o fez Jesus.

Nascimento Natural

a)  Concepção — plantação da semente.

b)  Nascimento físico — nascimento da água.

c)  A respiração e a vida entram no recém-nascido.

Nascimento Espiritual

a)   Ouvir,  Crer-se nos Evangelhos.

 b) Batismo da água em Nome de Jesus.

  c) Batismo do Espírito Santo.

OS MEIOS DA REGENERAÇÃO:

a)  Uma Obra Divina:

João 1:13 — "Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus."

João 3:5 — "Quem não nascer... do Espírito.”

Tiago 1:18 — "... segundo o seu querer ele nos gerou..."

Tito 3:5 — "... e renovador do Espírito Santo"

b)        A Parte do Homem:

Deve haver uma aceitação pessoal de Jesus Cristo. Um homem morto não pode fazer coisa algum na hora de sua ressurreição, mas pode obedecer ao mandamento de Deus — "Saia!".

João 1:12 — “tantos quantos o receberam..."

c)         Nascido do Verbo:

Em se ouvindo os Evangelhos, o Verbo da Vida, a Semente geradora da Vida é plantada no coração. Se o solo for bom e as condições apropriadas, semente germinará e crescerá. Isto pode ser comparado a Tiago 1:8 — “pela palavra da verdade".

1 Pedro 1:23 — "nascido novamente, de semente incorruptível, mediante a palavra de Deus."

1 Coríntios 4:15 — "gerado pelo Evangelho."

d)        Nascido da Água:

Isto é o batismo de água em Nome de Jesus Cristo. Muitos argumentos tem havido contra esta verdade. No entanto, o testemunho da Escritura prova concludentemente que o nascimento da água é o batismo da água. Isto pode ser comparado com o nascimento natural, quando uma criança entra no mundo.

Tito 3:5 — "pelo lavar regenerador..."

João 3:5 — "Quem não nascer da água..."

1 Pedro 3:21 — "... o batismo agora também vos salva..."

Hebreus 10:22 — "... e lavado o corpo com água pura"

Marcos 16:16 — "Aquele que crê e que é batizada será salvo.”

e)        Nascido do Espírito:

Este é o batismo do Espírito Santo. Não é apena a comunicação de uma vida eterna, vida divina para o crente, mas a reeleição do coração e da vida com o Espírito Santo. É a adoção do crente como um filho, e a sua colocação no corpo (igreja) e a confirmação para o dia da redenção. A evidência desta experiência é falar-se com línguas.

Romanos 8:9 — "E se alguém não tem o Espírito de Cristo, este alguém não é dele."

Romanos 8:16 — "O próprio Espírito testifica como nosso espírito que somos filhos de Deus."

1 Cor. 6:9 — "... o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que esta em vós...”

1 Cor. 12:13 — "Pois em um só Espírito nós fomos batizados em um corpo... beber de um só Espírito." Efésios 1 13 — “... fostes selados com o Santo Espírito da promessa."

Colossenses 1:27 — "Cristo em vos, esperança da Gloria."

ADOÇÃO:

Adoção significa a admissão de um filho. É uma palavra latina, pois a adoção quase não era conhecida entre os judeus. A palavra é de Paulo. É usada quando as questões de privilégios e de herança estão envolvidas.

a)        Toma lugar no Novo Testamento — João 1:12; Gálatas 3:26; 1 João 3:2.

b)        Completada na Expectativa — Rom. 8:19. Rom. 8:23; 1 João 3:1-3.

c)         As bênçãos da Adoção — Amor de Deus; Cuidados paternais; Nome de Família; Retidão da Família. Amor da Família; Correção; Herança.

A CURA RECEBIDA

Esta unidade de estudo trata da parte do homem ao receber, de Deus, a salvação que já lhe foi proporcionada. A cura do corpo também já foi proporcionada na expiação. Assim como há condições que devem ser satisfeitas para que se receba a salvação, assim também há condições que devam ser satisfeitas para que se receba a cura. Vamos estudar algumas destas condições, e passos que podemos dar, para que recebamos a cura.

ORAÇÃO

Tiago 5:13 — "Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração."

Devemos nos perguntar se desejamos a cura. "Pergunte, e isto lhe será dado". A oração é essencial para que recebamos algo de Deus, e que tenhamos as nossas necessidades satisfeitas.

CHAME OS MAIS VELHOS (PRESBÍTEROS) DA IGREJA

Tiago 5:14 — "Está alguém entre vós doente? Chamem os presbíteros da igreja."

Isto certamente não quer dizer que se deva viajar centenas de quilômetros ao encontro de um líder conhecido. Os mais velhos da igreja estarão em sua própria assembleia — seu pastor, e aqueles que o assistem em seu ministério. São as orações de seu pastor que Deus aqui honrara, pois foi assim que Ele instruiu a você.

CONFESSE AS SUAS FALTAS

Tiago 5:16 — "(Confessai, pois, vossos pecados... para serdes curados..."

O pecado ocultado porá obstáculos à sua cura. Muitos devem examinar os seus corações, e se purificarem de suas faltas secretas. (Salmo 19:12).

SEJA UNGIDO COM ÓLEO EM NOME DO SENHOR

Tiago 5:14 — "... ungindo-o com óleo em nome dc Senhor."

Este é o ministério do mais velho que ora. Este é o símbolo do Espírito Santo. O ungimento é feito em nome de Jesus, eis que Ele é o Grande Médico, o que cura. Há cura em nome de Jesus. Atos 3:14 —"Pela fé em o nome de Jesus fortaleceu a este homem..."

IMPONHAM AS MÃOS

Marcos 16:18 — "Se impuserem as mãos aos enfermos, eles ficarão curados."

Novamente este é o ministério dos mais velhos (seu pastores) que oram. Este sinal está arrolado entre aqueles outros sinais que seguem os que crêem. Deu honra o ministério da imposição das mãos, e por meio deste ato há uma comunicação definitiva do poder de Deus.

LEIA A PALAVRA DE DEUS PARA CONSTRUIÇÃO A SUA FÉ

Romanos 10:17 — "E assim, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo."

A Palavra de Deus é o maior construtor de fé. Obtenha uma promessa do Senhor e a fé põe-no em união com Ele.

TENHA FÉ EM DEUS

Marcos 11:24 — "... o que quer que em oração pedirdes crede que recebereis, e que as tereis."

Sem fé é impossível agradar a Deus. Tudo e possível se somente crermos. A fé á a Mao que vai buscar aquilo que você precisar d'Ele.

PERDOA ÀQUELES QUE LHE TENHAM FEITO MAL

Marcos 11:25 — "E quando estiverdes orando... perdoai."

Um espírito sem perdão torna-o inabilitado para acercar de um Deus misericordioso.

MEDITE SOBRE OS SOFRIMENTOS DE CRISTO PARA O SEU CORPO

Mateus 8:17 — "Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças."

É necessário que se entenda claramente que o preço já foi pago pelas nossas curas, e que nós devemos, apenas, recebê-las. Nos foi mandado que discerníssemos o corpo do Senhor no Serviço da Comunhão. 1 Cor. 11,29.

RESISTA AO DIABO

Tiago 4:7 — "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. "O demônio usará de velhas artimanhas e tentará derrotar a sua fé. É necessário resistir a ele.

SANTIFICAÇÃO

1 Tessalonicenses 4:3 — "Pois esta é a vontade de Deus, a nossa santificação: que vos abstenhais da formicação."

A santificação significa o divorcio com o mal e dedicação a Deus e ao Seu serviço, As Escrituras fazem bem claro que a Santificação e o voltar-se as costas a tudo o que seja pecaminoso e tudo aquilo que seja corrupção tanto do corpo como da alma. No entanto, isto significa que a separação deva ser não apenas "de", mas também uma separação "para". Isto quer dizer que para que uma pessoa se santifique ela deve se afastar não apenas do pecado, mas também separar-se para dentro da santidade. O que quer que seja apartado do profano para uma aplicação sagrada, o que quer que seja devotado, exclusivamente ao serviço de Deus, e santificado.

Referencias: 2 Cron. 29:5, 15-18; Êxodo 19:20-22; Lev. 27:14-16, Números 8:17; Ezequiel 36:23; Hebreus 9:3.

PASSADO, PRESENTE E FUTURO:

Santificação pode ser vista como passado, presente e futuro, ou podemos falar de SANTIFICAÇAO INSTANTÂNEA, PROGRESSIVA e COMPLETA.

1 Coríntios 6:11 — "Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, em o Nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus." Hebreus 10:14 — "Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. "Nestas Escrituras lemos da Santificação como já sendo o passado. Observe que na primeira destas Escrituras, Paulo nomeia a Santificação antes da Justificação. Por conseguinte, há, definitivamente, uma obra de Santificação que acontece prematuramente na experiência e no processo da Salvação. Alguns canonizam as pessoas depois delas estarem mortas, mas o Novo Testamento as canoniza enquanto elas estão vivas. Todos os crentes verdadeiros são santos e estão postos de lado (santificados) para o serviço de Deus, pois, do contrário, eles não seriam Cristãos.

SANTIFICAÇÃO PROGRESSIVA:

Assim a Justificação difere da Santificação:

A Justificação é um ato instantâneo, sem progressão. enquanto a Santificação é uma crise (ponto decisivo) em relação a um processo, e um ato que e instantâneo, mas que leva em si uma idéia de progresso para uma completação.

2 Pedro 3:18 — "Antes, crescei na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo."

2 Coríntios 3:18 — "E todos nós... somos transformados de glória em gloria, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito."

É interessante o tempo de verbo, aqui. Estamos sendo mudados de um grau de caráter, ou gloria, para outro. Sendo a Santificação progressiva, somos exortados a:

1 — crescer e aumentar no amor (1 Tessalonicenses 3:12).

2 — progredir cada vez mais (1 Tessalonicenses 4:10);

3 — aperfeiçoar a nossa santidade no temor de Deus (2 Cor. 7:1).

COMO SOMOS NÓS SANTIFICADOS?

Tanto Deus como o homem contribuem e cooperam para a consecução do fito desejado. Devemos abandonar o pecado e dedicarmo-nos a Deus, mas e, na verdade, Deus que processa a Santificação. É como se fosse um homem com frio, que se achegasse ao fogo, para se aquecer.

Efésios 5:25-26 — "... Cristo também amou a igreja. e entregou-se por ela; Para que a santificasse e purificasse..."

Hebreus 14:10 — "Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas."

SANTIDADE

DEUS É SANTO

A santidade de Deus significa a Sua absoluta pureza moral. Ele não pode nem pecar, nem tolerar o pecado. O significado da palavra "santo" é "separado" ou "apartado". Em que sentido é Deus separado? Ele é moralmente perfeito, o homem e pecador. Deus é Divino, homem é humano. Ele e moralmente perfeito, o homem é pecador. Vemos então que a santidade é atributo que mantém a diferença entre Deus e as criaturas. Este atributo não denota simplesmente uma característica de Deus, mas a natureza Divina, propriamente. É o atributo de Deus, que ele faz com que seja lembrado por nós. É mais do que qualquer outro porque é a grande separação entre Deus e o homem, qual impede que haja filiação entre este e Aquele. Quando Deus Se revela de uma maneira que impressione o homem com Sua Deidade, diz-se que Ele se santificou, isto é, Ele Se revela como O Único. Diz-se que os homens santificam Deus quando eles O reverenciam e honram como divino. Quando eles O desonram pela violação de Seus mandamentos, diz-se que os homens O estão profanando.

Referencias: Êxodo 15:11; Lev. 11:44-45; Lev. 20:2 - Sam. 2:2; Salmo 5:4; Salmo 111:9. Isaias 6:3; Isaias 43:14; Jer. 23:9; Tiago 1:13. 1 Pedro 1:15-16; Ver. 4:8; Números 20:12; Lev. 10:3. Isaias 8:13.

 

APENAS DEUS É SANTO EM SI MESMO

Os santos, os edifícios santos e os objetos santos são assim chamados porque Deus os fez santos, ou santificou-os. A palavra "santo" aplicada a pessoas ou objetos e um termo que exprime uma relação com Jesus Cristo — o fato de ser apartado. Tendo sido se parados, os objetos devem ser limpos, e as pessoas de vem se dedicar a viver de acordo com a Lei da Santidade.

O pecado perturba as relações entre Deus e o homem, e no fim o pecador impenitente e, eternamente, afastado da presença de Deus. Esta é a "Segunda Morte". Em muitos casos, esta relação foi reafirmada, aumentada e interpretada sob um acordo conhecido como uma aliança. Manter-se a aliança e estar-se em relações diretas com Deus, pois Ele é retidão, e pode apenas ter relações com aqueles que são retos. E estar-se em relação com Deus significa vida. Do começo ao fim, a Escritura declara esta verdade, que obediência e vida estão juntas.

Amós 3:3 — "Andarão dois juntos, se entre eles não houver acordo."

Apoc. 22:14 — "Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras, para que lhes assista o direito à árvore da vida."

Qual é a resposta para estas perguntas?

Êxodo 3:5 — O que fez a terra santa?

Êxodo 26:33-34 4 — Por que foi o santuário chamado mais santo dos lugares?

1 Cor. 3:17 — O que faz o templo santo? Como pode a igreja ser santa?

SIGNIFICADO DA PALAVRA "SANTO"

Esta palavra é a tradução da palavra hebraica "quodesh" que quer dizer "separar de Deus". A palavra traduzida para "santo, consagrado, santificado". Esta é sempre a idéia fundamental de santo, consagrado, separado ou santificado que se aplica a pessoa ou coisa — alguma coisa separada, posta aparte por Deus.

A BELEZA DA SANTIDADE:

Salmo 29:2 — "Adorai o Senhor na beleza da Santidade.

Não há beleza que possa se comparar a beleza da santidade. O mundo é muito consciente da beleza, mas quanto mais afastado o mundo se encontra de um verdadeiro conceito da verdadeira santidade, mais distorcido se torna o seu conceito de beleza. Isto pode ser visto claramente na assim chamada "arte moderna'. A igreja apenas é bonita quando se torna uma igreja santa, santificada pela presença de Jesus Cristo. Do mesmo modo, uma pessoa realmente bonita é aquela que é santa, plena do Espírito de Deus. A beleza da santidade vem de dentro, e irradia a presença de Deus.

COMO SE TORNA O HOMEM SANTO?

Para se trazer a santidade para a vida do homem há duas fontes: a Divina, ou a presença do Espírito Santo, e a humana.

a) A Fonte Divina:

João 17:17 — "Santificai-os pela tua verdade."

2 Cor. 3:18 — "... somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Espírito do Senhor."

Efésios 5:26 — "Para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra."

1 Tess. 5:23 — "O mesmo Deus da Paz os santifique em tudo..."

Assim como foi necessário a presença de Deus nas moitas ardentes para que se tornassem as areias do deserto uma "terra santa", do mesmo modo é necessária a presença de Deus na vida de um homem para fazê-lo santo. A obra da santificação em sua vida começa com a mensagem das pregações do evangelho, pois a Palavra de Deus tem uma influência purificadora sobre os corações dos ouvintes. Esta obra de santificação continua pelos degraus da Fe, arrependimento e batismo da água em Nome de Jesus. No entanto, a obra da santificação é principalmente realizada por ocasião do Batismo do Espírito Santo. Quando o Espírito de Deus entra numa vida, Sua presença faz a vida santa, e esta obra continua até que o depositário desta vida seja levado deste mundo.

O homem justo, sob a lei, tornou-se justo fazendo tudo com retidão; sob a graça, ele age com retidão, pois foi tornado justo. No Velho Testamento a retidão foi imputada; no Novo Testamento a retidão da igreja foi tanto imputada como diretamente comunicada pelo poder do santo Espírito. No que se refere à sua salvação, o homem é perfeito assim que ele é nascido do Espírito, porque tudo o que Jesus faz é perfeito.

b) A Fonte Humana:

Esta ideia pode ser dividida em dois pensamentos:

1) Aproximando-se de Jesus: Pela renuncia, consagração, separação do mundo e a dedicação de si mesmo, o homem coloca-se sob a santificante influência do Espírito Santo. Ilustração: O homem que está com frio, aproxima-se do calor e se aquece. Do mesmo modo, um homem que não seja santo aproxima-se de Jesus, e torna-se santo. Depois, pela renúncia, consagração e fé ele mantem-se sob o santificante poder do Espírito Santo. ISTO DIZ RESPEITO A SUA SALVAÇÃO. Ao fazer isto, o homem apenas fez algo razoável, mas nada de notável, que lhe possa dar mérito, louvor, recompensa ou distinção.

2) A Via Santa, Fidelidade e Servidão: Este é um assunto inteiramente diferente. Dentro deste aspecto o homem é um bebê na ocasião de sua conversão, e que precisa crescer em graça. Ele é imperfeito em sua fé e em sua vida, e precisa aperfeiçoar a santidade em temor a Deus. Em sua caminhada e fidelidade, ele ganha méritos, louvor, recomendação, promoção e recompensa. O seu lugar no reino de penderá dele e disto. Este fato não o qualifica para um lugar no corpo, mas, na realidade, determina lugar que ele deve tomar no corpo.

Referências: Apocalipse, Capítulos 2 e 3 — Mateus 25:14-30. Lucas 19:11-27; Mateus 10:42; 1 Cor. 9:24-25; 2 Tim. 4:6-8 e Apocalipse 22:12.

O TRIBUNAL DE CRISTO: —2 Coríntios 5:10

Este é um julgamento de OBRAS dos santos e não dos PECADOS. Todos os seus pecados já foram julgados no Calvário, e estão sob o sangue. Se há um PECADO CONHECIDO E INCONFESSO no coração e na vida do filho de Deus, este sofrerá uma pena e perderá o seu lugar, pois que nenhum pecado poderá entrar. Este julgamento acontece quando Jesus vem recompensar os seus servos, um pouco antes d'ele assentar o Seu Reino sobre a terra. Devido a motivo errados e falta de compreensão, é possível que se destruam obras, mas o indivíduo será salvo. Novamente isto não se refere ao PECADO. 1 Cor. 3:11-15.

PERFEIÇÃO CRISTÃ

DUAS ESPÉCIES DE PERFEIÇÃO:

1) Absoluta: A perfeição absoluta não pode ser aperfeiçoada. Esta espécie de perfeição pertence apenas a Deus.

2) Relativa: A perfeição relativa preenche a finalidade para a qual ela foi criada. É possível ao homem atingi-la.

A PERFEIÇÃO DO VELHO TESTAMENTO:

Genesis 6:9 — "Noé era um homem justo e integro entre os seus contemporâneos." Jo 1:1 — "Aquele homem era integro e reto."

A ideia é o desejo, saído do coração, e a determinação de executar a vontade de Deus. Independentemente dos pecados que mancham a sua historia, Davi pode ser verdadeiramente chamado de um homem perfeito ou um "homem moldado do próprio coração de Deus" porque a suprema meta de sua vida foi a execução da vontade de Deus.

A PERFEIÇÃO DO NOVO TESTAMENTO:

Varias palavras gregas são usadas para exprimir a idéia de perfeição:

1) Uma palavra significa ser completo no sentido de ser se apto para executar uma determinada tarefa ou fim, aptidão está que gozaria de todos os requisitos necessários para a execução da tarefa ou do fim. 2 Timóteo 3:17.

2) Uma outra palavra indica um certo fim alcançado por meio do crescimento.  Mateus 5:48 e 19:21; Colos. 1:28 e 4:12; Hebreus 11:40.

3) Em 2 Coríntios 13:9; Efésios 4:12 e Hebreus 13:21 a palavra significa aperfeiçoamento.

4) A palavra em 2 Cor. 7:1 significa "completar, terminar."

5) A palavra em Apocalipse 3:2 significa "satisfazer, fartar, nivelar, ir ao encontro das necessidades de."

O SIGNIFICADO DA PERFEIÇÃO:

A ideia de perfeição tem vários significados. É possível ser-se perfeito de uma maneira e imperfeito de outra. Alguns dos significados de perfeição são assim expressos:

1) A situação de perfeição em Cristo — o resultado da obra de Cristo em nosso benefício. Hebreus 10:14.

2) Maturidade Espiritual e compreensão, opostos à Infância espiritual. 1 Cor. 2:6, 14:20.; 2 Cor. 13:11; Filip 3:15; 2 Tim. 3:17.

3) Perfeição progressiva. Ga1. 3:3.

4) Perfeição em certos particulares: a vontade de Deus, o amor aos homens, o serviço, etc. Col. 4:12; Mat. 5:48; Hebreus 13:21.

5) A derradeira perfeição do indivíduo no céu. Col. 1:28; Fil. 3:12. 1 Pedro 5:10.

6) A derradeira perfeição da igreja ou do grupo de santos. Efésios 4:13; João 17:23.

DOIS ASPECTOS GERAIS DA PERFEIÇÃO:

1)    Um dom de graça que é um estado ou uma posição perfeita, Uma pessoa ou é ou não é salva. Se esta pessoa é nascida novamente, ela não poderá ser mais nascida novamente. Seu estado em Cristo perfeito.

2)    A perfeição e, verdadeiramente, contida no caráter do santo. Isto envolve crescimento e maturidade. Um cristão pode estar andando em toda a luz e ter todo o conhecimento que ele possa ter e, no entanto, ser imperfeito em muitos aspectos. Ele pode se irrepreensível e, ao mesmo tempo, não ser perfeito.

Obs: O Novo Testamento contém um alto padrão de santidade prática, e afirma a possibilidade da libertação do poder do pecado. É dever do cristão perseguir a perfeição.

Filipenses 3:12 — "...ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar..."

Hebreus 6:1 — "... deixemo-nos levar para o que perfeito...".

SANTIDADE PRÁTICA

Esta lição está relacionada ao procedimento do cristão. Alguns pensam que a santidade e o ser-se angélico, algo espiritual e místico, e completamente afastado das coisas deste mundo. Mas, não e este o caso. O procedimento da santidade é uma vitoria prática, comum, e uma experiência de cada hora, assim como de uma vida superior. Esta vida prática de santidade é necessária se desejamos estar prontos para a vinda de Jesus. Hebreus 12:14 — "Segui a paz com todos, e a santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor."

ALGUNS PONTOS DE VISTA ERRÔNEOS:

1)    Desarraigamento: Aqueles que creem nesta possibilidade, isto é, que pensam que a natureza pecadora seja erradicada, arrancada com raízes e galhada, pensam também que, depois daquilo, é impossível o santo pecar. Na verdade, isto e completamente falso. Depois de ser salvo, um homem ainda pode pecar e, assim procedendo, perder a sua alma.

2)    Asceticismo: Esta é crença que afirma haver mérito e recompensa na punição do corpo, de alguma forma. A Bíblia determina um lugar certo para a forma correta de asceticismos pervertidos, tais como o celibato e a penitência.

3)    Legalismo: Isto é o fato de se trazer algo para a submissão da lei. O filho de Deus obedece a Palavra de Deus porque ele e o filho de Deus. Ele vive num plano que está acima da lei e não está obrigado a ela. Em nosso zelo pela santidade, e facilmente possível tornarmo-nos sujeitos as leis no que se refere às nossas atitudes, embora não esteja nas Escrituras.

ALGUMAS REGRAS PRÁTICAS PARA SE VIVER SANTAMENTE:

1)    Receba o Espírito Santo em sua vida e viva uma vida plena do Espírito Santo.

2)    Ore muito. Uma vida cheia de preces é, geralmente uma vida santa.

3)    Leia muito a Bíblia, e freqüente os estudos da Bíblia. O Verbo de Deus tem uma influência santificante sobre as vidas dos cristãos.

4)    A vontade revelada de Deus começa com o Seu Verbo. Obedeça o Verbo de Deus, sem hesitação.

5)    Dedique-se completamente ao Seu serviço, e à Sua vontade.

6)    Lembre-se que você pode viver santamente; uma vida de santidade é muito possível.

7)    Lembre-se que você tem que reclamar a vitória apenas uma vez por dia.

8)    Afaste os seus olhos das falhas dos outros e olhe para Jesus.

9)    Afaste os seus olhos das suas próprias fraquezas, e olhe para Jesus.

10)     Afirme: testemunhe em todas as oportunidades. (Apoc. 12:11).

11)     Discuta os seus problemas livremente com o seu pastor.

12)     Quando em dúvida em relação a uma determinada pratica, faça as seguintes perguntas:

a)    A Bíblia a condena?

b)   Posso eu orar e pedir a Jesus para abençoá-la?

c)    Posso ter Jesus comigo enquanto a estiver fazendo?

d)   Será isto uma bênção para os outros?

e)   Será isto uma pedra no caminho de alguém?

f ) Oporá esta prática qualquer obstáculo ao meu serviço a Jesus?

AS RECOMPENSAS DE UMA VIDA DE SANTIDADE:

As recompensas de uma vida santa são muitas, quer seja nesta vida, quer seja na vida futura. Exemplos das pagas de uma vida santa são vistos nas vidas de Jose e Daniel. Ambos estes jovens tinham fortes convicções sobre o que era certo e errado. Eles recusavam-se a pecar. Como resultante, vemos Deus recompensando-os com bênçãos, promoção, honras e revelação. Os dividendos por servir a Cristo fielmente, são muitos. O homem que está vivendo uma vida santa tem melhor saúde, um lar mais feliz, maior prosperidade material e um coração que está em permanente descanso e paz.

As recompensas da santidade na eternidade serão estudadas numa lição posterior. Basta que digamos aqui que elas são inúmeras, e que o Senhor é um pagador liberal.

O SIGNIFICADO DE ETERNA SEGURANÇA:

Entende-se por "Eterna Segurança" a crença de uma vez que um homem seja salvo, ele não pode mais perder-se. Algumas vezes e citada como: "uma vez um filho, sempre um filho". Apesar do fato desta idéia ter sido a fonte de muitas controvérsias pelos anos afora, na igreja professante, a Bíblia é bem clara a respeito deste assunto, e não precisamos ficar em dúvida sobre o que quer dizer os ensinamentos Escriturais sobre a segurança de nossa salvação. É necessário que se faça uma diferenciação entre Segurança Eterna "Incondicional" e Segurança Eterna "Condicional". É também necessário entender-se o ensinamento bíblico sobre "Predestinação e Eleição". Uma vez que o compreendamos claramente, o problema da Segurança Eterna não oferece problema.

PRESCIÊNCIA E PREDESTINAÇÃO

Uma vez que Deus é O onisciente e o Grande Eu Sou que mora na eternidade, Ele pode ver, desde o começo qualquer ação ou acontecimento. Nada O surpreende. Ele tudo sabe com antecedência. No entanto, este fato não tira a responsabilidade das ações dos homens: a responsabilidade das decisões, ainda assim, pertence a eles. O homem ainda e um livre agente moral, apesar de Deus conhecer com antecedência as decisões dos homens, assim com as suas ações. A predestinação de Deus está limitada pela presciência d'Ele. Em outras palavras, Ele predetermina o que Ele sabe com antecedência. Isto explica claramente a Escritura Romanos 8:29-30. — "Porque aos que de antemão conheceu, também os predestinou..."

ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO

1 Pedro 1:2 — "Eleitos segundo a presciência de Deus Pai..."

Efésios 1:4-5 — "Assim como nos escolheu nele antes..., ... nos predestinou para ele, para a adoção de filhos..."

"Eleição" quer dizer "ser escolhido". Quando a Bíblia fala sobre o ser eleito, ela quer dizer "escolhido por Deus". Os membros individuais da igreja são eleitos ou escolhidos por Deus, de acordo com a Sua presciência, que, por sua vez pode ver todas as ações e as próprias e voluntarias decisões dos homens, com antecedência.

Do mesmo modo, a responsabilidade da eleição de Deus está diretamente colocada sobre a própria decisão individual de cada um.

Enquanto os membros individuais da igreja são eleitos, a igreja, ou o corpo, e predestinada. O desígnio de Deus será satisfeito em ter-se um povo levando o Seu nome. Haverá uma igreja esperando o seu Senhor quando Jesus retornar, apesar de todos os poderes do inferno. (Mateus 16:18).

A SOBERANIA DE DEUS:

Deus é soberano. Nenhuma força ou poder pode evitar que os desígnios de Deus sejam satisfeitos. No entanto, foi por um Seu próprio e soberano ato que ele limitou-Se a atuação da livre vontade moral dos homens. É desejo de Deus que as Suas criaturas venerem-no por suas livres vontades. Deus deseja a amizade e a comunhão dos homens. Isto seria impossível se o homem não tivesse livre escolha. Por tanto, Deus não permitiu que Sua soberania interferisse com a livre escolha e poder de decisão do homem.

CALVINISMO

A doutrina do Calvinismo vem do reformador João Calvino, que foi quem a introduziu. E de seus ensinamentos que temos a noção de "Incondicional e Eterna Segurança" do crente, ou "uma vez em graça, ou ainda, "uma vez o filho, sempre um filho".

A doutrina do Calvinismo pode ser resumida como Se segue:

1) A salvação depende inteiramente de Deus.

2) Deus predestinou certos indivíduos para a salvação;

3) Cristo morreu pelos "eleitos";

4) O filho de Deus e guardado pela graça de Deus, que e irresistível, e não pode nunca ser perdido; 5) Uma vez um filho, sempre um filho.

Algumas das Escrituras usadas para provar o Calvinismo são: João 10:28; João 17:6. Romanos 8:35; Romanos 11:29; 1 Cor. 3:10; 2 Cor. 5:10; Fil. 1:16. 1 Pedro 1:5

 

 

ANTINOMIANISMO

Esta palavra vem do grego "anti", contra, e "nomos", lei. O significado da palavra quer dizer "oposição a lei".

O verdadeiro Calvinismo ensina um procedimento e um padrão de vida cristão, apesar do erro da Eterna Segurança. O verdadeiro Calvinista crê que ele não poderá nunca ser perdido, se ele estiver salvo. No entanto, ele não sabe se está salvo ou não até a eternidade, o que faz com que ele viva sem mácula. Não obstante, há aqueles que creem na segurança da salvação agora combinada com a crença de "Graça Extrema" que, por sua vez, conduz, inevitavelmente, a uma vida mundana descuidada. Aqueles que assim creem, tomam uma posição de muitos aspectos contra a legalidade. E isto é conhecido como o "Antinomianismo"

PORQUE A SEGURANÇA ETERNA E INCONDICIONAL É UM ERRO:

1)      Este ensinamento é a primeira mentira. Isto é exatamente o que Satanás disse a Eva. Gênesis 3.4 "... É certo que não morrereis."

2)      Isto indica que Deus faria a acepção das pessoas. No entanto, a Bíblia afirma que Deus não o faz. (Atos 10:34).

3)      Faria de Deus um mentiroso. O evangelho não seria para "TODO O QUE" como disse Jesus, (João 3:16), mas pelo contrário, para alguns poucos escolhidos.

4)      Não seria a vontade de Deus pregar a todas as criaturas, apesar do fato d'ele nos ordenar que assim façamos. (Marcos 16:15).

5)      Se homem não é um agente de livre vontade moral, então Deus e tornado responsável pelo pecado. E isto não é possível.

6)      Tornaria Deus um cruel e desarrazoado tirano, que condenaria milhões de vítimas inocentes a inferno do demônio, sem qualquer chance de escolha.

7)      Faria Deus inconsistente, condenando o pecado na vida do descrente, mas perdoando o pecado na vida do crente.

8)      A vida Eterna está apenas em Jesus Cristo. Se Jesus está abrigado em seu coração, então a vida Eterna também está lá. Mas se ele se retira de uma morada impura, vai-se também a vida Eterna.

9)      A filiação, quando relacionada à salvação é um termo legal que indica adoção — Cristo é o "unigênito" do Pal. De acordo com o termo, "uma vez o filho, sempre o filho", então isto aqui na se aplica.

10)   Finalmente, o testemunho das Escrituras é visceralmente contra esta doutrina.

ARMINIANISMO:

Esta doutrina foi introduzida por Jacob Hermann, um teólogo holandês, em Arminius. Seus ensinamentos podem ser assim resumidos:

1) O desejo de Deus e que todos os homens sejam salvos porque Cristo morreu por eles todos.

2) Deus oferece a Sua graça a todos aqueles que possam resistir à perda eterna.

3) Deus elege na base da Fe prevista ou da descrença.

4) É possível para uma pessoa verdadeiramente regenerada perder-se, quando ela retorna a uma vida de desobediência e pecado.

Algumas das Escrituras que provam o Arminianismo são:

1 Timóteo 2:4-6; Hebreus 2:9, 2 Cor. 5:14; Tito 2:1-12; João 6:40 á Hebreus 6:416; 10:26-30; 2 Pedro 1:10.

A VERDADE DAS ESCRITURAS:

O ponto de vista Arminiano está de acordo com as Escrituras, desde que não nos apoiemos em legalidades extremas. Um apostata é uma alma perdida. Devemos andar com Deus, se desejamos ser salvos. Ao mesmo tempo, devemos encarar a graça de Deus como suficiente para manter a alma.

Um viajante compra uma passagem, e embarca num trem. Toma o seu lugar e confia no chefe do trem e no maquinista, certo de que o trem o levará ao seu destino. E assim fará o trem, desde que o passageiro fique no trem. A responsabilidade do passageiro é de ficar no trem. Se ele descer, naturalmente o trem não o levará ao seu destino. O mesmo acontece com a nossa salvação.

1) Quem Somos ?

Somos cristãos e Buscamos andar em uma visão da Restauração da Igreja Noiva e viver como discípulos do Senhor Jesus Cristo, crendo em tudo que Ele disse e fazendo tudo que Ele ordenou. Cremos que a Igreja é uma e buscamos andar em unidade com todos aqueles que se arrependeram de seu pecado de incredulidade, foram unidos a Cristo pelo batismo e tem Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.

2) Para que Existimos?

Existimos para manifestar ao mundo através de nossa proclamação e testemunho pessoal a vida do Senhor Jesus Cristo e cooperar no cumprimento do propósito eterno do Deus Único, ganhando, equipando e enviando os discípulos para serem sal e luz na localidade e em todas as nações.

Tendo como princípio o fazer discípulos e praticar os ensinos da Bíblia com regra de fé, buscando ser um povo modelo, zeloso e de boas obras em amor, unidade, comunhão, misericórdia, serviço e poder do Espírito Santo para que assim sejamos abençoadores e transformadores desta geração e das vindouras.

3)Restauração, Avivamento e Restauração da noiva.

Quando nos identificamos, devemos dizer que somos a Igreja noiva “em restauração” ou no “mover de restauração”. Mas, o que é Restauração da Noiva?

Para entendermos restauração precisamos olhar para a história da Igreja ao longo dos séculos e reconhecer que, por muitas razões, a Noiva de Cristo tem estado muito aquém daquilo que o seu Noivo (Jesus) espera.

Muita coisa foi perdida e outras tantas foram agregadas na estrutura simples que a palavra de Deus nos mostra.

Diante desse fato podemos ter quatro atitudes: a) Passividade, que seria o desconhecimento de tudo o que Deus quer restaurar;

b) Indiferença, que ocorre quando, apesar de conhecermos essas verdades, não temos preocupações com respeito às mudanças;

c) Impotência e Resignação, que ocorre quando enxergamos todas as mudanças, temos as inquietações necessárias, mas não vemos como realizá-las;

d) Fé e compromisso, que ocorre quando, apesar de todas as dificuldades, nos empenhamos em fazer as mudanças, entendendo que essa é a vontade de Deus.

Podemos definir o que é Restauração da Noiva com a seguinte frase: “Manter as verdades que temos, resgatar aquelas que perdemos e deixar aquelas que agregamos ao longo dos séculos”.

Dois são os elementos que compõem a Restauração da Noiva

O primeiro deles é a Restauração da Palavra e da Fé genúina, isto é, a volta à Palavra de Deus revelada para descobrir ali a estrutura e os princípios dos cristãos no primeiro século de existência. O segundo é o Avivamento da Fé perfeita, que é o poder de Deus, o sopro do Espírito Santo que traz consigo as manifestações, os dons, os sinais e prodígios. Traz, também, o quebrantamento, a confissão de pecados, a humildade, a rendição da nossa carne, a paixão por Deus e pelos perdidos. É a capacitação de Deus para fazermos a Sua vontade e a Sua obra (At. 1:8). Sem ele é impossível colocarmos em prática os seus princípios (Jo 15:3); (Heb.11:6).

Portanto, a Restauração da Noiva pode ser explicada com sendo Restauração + Avivamento da Fé perfeita + Graça Salvadora que é a Engrenagem + Óleo que é O próprio Senhor Jesus Cristo em nós, o Espírito Santo(ICo.6:17;Cl.1:27). Se um dos elementos faltar, teremos o desequilíbrio (Ed.1:1-5; Mt 9:17).

Obs: Nós não estamos em uma Igreja restaurada, e sim em uma Igreja em restauração ou no “mover de restauração”. Precisamos ter estruturas que estejam abertas às mudanças que o Espírito Santo quer fazer, lembrando que a mudança pela mudança não é uma virtude (Ex.Comprar um uniforme caro para o filho que está em fase de crescimento.

4) Templo / Salão / Local de Reunião

Para nós, esses conceitos estão ligados ao lugar onde a congregação está reunida. Se temos necessidade de um espaço maior para as nossas reuniões, então buscamos um local maior. Porém, se o grupo é pequeno, não temos necessidade disso e usamos somente as casas.

O templo como lugar da presença de Deus é um conceito do V. T. e que voltou a se fortalecer a partir o século 3 d.C. quando os templos pagãos passaram a ser usados pelos cristãos primitivos e esta se tornou a religião oficial. No primeiro século, entretanto, a Igreja crescia e por orientação do Espírito Santo tinha nas casas, ruas e praças públicas o seu local de reunião. Por isso, não valorizamos excessivamente o nosso local de reuniões. Não o chamamos de templo e nem de igreja, pois entendemos que Deus não está limitado a um lugar e que tudo o que ocorre nesse local de reuniões (oração, louvor, palavra, comunhão, santidade, manifestação dos dons, etc.) deve ocorrer em todos os lugares e em todos os momentos da nossa vida.

No N.T. , nós, a igreja, somos templos do Espírito Santo (I Co 3:16 ; 6:19). Estes locais de reunião podem ser escolas, cinemas, barracões, ginásios de esporte, praças, áreas de lazer, etc. Locais que manifestam a presença de Deus, porque o Seu povo está ali.

5) Nome / Unidade

Analisando a Palavra de Deus, vemos que o único com autoridade para dizer que tem Igreja é o Senhor Jesus (Ef. 1: 20 a 23 - cabeça) e, também, que ela é única e indivisível (Ef. 4:4).

É a expressão do Reino de Deus, sem que haja citação de nome, denominações ou organizações (Ex. “....somos dela única....”). A única citação bíblica é a igreja na localidade (Fp 1:1 ; Ef 1:1).

Procuramos viver de tal maneira que o nosso relacionamento com todos os membros do Corpo de Cristo, seja na localidade ou seja no extra local, seja o mais próximo do ideal.

Entendemos, portanto, que todas as denominações da cidade são divisões da Igreja, cremos na vontade do Pai de sermos um Ministério só e nos colocamos como parte do problema, manifestando nosso descontentamento com o atual estado de coisas.

6) Ministros do Evangelho

Primeiramente, devemos lembrar que o termo pastor é alegórico, pois está comparando aquele que cuida de vidas com aquele que cuida de ovelhas (guia, alimenta, protege, cura, traz para perto, etc.).

Dessa forma, fica claro que pastor não é título e sim uma função (Ex: Paulo, o apóstolo e não o apóstolo Paulo). Em uma estrutura de discipulado, todo aquele que discípula exerce essa função.

Não está ligado necessariamente aos seminários ou faculdades teológicas que tem a responsabilidade de formar bacharéis em teologia.

Devemos observar a diferença existente entre pastores e Ministros: o primeiro cuida de vidas, o segundo exerce o governo na igreja local (Todo Ministro é um pastor, mas nem todo pastor é um Ministro).

7) Louvor e Adoração

Não são apenas os cânticos e sim todas as formas de expressão que manifestam a gratidão e a alegria da comunhão com o Senhor Jesus Cristo e com os irmãos. É uma atitude para com Deus.

Podem ser individuais e congregacionais, com ou sem instrumentos e dirigida a Deus com louvor e alegria e não ao Homem.

O cântico de adoração é diferente do cântico evangelístico que é dirigido ao Homem. Não busca no mundo a inspiração e nem deve ser uma imitação dele (Sl. 150, 96:1, Hb. 13:15).

8) Batismo nas águas

Está ligado à salvação do Homem. Fala de sua experiência de morte e ressurreição com Cristo e sua inclusão n’Ele (Gl. 3:27). Não é um ritual.

Faz parte da Porta do Reino (At. 2:38). Serve de testemunho para aqueles que nos cercam.  Só devem se batizar aqueles que têm consciência do seu pecado, do arrependimento, do sacrifício de Cristo na cruz e da nova vida que temos n’Ele.

Exige-se fé e arrependimento (obediência). Não é uma opção (I Pe 3:21, Mc 16:16).

Entendemos que a forma mais apropriada para batizar é a imersão (bapto = mergulhar). E mencionando o Nome do Pai,Filho, Espírito Santo, que é SENHOR JESUS CRISTO.

9) Batismo no Espírito

Essa experiência pode ser definida pela soma de dois aspectos: a) o PIMPEIME (encher de fora para dentro), a experiência de Pentecostes (At. 2). Pedro faz citação do profeta Joel, mostrando a diversidade das manifestações do mesmo Espírito em um momento específico; b) o PLEIRÓS (encher de dentro para fora), que é o mesmo que andar no Espírito (todos os dias).

É o selo de Deus (Jo. 20:19 a 23). É a capacitação de Deus para o serviço dos santos no Reino. Não é dado por mérito (At. 2:38).

É dado no começo da vida cristã (porta do reino). As experiências podem ser diferentes e o dom de línguas não é o único sinal.

A glória é de Deus, pois Ele é o batizador (II Co. 4:7; Mt. 3:11).

10) Ministérios

Podemos definir ministério como serviço. Não é uma manifestação eventual, mas uma ocorrência contínua. Podem ser divididos em dois tipos: comuns e específicos.

Ministérios comuns: ser testemunhas e proclamadores, edificar nas juntas e ligamentos. Todo discípulo tem esses ministérios (II Co. 5:18 a 20). Não é uma obra para poucos escolhidos (evangelistas, missionários, pastores, etc.).

Ministérios específicos: são os encontrados nas passagens de Ef. 4:12 e 13; I Co. 12:28; Rm. 12: 6 a 8; I Tm 4:14 e a sua manifestação implica no bom funcionamento do Corpo.

Para saber qual é o meu ministério específico devo procurar servir em tudo com alegria e dedicação, sem inveja ou ciúmes (Ecl. 9:10).

Paraeclesiásticas

Organizações formadas com a intenção de ajudar a Igreja a cumprir a Grande Comissão. Servem a grupos específicos (atletas, crianças, mulheres, homens de negócios, estudantes, etc.).

Deus permite a sua existência por dois motivos: a) Sua Igreja ainda está dividida; b) Sua Igreja tem uma visão muito limitada de seu ministério.

Em muitos casos, acaba servindo de “muleta espiritual” e retarda a restauração do Corpo.

Evangelho pregado

É o evangelho do Reino. Aquele que tem Jesus Cristo como Senhor (Lc. 19:2 a 10; Mt. 9:9; 19:16 a 22) e Salvador.

Orienta o Homem a renunciar à sua própria vontade, às suas motivações carnais, a buscar o reino de Deus em primeiro lugar (Mt. 6:33), a tomar a sua cruz e seguí-lo, a perder a vida por amor ao Senhor.

É uma mudança de governo. É a troca do egocentrismo pelo Cristocentrismo.

Não se identifica com o evangelho das ofertas, da prosperidade sem santidade, Evangelho show espetacular de misticismo e gnosticismo pagão.

Famílias

São a base da Igreja (colunas). Devem estar inseridas na vida da igreja. Foram criadas por Deus. São responsáveis diretas pela criação dos filhos. Possuem funções específicas dentro de si (maridos, esposas, filhos, pais). Devem ser um exemplo e um estímulo para os solteiros. A Igreja nunca será melhor do que as famílias que a compõe.

Solteiros

Queremos levá-los a ter uma vida com santidade e propósito no reino de Deus. Ser um povo que cause impacto na sua geração devido ao seu testemunho, estilo de vida, paz, alegria, maturidade. Devem ter alvos claros para sua vida profissional e disposição de constituir uma família sob os princípios de Deus.

Casamentos

Casamos somente pessoas que tenham aliança conosco (compromisso e submissão) e demonstrem certo nível de maturidade física, emocional e espiritual, além de condição material digna. Cremos na insolubilidade do casamento. Procuramos realizar as cerimônias de casamento dentro das nossas reuniões, com envolvimento de toda a congregação nos preparativos, buscando simplicidade e singeleza no ato.

Reuniões

São de diversos tipos, formadas por grupos de diferentes quantidades de pessoas e cumprem vários propósitos: Ensino doutrinário, exercício dos dons espirituais, comunhão, serviço, louvor e adoração, ceia do Senhor, batismo nas águas, alegria do Espírito, etc..

Devem ser participativas e dinâmicas. Podem ocorrer em lugares como salões, casas, praças, chácaras. As reuniões no mover de Restauração da Noiva  não são uma desordem nem, tampouco, uma ordem de homens.

Jejuns e orações

Somos estimulados a fazer jejuns e orações de forma individual e coletiva pelas famílias, pelos nossos governantes, pela Igreja, pelo mundo, contra principados e potestades, por causas específicas, etc.

Temos reuniões de oração por grupos de discipulado, por duplas e trios, além das nossas vigílias.

Dízimos e ofertas

São usados para o sustento dos obreiros, para ajudar os necessitados, para ajudar a outras congregações, para manutenção e ampliação do salão e equipamentos, etc. E que deve ser devolvido(entregue) ao Senhor se crê emseu coração, como obediência e prazer de servir ao Senhor com seus bens, portanto impulsionado tão somente pela fé.

Vida da Igreja

É o viver do propósito eterno de Deus (“Ser uma família de muitos filhos, semelhantes a Jesus para a Sua glória” – Ef. 1:4 e 5; Hb. 2:10; Rm. 8:29).

É uma vida de intensos relacionamentos que não se limitam aos momentos de reunião.  É a manifestação do reino de Deus na sua forma mais prática e dinâmica, pois trata-se de um organismo e não de uma organização.

Missão integral

A Igreja, como Corpo de Cristo e com alternativa de vida para essa sociedade na qual vivemos, é chamada a cumprir sua missão integral, sendo:

a) Sal da terra e Luz do mundo;

b) Ser uma comunidade modelo;

c) evangelizar a cidade, o país e o mundo;

d) Abençoar as pessoas através do seu serviço e das boas obras (creches, escolas, orfanatos, asilos, assistência social, recuperação de viciados, assistência médica, justiça social, etc.), conforme Ef. 2:10, Tg. 2:14 a 17, Mt. 25:31 a 46.

“O alvo é atingir todo homem e o Homem como um todo.”

Tudo isso implica na Restauração da Igreja Noiva em todas as suas dimensões:

Qualidade = Santidade, amor, serviço, virtudes, caráter, maturidade espiritual, etc.;

Poder = Derramamento do Espírito, distribuição de dons, curas, milagres, prodígios, vitórias, etc.;

Unidade = Um só corpo, uma só Igreja em cada cidade e no mundo;

Autoridade = Ministro, Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres e diversas diaconias funcionando como um só corpo;

Expansão = Crescimento numérico na cidade, no país e no mundo. Evangelização local e translocal, missões no país e no mundo;

MISSÃO INTEGRAL = OBRAS DE MISERICÓRDIA;

Protagonismo histórico =Como sal da terra e luz do mundo. Na área sacerdotal em intercessão, oração e luta espiritual nas regiões celestiais. Na área profética, comunicar a Palavra de Deus a todos os níveis, denunciando o pecado e protegendo moralmente as nações.

E, principalmente, ser uma comunidade modelo e uma proposta viva de um projeto social, fundamentado nos princípios e obras do Reino DE NOSSO DEUS SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO AMÉM!!!

 

ASPECTOS DA VISÃO DAS TESTEMUNHAS DO SENHOR JESUS CRISTO HOJE -TESTEMUNHASHOJE

A visão que Deus tem nos dado, e a base dessa visão e como pretendemos nos manter e avançar sobre ela até a restauração do evangelho do Único Deus e Senhor Jesus Cristo e sua revelação completa para a Igreja noiva hoje.

Tem esse estudo, o objetivo, de levantar e esclarecer alguns pontos que julgamos essenciais para a vida da Igreja noiva de nosso Senhor Jesus Cristo.   Que o Senhor da obra nos dê espírito de revelação, sabedoria e quebrantamento para sabermos e experimentarmos qual seja a Sua boa, perfeita e agradável vontade (Rm 12:1,2).

TEMOS UMA VISÃO!

A Visão não se restringe a uma denominação, ou uma religião a mais. Ela vai muito além das denominações, dos dogmas e conceitos religiosos de usos e costumes doutrinários criado pelo homem. Ela sobe estes céus, passa além destes horizontes, e vai aonde há necessidades no Brasil e no Mundo. Porque vem do trono da glória do Senhor, a cura para as noções porque o Senhor Jesus Cristo é o Senhor da Glória e cura das nações. Curas para nossos jovens que estão morrendo sufocadas em todos os aspectos, pela nossa mídia consumista, pela pornografia desenfreada em todos os canais televisivos e mídias a todo instante, intoxicando toda esta geração em todos os sentidos do termo, cativa das drogas e entorpecentes, psícotropicos, drogas sintéticas, as balas da vez, o Clak tem destruído famílias de todas as classes culturais e sociais, e todos os tipos de drogas tem sido experimentados por nossos jovens. O álcool nunca foi tão consumido como nestes tempos presente entre nossa juventude e entre todas as faixa etárias e principalmente entre as mulheres. Um desastre em uma juventude embriagada e entorpecida e em delírios, entregue ao álcool, ao fumo, as drogas e aos conceitos de uma sociedade sem Deus. E por isso todo tipo de desgraça têm acontecido com essa geração. Os valores familiares estão totalmente falidos anulados por instituições e instruções vindas das novelas, dos realits shows das pseudas cultura das celebridades.  A mídia dita as modas, a linguagem e tudo mais. Promovem o homossexualismo e o ceticismo.  É elegante ser promiscuo, virou moda é culturalmente correto, não ser fiel, ter vários amantes, praticar o sexo livre e ter seu minuto de fama.

E o lema é dinheiro, sexo, droga e fama é o Rock in Rool do momento. E estas celebridades não podem ser contrariadas estas mentes celebres e infames e que te rotulam com homofôbico e outras coisas, caso queira contradizê-los, temos que engolir calado. Não! NÓS CRISTÃOS TEMOS UMA VISÃO, TEMOS UMA PREGAÇÃO QUE É UMA CONTRACULTURA A ESSA CULTURA DOENTE QUE ESTÁ AÍ SENDO COLOCADA EM TODAS AS CULTURAS. QUE NADA MAIS É QUE PECADO E AUSÊNCIA DE DEUS É ISTO QUE A BÍBLIA DIZ A ESTAS ATITUDES. E COMBATER O PECADO E A FALTA DE PRINCIPIOS CRISTÃO SÃO OS NOSSOS PROPÓSITOS, MISSÃO E OBJETIVOS DE VIDA.

Existimos como Associação Mundial das Testemunhas do Senhor Jesus Cristo e Missão Apostólica Comunidade Mundial Testemunhashoje. Quais são as razões da nossa existência? Porque as pessoas pensam que cristão é apenas ir às reuniões e bater palmas, servir com seus dízimos e ir embora para casa. Mas, por que nós existimos? Somos apenas mais uma Denominação, mais uma religião? Não, mais existem razões inumeráveis que nasceram no coração do Senhor Jesus Cristo - A ASSOCIAÇÃO MUNDIAL TESTEMUHAS DO SENHOR JESUS CRISTO E A MISSÃO APOSTOLICA COMUNIDADE MUNDIALTESTEMUNHASHOJE, para ser um diferencial neste mundo?

Nós existimos para que? Em Primeiro lugar: PARA CELEBRAR A PRESENÇA DE DEUS NA TERRA. A Bíblia diz que ‘Fomos feitos para o louvor da Sua Glória. Louvando o Senhor Jesus Cristo. Então, nós existimos para celebrar E DAR TODA GLÓRIA AO SENHOR JESUS CRISTO. 

Em segundo lugar: NÓS EXISTIMOS PARA DEMONSTRAR O AMOR DE DEUS. ENTRE O POVO DE DEUS, não pode existir um maior que o outro, um mais importante que o outro, um que fala com um, mas que não fala com outro, um que fica lá separado... Não existe isso NA IGREJA NOIVA DO SENHOR JESUS. Nós temos que demonstrar o Amor de Deus, AMOR ÁGAPE.

Em terceiro lugar: NÓS EXISTIMOS PARA COMUNICAR A PALAVRA DA SALVADORA GRAÇA E VERDADE REVELADA DO SENHOR JESUS CRISTO POR TODOS OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. Em quarto lugar: NÓS EXISTIMOS TAMBÉM PARA INTEGRAR AS PESSOAS A ESTA GRANDE FAMÍLIA CHAMADA FAMÍLIA CRISTÃ DE DEUS.

Ou seja, ela tem que ser unida à Igreja noiva, e todos nós temos que fazer muita força para que isto aconteça. As pessoas, ao chegarem aqui, vão ver um povo que está dentro deste Espírito, e querem se integrar, porque aqui há Paz, há Alegria, há Verdade, há Valores Morais fortes, aqui há Integridade, há Caráter. Aqui é o lugar onde você pode semear a sua Vida, porque ela vai produzir frutos. Aqui é o lugar onde você e sua família deve estar assiduamente.

Então, nós existimos para celebrar a Vida do Deus eterno, cantar, alegrar-mos na presença dEle o SENHOR JESUS CRISTO, sentir-se bem e feliz. Existimos para demonstrar o Amor de Deus – não para criar desarmonia uns com os outros. É para demonstrar o Amor de Deus, comunicar e revelar a Salvadora Graça e a Verdade do Senhor Jesus e para integrar as pessoas à Igreja noiva.

E em quinto lugar, é fundamental você anotar isso, nós existimos por uma razão muito importante. NÓS TEMOS UM CHAMADO A ENSINAR, TREINAR, DISCIPULAR E EDIFICAR O POVO DE DEUS PARA SERVIR A DEUS COM A SUA VIDA E SEUS TALENTOS. Então, nós existimos, a associação Mundial testemunhas do Senhor Jesus Cristo e a Missão Apostólica Comunidade Mundial existem para celebrar a Vida de Deus, para demonstrar o Amor de Deus uns aos outros, para comunicar a Palavra da Salvadora Graça e a Verdade revelada do SENHOR JESUS CRISTO, para integrar as pessoas ao Corpo de Cristo e para Ensinar e Educar. Vamos ver agora com detalhes isto, que é importante.

Primeiro: NÓS EXISTIMOS PARA CELEBRAR A VIDA DE DEUS EM NÓS. Eu tenho entendido que um Culto não pode começar sem disponibilizarmos o coração das pessoas a louvarem ao Senhor. Os instrumentos são importantes,  e devem ser consagrado ao Senhor, podem ser qualquer instrumento, pode ser o piano, violão, a guitarra, a bateria, não importa. Tem que ter instrumentos, as nossas mãos, o nosso corpo, a nossa voz bendita... Nós fomos criados para ter Comunhão, para sermos o louvor para a Glória de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo. Chamamos a isso Celebração.

Disse Paulo em Efésios 1:11 "nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, (12) a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo;"

Nós fomos feitos para o louvor da Sua glória. Deus dá a cada um dos Cristãos a capacidade de O louvar. Uns têm a voz melhor que outros, outros se expressam melhor, mas todos nós temos a capacidade de louvar a Deus: Expressar o nosso Amor a Deus através do louvor, do canto, da expressão corporal.

A Palavra diz na segunda parte de Mateus 4:10 "... Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto." Nós temos um Chamado para adorar a Deus, a dar culto a Deus, e isto não é de qualquer forma. Disse o Senhor em João 4:23 "Mas vem à hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.” Quem O adora em Espírito e Verdade não é só quem canta no corinho. É quem adora a Deus em Espírito e em Verdade. Depois diz no Versículo (24) “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade." São estes que Deus procura. Os olhos de Deus, quando se começa um Culto, fita toda a Igreja noiva, procurando quem são os adoradores que O adoram em Espírito e em Verdade, que O adoram com o coração, que O adoram com expressões, que O adoram com o seu corpo. Isso não é uma adoração emocional. Não é uma adoração carnal. Existem. A Bíblia diz que Deus procura aqueles que O adoram em Espírito e em Verdade: com ordem, com decência a estrutura correta, cantando e louvando, ouvindo a Palavra, orando, dando Glórias a Deus, participando da ceia, demonstrando o Amor de Deus, isto chamamos celebração santa. Cada encontro nosso é um ato de Celebração. A Palavra diz no Salmos 122:1 "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR." O salmista está dizendo: ‘a minha maior alegria é eu saber que vou estar na Casa do Senhor, onde as pessoas amam a Deus como eu amo’, por isso ele diz: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR." Porque é lá que está o povo de Deus, que ama a Deus, celebra a Deus, glorifica o Senhor - somos a Família de Deus. Começamos o culto com oração leitura de um texto Bíblico e o louvor. A Igreja não é um funeral. A  Igreja é um hospital. Nossa Celebração é de pessoas curadas, felizes. A nossa primeira razão da existência é a Celebração da Vida do Deus Vivo Ele ressuscitou

Em segundo lugar, O NOSSO CULTO TAMBÉM É INSPIRAÇÃO. Isaías 40:31 "mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam." NÓS TEMOS NO CULTO A PREPARAÇÃO.

Nós entendemos que temos uma grande responsabilidade porque preparamos pessoas com um objetivo: Diz a Palavra em Efésios 4:11 "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, (12) com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,”.

Então nós celebramos, nós inspiramos e incentivamos as pessoas e NÓS PREPARAMOS AS PESSOAS PARA O DESEMPENHO DO SERVIÇO DO NOSSO DEUS E SENHOR JESUS CRISTO; porque cada um de nós temos um Chamado a servir. Se você não aprende, com o Altar, a servir, como vai servir? Então, celebração, inspiração, incentivos e preparação. NÓS PREPARAMOS AS PESSOAS PARA SEREM MINISTROS DO DEUS ÚNICO. Nós damos instrumentos e ferramentas a cada REUNIÃO, para que a pessoa, no seu dia a dia, use esses instrumentos. Nós ensinamos como orar para você orar quando está doente; como você resolve os problemas das dívidas; como você cuida de um filho; como você cuida da mãe, do pai; como vencer em Cristo, nas lutas na empresa, nos negócios, como você pode começar a sonhar com dias melhores... Nós damos instrumentos para que a pessoa use. Vêm as reuniões e usem na sua vida diária. Nós temos esta inspiração, entusiasmo de Deus. Se você não levar algo de cada reunião para vivenciar, você está perdendo tempo.

NÓS PREPARAMOS O POVO DE DEUS PARA REINAR EM VIDA. Então, estes são os nossos Propósitos: Celebrar, inspirar, incentivar, preparar o povo de Deus para servir a Deus e reinar em vida! Nós existimos para celebrar a presença de Deus, para demonstrar o Amor de Deus.

E EXISTIMOS PARA COMUNICAR A PALAVRA DA SALVADORA GRAÇA E A VERDADE REVELADA DO SENHOR JESUS CRISTO: PARA COMPARTILHAR AS BOAS NOVAS, ATRAVÉS DO EVANGELISMO. Olha o que diz a Palavra em Efésios.3:10 "para que, pela igreja,...” Quando ele diz Igreja, somos todos nós. “...a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida,...” É pela Igreja... Então, nós temos que tornar conhecida lá fora, aquilo que se aprende aqui dentro. Nós ensinamos as pessoas a celebrar, inspiramos a vencer, preparamos a pessoas para reinar, para que elas comuniquem a Multiforme Sabedoria de Deus.

Veja, pela Igreja a Multiforme Sabedoria de Deus se torna conhecida... “... agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais,"

Você aprende aqui conhecer a Deus,a amar a Deus, a si mesmo e a seu próximo. Aprende sobre a Soberania de Deus, o chamado de Deus para sua vida,a fé perfeita, a mordomia cristã. É porque isto que é a Sabedoria de Deus. E esta Sabedoria, depois, tem que ser passada adiante. Você já sabe que, QUANDO SE PREGA A GENUÍNA PALAVRA DA SALVADORA GRAÇA E A VERDADE REVELADA  DO SENHOR JESUS CRISTO, COISAS INCRÍVEIS ACONTECEM. Nós temos experiências fortes. Pecar quer dizer “Errar o alvo”. Um indivíduo que já experimentou maconha, cocaína, Crack, drogas sintéticas, álcool de todas as formas já bebeu até chumbo derretido, já errou com o mundo, já perdeu família, perdeu anos de vida, e enfim, chega a ouvir a Palavra da Salvadora Graça e a Verdade – Coisas que só Deus pode fazer isto! É Puro milagre. Pessoas quê se encontravam perdidas sem esperança e sofrendo no pecado e receberam a libertação pela Palavra ensinada e pregada.

Paulo diz em Romanos 10:13 "Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. (14) “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? (15) E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!" .” A Palavra diz: como vai invocar se não crê? Como vai crer se não ouvir? Como vai ouvir, se não for pregada a Palavra? Ninguém pode saber nada acerca de Jesus, se as pessoas não pregarem.

Nós existimos também para que? PARA INTEGRAR GENTE NA FAMÍLIA DO NOSSO DEUS. É por isso que nós crescemos. Por isso realizamos reuniões, seminários, congressos, palestras, ensinamentos doutrinários para que as pessoas saibam que Deus as ama, e que Ele é o nosso Modelo, por isso nós podemos amar. Diz a Palavra em 1 Pedro 3:9 "não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, ...” Ao bendizer, ao falar bem uns dos outros dentro da Igreja, nós integramos pessoas aqui.  Depois a Palavra diz em 2 Pedro 3:9 "Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento."

Deus é longânimo. Ele não quer que nenhum pereça. Nenhum eleito perecerá, naturalmente, mas a longanimidade de Deus me faz ser longânimo, paciente. Olha, as pessoas, quando vêm à Igreja, às vezes trás graves problemas de conduta, graves problemas emocionais. Temos que ter paciência. Há pessoas que mentem, mentem, mentem, até que um dia se liberam da mentira e do engano. Nós entendemos que as pessoas, quando são integradas na Igreja, trazem todos os seus dramas. E é aqui, um “Hospital Espiritual”, que as pessoas são consertadas pelo Espírito do Senhor. Olha o que diz a Palavra em Provérbios 11:30 "O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio." Temos uma grande responsabilidade de trazer pessoas, integrando-as à Igreja.

DEUS ORDENA PARA QUE SE GANHEM ALMAS. Esta é uma missão que de todo crente. Lucas 14:23 "Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa." Ele disse: ‘Obriga as pessoas a entrarem. O Senhor quer sua casa cheia.’ Você pensa que Deus não quer aquelas pessoas que estão fora da verdadeira fonte de vida Ele é a vida e quem está fora dele está morto. Então o que será daquela pessoas que estão na discoteca, no Samba, no estádio de futebol,  aquelas que estão lotando  os bailes com cinco mil, dez mil jovens – e Deus disse:  Obrigue-os a entrar, eu quero minha casa cheira!  ESTE É UM DESAFIO QUE NÓS TEMOS DO SENHOR JESUS PARA INTEGRAR PESSOAS NA IGREJA NOIVA. Isto é parte  Estratégica de nossa Missão.

Diz a Palavra em Atos 1:8 "mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra." ‘Vocês vão ser minhas testemunhas.’ Jesus disse: ‘O Espírito Santo vai descer sobre vocês, e vocês serão minhas testemunhas: Jerusalém, Judéia, Samaria, até os confins, onde você está, seu bairro, sua cidade, no Brasil, no Mundo.’ Então, porque Deus ama as pessoas, Ele quer que as amemos. Ele quer que nós ganhemos pessoas para Ele.

O CRESCIMENTO DA IGREJA NOIVA É A VONTADE DO SENHOR JESUS CRISTO. Olha o que diz a Palavra em Colossenses 2:19 "e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, ...”

O que estou fazendo aqui? Juntas, ligamentos, estou ensinando, unindo as pessoas. “... cresce o crescimento que procede de Deus." Então, O CRESCIMENTO VEM DO SENHOR NOSSO DEUS.

Vamos fazer a nossa parte: obrigar as pessoas a entrar, falar DO SENHOR JESUS CRISTO. Deus quer que cresçamos. A Palavra diz em Mateus 16:18 "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, ..." EDIFICAR NÃO É FICAR NOS FUNDAMENTOS, É LEVANTAR PAREDES, É DAR CRESCIMENTO. Deus disse: ‘Eu é que vou dar crescimento à minha Igreja.’ Ele diz: ‘Ganhe almas, fale, dê testemunho, ame, celebre, incorpores, ame o seu próximo, ame a você mesmo...’ isto é parte da Vida de uma Igreja. Deus está interessado em números sim senhor!

Em segundo lugar, muitos pensam, que somos nós que fazemos pessoas boas ou a denominação ou a religião não nós somente ensinamos  a palavra. O Senhor Jesus diz "Vinde a mim" é somente isto que podemos fazer levar as pessoas ao Senhor Jesus e " TODOS É O SENHOR JESUS QUEM TRÁS E CHAMA. É O SENHOR JESUS MESMO QUE APERFEIÇOA A TODOS. "

Terceiro lugar. Você é Bem-vindo, você é um abençoado... Tudo que fazemos aqui é intencional, tem calor humano. A pessoa que chega aqui doente, cansada do mundo, é curada logo na entrada, pela Sociabilidade. Durante os Cultos, várias vez é dito: Olha o irmão do lado, diga: ‘Eu lhe amo’, diga o seu nome, dê um sorriso; acabou o louvor, cumprimente, cumprimente com ósculo santo pra não comprometer irmãs beija irmãs e irmãos beija irmãos se isto for sua vontade não há obrigatoriedade,aperte a mão ou abrace todo mundo! Isto é impessoalidade? Não Isto é pessoalidade! E as pessoas, que entram aqui pela primeira vez, têm um encontro com os obreiros, onde as pessoas dizem o seu nome, contam os seus problemas... Cada pessoa abre o seu coração, recebe uma Oração, alguém vai lá e impõe a mão... Isto é impessoalidade? Isto é muito pessoal!

Em quarto lugar, NÓS EXISTIMOS, COMO DISSEMOS HÁ POUCO, PARA ENSINAR E EDUCAR O POVO DE DEUS – ENSINO É EDUCAÇÃO CHAMA-SE DISCIPULADO. Nós ajudamos o povo de Deus a crescer. Olha o que Paulo disse em Hebreus 6:1 "Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus," Nós ensinamos aqui uma mensagem que é uma perfeição, chamada A Revelação da Salvadora Graça de Deus. 

Por isso Pedro diz em 2 Pedro 3:18 "antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. ...” Este crescimento é o algo mais que o Evangelho de Cristo tem a oferecer. E quando Deus revelou-se  na Salvadora Graça DO SENHOR JESUS CRISTO e iluminou os olhos do nosso coração, podemos compreender que há uma estatura perfeita: Ef.4.13-15 "até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do filho de Deus a perfeita varonilidade, a medida da estatura da plenitude de Cristo..." ‘deixemo-nos levar para o que é perfeito; crescei na Graça.’ IPe.5.10.

Isto é parte do Ministério: ensinar e educar as pessoas numa mensagem que gera Propósito de Vida, gera Rumo de Vida. Mas, NÓS EXISTIMOS TAMBÉM PARA DEMONSTRAR O AMOR DE DEUS -  É muito importante você chegar a um grupo e esperar amor e receber amor, porque todos nós já fomos muito feridos na vida. Todos nós já tivemos muitas lutas. Alguns passam por inúmeras necessidades e dificuldades. Nós existimos para ajudar as pessoas a resolver os problemas.    Jesus disse em João 13:35 "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros." NÓS QUEREMOS SER CONHECIDOS PELO AMOR DE DEUS".  Deus nunca desistiu de nos amar. onde você é amado e onde você pode expressar o Amor. O Amor ajuda a suprir as necessidades. Por isso é que dizemos: ENVOLVA-SE COM AS PESSOA. USE AS COISAS E AME AS PESSOAS. Disse Paulo em 1 Coríntios 12:4 "Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. (5) E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo." e Versículo (27) "Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo." Nós somos cada um, individualmente, membros do Corpo de Cristo. NÓS SOMOS UM CORPO, JESUS É O CABEÇA, NÓS SOMOS OS MEMBROS; Você é importante neste Corpo. Nós precisamos de você, mesmo que você pense que não é importante. Nós precisamos de cada um de vocês – isto é vital para a Obra do Senhor Jesus Cristo ser feita. Isto é importante, para que nós nos tornemos uma força em todo o Mundo. Nós precisamos de todos vocês. Todos! Um tem um talento. Outro tem cem! Há um espaço para todos. Deus usa pessoas como você e eu, normais. Deus usa pessoas normais. O PEQUENO AQUI SE TORNA GRANDE NAS MÃOS DE DEUS. 

DEUS PODE USAR VOCÊ EXTRAORDINARIAMENTE. DISPONHA-SE!  O corpo precisa de seus membros. E esta é a nossa Missão cada membro deste corpo um Ministro. Muita gente trabalhando, todos são importantes.  Nós acremos que há coisas essenciais que você tem que saber, para criar força com membro deste corpo.

.Em primeiro lugar, em que nós cremos? – SÃO AS NOSSAS DOUTRINAS. Mas, há algumas coisas essenciais que você precisa saber: porquê nós cremos?

1 – Efésios 4:4 "há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; (5) há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; (6) um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos." Este é o nosso primeiro conhecimento em nossa Igreja.

SÓ EXISTE UM DEUS. Não existe trindade 3 Deuses, 3 Pessoas. Na Bíblia não se fala em trindade. NA BÍBLIA SE FALA NUM DEUS, QUE SE MANIFESTOU EM PAI FILHO E ESPÍRITO SANTO, NÃO PESSOAS MAS SIM OFICIOS DE UM ÚNICO DEUS QUE SE MANIFESTA TRI-UNICAMENTE: COMO PAI NA CRIAÇÃO, COMO FILHO NA REDENÇÃO E COMO ESPÍRITO SANTO NOS TEMPO, DE PENTECOSTES E NA IGREJA NOIVA HOJE.

NÓS CREMOS NUMA SÓ FÉ. Não cremos em muita fé ou em fé fraca, pouca fé, fé tímida... isso é fé natural. EXISTE UM DOM DA FÉ.

1 –AMOR –I CO.13 -Agora, o essencial dos essenciais: 1 Coríntios 13:2 "Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência;...” ainda que eu tenha uma fé poderosa, que diga aos montes: arreda e o monte arreda, e morto ressuscite, o cego veja e paralítico ande, olha meu amado, “... ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei."

2 –ESPERANÇA DA GLÓRIA DE DEUS

3 – NÓS CREMOS NA SEGURANÇA DA SALVAÇÃO. Diz a Palavra em Romanos 8:37 "Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.

(38) Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, (39) nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." Quem é que pode separar do Amor de Deus?

4 -Cremos nos dons do Espírito Santo, falamos em línguas, oramos uns pelos outros, cremos na Soberania de Deus, cremos no dom da Fé, cremos em Jesus Cristo como único e Soberano Senhor, na nossa Unidade com Cristo, no Ministério da Reconciliação. Todas estas Doutrinas são essenciais, e é essencial que você saiba disto.

5 – SANTIFICAÇÃO-I CO.6:11-EF.5:26-HB.2:11- Pedro diz em 1 Pedro 3:15 "antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,"

6 -A BÍBLIA É A AUTORIDADE MÁXIMA DE NOSSO MINISTÉRIO. Ela não é um credo, ela não é um conjunto de regras. ELA É DEUS FALANDO. JESUS É O SENHOR DA IGREJA. JESUS É O CABEÇA DA IGREJA. Nós somos o Corpo. O Governo desta Igreja está submetido aos Valores do Espírito de Deus. Você pode confiar ao ser submisso à Autoridade da Igreja, Você está na realidade provando a sua submissão a Deus.

Esta Igreja é composta por Sacerdotes Reais, todos nós temos acesso ao Trono, todos nós somos Ministros, todos nós nesta Igreja somos fieis dizimistas, a nossa Igreja não faz bingos, nós não fazemos quermesses, nós não fazemos sorteios, nós não temos rifas - somos um povo que temos no Dízimo a Fonte de Prosperidade. Somos um povo de Oração, cremos no Poder da Oração. ESTAS SÃO AS REGRAS DA NOSSA IGREJA. Gálatas 3:26 "Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; (27) porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. (28) De modo, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus."

AQUI NÃO HÁ LUGAR PARA RACISMO, NÃO HÁ LUGAR PARA DISCRIMINAÇÃO, NÃO HÁ LUGAR PARA DIFERENÇA DE COR, NÃO HÁ LUGAR PARA EDUCAÇÃO DIFERENTE, NÃO HÁ LUGAR DISTINTO PARA QUEM TEM POSIÇÃO SOCIAL MAIOR.

COMPREENDA DEFINITIVAMENTE QUAL É O PROPÓSITO DA SUA VIDA, POR QUÊ VOCÊ ESTÁ AQUI, PARA QUE SEJA UMA TESTEMUNHA DO SENHOR JESUS CRISTO PARA O MUNDO INTEIRO.

AFINAL QUEM SOMOS?

Somos um grupo de pessoas que nos juntamos para adorarmos a Cristo, uma noiva, um povo separado do mundo eclesiástico, não somos uma religião, denominação, não somos de forma alguma um sistema religioso, não cremos e muito menos aceitamos o Nicolaismo disfarçado, Balaanismo descarado e o Jezabelismo que é a cara do mundanismo. Sabemos que o próprio Jesus disse que odeia tais doutrinas; somos apenas um povo que acredita em uma unidade, sem fronteiras divisórias de placas religiosas e doutrinárias que são distintas da Bíblia Sagrada. Cremos apenas em um corpo e uma cabeça, a saber Cristo e a Igreja, cremos na restauração da igreja de Cristo, pois profeticamente o mundo religioso deve estar totalmente corrompido para que se manifeste os escolhidos de Deus; 1 Coríntios 11:19 E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós. Então pela luz das escrituras sabemos que todos estão sendo enganados isto é Apocalipse 13, e apenas os escolhidos sobreviverão da morte espiritual que veio sobre o atual mundo religioso, cremos ser justamente a profecia do Livro de Joel Capítulo 2, onde fala da restauração, pois sabemos que no capítulo 1 de Joel fala da decadência do mundo religioso; Joel 1:4 diz: O que ficou da lagarta, o gafanhoto o comeu, e o que ficou do gafanhoto, a locusta o comeu, e o que ficou da locusta, o pulgão o comeu. Cremos nas mesmas doutrinas dos apóstolos, e vivemos a Palavra, nos "denominamos" como povo da Mensagem, pois guardamos apenas uma mensagem, uma mensagem profética, e não placas religiosas, nossa fé é encontrada em praticamente todos os países do mundo e no Brasil existe a mais de 40 anos, todavia, cada igreja é individualmente soberana, não existindo assim uma hierarquia eclesiástica, em resumo falaremos aqui o que nos define de fato. A árvore, isto é, a “Igreja” foi saqueada por esses 4 parasitas espirituais. Joel 1:4 diz: O que ficou da lagarta, o gafanhoto o comeu, e o que ficou do gafanhoto, a locusta o comeu, e o que ficou da locusta, o pulgão o comeu. Lagarta: Estes parasitas começam pelos frutos, destruindo os frutos, ainda que a árvore esteja cheia de vida. Mas depois deste parasita você já se torna uma árvore sem frutos. Gafanhoto: comem a folha da árvore: folhas símbolo do companheirismo em todos os sentidos, por exemplo, um casal sem companheirismo, sem prazer de estar um com o outro, aplique isso também na fé, há pessoas que permanecem na igreja sem prazer de estar com os irmãos buscando a Deus em constante oração e vigilância. Locusta: se alimenta das cascas das árvores, ou seja, da cobertura da árvore, isso tira a força e a vida da árvore, isto é, sair da Palavra para ficar com credos e dogmas religiosos, isso é o que temos visto nos dias de hoje, ismos (responsáveis por tirar a doutrina da igreja). Pulgão: Suga a vida da árvore, suga a vitalidade, nos cultos você já não vê Deus agir, falar, curar, apenas vemos o mundanismo, pulgão suga a vida que estava em você, você perde o prazer de estar cultuando, cultos sem vida, sem revelação (tempos trabalhosos disse Paulo). Porém existe uma profecia, e somos a expressão dessa profecia se cumprindo em Joel 2:25. (Não como instituição, mais como indivíduos) Joel 2:25 E restituir-vos-ei os anos que comeu o gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a lagarta, o meu grande exército que enviei contra vós. Para sermos a verdadeira igreja restaurada precisamos estar fora de todo tipo de engano, uma igreja não pode ser fundada, ela apenas nasce. A Igreja não nasce debaixo de credos e dogmas ela nasce pelo Espirito e pela Palavra de Deus.

NASCIMENTO DA VERDADEIRA IGREJA

Cremos que uma igreja nasce, ela não pode ser criada, fundada mas gerada, observamos pela luz das escrituras, que os apóstolos pregavam de lugar em lugar e a igreja nascia naqueles lugares, quando olhamos para o apóstolo Paulo vemos que era pregador, apóstolo, doutor e luz para os gentios; 2 Timóteo 1:11, ou seja, Paulo nunca fundou alguma religião, mas ele ganhava almas para um único aprisco, e esse aprisco não é meu e de nenhum outro homem é do Senhor Jesus. Este é o padrão, e era de costume Paulo fazer cultos nas casas dos irmãos até ser estabelecido alguma congregação para eles cultuarem a Deus, assim nós cremos no mesmo princípio onde uma igreja deve nascer. Mas todavia, não cremos em fundações humanas de igrejas, religiões, com suas sedes mundiais, pastores distritais, regionais e nenhum tipo de doutrinas hierárquicas humanas; uma igreja apenas nasce, e para sabermos se ela é ou não é a igreja do Deus vivo, apenas devemos olhar para as escrituras e ver se realmente ela carrega o mesmo DNA da igreja da Bíblia, a saber a que nasce, no livro de Atos capítulo 2; pois ali foi o nascimento da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo. Como a igreja nasceu? Qual o fundamento da igreja genuína? A Igreja nasceu na descida do Espirito Santo, no dia de pentecostes, e o verdadeiro pentecostes trouxe direção à igreja genuína, assim também deve ser a igreja verdadeira dos nossos dias, vejamos os princípios da igreja de Cristo e faremos uma comparação com a igreja de hoje.

VERDADEIROS FUNDAMENTOS

Jesus disse que ninguém deveria pregar, porém esperar a descida do Espirito Santo, para que eles fossem guiados em toda a verdade: Lucas 24:49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. João.16:13 Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Então temos aqui nossa primeira fundamentação nas escrituras de como a igreja nasce, ela deve nascer debaixo da promessa do Espirito Santo, e se a igreja é verdadeira, então ela será guiada em toda a verdade, não apenas em fragmentos de verdades como os atuais sistemas religiosos que carregam em si suas próprias doutrinas, nos quais essas religiões são bem diferentes doutrinariamente umas das outras, porém a verdadeira igreja após o aguardo desta “promessa” recebeu de fato o Espirito Santo em seus dias. Atos 2:3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. A pergunta é: O que esse genuíno Espírito Santo produziu nas pessoas? Como elas viviam? Em que criam? Geralmente as pessoas se detêm apenas em responder de forma simplificada, e creem que o Espirito Santo veio apenas nos fazer falar em línguas, porém não foi apenas para isso que veio o Espirito Santo, Paulo fala que o dom de Línguas é o menor dentre os dons, a maior missão do Espírito Santo em nós é: NOS GUIAR EM TODA A VERDADE, fora disso há uma grande ilusão, a pergunta é; qual é toda a verdade, onde podemos encontrá-la? A Igreja nasce debaixo de três etapas: Justificação, Santificação e Batismo com Espirito Santo. A Igreja da Bíblia nasceu após a descida do Espírito Santo, e já na primeira pregação surge ali a primeira doutrina apostólica, o Batismo nas águas no nome do SENHOR JESUS CRISTO, já o padrão do mundo religioso é batizar apenas nos títulos PAI, FILHO, ESPIRITO SANTO, note tamanha incoerência do mundo religioso. Atos 2:38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. Então podemos observar que não existe outro fundamento, apenas o fundamento dos Apóstolos, no qual Cristo é a principal pedra de esquina, agora lembre-se esta principal pedra de esquina que é JESUS é a pedra que os edificadores (RELIGIÕES) rejeitaram, então profeticamente teríamos que ver o erro no mundo religioso e de fato estamos vendo: Efésios2:20 Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina; Salmos 118:22 A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina. Então podemos observar alguns pontos cruciais, veja que no dia de pentecostes, quando a igreja recebe a promessa do Espírito Santo, eles são guiados em toda a verdade, isto é, foram guiados pela doutrina dos apóstolos que era a revelação de Jesus Cristo para sua igreja, e todos de bom grado receberam essa revelação e foram batizados no nome de Jesus Cristo, vejamos: Atos 2:41 De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; Note também que a igreja genuína crescia na liderança do Espirito Santo; Atos 2:42-44 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. Note agora a diferença absurda entre Igreja de Cristo e as religiões de homens. A igreja de Cristo, seus membros, eram batizados no “nome de Jesus Cristo” e eles cresciam em amor, temor e eram unânimes na doutrina dos apóstolos, já o atual mundo religioso só batiza nos títulos “Pai, Filho e Espírito Santo”, e assim rejeitam o padrão da doutrina dos Apóstolos como o fundamento da igreja de Cristo, e criam para si não um povo, mas vários grupos denominacionais, com fé diferente umas das outras, isto nunca foi e nunca será a igreja do Deus vivo. Se você está em algum aquário religioso, saia e mergulhe no mar da Palavra de Deus, acompanhe todos nossos temas abordados neste livro e é certo que o Espirito Santo te esclarecerá tudo o que sua alma precisa para a salvação, nunca desista de aprender. Gálatas 4:16 Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade? Usos e costumes da Igreja de Cristo 2Timóteo 3.16 e 17 "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra".

Sabemos que é uma realidade incontestável que todo sistema religioso carrega sua própria interpretação Bíblica, umas bem extremistas, outras bem legalistas e a maioria bem herética, e a maior pergunta que o homem se faz quando decide servir a Deus é: Para onde vou? Qual religião? Pois cada uma ensina de uma maneira; eu afirmo  a você que nunca podemos deixar de crer na Bíblia para apenas crer em dogmas e credos criados nos sistemas religiosos, que por sua vez, contrariam as escrituras sagradas. 1 Timóteo 6:3-5 Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Nestes últimos dias estamos vendo com nossos próprios olhos pessoas que se dizem cristãs, mas suas condutas, obras, palavras não testemunham a fé que professam ter. 2 Timóteo 4:3-4 Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Nosso trabalho é apenas falar o que as Santas Escrituras dizem sem vã interpretação, e não tirar ou colocar nada, mas, crê como ela (Bíblia) é, pois ela é perfeita, então todos os ensinamentos aqui colocados se chocarão possivelmente com a fé aplicada no atual mundo religioso, porém ensinaremos as mesmas obras as quais a igreja Primitiva vivia e cria, então não deixaremos de ensinar a verdade mesmo que isso se torne uma ofensa a você. Tito 2:1 Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Tito 1:9 Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.

GOSTARIA DE DEIXAR BEM ENTENDIDO QUE

EXISTEM SEMPRE DUAS CLASSES DE PESSOAS.

As Sagradas Escrituras nos falam de ovelhas e bodes (Mateus.25:32,33), árvores boas e árvores más (Mateus 7:17-20), trigo e joio (Mateus 13:24-30), vasos de honra e vasos de desonra (II Timóteo 2:2-20), filhos de Deus e filhos do diabo (I João 3:10). Quem dá ouvido à sã doutrina e vive a Palavra como Ela requer de nós é classificado como filho de Deus, e quem não a ouve é classificado como filho do diabo. João 10:27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; João.10:26-27. Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito: as minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e eles me seguem; I João 3:9 Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus; I São João 3:10 Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus; João 8:44 Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; Veja bem: Nossa real intenção é de preparar uma igreja limpa, pura, imaculada. Não fazemos proselitismo, não apontamos para nós como padrão de salvação, todavia apontamos para a Palavra de Deus como padrão de salvação II Coríntios 11:2-3 Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; Por que os tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, Cristo. Mas temo que, como a serpente enganou a Eva com sua astúcia, assim também seja de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos... Deus vai separar o joio do trigo, o bem do mal, observe que tipo de natureza está em você, faça um auto exame, defina-se! Mateus 13:30 Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, recolhei-o no meu celeiro. De agora em diante você verá os usos e costumes da igreja primitiva, e teremos como base e regra de fé as Santas Escrituras para agirmos como a Igreja de Jesus agia.  Lembre-se; Jesus vem buscar a igreja que Ele deixou, se  ele deixou uma igreja santa, então ele certamente virá buscar uma igreja santa.

ESTAMOS VIVENDO DIAS EM QUE AS RELIGIÕES JÁ

NÃO POSSUEM IDENTIDADE.

UMA IGREJA SEM IDENTIDADE

De um Lado, vemos a Igreja Verdadeira, a qual tem sua identidade manifestada em boas obras, pois ainda se parece com Cristo: Apocalipse 2:9 Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás. Mas por outro lado o mundo religioso, o qual perdeu sua identidade, apenas vive do “nome”, mas já não possuem nada de Deus além do nome: E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Apocalipse 3:1 Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens “nome” de que vives, e estás morto. Será que você possui a mesma identidade da igreja de Cristo? Ou já está morto?

• Quem está jejuando? Jesus disse que deveríamos jejuar; Marcos.2:20 Mas dias virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão naqueles dias. • Quem está evangelizando? Jesus disse que deveríamos ganhar almas; Lucas 9:2 E enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos.

• Você tem amado seu próximo, incluindo aqueles que te perseguem? João 13:35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. João 15:12 O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Mateus 5:44 Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;

• Quem tem alegria na perseguição? E quando alguém te persegue? Atos 13:52 E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.

AFINAL EM QUE VOCÊ SE PARECE COM

CRISTO? EM QUE VOCÊ SE ASSEMELHA COM

A IGREJA DE CRISTO?

Note que Pedro disse: 1 Pedro 4:7-10 E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração. Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados. Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações, Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Hoje o mundo religioso não tem mais sua identidade em Cristo, a começar pela liderança da Igreja, pois já não seguem o Padrão da Bíblia, mas estão inflamados no erro da sua própria consciência. Tito 1:15 Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. A Igreja hoje sofre a maior crise de identidade que esse mundo já viu, elas nem se parecem com elas mesmos quando foram fundadas, que terrível crise de identidade. Tito.1:7-10 porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; e tendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes. Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão. Esse é o padrão de Deus para uma liderança, mais o padrão dos homens são cursos de teologia e politicagem.

AFINAL VOCÊ REALMENTE SE PARECE COM A

IGREJA DE CRISTO?

Nosso intuito é ajudar você nesta caminhada espiritual, apenas seja sincero(a), viva uma vida simples com Deus, estaremos aprendendo agora a verdadeira forma de adorar nosso Jesus, em Espírito e em verdade, de agora em diante estaremos falando acerca de questões que geralmente trazem confusão no mundo religioso, pois todos os sistemas religiosos pregam da sua própria maneira, creem em suas próprias doutrinas, uns de um jeito outros de outro, porém ficaremos apenas com a maneira de Deus para nós, ficaremos fora de dogmas e credos humanos. Provérbios.13:14 A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte. Por mais que o mundo religioso pregue seus próprios caminhos, isto de nada adianta, pois só traz confusão e morte espiritual, por isso Jesus disse: João 14:6 Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Não tem outro caminho e de agora em diante aprenderemos como, e qual era o caminho percorrido pela igreja primitiva, a igreja apostólica, qual fé e comunhão viviam os discípulos e a igreja nos primeiros séculos, fazendo assim um paralelo entre a igreja primitiva e os atuais sistemas religiosos de hoje, então veremos que é certo afirmar: A Igreja da Bíblia é a única Igreja na qual deve ser copiada.

A ÚLTIMA CHAMADA PARA A SALVAÇÃO

 CONTRADIÇÕES RELIGIOSAS

A Bíblia diz: 1 Timóteo 2:9-10 "Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas" O mundo religioso diz: Deus só quer o coração! então usem trajes indecentes, sem modéstia, pintem seus cabelos, usem colares, pinturas, brincos, podem usar tudo, contrariem a Bíblia e vocês ainda irão para o céu (é praticamente isso que se ouve, apenas não de maneira aberta como foi exposto aqui).

A Bíblia diz: 1 Pedro 3:3-5 "Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus". Nos dias de hoje nem sabemos mais quem é e não é cristão! Jovens que dizem servir a Deus andam sem camisa, de shorts pelas ruas, moças que dizem servir a Deus de mini saias, roupas coladas, parecendo mais prostitutas do que servas de Deus, mas afinal quem tem maior valor? A Bíblia ou os atuais ensinos de hoje? Na sociedade ou nas igrejas? Deus mudou de ideia? Deus se arrependeu de ensinar contra o erro? Agora Deus gosta de ver essa vergonha moral nos atuais sistemas religiosos? NÃO! Pois Deus não muda, e nunca mudará mas é certo que o homem muda como já mudou e viverá em constante mudança. Hebreus 13:8 Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. Provérbios 4:20 Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido. Mateus 24:35 Jesus disse: O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.

 Você vê a incompatibilidade doutrinária entre as religiões e a Bíblia?

Você crendo ou não será julgado, isso é fato, esse pode ser o último  chamado de Deus para a sua vida, às vezes fechamos nossos olhos espirituais e não vemos os sinais da chamada de Deus. Bíblia diz: Lucas 6:47 Qualquer que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante: Você se assemelha com o quê? Uma prostituta ou uma serva de Deus? Com servo de Deus? Ou servo do maligno? Nada te livrará do Juízo de Deus nem mesmo teu dinheiro, dizem as escrituras: Ezequiel 7:19 o teu dinheiro no dia do Juízo de Deus não te livrará das suas mãos, nada vai te livrar do Grande e Terrível dia do Senhor, o que você terá para prestar contas de tua alma? A sua prata lançarão pelas ruas, e o seu ouro será removido; nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia do furor do SENHOR; eles não fartarão a sua alma, nem lhes encherão o estômago, porque isto foi o tropeço da sua iniquidade. Este pode ser o último chamado de Deus para a tua vida. Deuteronômio 30:19 Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência. Pregamos o evangelho restaurado, o qual a Bíblia diz que seria no tempo do fim, pois todos acham que estão indo para o céu, todas as igrejas, porém a Bíblia diz que não: Mateus 7:21 Nem  todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. No livro de Romanos 9:27 diz que o número dos santos “crentes” pode ser da mesma quantidade da areia do mar, mas só vai para o céu os remanescentes, aqueles que vivem e guardam toda a Palavra de Deus como está escrito.

RECOMENDAÇÕES E ESCLARECIMENTOS:

Título de Pastor, os que apascentam as ovelhas

Existem religiões que não creem em que possam existir Pastores, e por isso intitulam seus líderes religiosos de: Bispos, Anciãos, etc. Esses grupos afirmam que ninguém pode ser chamado de Pastor, existe também outro tipo de fé religiosa que afirma que você não pode ter nenhum Líder Espiritual, independente do nome ao qual é chamado (seja Pastor, Ancião etc.) veremos se isto é verdade: 1º. Na luz da Bíblia sabemos que na Igreja não existe um segundo cargo de presbítero, bispo e ancião, pois são ofícios dado ao Pastor com nomenclaturas diferentes. Vejamos o que a Bíblia ensina em Atos 20:17-28. Paulo mandou chamar os “ANCIÃOS” da igreja (verso 17) e disse-lhes: “Olhai por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu “BISPOS” para “APASCENTARDES” a Igreja de Deus (verso 28). Paulo disse a Tito que: “Estabelecesse  PRESBÍTEROS...porque convém que o BISPO seja irrepreensível...”, Tito 1:5-7. Paulo falava de um só cargo, pois quem apascenta é pastor. Pedro disse: “Aos PRESBÍTEROS que estão entre vós admoesto eu que sou também Presbítero com eles...Apascentai o rebanho de Deus” ... I Pedro 5:1,2. É claro que quem apascenta é pastor. Conclui-se que bispo, presbítero e ancião, são títulos dados ao “PASTOR”, portanto, não existe problema algum referir-se ao mesmo utilizando o termo Pastor, podendo também haver vários Diáconos numa Igreja, não obstante Pastor, Presbítero, Ancião, Bispo que haja somente um, pois todos estes títulos são dados ao Pastor (Obs. muito importante: Ancião é quem ele é e não um cargo ou uma unção, presbítero é o seu cargo, trata-se de um Pastor com idade avançada). Hebreus 13:17 Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.

2º. A única forma de Deus falar com o homem é através de outro homem, a não ser que tal homem seja profeta. Deus sempre usou homens, sempre deu lideranças para seu povo, quer seja sacerdote, profeta, juiz ou rei independentemente da nomenclatura, você tem chefe até em seu emprego, por isso somente os rebeldes não aceitam que sejam liderados. Veremos: JESUS É O SUMO PASTOR, assim como existia o sumo Sacerdote entre os Judeus para que então houvessem os Sacerdotes assim também existe o SUMO PASTOR: JESUS; e os pastores (plural) são os  (HOMENS) 1 Pedro 5:4 E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória. (Este Pastor é nosso Senhor Jesus). É irrelevante negar que Deus deu dons de liderança a homens (claro que não se pode comparar ao bando de ladrões que vemos hoje no mundo religioso, que pregam dinheiro e prosperidade esquecendo da vida eterna a qual foi proferida pelo profeta Isaías e Jeremias; Isaías 56:11, Jeremias 23:1) posteriormente falaremos sobre esta classe. Todavia, se conhece a árvore pelos frutos disse Jesus; então podemos sim comparar pela forma na qual o Pastor vive e ensina, essa é a única forma de sabermos se ele é realmente “um Pastor ou um Impostor”; mas vejamos o que a Bíblia diz: Efésios 4:11 E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores;

 Penso ser isto já é o suficiente para acabar com a discussão, vê-se então a diferença do sumo para o pastor, pois o sumo é perfeito e o pastor é falho. Hebreus 8:2, 3 Ministros do santuário, e do verdadeiro Tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem. Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer. Entenda; o sacerdote homem (pastor entre os homens) não é Jesus, disse Paulo. Hebreus 5:1-4 Porque todo o sacerdote, tomado "DENTRE OS HOMENS", é constituído a favor  dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados; E possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados; "POIS ELE TAMBÉM ESTÁ RODEADO DE FRAQUEZAS". E por esta causa deve ele, tanto pelo povo, como também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados. E ninguém toma para si esta honra, senão O QUE É CHAMADO POR DEUS, como Arão. Jesus estava cheio de defeitos? Não! Estes aos quais refere-se a escritura acima, são os "pastores homens", então um Genuíno Pastor deve ter uma chamada assim como Arão foi chamado por Deus. Uma vez que o homem recebe o ofício de verdadeiro Pastor por meio do chamado de Jesus para tal obra, logo se compadece dos pecadores, haja vista que ele também está cheio de defeitos e todos somos necessitados da misericórdia de Deus. Resumindo, as escrituras dizem: Hebreus 13:17 Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. Note que a Bíblia fala Pastores no "plural, e no Máximo eles irão dizer que a tradução da palavra pastores no Grego é "guias", então se é "guias", estamos no contexto, todos precisamos de uma liderança para nos guiar", Amém! Isso é bíblia, então sabemos e reconhecemos que existem muitos que se dizem pastores e nada compreendem, isto é verdade, é certo que está claro para quem lê com bons olhos, assim como nada compreendem os cegos de consciência, apesar das provas escriturísticas tão claras como as que foram mostradas.

FALSOS PASTORES E A SINAGOGA DE SATANÁS

Lucas 13:24 Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão. Nos dias de hoje todos os cristãos acham que estão indo para o céu, todas as religiões acreditam que mesmo andando por caminhos diferentes estão chegando no mesmo lugar, seria isto verdade? Mateus 7:14 E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Segundo as santas Escrituras o verdadeiro caminho é apertado, estreito, porém observamos que nos dias atuais, muitas religiões têm aceitado muitas coisas contrárias à Bíblia Sagrada, Pastores que ao invés de pregar salvação pregam  sobre bênçãos financeiras, dinheiro, facilidades nesta vida, e com isso os mesmos colocam a moda dentro da igreja, o lugar que um dia foi chamado "santo", hoje tem se transformado em um covil de ladrões e salteadores profanos e a Bíblia diz que o caminho que realmente leva para o céu é estreito e apertado, sendo poucos os que o encontram. Mateus 7:13 Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; Então como podemos crer que todos estão se conduzindo para o céu sem santidade, sem amor, sem ter pelo menos uma visão espiritual? Mateus 15:14 Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova. Jeremias 23:1 Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR. Nas sinagogas de satanás Pastores apascentam a si mesmo, não pregam a salvação, não pregam a santidade e veja agora o que a Bíblia diz para estes pastores: Jeremias 25:35,36 E não haverá refúgio para os pastores, nem salvamento para os principais do rebanho Voz de grito dos pastores, e uivos dos principais do rebanho; porque o SENHOR está destruindo o pasto deles. Enquanto isso as Escrituras dizem para a Igreja de Cristo... Jeremias 3:15 E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência. Hebreus 13:17 Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. Na Igreja de Cristo Jesus mesmo aprova e envia pastores para realmente ensinarem as escrituras, sempre fugindo de tradições de homens, somente pregando o evangelho que a Bíblia ensina, por que está escrito; Gálatas 1:8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (MALDITO).Nas Sinagogas de Satanás é diferente, as escrituras para eles dizem: Jeremias 23:1 Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR. A Diferença é que o ofício Pastoral é dado por Deus, e é um dom de Deus e não uma fonte de riqueza para os homens. (Referência: Efésios 4:11) As sinagogas de satanás mudam as Palavras de Jesus pelas suas tradições através dos Cursos de Teologia, fabricando "Pastores" que não possuem o dom, portanto, tornam-se apenas zumbis guiados para se alimentarem da carne já que possuem grande ambição por dinheiro e apascentam-se, fazendo isso eles têm dispersado as ovelhas de Jesus, ao invés  de dar pastos fazem das ovelhas os seus próprios pastos, suasovelhas têm servido de alimentos a eles. O Juízo cai não apenas para os pastores, mais também para aqueles que ajudam a expandir essa fonte de erros. Jeremias 25:34 Uivai, pastores, e clamai, e revolvei-vos na cinza, principais do rebanho, porque já se cumpriram os vossos dias para serdes mortos, e dispersos, e vós então caireis como um vaso precioso. Veja a Bíblia Fala da condenação dos pastores e os principais do rebanho que são os pregadores, auxiliares, obreiros; não sendo apenas os pastores, mas todos aqueles que pregam a Palavra e continuam contrariando as escrituras, nem eles (os pregadores) escaparão das mãos de Deus por darem mais ouvidos a seus falsos pastores esquecendo da Palavra do SENHOR. Ezequiel 34:10 Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto. Jeremias 50:6 Ovelhas perdidas têm sido o meu povo, os seus pastores as fizeram errar, para os montes as desviaram; de monte para outeiro andaram, esqueceram-se do lugar do seu repouso. Muitas ovelhas estão extremamente cegas a ponto de não conseguirem enxergar a verdade, elas não têm alimentos, e  sem alimentos todas estão fracas, sem visão, sem força de ir à igreja, o culto fica pesado, as pessoas não sabem que sem santificação é impossível ver a Deus, e se você como uma boa ovelha for falar alguma coisa para determinados pastores das sinagogas de satanás eles ficam zangados e dizem que é assim mesmo, que são normas da igreja, se você fala sobre santificação eles dizem que são outros tempos e cada um que sabe o que faz, Pastores cegos que não buscam mais a Deus; não sabendo eles que somente estão cumprindo as escrituras. Jeremias 10:21 Porque os pastores se embruteceram, e não buscaram ao SENHOR; por isso não prosperaram, e todos os seus rebanhos se espalharam. Na Sinagoga de satanás eles não estão preocupados com você, querem somente o seu dinheiro, querem encher a igreja, querem apenas nome, eles não te ensinam que mulher não pode cortar o cabelo, nem usar roupas curtas, ou usar pinturas, brincos; justamente temendo que você possa sair e ir para outra religião, e assim eles não ganhariam mais seu dinheiro, deixam de pregar a verdade para poderem viver bem aqui nesta terra, mas os pastores da igreja de Cristo pregam salvação, porque a porta é estreita. Isaías 56:11 E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte. Ó querida ovelha! Se estás perdida sem saber por qual caminho andar, lembre-se a salvação está na Palavra de Deus,  nunca numa denominação ou sistema falido religioso, a Salvação é Cristo; o problema é que existem ovelhas que amam mais a Placa da Igreja que o próprio Cristo, e dizem assim: De lá eu não saio! Sem visão preferem comer do lixo religioso ao invés de comer pastos verdejantes que é a Palavra de Deus. Saia da Sinagoga de satanás e corra para a Igreja de Cristo, que é viver o que está escrito na Palavra; Paulo diz: Gálatas.1:8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (tradução: maldito). O mundo religioso tem pregado outro evangelho bem diferente do que Paulo pregou, sendo que ele mesmo disse que este evangelho é maldito.

JEJUM, ORAÇÃO E LEITURA DA PALAVRA

Há pessoas que dizem que não precisam jejuar, seria isto verdade? Jesus Disse Marcos 2:20.  Mas dias virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão naqueles dias. Jesus disse que após sua partida deveríamos Jejuar. A Pergunta é: qual o verdadeiro Jejum? Pois o Jejum é tanto espiritual como natural e eles precisam unanimemente estarem alinhados. ISAIAS 58:5-9

5 - Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao SENHOR?

 6 - Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?

7 - Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?

8 - Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda.

9 – Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente.

Veja que a mensagem é bastante clara: Haviam pessoas que se preocupavam em fazer práticas de jejum, afligindo o próprio corpo, mostrando-se aflitos pela fome e sede, mas não observavam o mais importante, o amor pelo próximo. Eram capazes de serem assíduos no jejum, mas não  deixavam de oprimir os pobres. Primeiro de tudo vem o amor pelo próximo como sublinha o ensinamento de Jesus. Em si, Isaías não critica o jejum; critica a incoerência. Esta mensagem pode ser aplicada a muitas outras situações onde se desvela a hipocrisia: de um lado a fidelidade em mostrar aspectos que aparecem (exemplo: estar sempre nos cultos sem perder um só culto) porém nem sempre se observa os ensinamentos de Cristo ou tem reverencia para com Cristo. (Não adiantando estar cultuando diariamente se não há interesse na mudança de caráter, mudanças de hábitos. Sabendo disso. Daremos conselhos de como jejuarem. Cremos que se seguirmos as indicações abaixo, teremos uma melhora significante na vida espiritual.

JEJUM NATURAL

• Recomendamos que haja pelo menos dois Jejuns na semana e também que ao Jejuar entreguem seus respectivos jejuns no mínimo após às 12:00 horas (12 horas do Dia) pois apesar de sabemos que o Jejum Bíblico era contado dia e noite e até 18:00 horas termina-se o dia biblicamente (calendário lunar) para se iniciar a noite. Lembrando que aPalavra do Senhor nos diz:Obediencia quero não sacrifício(1Sm.15:22) (No Jejum deve-se respeitar idade, problemas estomacais etc. Essa é somente uma recomendação de como fazer o verdadeiro jejum) haja a vista que depende exclusivamente de sua fé. E a duração do jejum é você que define.

Não adianta passar horas e horas com fome e sede se durante o jejum você não dedicar este tempo apenas  à oração constante e meditação na Palavra, a santidade, a introspecsão, caso contrário você está apenas passando fome como alguém que não tem o que comer, acredite não há diferenças para aqueles que  não tem o que comer e você. Jejum não é apenas deixar de comer, passar fome, isso não é jejum a Deus. Todavia Deus sabe quem não pode doar seu tempo em oração e leitura da Palavra. "Deus vê quem tem tempo disponível e não aproveita este tempo para Jejuar naturalmente e espiritualmente" e vê aquele que por amor faz Jejum, porém tem que trabalhar durante o dia e durante o jejum faz orações somente em Espírito, então resumindo te digo: dê o seu melhor a Deus.

TIPOS DE JEJUM

JEJUM ESPONTÂNEO: sempre acompanhado de orações, tendo somente objetivos especiais. É sempre secreto: Mt 6.18. Na Bíblia, o jejum espontâneo tem os seguintes objetivos:

1) honrar a Deus: Isaías 58.3-7, Mateus 6.18.

2) humilhar-se perante os juízos divinos: Salmos 35.13, 2; Salmos 12.16, Neemias 9.1-3, Joel 2.12.

3) como período de preparação para as batalhas espirituais: Mateus 4.1-3, 17.21.

ACONSELHAMENTOS SOBRE ORAÇÕES E LEITURA DA BÍBLIA

Tudo aqui escrito são apenas conselhos e não um conjunto de regras às quais você deve se submeter, pois Deus olha para como você age, vê se você faz algo por amor se submetendo a Ele, como também vê quando agimos apenas como as religiões, com seus dogmas e credos. Aconselhamos aos membros de Cristo a fazer pelo menos cinco orações ao dia, sendo três orações de agradecimentos. Oração ao acordar: para agradecer o dia em que Jesus irá nos abençoar; Oração antes das refeições: (almoço, jantar, lanches) Mateus 26:26, mesmo que suas refeições sejam em restaurantes, casa de parentes, lanchonetes, não se deve esquecer de agradecer e apresentar aquela refeição ao Senhor nosso Deus. E oração antes de dormir: para agradecer por mais um dia que recebemos do Senhor e aproveitar para pedir perdão pelos nossos erros. Salmos 4:3 “Sabei que o Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo a ele.” Devemos ter hábitos de orar pelas madrugadas e aconselhamos aos membros a prática desse exercício todos os  dias. Provérbios 8: 17 Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão.

Aconselhamos a terem o hábito de lerem a Bíblia diariamente, todavia, recomendamos que seja formalmente e de maneira sequenciada. Salmos 1:1-4 “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.” OBS: Nenhum dos itens acima relatados são leis ou são encarados como itens de regulamentos, são simplesmente conselhos e devem ser feitos de coração, devem sentir felicidade em fazê-los, caso você faça apenas por dogma, ou seja, feito como um conjunto de regras que você deve seguir isso não trará benefícios nenhum. Veja também que a oração deveria ter pelo menos três pilares principais:

1º Humilhação própria,

2º Exaltação ao Único Deus e

3º Petição do que precisamos.

Devemos começar nossas orações humilhando-nos, falando o quão miseráveis somos, o quanto precisamos d’Ele para vencermos, desse modo quando fazemos em espirito e em  verdade a oração começa a ficar ungida, e o Espirito Santo nos faz reconhecer que realmente estamos errados, em seguida devemos exaltarmos ao nosso Deus, falarmos das Suas grandezas, do Seu Eterno Poder, da Sua Magnitude e Esplendor, sempre buscando engrandecer exaltar esse Deus vivo e somente por fim que devemos pedir algo se formos sinceros.

RESPEITO, ORDEM E PRUDÊNCIA NA CONGREGAÇÃO

Existem muitos tipos de fé religiosa pelo mundo, e algumas delas desvalorizam o lugar no qual nós nos congregamos, dizendo eles que Deus não habita em templos de pedras, e sabemos que de fato Deus realmente não mora em templos de pedras, Ele mora em Templos de Carne: Nós! Todavia devemos sim respeitar e ter zelo pela casa de Deus (lugar onde estamos em congregação) exemplo disso foi Jesus em Mateus 21:12 E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões. Então veja que quando os discípulos viram o Zelo de Jesus  com o Templo de Pedras lembraram da profecia do Antigo Testamento, João 2:17. Jesus chamou o Templo de Casa de Deus ainda quando tinha apenas (12) anos, e foi diversas vezes ao templo, e se Deus habita em você onde você for Ele ali está, então congreguem-se e não deixem de cultuar a Deus, apenas O adorem em Espírito e em verdade, não apenas como um costume ou por credo.

SILÊNCIO

Dentro da Igreja (TEMPLO) é necessário que haja respeito, não se deve aceitar de forma alguma conversa paralela, “mascar” balinhas, chicletes, lanchar. Sabemos que a casa de Deus é chamada casa de oração e oração é falar com Deus. Isaías - 56:7. Se alguém quer conversar ou falar algo espere o culto terminar e fale somente o necessário  e o conveniente, cultue a Deus em Espírito e em Verdade João 4:23, pois é assim que os verdadeiros adoradores fazem. Se alguém for pego conversando, ou de certa forma sendo irreverente na casa de Deus, deve ser chamado a atenção pelos Diáconos ou pelo Pastor diante de todos. pois esta recomendação é de Paulo. 1 Timóteo 5:20. Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor. Eclesiastes 5:1 Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal. Devemos chegar meia hora antes do culto para o prelúdio, e ao adentrarmos o templo devemos ter o hábito de fazer a primeira oração no altar e não nos bancos ou cadeiras, pois o altar simboliza o calvário, deve-se ajoelhar ao chegar na igreja e orar dando a Ele graças, agindo reverentemente, porque assim fazem os que realmente o adoram em Espírito e em Verdade, não ficando na porta da igreja ou do lado de fora com conversas, ou tirando cadeiras e bancos fora do seu devido lugar, devemos dar a devida honra a Deus. Eclesiastes 5:1

SANTIFICAÇÃO

1 Tessalonicenses 5:23. E o mesmo Deus de paz vos santifique em TUDO; e todo o vosso ESPÍRITO, e ALMA, e CORPO, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Todo homem é constituído de; corpo, alma e espírito, no entanto, o corpo e alma fala da natureza humana e o espirito fala da natureza divina. O espirito não se perde, não se  corrompe, pois é o espirito que alinha nossa alma, e a alma por sua vez alinha seu corpo em santidade. Eclesiastes 12:7 E o pó (corpo) volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu. E a alma? É ela que peca, e é ela que será condenada ou salva, Ezequiel disse: ...a alma que pecar, essa morrerá. Ezequiel 18:4 A alma é a sede das nossas emoções, sua alma fala do seu caráter da sua personalidade. É com sua alma que você adora ao senhor é com ela que você peca, é com ela que você se abate. Salmos 104:35, Jeremias 31:25, Jó 10:1, Salmos 146:1, Lucas 1:46, 1 Samuel 18:1, 1 Samuel 30:6 etc... No Novo Testamento, a alma foi escrito no grego, e sua tradução fala de "psiqué", que traduz-se como uma parte interna invisível. Já no Antigo Testamento, escrito em hebraico, vemos o termo Nephesh, que possui vários significados, dependendo do conceito que é aplicado.

Em suma, a alma é considerada a sede das emoções, trabalhando no campo da mente humana ao trazer sensações emotivas, prazer, alegria tristeza e etc... A pergunta é: Quem alinha a nossa alma em verdadeira em adoração a Deus? O Espírito, Ele alinha nossa alma. O Espirito: É o princípio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal, embora receba impressões do corpo e da alma, também é capaz de receber conhecimentos diretamente de Deus e de manter com Deus uma comunhão espiritual que  ultrapassa os raciocínios da alma (psique). Ela nos torna conscientes de Deus. João 4:24 Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. Corpo: dispensa comentários, sabemos que o corpo é o receptáculo da alma e espirito, nosso corpo deve ser templo do Espirito Santo: 1 Coríntios 6:19 Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Mateus 10:28 E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. (Nunca o Espirito) Ou seja a escritura que lemos: 1 Tessalonicenses 5:23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em TUDO; e todo o vosso ESPÍRITO, e ALMA, e CORPO, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Sabemos que o Espírito não peca, não será condenado, Ele é quem nos convence do pecado, o Espirito é que alinha nossas emoções, e nos traz desejo de coração em servir a Deus. Uma vez que o espirito alinha sua alma, há então uma transformação de vida, sua alma por sua vez alinha seu corpo, desde maneira de falar, pensar, agir, vestir. Sendo assim não adianta dizermos que Deus só quer o coração sendo que a Bíblia diz: CORPO, ALMA e ESPÍRITO. Tiago 2:26 Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta. Hebreus 12:14 Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; Nos dias de hoje é muito comum os sistemas religiosos aplicarem como prática cristã uso de vestimentas indevidas, roupas curtas, indecentes, todavia, devemos andar bem vestidos, vestes compridas, falar palavras edificantes, ter boa índole, buscar a Deus em oração, leitura da Palavra de Deus e em Jejuns, não falar mal dos outros, não mentir, vestir-nos com pudor, concernente aos santos de Deus, calças para homens e saias para mulheres (de preferência vestidos), saias que cubram seus joelhos quando sentadas, ter amor por todos e seguir em Paz. Afinal onde Deus mora há transformação e novidade de vida. 1 Coríntios 6:19 Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Mas se você acha que não precisa fazer isto para ir para o céu, tudo bem, deixe os ensinamentos Bíblicos e mergulhe nas tradições humanas, pois a Bíblia diz que isso iria acontecer com os que não querem nada com Deus. Marcos 7:9 E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição. Nos dias de hoje somente os eleitos aceitarão viver a sã doutrina, muitas pessoas a rejeitarão pelo fato das doutrinas da porta larga serem bem práticas e flexíveis, por isso muitos  acreditam que podem fazer tudo que quiserem e que ainda assim chegarão ao céu. 2 Timóteo 4:3 Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; Todas essas divergências de dogmas e credos existentes por aí são somente doutrinas de demônios, afim de enganar a todos e convencê-los a acharem que estão indo para o céu com toda facilidade possível. 1 Timóteo 4:1 Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Mas se você é um eleito reconheça a Palavra de Deus em nossos dias... 1 Coríntios 14:37,38. Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora isto, que ignore. O certo é que; se você não anda em santidade de corpo e alma é o maior sinal que você não está alinhado na Palavra de Deus. Nossas obras devem estar fundamentadas na palavra de Deus e nunca em dogmas, costumes ou tradições humanas, porque está escrito: Marcos 7:9 E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição. Muitos têm invalidado a Lei de Deus por tradições de homens, contrariando as Escrituras Bíblicas. O Espirito deve alinhar sua alma na verdadeira adoração. E a verdadeira adoração tem por obrigação transformar sua maneira de viver, seus hábitos, suas vestimentas, ou seja, seu corpo, sua natureza humana, afinal o exterior é o reflexo do que está no seu interior. O Mundo religioso adotou as obras do mundo; roupas mundanas, roupas rasgadas, mini saias,mini blusas, roupas transparentes e sensuais, cabelos inreverentes vaidades, pinturas, brincos, se parecem muito mais com o mundo do que com povo de Deus. Mateus 7:21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Servir a Deus é renunciar: abrir mão de nossa vida, do que gostamos para adquirirmos a vida de Deus e vivermos da maneira que Ele quer para nós.

João 12:25 Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna. Faça sua real decisão, e tenha um encontro real com Deus, não um encontro de mentiras. Para sermos salvos temos que perder esta vida natural, em outras palavras não sermos participantes das prostituições, festas, namoros ilícitos, e toda sorte de coisas abomináveis ao Senhor, porém a Bíblia diz que: quem quer viver uma vida aqui já tem recebido e perderá a vida eterna; mas o mundo religioso de hoje acha que pode fazer tudo, andar contrário a Bíblia e ainda dizem estar andando a caminho do céu, veja bem onde você está, pare, pense! Todos seremos julgados, ninguém escapará e nada o livrará das mãos de Deus, nem seu dinheiro, nem suas mentiras, nem suas justificativas, todos nós prestaremos contas de todos os pensamentos, obras, palavras, tudo que você um dia fez será julgado, você está preparado (a)? Há uma saída: aceitando a Ele em Espírito e em verdade.

FREQUÊNCIA NOS CULTOS

Aconselhamos a todos a frequência nos cultos, vindo à casa do Senhor em todos os cultos, para que haja crescimento na casa de Deus e na nossa vida espiritual. Efésios 4:15-18 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor. E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Lembrando que em nada adianta você ir ao templo apenas por ir. Ou ir em busca de benefícios próprios, sem amor, sem sinceridade, sem um espírito de adorador; pois o que Deus realmente quer é que você venha adorá-lo em Espírito e em verdade, e nada de ir apenas como um costume e tradição ou buscando benefícios próprios. Há muitos que só procuram Deus para receberem benefícios próprios, casa, emprego, namorada, casamento, e até mesmo salvação, não podemos aceitar Jesus em troca de benefícios, o verdadeiro sentimento é servir porque você ama a Deus e não consegue viver sem Ele, muitos só vão para igrejas (templos) com medo de ir ao inferno, e isso não traz salvação a você, apenas O ame, e se você O ama, então você se submete às suas doutrinas/ordenanças com toda facilidade, mas é comum vermos muitas pessoas que não se submetem à Palavra de Deus pelo único fato de que estão na igreja só por estar, mas não amam nosso Criador.

HONRAR NOSSOS PASTORES

Aconselhamos que aceitem toda exortação, repreensão de nossos líderes espirituais, nunca murmurando, mas sempre sendo humilde e aceitando a palavra que nos edifica. Hebreus 13:17 Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. Existem duas coisas que podem acontecer depois de um culto, após uma exortação: você sair para casa abençoado ou amaldiçoado; Oséias 14:2 disse: Tomai convosco palavras, e convertei-vos ao SENHOR; dizei-lhe: Tira toda a iniquidade, e aceita o que é bom; e ofereceremos como novilhos os sacrifícios dos nossos lábios. E também está  escrito bem aventurado é aquele que aceita a repreensão do Senhor; agora se você for repreendido e não quer aceitar a Palavra como ela é, existe uma escritura para você também: Provérbios 16:18 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Por isso muitos vão para suas casas abençoados e também muitos estão indo amaldiçoados após um culto, com toda sorte de murmurações, porfias etc...

Note você que o diabo entrou em Judas em um culto de Santa Ceia, pois rejeitou a Palavra e o diabo entrou em seu coração João 13:2: E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse;

PORQUE SAUDAMOS DE VÁRIAS FORMAS E ATÉ MESMOS ÍMPIOS?

Muitas religiões aplicam suas próprias saudações para definirem a fé que possuem, porém de forma alguma as práticas de tais dogmas como "Maneiras específicas" de saudações nos ajudam em nossa fé, então a Saudação deve ser expressada à todas as classes de pessoas e não apenas a uma classe específica de religiosos como muitos fazem. Devemos saudar a todos, não somente aos irmãos, pois bem ensinam as Santas Escrituras MATEUS 5:47 E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Aconselhamos que nós devemos saudar de qualquer forma, exemplo: com a Paz do Senhor, Paz de Deus, Graça e Paz, Boa Noite em Cristo, Deus te abençoe etc... Não cremos em dogmas de homens achando que se deve saudar de uma única maneira, muito embora sabemos que tudo deve ser feito de coração e saudamos de qualquer forma, por que a ordem foi para saudarmos uns aos outros e não existe uma forma especificamente correta, e muito menos uma maneira correta, mais sim formas e maneiras corretas; Mat. 10:12,13; Lucas.10:5,6, Luc. 24:36; João 20:19, Rom. 16:16; I Cor 16:20; I Tess. 5:26, I Pedro 5:14. Aconselhamos também que os  homens e as Mulheres podem e devem saudar com ósculos santos (homem com Mulher) e o ósculo deve ser na mão, homem com homem e mulher com mulher o beijo, osculo santo, pode ser na mão, face ou testa  que é como beijo sincero é agradável a Deus. Lembre-se isso também não pode ser aplicado como regra, credo ou dogma, assim como a saudação se dá de coração, não por hábitos, da mesma forma assim também o ósculo deve ser dado apenas se há desejo de coração de ambos não por obrigação ou habito.

SER EXEMPLO E NÃO DEVER NADA A NINGUÉM

Aconselhamos a todos sem exceção a serem honestos, pagarem suas contas nas suas datas certas sem atraso, e ainda recomendamos que se tiverem alguma dívida e já tivermos dinheiro para pagar devemos quitá-la mesmo antes do prazo, e também se alguém tinha contas antigas antes mesmo de conhecer a fé que professa, deve primeiro pagar as velhas contas antes de fazer novas aquisições.Romanos 13:8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Lucas 17:1 E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!

PEDIR CONSELHOS A SEU PASTOR

SOBRE PECADOS :.

Afinal, é errado confessar pecado? A prática de confessar é uma doutrina católica? Sim é!!! Pois no Catolicismo isto virou dogma, e é um erro a partir do momento que você crê que isso por si tirou teus pecados. Devemos confessar no sentido de "pedir conselhos" acerca do nosso pecado ao nosso líder espiritual, e somente quando sua consciência acusar de algo (OBS: não como catolicismo faz, mas se sua consciência ainda te acusa, converse com seu Pastor para que ele te aconselhe, te dê palavras de ânimo, lembrando que isso não é uma prática doutrinária e pecado nos confessamos com o Senhor e pedimos perdão e deixamos). Agora veja, mesmo que você tenha pedido perdão a Deus, e se esse pecado não sai do seu coração ou se sua consciência ainda te acusa, simplesmente você mesmo tem que se perdoar, e enquanto isso não acontece ficará com a consciência pesada, então procure o seu Pastor (Sacerdote), expondo tudo o que tenha feito contrário às leis de Deus, sejam por palavras, pensamentos, atos, obras, sentimentos... Sem ocultar qualquer fato ou ação (não é uma lei ou ordenança, simplesmente conselhos). OBS: isto você só deve fazer se sua consciência ainda te acusa, mesmo você pedindo perdão a Deus, e tendo em vista que você tenha um Pastor de confiança, outro ponto fundamental é que quando você fala seu pecado a seu Pastor, você está se humilhando diante de Deus por falar algo  vergonhoso, porém algo que você não quer mais praticar e está lutando para vencer, e Deus está vendo sua sinceridade e vê que você não está escondendo pecado, mas quer se livrar dele. Confessando a Deus: 1 João 1:8-10 Se dissermos que não temos pecado,enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós... Provérbios 28:13 O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. Confessando aos Homens:Tiago 5:16 Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Lembre-se, só você sabe qual atitude vai tomar, isto não é regra e sim esclarece acerca de qual espírito está em você.

SANTA CEIA COM PÃO ASMO

Um assunto muito importante é a Ceia, nos dias de hoje as religiões já não praticam mais a Santa Ceia corretamente  como nos dias dos Apóstolos, pois a Ceia deve ser feita em "primeiro lugar"; em separação a Deus pelo menos uma semana, tanto a Liderança quanto os fiéis, pois sabemos que a Ceia foi feita durante a Páscoa que é a "festa dos pães sem fermento", na qual os judeus passavam SETE dias sem ver e nem comer Pão com fermento, "Sabemos também que o fermento é símbolo do Pecado" este é outro ponto fundamental da ceia, atualmente o mundo religioso na inocência está todos os meses "Blasfemando de Deus", justamente por comerem pão com fermento durante a ceia, sabendo que o pão é figura de Cristo e o fermento é figura do pecado, dizendo-se assim que Jesus pecou, todavia nós sabemos que Ele nunca pecou. A Santa Ceia não pode ser feita com pão normal de padaria (pão com fermento); A Ceia é feita com Pão Asmo (Ázimo) e vinho, e logo em seguida deve ser feito o lava pés. João 13:1-17, I Coríntios. 5:6-8.

Deus estabeleceu para fins sagrados o Pão Asmo, Deuteronômio. 16:1-4; O mesmo Pão Asmo foi usado por Jesus na celebração da primeira Ceia e Paulo ensinou como recebeu do Senhor. I Coríntios. 11:23. O fermento aparece  na Bíblia como símbolo do pecado, I Coríntios. 5:6-8. Luc. 12:1. O Pão Asmo que a Bíblia ensina, é amassado com azeite Êxodo 29:2; Lev. 2:4,13; PÃO ASMO; PÃO SEM FERMENTO (sem levedura).

SANTA CEIA COM LAVA PÉS

Logo após a Ceia com o vinho e Pão Ázimos, deve-se fazer o lava pés como símbolo de humildade, assim como Jesus fez por nós e para nós. Assim também como existe o Batismo como símbolo de um novo Nascimento, ou o pão e o vinho como símbolo do corpo e sangue de Jesus, o Lava pés é símbolo de humildade, estes três símbolos devem ser feitos da maneira correta, sem mudanças. Assim como se você não estiver arrependido de verdade e for Batizado no Nome do Senhor Jesus, seu batismo não passará de dogmas, tendo em vista que sua nova natureza não se manifestará, assim também será o ato do Lava Pés, se você não for humilde de coração para lavar os pés do teu próximo, ou se fizer apenas por obrigação, tais ações serão apenas dogmas e nunca os feitos de Jesus. Como está escrito em João 13:1-17, logo após a Ceia foi celebrado o Lava pés. Depois Jesus explicou o seu exemplo e, nos deu uma ORDENANÇA, dizendo: “...Vós deveis também lavar os pés uns aos outros; e como Eu vos fiz, façais vós também (verso 14,15). Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes (verso 17). Não somos maiores que o Nosso Senhor, e Ele fez isso, Ele deu Exemplo, por que não queremos fazer?

DEVEMOS DAR ESTUDOS SOBRE BATISMOS?

A Realidade é que nas religiões nas quais "se aceitou a Jesus" só há batismo após um longo tempo, a questão é que esta prática é antibíblica e ofensiva ao verdadeiro evangelho que produz arrependimento e vida eterna, batismo significa no sentido espiritual um arrependimento, trazendo assim morte para o mundo, porém nas religiões você vai ter que passar por estudos, ou até mesmo esperar um longo tempo para batizar, pois eles acreditam ser preciso para que haja arrependimento, mas esta crença é apenas um engano, pois arrependimento não se estuda, haja a vista que é um sentimento, um estado de espírito. Não fazemos estudos preparatórios para batismo, pois isto não é necessário e é antibíblico, a bíblia mostra exemplos de pessoas que ouviram a palavra e logo foram batizadas, pois aceitaram a palavra e houve de imediato um arrependimento,então todos os Batismos efetuados dentro das escrituras sagradas foram feitos logo diante da primeira pregação, pois batismo é arrependimento; Atos 2:38, Atos 8:36, Atos 8:15- 17, Atos 10:47-48, porém antes de alguém ser batizado, no ato do Batismo falamos e pregamos para a pessoa sobre o que é Batismo nas águas, no fogo e no Espírito Santo, pois ele(a) terá que confessar que aceita guardar a Sã Doutrina. Sabemos que nos dias de hoje a sociedade tem um novo padrão moral e ético como: vestes, cabelo, pinturas etc. Estas práticas deverão ser deixadas, para que se siga o padrão bíblico, porém não  antes do batismo, e sim após o mesmo, lembrando que a mudança sempre ocorre de dentro para fora. Mas se alguém acabar de conhecer a palavra reconhecendo seus erros, e se arrepender deles e quiser ser batizado na mesma hora, não há problema algum, pois o batismo é segundo o arrependimento, não segundo estudos de uma religião, veja: ATOS 2:38. Um Pastor nunca poderá dizer “não” a uma alma que quer ser Batizada, lembre-se Batismo significa uma nova vida com CRISTO.

A FORMA DO VERDADEIRO BATISMO

Batismo, um dos assuntos mais polêmicos da Bíblia, pois o Batismo que hoje é aplicado pelas religiões, não fazem jus à mesma forma batismal que sempre foi aplicada pela Igreja primitiva Apostólica, pois no decorrer da história muitas pessoas morreram por causa do Batismo e dentre outros motivos. Já foi comprovado que Batismo no nome do Pai, Filho e Espírito Santo nunca existiu e foi apenas uma adulteração da igreja católica, no qual o próprio Papa Bento XVI afirma em seu livro "A introdução ao Cristianismo" que este Batismo é  uma forma pagã, que por sua vez, foi adulterada pela Igreja Católica no passado. Na Bíblia Católica versão Jerusalém, existe uma nota no rodapé afirmando que Mateus 28:19 foi adulterado por eles, mas que a forma correta seria o Batismo no Nome do Senhor Jesus. Nas Bíblias Peshittas, e Bíblias Imaculadas Escrituras, Mateus 28:19 se encontra da maneira correta, que é em meu NOME (No Nome do Senhor Jesus). Desconsiderando tudo isto, façamos de conta que a Bíblia não foi adulterada neste ponto, agora explicaremos a maneira correta: Sabemos que uma pessoa pode ser chamada de Prefeito, mas este não é seu nome, pode ser chamada de: Pai, Motorista, Professor, mas estes também não são seus nomes, pode ser chamada de Filho, porém também não é nome próprio, pois todos temos um nome além de títulos ou ofícios Ex: Um prefeito é prefeito, mas seu nome poder ser Augusto, João, Fernando... mas ele é um prefeito, e Jesus disse em: Mateus 28:19 Batizai em NOME ("N O M E"), do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Então nota-se que as pessoas estão apenas repetindo os títulos, ou seja, os ofícios, sem dizerem o Nome ao qual Jesus se refere.

JESUS SEMPRE FALOU POR PARÁBOLAS

Desde o antigo testamento, estava profetizado que Ele (JESUS) falaria e o povo não entenderia. Isaías 6:9 Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Mateus 13:14 E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis.

PORQUE AS PESSOAS NÃO PODIAM ENTENDER

AS PARÁBOLAS?

Mateus 13:14-16 E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure. Mas, bem-aventurados os vossos olhos, porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.

POR ISSO QUE O MUNDO RELIGIOSO NÃO ENTENDEU ESTA PARÁBOLA

Porém Jesus disse aos discípulos; Mateus 13:11 Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;

EXISTEM DOIS GRUPOS DE PESSOAS

 Os sinceros de coração aos quais é dado o conhecer dos mistérios. E os duros de coração que nunca entenderão e rejeitarão a Palavra de Deus.

ORDEM DO BATISMO EM MATEUS 28:19

Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as EM NOME do pai, e do filho e do Espírito Santo. Ordem de Batismo em Lucas 24:47.

E em SEU NOME se pregue o ARREPENDIMENTO e a REMISSÃO dos pecados EM TODAS AS NAÇÕES,

começando por Jerusalém.

EXECUÇÃO DO PRIMEIRO BATISMO EM ATOS 2:38.

Atos 2:38: E disse-lhe Pedro: ARREPENDEI-VOS e cada um de vós seja batizado em NOME DO SENHOR JESUS CRISTO para a REMISSÃO DOS PECADOS; e recebeis o dom do Espírito Santo. Tudo tem que ser feito em seu nome, COLOSSENSES 3:17 pois Jesus é o verdadeiro nome de Deus, e Ele revelou seu nome aos homens; João 17:26. E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja. João.17:11 E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Assim se cumpre o que Jesus falou em LUCAS 24:44-45 que fala tudo o que dele estava escrito se cumpriria na lei, nos profetas e nos Salmos, como em ISAÍAS 52:6 e EZEQUIEL 39:7 fala que Ele mesmo iria revelar seu santo  nome e tem revelado, e muitos não creriam e não creem; João.5:43 Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis. Se sabemos o nome d’Ele por que batizar com títulos? Pedro foi o primeiro que batizou, está em Atos 2:38, Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos e cada um de vós e sejam batizados em NOME DO SENHOR JESUS CRISTO, para remissão dos vossos pecados; e recebeis o dom do Espírito Santo; logo após veio outros batismos: Atos 8:15-17, Atos.10:47-48, Atos 19:1-6; mas nenhum deles foram efetuados em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, porquê? Será que eles erraram? Será que o Espírito Santo errou? Lembre-se eles falaram novas línguas e profetizaram, será que até o Espírito Santo errou? A resposta é não! Eles compreenderam as escrituras, Lucas 24:46 e em seu nome pregaram, profetizaram, curaram, batizaram. A bíblia diz Efésios 4:5 Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; se os apóstolos batizaram desta forma é por que este é o batismo correto, e Paulo diz: Gálatas 1:8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (maldito). Paulo afirma que se alguém pregar outro evangelho diferente do que ele pregou é maldito, pois ele foi arrebatado 2 Coríntios 12:2; e tudo que ele pregou não aprendeu de ninguém na terra, mas Jesus que revelou a ele. Gálatas 1:11-12  Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o  recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação  de Jesus Cristo. Se não crermos nas Santas Escrituras, não creremos no que Paulo diz, pois sabemos que tudo o que ele ensinou é por revelação de Jesus, e ele mesmo disse que há somente um batismo, e batizou em NOME DO SENHOR JESUS. Paulo foi batizado em Nome DO SENHOR JESUS CRISTO. Até as pessoas que foram batizadas de maneiras diferentes, ou seja, no Batismo de João Batista, tiveram que ser rebatizadas, porque há um só batismo, veja em Atos 19:1 ao 6, e depois desse batismo receberam o Espírito Santo; A pergunta é: o Espírito Santo erra? A Bíblia diz em João.16:13 Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Sabe-se então que no primeiro batismo em Atos, Pedro estava cheio do Espírito Santo, pois foi na descida do Pentecostes, foi onde a igreja começou, será que a igreja já havia começado de forma errada? NUNCA! Por que o Espírito os guiaria em toda verdade. Colossenses 3:17 diz: E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei TUDO em nome do Senhor Jesus... Atos 24:14 “Mas confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas.” Veja como Deus tem sido fiel à sua Palavra e tem restaurado  mais uma vez o seu povo (Os Eleitos para o arrebatamento da Igreja), assim como Ele mesmo falou que seria restaurado todas as coisas em Mateus 17. Sabemos então que o mundo religioso não alcançará o arrebatamento justamente por negarem o padrão Bíblico de se viver, isto é, em fé, amor, humildade e sinceridade. Em Apocalipse 13:10 fala que os santos serão perseguidos e mortos, estes santos são os chamados "crentes" pois estarão na grande tribulação, e só serão salvos pela tribulação como está escrito em Apocalipse 7:4, note que é uma grande multidão, porém o mundo religioso crê que haverá um arrebatamento para eles, mas não haverá. Atos 2:38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;Atos 8:12 Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. Atos 8:16 (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus). Atos 10:48 E mandou que fossem batizados em nome do Senhor.

Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias. Atos 19:5 E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. Escrituras indiretamente: Atos 22:16 E agora por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor. Colossenses 2:12 Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. Gálatas 3:27 Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Romanos 6:3 Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? Isaías.43:11 Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador. Veja que aqui Jeová diz que não há Salvador fora d’Ele, não existe duas pessoas. Você sabe quem te salvou? Quem morreu por você na Cruz? O Senhor Jesus Cristo. Zacarias 12:10 Mas derramarei sobre toda a família de Davi e sobre todos os habitantes de Jerusalém um espírito de ação de graças e oração. Eis que olharão para minha pessoa, aquele a quem eles mesmos transpassaram, e prantearão e se lamentarão por ele como quem chora a perda de um filho único; e verterão lágrimas de enorme amargura por ele, como quem chora a morte do primogênito! No mínimo cada pessoa deveria se perguntar: será que as religiões modernas estão certas e a igreja primitiva está errada? Qual é o único padrão a ser copiado? Das religiões ou o Padrão Apostólico? Efésios 2:20 Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. Se você pelo menos tivesse um único batismo efetuado nos títulos Pai, filho e Espirito Santo, você estaria verdadeiramente correto(a). mais muitos pregadores estão enganando a todos com essas doutrinas completamente contrarias as escrituras. 2 Coríntios 11:13,14 Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Tito 1:11 Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.

A PERGUNTA AIS QUAIS OS FARIZEUS

NÂO QUEREM RESPONDER

Jesus fez uma pergunta, ao qual os fariseus daqueles dias nunca responderam, essa pergunta foi: Marcos 11:30 O batismo de João era do céu ou dos homens? respondei-me.

Veja que os fariseus daqueles dias nunca responderam, e ainda hoje os fariseus não querem responder, mais deixarei a bíblia responder por sí só, pois toda pergunta bíblica deve haver uma resposta bíblica. João 1:33 E eu não o conhecia, mas o que “me mandou a batizar com água”, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo. Veja, está bem claro que o batismo de João era dos céus, e João esclarece que ele recebeu uma ordem divina para tal obra, agora veja, se o batismo do céu perdeu seu valor após a morte de Cristo Atos 19:3-5, imagine o batismo Romano? Atos 19:3-5 Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. João cumpriu seu ministério.A profecia de Isaias aponta para a obra de preparo feita por João. Ele é a voz do deserto clamando: Isaías 40:3. "Preparai o caminho do Senhor" Malaquias disse que João haveria de preparar "o caminho diante" do Senhor Malaquias 3:1-2 então João começa a sua obra identificando-se. "Eu não sou o Cristo " (João 1:20), disse ele. Ele é aquela voz que prepara o caminho do rei (João 1:23). As escrituras estão em perfeita harmonia. A pergunta é se o ministério de João, que foi amplamente difundido, que por várias profecias explicava-lhes qual seu verdadeiro ministério, aponto do próprio Jesus dizer sobre ele: Lucas 7:26,27 Mas que saístes a ver? um profeta? Sim, vos digo, e muito mais do que profeta. Este é aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu anjo diante da tua face, O qual preparará diante de ti o teu caminho. Lucas 7:28 (a) E eu vos digo que, entre os nascidos de mulheres, não há maior profeta do que João o Batista... João Estava biblicamente amparado por várias profecias e João sabia seu ministério a ponto de ele mesmo dizer: Mateus.3,11: Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhes as sandálias.Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. O Batismo no nome de Jesus não apenas para arrependimento mais também da remissão de pecados. Leia Colossenses 3:17 e Lucas 24:47., fora disso, tudo é ilusão e achismo.

SEITAS E HERESIAS

Frequentemente imaginamos em nossas mentes que uma seita é um grupo que adora a Satanás, sacrifica animais e toma parte em rituais maus, bizarros e pagãos. Na verdade, é bem diferente, pois a maior parte das seitas tem aparência muito mais inocente. A definição cristã específica de uma seita é; um grupo religioso que nega um ou mais dos fundamentos da verdade Bíblica. Em resumo seita é um grupo que ensina algo  que se você der ouvido e crer te deixará fora do plano da Salvação. Em contraste com uma religião, uma seita é um grupo que afirma ser cristão, porém nega verdades essenciais do cristianismo bíblico

A definição Católica para Seita é:

(Edito de Teodósio X): Creiamos em uma divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, de igual Majestade, na Santíssima Trindade. Nós ordenamos que os adeptos desta fé sejam chamados de Cristãos católicos; nós estigmatizamos a todos os insensatos seguidores das outras religiões com o infame nome de heréticos, e proibimos que as suas reuniões clandestinas assumam o nome de Igrejas. Além da condenação da justiça divina, eles devem esperar a pesada penalidade que nossa autoridade, guiada pela sabedoria celestial, julgar próprio infligir. Jesus disse: Eu e o Pai somos um. João 10:30

ELE MENTIU?

A Palavra Cristo = Ungidos

Mateus 24:24 Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Veja que se fosse possível, enganaria até mesmo os Escolhidos, todavia não é possível.

EXISTE UMA VOZ DE LOBO, TENTANDO TE ENGANAR

Mais Jesus disse: João 10:27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem. Temos que ter muito cuidado para não sermos tragados por essas fontes de erros doutrinários, porque sabemos que a Doutrina é a única coisa que nos leva ao inferno, ainda que tenhamos uma vida próxima de Deus, porém ainda assim estaremos em desobediência à Palavra. Lucas.10:3: Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos. Mateus 7:15 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. A questão é que definição do que de fato é uma “Seita” não pode ser dada pela religião e sim pela Bíblia sagrada, tudo que é contrário à Bíblia se torna uma seita, uma heresia; começa a ser propagada como se fosse uma fonte de verdade, mas nunca será uma verdade absoluta. Lembre-se de Balaão, era um verdadeiro Profeta, porém isso não serviu para nada, por que seus ensinos eram errados, Balaão apenas ensinava o erro,ensinava tropeços para o povo de Israel cair, assim como muitos pastores estão apenas ensinando erros doutrinários nas igrejas, matando e levando muitos ao inferno: Apocalipse 2:14 Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque  tens lá os que seguem a “doutrina de Balaão”, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e fornicassem. Paulo disse que todo o evangelho diferente do que ele pregou é maldito Eis a questão, veja que cada religião prega da sua maneira, afinal elas podem estar pregando o mesmo evangelho de Paulo sendo que cada sistema religioso prega doutrinas diferentes umas das outras? Gálatas 1:12 Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.

TODA HONRA, TODA GLÓRIA SEJA DADA AO ÚNICO DEUS, QUE ERA, QUE É, QUE HÁ DE VIR O DEUS TODO PODEROS, REI DE REIS E SENHOR DE SENHORES BENDITO ETERNAMENTE DESDE HOJE COMO PARA TODO SEMPRE, AMÉM

O Senhor já vos tem abençoado

Abraço fraternal

FRANREZ

 

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